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[en] SUICIDE ATTEMPT: PSYCHOANALYTIC PERSPECTIVE / [pt] TENTATIVA DE SUICÍDIO: UM OLHAR PSICANALÍTICOISABEL NOLETO FRANCA RIBEIRO 22 June 2021 (has links)
[pt] O suicídio é considerado um grave problema de saúde pública. Compreendido como possível resposta para um nível de sofrimento extremo, o ato de quem tenta o suicídio ou acaba por cometê-lo é testemunho de como a vida deste sujeito encontra-se afetada pelo seu entorno, sendo questão crucial para a clínica psicanalítica, assim como para a área da saúde pública. Na clínica, esta questão pode se apresentar de diferentes formas, o que aponta para a complexidade do tema. É nosso objetivo analisar como tal sofrimento psíquico se apresenta em sujeitos que falam sobre o desejo de morrer, naqueles que tentam efetuar o suicídio e nos que acabam por realizar a consumação do ato da morte propriamente dito. Esta dissertação se pauta na urgência de a psicanálise discutir essa problemática, a qual, muitas vezes, fica silenciada em nosso campo, produzindo, inclusive, muitas vezes, alguns tabus. Neste sentido, procuramos percorrer o que poderia estar em jogo na dinâmica psíquica de pacientes que ameaçam a sua própria vida, buscando delimitar particularidades desta forma de sofrimento psíquico. Há muitas maneiras de o sujeito lidar com a própria dor, sendo algo que inclui sua singularidade. A tentativa de suicídio é pensada a partir de três aportes teóricos principais: a dor psíquica, o traumático e o ato. A dor psíquica é uma noção que atravessa toda a obra freudiana, desde o Projeto para uma psicologia científica (1895), no qual se examina a dor como um fenômeno que impõe limites na capacidade de administrar e suportar a energia; até o Além do princípio de prazer (1920), em que sobressaem as vivências traumáticas e os efeitos da pulsão de morte – noção que se relaciona com as contribuições de Ferenczi quanto ao trauma. Por último, tratamos do tema do ato, considerado um desafio para o manejo do psicanalista, uma vez que inclui o não sentido e está muito presente na clínica atual. O ato é pensado como uma forma de linguagem não representacional, uma linguagem intensiva. Buscamos ampliar a contribuição da psicanálise para a sensibilidade e a escuta acolhedora para o tema. A pesquisa consiste em um estudo teórico, pautado na bibliografia disponível sobre a questão, tendo como eixo teórico principal a teoria psicanalítica. / [en] Suicide is considered a serious public health problem. Understood as a possible response to a level of extreme suffering, the act of those who attempt suicide or end up committing it is testimony to how this subject s life is affected by his surroundings, being a crucial issue for the psychoanalytic clinic, as well as for the area of public health. In the clinic, this issue can present itself in different ways, which points to the complexity of the theme. It is our aim to analyze how such psychological suffering presents itself in subjects who talk about the desire to die, in those who try to carry out suicide and in those who end up carrying out the actual act of death. This dissertation is based on the urgency of psychoanalysis to discuss this problem, which, many times, remains silent in our field, producing, even, some taboos. In this sense, we seek to cover what could be at stake in the psychic dynamics of patients who threaten their own lives, seeking to delimit particularities of this form of psychological suffering. There are many ways for the subject to deal with his own pain, which is something that includes his uniqueness. The suicide attempt is based on three main theoretical contributions: psychic pain, trauma and act. Psychic pain is a notion that runs through all of Freud s work, from the Project for a scientific psychology (1895), in which pain is examined as a phenomenon that imposes limits on the ability to manage and support energy; up to Beyond the pleasure principle (1920), in which traumatic experiences and the effects of the death drive stand out - a notion that is related to Ferenczi s contributions regarding trauma. Finally, we deal with the theme of the act, considered a challenge for the management of the psychoanalyst, since it includes the non-sense and is very present in the current clinic. The act is thought of as a form of non-representational language, an intensive language. We seek to expand the contribution of psychoanalysis to sensitivity and welcoming listening to the theme. The research consists of a theoretical study, based on the available bibliography on the issue, having psychoanalytic theory as its main theoretical axis.
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