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[pt] DEUS PELEGRINO: A MIGRAÇÃO NO PENSAMENTO DO PAPA FRANCISCO: DO ÊXODO À COMUNHÃO / [it] IL DIO PELLEGRINO: LA MIGRAZIONE NEL DISCERNIMENTO DI PAPA FRANCESCO: DALL ESODO ALLA COMUNIONE / [en] THE PILGRIM GOD: MIGRATION IN POPE FRANCIS DISCERNMENT: FROM THE EXODUS TO COMMUNION

MARCO STRONA 25 May 2021 (has links)
[pt] A pesquisa pretende apresentar a contribuição teológica e pastoral que a reflexão do Papa Francisco oferece no âmbito do debate migratório. A tese é composta de três partes, cada qual com dois capítulos. O título da primeira parte é A migração hoje e o discernimento da Igreja Católica. O primeiro capítulo apresenta, em termos gerais, o fenômeno da migração do ponto de vista sociológico. O fenômeno da mobilidade humana, por suas próprias características, sempre esteve no centro do cuidado pastoral da Igreja. Sendo que este tema é desenvolvido no decorrer do segundo capítulo, especificamente pretende-se verificar como a Igreja, ao longo dos séculos, tomou consciência, paulatinamente, do fenômeno migratório, amadurecendo um discernimento pastoral e se organizando estrutural e institucionalmente. A segunda parte da tese evidencia e aprofunda as matrizesdo discernimento de Francisco: a mística inaciana (capítulo 3) e a recepção latino-americana da eclesiologia do povo de Deus (capítulo 4). Inácio de Loyola, em sua auto biografia, se identifica com o peregrino. Por certo, como podemos constatar, a característica da experiência de Deus que aqui desponta é exatamente a da peregrinação, é a própria história que assume os atributos desta grande peregrinação na qual o ser humano, homo viator, é chamado constantemente a reconhecer os sinais de Deus, que sempre se manifestam como uma surpresa. Deus é o Deus das Surpresas, da novidade inaudita que somos chamados a reconhecer em uma atitude de maravilha e atenção. Mesmo porque no caminho, o homem nunca está sozinho, mas faz parte de um povo, o povo de Deus que no decorrer da história é chamado, em comunidade, a procurar Deus e encontrá-lo em todas as coisas.O quarto capítulo, por sua vez, se dedica especificamente à recepção latino-americana da eclesiologia do povo de Deus, procurando evidenciar a evolução, a partir da Escritura, deste paradigma chave do Vaticano II e, sucessivamente, analisar a recepção ocorrida na América Latina por meio de alguns autores: G. Gutiérrez (opção pelos pobres), J. Sobrino e I. Ellacuria (povos crucificados), L. Gera e R. Tello (teologia delpopolo). A terceira parte (capítulos 5 e 6) por fim, examinam a prospectiva teológico-pastoral do Papa Francisco a partir do fenômeno migratório, para a vida e a missão da Igreja. O quinto capítulo se dedica ao exame da proposta de Francisco, partindo dos textos magisteriais, dos discursos e das homilias, referentes a migração. O sexto capítulo, por fim, procura lançar uma luz ao tema, propondo algumas indicações que se ramificam a partir desta proposta para um estudo mais aprofundado. Particularmente intencionamos apresentar dois grandes temas centrais par ao Magistério do Papa – a Igreja em saída e a mística marcado por um ritmo que se desenvolve em quatro etapas: o ser no caminho e aberto à surpresa de Deus, a fronteira, a hospitalidade, a koinonia na diferença, ou a cultura do encontro. Considerar o fenômeno migratórios nesses termos abre a um claro ethos evangélico: a comunhão na diversidade representa um elemento essencial para a compreensão do mistério da Trindade, pois ela própria revelou-se à humanidade levando ao desenvolvimento de um novo paradigma par poder dizer Deus hoje, o Deus peregrino. / [en] This work aims to illustrate the theological and pastoral contribution that Pope Francis reflection offers regarding the migration debate. The thesis was divided into three parts, each consisting of two chapters. The first part is entitled Migration today and the discernment of the Catholic Church. The first chapter presents, broadly speaking, the phenomenon of migration from a sociological point of view. The phenomenon of human mobility, precisely for this reason, has also always been at the center of the pastoral care of the Church. This is the theme that is developed in the second chapter. In particular, here we try to see how the Church, over the centuries, has gradually become aware of the migratory phenomenon, maturing a pastoral discernment and also organizing itself on a structural and institutional level. The second part of the thesis highlights and deepens the matrices of Francis discernment: Ignatian mysticism (chapter 3) and the Latin American reception of the ecclesiology of the people of God (chapter 4). Ignatius of Loyola, in his Autobiography, identifies himself as the pilgrim. In fact, as we will see, the characteristic of the experience of God that emerges here is precisely that of the pilgrimage; it is history itself that takes on the features of this great pilgrimage in which the human being, homo viator, is constantly called to recognize the traces of God, manifested each time as a surprise. God is the God of surprises, of the unheard novelty that we are called to recognize in an attitude of wonder and attention. Precisely because on the journey, man is never alone, but is part of a people, the people of God who throughout history is called, together, to seek God and find him in all things. The fourth chapter, then, focuses precisely on the Latin American reception of the ecclesiology of the people of God, trying to highlight the development, starting from Scripture, of this key paradigm of Vatican II and, subsequently, to analyze the reception that took place in Latin America through some authors: G. Gutierréz (option for the poor); J. Sobrino and I. Ellacuria (crucified peoples); L. Gera and R. Tello (theology of the people). Finally, the third part (chapters 5 and 6) examines the theological-pastoral perspective of Pope Francis, starting from the migratory phenomenon, for the life and mission of the Church. The fifth chapter examines the proposal of Francis, from the magisterial texts, speeches and homilies about the migration. Finally, the sixth chapter seeks to shed light on the progress made, proposing some tracks that branch off from this road for further study. In particular, we would like to present two major themes, central to the Pope s Magisterium - the outgoing Church and the mysticism of the We - marked by a rhythm that develops in four stages: being on the move and open to the surprise of God; the frontier; hospitality; the koinonia in difference, or the culture of encounter. The assumption in these terms of the migratory phenomenon opens up a clear evangelical ethos: communion in diversity represents an essential element for understanding the mystery of the Trinity just as it wanted to reveal itself to humanity, leading to the development of a new paradigm for being able to say God today; the pilgrim God. / [it] Il presente lavoro intende illustrare il contributo teologico e pastorale che la riflessione di Papa Francesco offre in merito al dibattito migratorio. La tesi è stata divisa in tre parti, ciascuna composta di due capitoli. La prima parte è intitolata La migrazione oggi e il discernimento della Chiesa cattolica. Il primo capitolo presenta, a grandi linee, il fenomeno della migrazione dal punto di vista sociologico. Il fenomeno della mobilità umana, proprio per questo motivo, è stato sempre anche al centro della sollecitudine pastorale della Chiesa. È questo il tema che viene sviluppato nel secondo capitolo. In particolare qui si cerca di vedere come la Chiesa, lungo i secoli, ha preso coscienza, a poco a poco, del fenomeno migratorio, maturando un discernimento pastorale e organizzandosi anche a livello strutturale e istituzionale. La seconda parte della tesi evidenzia e approfondisce le matrici del discernimento di Francesco: la mistica ignaziana (capitolo 3) e la recezione latinoamericana dell ecclesiologia del popolo di Dio (capitolo 4). Ignazio di Loyola, nella sua Autobiografia, si identifica come il pellegrino. Infatti, come vedremo, la caratteristica dell esperienza di Dio che qui emerge è proprio quella del pellegrinaggio; è la storia stessa ad assumere i tratti di questo grande pellegrinaggio in cui l essere umano, homo viator, è chiamato costantemente a riconoscere le tracce di Dio, che si manifestano ogni volta come una sorpresa. Dio è il Dio delle sorprese, della novità inaudita che siamo chiamati a riconoscere in un atteggiamento di meraviglia e di attenzione. Proprio perché in cammino, l uomo non è mai solo, ma fa parte di un popolo, il popolo di Dio che lungo la storia è chiamato, insieme, a cercare Dio e trovarlo in tutte le cose. Il quarto capitolo, allora, si sofferma precisamente sulla recezione latinoamericana dell ecclesiologia del popolo di Dio, cercando di evidenziare lo sviluppo, a partire dalla Scrittura, di questo paradigma chiave del Vaticano II e, successivamente, analizzare la recezione avvenuta in America Latina attraverso alcuni Autori: G. Gutierréz (opzione per i poveri); J. Sobrino e I. Ellacuria (popoli crocifissi); L. Gera e R. Tello (teologia del popolo). La terza parte (capitoli 5 e 6) infine, esamina la prospettiva teologico-pastorale di Papa Francesco, a partire dal fenomeno migratorio, per la vita e la missione della Chiesa. Il quinto capitolo prende in esame la proposta di Francesco, a partire dai testi magisteriali, i discorsi e le omelie, circa la migrazione. Il sesto capitolo, infine, cerca di far luce sul cammino svolto, proponendo alcune piste di che si diramano a partire da questa strada per un ulteriore approfondimento. In particolare vorremmo presentare due grandi temi, centrali per il Magistero del Papa – la Chiesa in uscita e la mistica del Noi – scanditi da un ritmo che si sviluppa in quattro tappe: l essere in cammino e aperti alla sorpresa di Dio; la frontiera; l ospitalità; la koinonia nella differenza, ovvero la cultura dell incontro. L assunzione in questi termini del fenomeno migratorio dischiude un chiaro ethos evangelico: la comunione nella diversità rappresenta un elemento essenziale per la comprensione del mistero della Trinità così come essa si è voluta rivelare all umanità, conducendo all elaborazione di un nuovo paradigma per poter dire Dio oggi; il Dio pellegrino.

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