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[pt] AS TENDÊNCIAS DO PROCESSO DE DESCENTRALIZAÇÃO PARA O TRATAMENTO DE PESSOAS QUE VIVEM COM HIV/AIDS NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO / [en] TRENDS IN THE DECENTRALIZATION PROCESS FOR THE TREATMENT OF PEOPLE LIVING WITH HIV/AIDS IN THE MUNICIPALITY OF RIO DE JANEIRORAQUEL MAIRA DOS SANTOS A MILITAO 01 November 2022 (has links)
[pt] Esta tese intitulada: As tendências do processo de descentralização para o
tratamento de pessoas que vivem com HIV/AIDS no município do Rio de Janeiro,
propõe uma análise do processo de descentralização para o tratamento das pessoas
que vivem com HIV/AIDS no município do Rio de Janeiro/RJ, como meio de
elucidar a questão de como se dá a atual configuração do tratamento da pessoa que
tem HIV/AIDS nesse modelo de atendimento. Atualmente tem-se a
descentralização da assistência ao HIV/AIDS para a atenção básica de saúde como
redefinição da sua linha de cuidado. Apresentamos a trajetória do HIV/AIDS no
Brasil, contextualizamos a política de saúde no país, debatemos a descentralização
para o tratamento das pessoas que vivem com HIV/AIDS no município do Rio de
Janeiro, discorremos sobre as Unidades Básicas de Saúde como locais de
tratamento para o HIV/AIDS e apresentamos os dados oriundos da pesquisa de
campo, revelando as tendências e os limites do processo de descentralização do
tratamento de HIV/AIDS no município. Identificamos também como se dá esse
processo para os usuários, médicos e gerentes das unidades de saúde. Campany et
al. (2021, p. 376) explicitam as tendências recentes apresentadas pela epidemia do
HIV/AIDS no Brasil – heterossexualização, feminização, juvenilização,
pauperização e interiorização (em relação às regiões brasileiras). Essas tendências
se articulam com questões de classe, gênero e raça, se conectando com a
complexificação da questão social no Brasil. Esta tese tratou-se de uma pesquisa
com abordagem qualitativa. Utilizamos a entrevista semiestruturada (in loco) para
coletar os dados dos profissionais, usuários e gestores. Contextualizamos e
situamos a Política de Atendimento em HIV/AIDS e como ela vem funcionando de
uma forma que responda às demandas dos seus pacientes. Apresentamos uma
caracterização desses usuários, identificando quem são os pacientes do serviço e em que condições eles vivem. Como resultados, verificamos que, em sua maioria,
os usuários, gerentes e médicos não encontram grandes dificuldades na
operacionalização e vivência da Política de atendimento. A grande questão girou
em torno da necessidade do sigilo do diagnóstico, para a preservação social do
usuário e a solidão decorrente dele, que dificulta a sua vivência com o HIV/AIDS.
O silenciamento do diagnóstico impõe à equipe de atendimento que sejam feitos
arranjos e caminhos alternativos dentro do serviço para garantia do acesso à saúde,
tendo em vista o segredo do diagnóstico do paciente, inclusive para alguns
profissionais de saúde dentro da própria unidade. A hipótese central desenvolvida
nesta tese consistiu em identificar o sigilo do diagnóstico como uma necessidade
contraditória, decorrente do persistente preconceito em torno da AIDS, que mesmo
tendo evoluído nos aspectos de prevenção e tratamento, ainda é carregada de
negatividade. O principal problema disso é o constrangimento e, de certa forma, a
imposição social pelo silêncio que impede o ser humano que vive com HIV/AIDS
de ser quem é, abdicando desse direito que deveria ser simples. Trata-se de um
modo alienado de viver. / [en] This thesis entitled: The decentralization process trends for the treatment of
people living with HIV/AIDS in the city of Rio de Janeiro, proposes an analysis of
the decentralization process for the treatment of people that live with HIV/AIDS in
the city of Rio de Janeiro/RJ, as a way to clarify how the current configuration of
the treatment of the person who has HIV/AIDS takes place in this attendance model.
Currently, there is the decentralization of HIV/AIDS assistance to basic health
attention as a redefinition of its care line. We present the HIV/AIDS trajectory in
Brazil, we contextualize the health policy in the country, we debate the
decentralization for the treatment of people living with HIV/AIDS in the city of Rio
de Janeiro, we discuss about the Basic Health Units as treatment places for the
HIV/AIDS and we present data from field research, revealing the trends and the
decentralization process limits of HIV/AIDS treatment in the city. We also
identified how this process takes place for users, doctors and managers of health
units. Campany et al. (2021, p. 376) explain the recent trends presented by the HIV
epidemic in Brazil – heterosexualization, feminization, juvenilization,
impoverishment and interiorization (in relation to Brazilian regions). These trends
are articulated with issues of class, gender and race, connecting with the
complexification of the social issue in Brazil. It was a qualitative approach research.
We used the semi-structured interview (in loco) to collect data from the
professionals, users and managers. We contextualize and situate the HIV/AIDS care
policy and how it has been working in a way to attend the demands of its patients.
We present a characterization of these users, identifying who are the users of the
service and in which conditions they live. As results, we identified that the most
part of users, managers and doctors do not find great difficulties in the
operationalization and experience of the Service Policy. The big issue revolved around the need for confidentiality of the diagnosis, for the social preservation of
the user and the loneliness resulting from it, which makes it difficult to live with
HIV/AIDS. The silencing of the diagnosis requires the care team to make
arrangements and alternative paths within the service to guarantee access to health,
in view of the secrecy of the patient s diagnosis, including for some health
professionals within the unit itself. The central hypothesis developed in this thesis
consisted of identifying the confidentiality of the diagnosis as a contradictory need,
resulting from the persistent prejudice around AIDS, which, despite having evolved
in the aspects of prevention and treatment, is still loaded with negativity. The main
problem with this is the embarrassment and, in a way, the social imposition by
silence that prevents the human being living with HIV/AIDS from being who they
are, abdicating this right that should be simple. It is an alienated way of living.
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[pt] UNAIDS, GRUPO PELA VIDDA E AIDS UNITED: RELAÇÕES ENTRE AS ORGANIZAÇÕES LOCAIS E INTERNACIONAIS NO COMBATE À PANDEMIA DO HIV/AIDS / [en] UNAIDS, GRUPO PELA VIDDA, AND AIDS UNITED: RELATIONS BETWEEN LOCAL AND INTERNATIONAL ORGANIZATIONS ON THE COMBAT TO THE HIV/AIDS PANDEMICIGOR PEREIRA CARVALHO DE PAULO 26 May 2023 (has links)
[pt] Esta pesquisa trata das relações entre organizações internacionais e locais
na área do combate à AIDS, mais especificamente a relação entre o Programa das
Nações Unidas de HIV/AIDS e as ONGs locais que atuam nesse campo, como o
Grupo pela Vidda (Brasil) e a Aids United (Estados Unidos), voltados para o
esforço do controle epidemiológico do HIV/AIDS. A dissertação apresenta,
primeiramente, o contexto histórico da pandemia e do ativismo nesses países. Em
segundo plano, são analisadas as atividades do UNAIDS e como se estruturam o
Grupo pela Vidda e a AIDS United com o objetivo de compreender a atuação e as
formas de colaboração entre essas organizações. A última seção traz considerações
finais sobre as relações entre tais grupos a fim de compreender como se dá a
participação e colaboração de organizações locais no sistema internacional. / [en] This research deals with the relationship between international and local
organizations around combating AIDS, more specifically the relationship between
the United Nations HIV/AIDS Program and local NGOs that work in this field, such
as Grupo pela Vidda (Brazil) and the Aids United (United States), focused on the
epidemiological control of HIV/AIDS. The dissertation first presents the historical
context of the pandemic and activism in these countries. In the background, the
activities of UNAIDS and how the Grupo pela Vidda and AIDS United are
structured are analyzed with the aim of understanding the performance and forms
of collaboration between these organizations. The last section brings final
considerations on the relationships between such groups to understand how the
participation and collaboration of local organizations in the international system takes place.
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[en] EVERYTHING IS DONE IN THE NAME OF LOVE, EVEN DYING: THE IDEAL OF ROMANTIC LOVE AND THE EXPOSURE OF WOMEN TO HIV-AIDS / [fr] ON FAIT TOUT POUR L AMOUR, Y COMPRIS MOURIR: L IDEAL DE L AMOUR ROMANTIQUE ET L EXPOSITION DE FEMMES AU VIH-SIDA / [pt] FAZ-SE TUDO POR AMOR, INCLUSIVE MORRE-SE: O IDEAL DE AMOR ROMÂNTICO E A EXPOSIÇÃO DE MULHERES AO HIV/AIDSALESSANDRO MELO BACCHINI 02 April 2018 (has links)
[pt] Esta pesquisa constitui uma análise do ideal de amor romântico como um dos possíveis determinantes à denominada feminização do vírus do hiv-aids, tomando como ponto de partida a experiência em pesquisa com mulheres atendidas no Hospital Universitário João de Barros Barreto. De acordo com dados do Ministério da Saúde (Boletim UNAIDS 2013) a mortalidade entre mulheres infectadas já supera a de homens no Brasil, e em especial no campo da presente pesquisa – Estado do Pará. Nesta realidade, por meio da prática em pesquisa como psicólogo, inúmeros questionamentos foram delineados: O que essas mulheres escutadas nas enfermarias do hospital nos dizem acerca de sua exposição a essa enfermidade? Suas demandas poderiam nos dar indícios acerca da feminização da síndrome? Diante destas questões, tem-se como problema de pesquisa a possível relação entre o ideal de amor romântico imaginariamente tomado como completude e proteção e o fenômeno da crescente exposição de mulheres ao vírus do hiv-aids em Belém-PA. Para tanto, utilizou-se como método a pesquisa documental em relatos de caso estudados no Laboratório de Psicanálise e Psicopatologia Fundamental (LPPF/UFPA) entre os anos de 2009 a 2013, que resultaram em ampla produção científica. Com esta abordagem, possibilita-se uma análise tanto cultural quanto individual acerca das construções referidas ao amor romântico como ideal. Da revisão crítica das construções culturais acerca do amor, com enfoque no romance/mito de Tristão e Isolda, na metafísica amorosa d O Banquete de Platão e na pedagogia de Rousseau em Emílio, notou-se a existência de diversos elementos culturais que funcionam como aporte necessário à construção de uma mitológica individual presente no discurso das mulheres escutadas no referido espaço de pesquisa. Além disso, uma revisão crítica do amor romântico como ideal em psicanálise se mostrou necessária, pois nele se desenha a ilusão de uma satisfação narcísica pela via da completude, na qual o sujeito pode se colocar em uma postura vulnerável justamente por sentir que o amor o salvaguardaria de todos os males da existência. Por fim, verificamos, na releitura dos casos estudados, que este discurso se faz presente, pois em inúmeros casos, elas se acreditavam protegidas pelo amor, tanto no caso de um súbito apaixonamento, quanto em relações estáveis com seus parceiros sexuais. Como resultado desta pesquisa, e a partir do que consta nos relatos de caso clínico dessas mulheres, pode-se considerar que o ideal de amor romântico constitui um fator decisivo, que pode influenciar no crescente número de mulheres vivendo com aids. / [en] This research analyzes the ideal of romantic love as one of the possible determinants of the so-called feminization of the HIV-AIDS virus, taking as a starting point a research experience involving female patients of the University Hospital João de Barros Barreto. According to data by the Ministry of Health (UNAIDS Bulletin 2013), mortality among infected women already exceeds that of men in Brazil, especially in the area covered by the present research, the state of Pará. Given that situation, a wide range of questions were outlined based on our research practice as a psychologist, such as What do these women, who were interviewed at the hospital wards, tell us about their exposure to that disease? and Can their needs provide us with clues about the feminization of the syndrome? Given these questions, the research subject is about the possible relationship between the ideal of romantic love imagined as completeness and protection and the phenomenon of increased exposure of women to the HIV-AIDS virus in Belém-PA. Regarding the method, a documental research involving case reports was carried out at the Laboratory of Psychoanalysis and Fundamental Psychopathology (LPPF/UFPA) from 2009 to 2013, which resulted in a large scientific production. This approach allowed us to perform both a cultural and an individual analysis of the constructions that refer to romantic love as an ideal. The critical review of cultural constructions about love, taking into account especially the novel/myth of Tristan and Iseult, the metaphysics of love in Plato s Symposium, and Rousseau s pedagogy in his Émile, allowed us to survey various cultural elements that operate as required contributions to the construction of an individual mythology present in the discourse of the interviewed women. In addition, a critical revision of romantic love as an ideal in psychoanalysis turned out to be necessary as well, since it encourages the illusion of narcissistic satisfaction by means of completeness, allowing the subject to put himself in a vulnerable position precisely because he feels that love would protect him from all the evils of existence. Eventually, as we reread the cases studied, we concluded that this discourse is actually present, since in many cases, those women actually believe they are protected by love, both in the event of a sudden passion and of stable relationships with their sexual partners. As a result of this research, and based on what the clinical case reports of these women contain, the ideal of romantic love may be considered a decisive factor that could influence the growing number of women living with AIDS. / [fr] Cette recherche analyse l idéal de l amour romantique comme l un des déterminants de la soi-disant féminisation du virus VIH-SIDA, ayant comme point de départ une recherche auprès de femmes traitées à l hôpital universitaire João de Barros Barreto. Selon le Ministère de la Santé (Bulletin UNAIDS 2013), la mortalité des femmes infectées dépasse déjà celui des hommes au Brésil, en particulier dans la région de cette recherche, l état du Pará. Cette situation, ainsi que notre pratique en tant que psychologue, suscite de nombreuses questions: Qu est-ce que les femmes interviewées dans les différentes cliniques de l hôpital nous disent au sujet de leur exposition à cette maladie? et Leurs besoins peuvent-ils nous fournir des indices au sujet de la féminisation du syndrome? Face à ces questions, le problème de recherche porte donc sur le rapport possible entre l idéal de l amour romantique imaginairement pris pour la complétude et la protection et le phénomène l exposition croissante des femmes au virus du VIH-SIDA à Belém-PA. En tant que méthode, une recherche documentaire de rapports de cas a été menée au Laboratoire de Psychanalyse et de Psychopathologie Fondamentale (LPPF/UFPA) entre 2009 et 2013, dont le résultat a été une vaste production scientifique. Cette approche nous a permis de réaliser une analyse à la fois culturelle et individuelle des constructions qui se référent à l amour romantique comme idéal. L examen critique des constructions culturelles de l amour, prenant en compte particulièrement le roman/mythe de Tristan et Iseult, la métaphysique de l amour du Banquet de Platon et la pédagogie de Rousseau dans Émile, nous a permis de noter l existence de divers éléments culturels qui agissent comme contribution nécessaire pour construire une mythologie individuelle que l on retrouve dans le discours des femmes interviewées. En outre, un examen critique de l amour romantique comme idéal dans la psychanalyse s est avéré nécessaire, car il contient l illusion d une satisfaction narcissique par la voie de la complétude, dans laquelle le sujet peut se placer dans une position vulnérable justement parce qu il sent que l amour le protégerait de tous les maux de l existence. En somme, la relecture des cas étudiés montre que ce discours est effectivement présent, car dans de nombreux cas, ces femmes se croyaient protégées par l amour, non seulement dans le cas d un coup de foudre, mais aussi des relations stables qu elles entretiennent avec leurs partenaires sexuels. Les résultats de cette recherche, ainsi que le contenu des rapports de cas cliniques de ces femmes nous mènent à conclure que l amour romantique idéal est un facteur décisif qui pourrait effectivement influencer le nombre croissant de femmes qui vivent avec le SIDA.
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