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[en] SUBSTANTIVE AND INSTRUMENTAL RATIONALITIES: AN ANALYSIS OF ORGANIZATIONS BASED ON THE STAKEHOLDER THEORY / [pt] RACIONALIDADES SUBSTANTIVA E INSTRUMENTAL: UMA ANÁLISE DE ORGANIZAÇÕES A PARTIR DA TEORIA DOS STAKEHOLDERSFILIPE AUGUSTO SILVEIRA DE SOUZA 14 October 2008 (has links)
[pt] O aumento dos custos sociais, ambientais, e humanos gerados
pela atividade econômica vem suscitando um debate na
sociedade com um todo, e na academia em particular, acerca
da necessidade de uma ação integrada das corporações e dos
demais constituintes da sociedade, na restauração dos danos
ocorridos e, sobretudo, na prevenção dos potenciais danos
futuros. A temática da racionalidade, imperiosa e inerente
ao debate suscitado, não vem ocupando uma
posição de destaque sendo, em muitos casos, ignorada,
sobretudo aquela de natureza substantiva. No âmbito da
Ética de Negócios vem ganhando reconhecimento, sobretudo a
partir da década de 90, a Teoria dos Stakeholders,
cujo ponto central reside na revisão e ampliação das
obrigações corporativas, opondo-se à visão neoclássica,
baseada no conceito de agência, que sustenta ser a
única responsabilidade social dos gestores da companhia a
maximização da riqueza dos acionistas. Destacam-se, no
âmbito desta teoria, duas vertentes principais:
instrumental e normativa. Ao passo que esta defende a
revisão das obrigações corporativas incondicionalmente,
aquela a sujeita à busca de uma performance superior. A
potencial associação da vertente normativa com a
racionalidade de natureza substantiva e da instrumental com
a racionalidade homônima é um fator fundamental na
estruturação desta pesquisa, a qual objetivou descrever,
através de um estudo de caso, como se dá a co-existência das
duas racionalidades acima em uma empresa cujos objetivos,
missão e visão, revestem-se de valores manifestamente
substantivos. / [en] The increase in social, environmental and human costs
generated by economic activity has brought along a
discussion within society as a whole, in the
academic environment most particularly, regarding the urge
for an integrated action coming from corporations and other
society members in the direction of restoration of existing
damage and, above all, in the prevention of potential future
ones. The Rationality subject, predominant in and inherent
to the proposed debate, has not been playing an important
role, being in many cases simply ignored - mostly the one
of Substantive nature. In the field of Business Ethics,
mainly from the 90´s on, the Stakeholder Theory - which
core lays on the revision and broadening of corporate
obligations, as opposed to the neoclassical vision based
on the Agency Theory, defending the maximization of
stakeholders´ wealth as the only social responsibility of
management - has been gaining acknowledgement.
In the heart of this theory, two mainstreams can be
highlighted: the Instrumental and the Normative. While the
later stands for the unconditional revision of
corporate obligations, the former subjects them to the
search of a superior performance. The potential association
of the Normative stream with the Substantive Rationality
and of the Instrumental stream with the Rationality that
goes under the same name is the fundamental basis for the
structuring of this research, which intends to describe,
based on a case study, how the two above
mentioned Rationalities coexist in a company which mission
and vision are based on typically Substantive values.
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[pt] FINANCIAMENTO PÚBLICO DO ESPORTE BRASILEIRO NA PERSPECTIVA DOS STAKEHOLDERS: FALTA DE RECURSOS OU DEFICIÊNCIA DE GOVERNANÇA? / [en] STAKEHOLDERS PERSPECTIVE ON BRAZILIAN SPORTS PUBLIC FUNDING: LACK OF RESOURCES OR GOVERNANCE DEFICIENCY?HUGO MOTTA BACELLO MOSCA 27 December 2021 (has links)
[pt] O esporte é um relevante meio de inserção social. Segundo a Constituição Federal
do Brasil, é dever do Estado fomentar práticas desportivas formais e não-formais. Além
de proporcionar uma vida mais saudável, gera empregos, fornece entretenimento e
fomenta a economia. A gestão esportiva, contudo, é uma área de pesquisa que está em
sua infância, com estudos indicando lacunas diversas. Em contraste, o Brasil observou
investimentos bilionários serem direcionados ao esporte durante a era dos megaeventos
esportivos, desde os Jogos Pan-Americanos Rio2007 até os Jogos Paralímpicos Rio2016.
Colheu, contudo, além de resultados esportivos abaixo do esperado, escândalos de
desvios de recursos associados à deficiência de governança de entidades esportivas,
notadamente aquelas responsáveis pela gestão de fundos públicos, indicando que o
esporte não padece de falta de investimento, mas de problemas de gestão e governança
que dificultam o desenvolvimento de seu potencial esportivo, social e econômico. Desde
então, stakeholders do esporte têm cobrado maior adoção de práticas de governança que
atuem sobre a gestão dos fundos públicos destinados ao esporte. Utilizando a Teoria dos
Stakeholders como arcabouço teórico, esse estudo busca propor um macro modelo para a
governança na aplicação dos fundos públicos para o esporte brasileiro, a partir das
percepções dos stakeholders, alertando para desvios do modelo atual e propondo
melhorias. Adotando como epistemologia o pragmatismo, cujas lentes entendem que a
pesquisa ocorre em um contexto social, histórico e político, os dados foram colhidos em
entrevistas realizadas com 16 representantes de 14 grupos de stakeholders do esporte,
bem como em mais de 20 eventos da indústria do esporte observados pelo pesquisador entre 2018 e 2021, e de pesquisa documental. O software NVivo foi utilizado para
suportar o processo de consolidação, análise e categorização dos dados. Os resultados
indicaram que o investimento público anual no esporte, mesmo após a era dos
megaeventos, ainda monta valores bilionários que, na percepção dos stakeholders,
contudo, continuam sendo mal direcionados e, portanto, desperdiçados. O modelo
sugerido integra 12 proposições (P) que abordam questões referentes às motivações (P1)
e objetivo (P2) do financiamento público ao esporte, à relevância de uma estratégia
centralizada para o esporte nacional (P3), às diversas fontes de financiamento (P7) e ao
exemplo positivo do modelo das Forças Armadas (P12); às barreiras de desequilíbrio de
recursos em favor do esporte de alto rendimento (P4), desperdício de recursos (P5),
concentração de poder nos gestores (P9), deficiência crítica de métodos e indicadores de
avaliação esportiva para o investimento realizado (P6); e à necessária organização dos
stakeholders mais salientes para o alcance dos objetivos constitucional e por eles
esperados (P8). Há também a percepção de que os modelos de governança, à luz dos
escândalos ocorridos durante a era dos megaeventos, começaram, desde então, a serem
implementados com rigor crescente, ao ponto de que, embora a relevância de tais
modelos seja opinião unânime, alguns stakeholders entendam que atualmente há excessos
que acabam por distorcer o papel de uma governança adequada, paradoxalmente
prejudicando o desenvolvimento do esporte e de seu potencial econômico e social no
país. / [en] Sport is a relevant tool for social inclusion. According to the Federal Constitution
of Brazil, it is a State s duty to promote formal and non-formal sporting practices. In
addition to providing a healthier life, it creates jobs, provides entertainment and boosts
the economy. Sports management, however, is an area of research that is in its childhood,
with studies indicating several gaps. In contrast, Brazil saw billionaire investments being
directed to sport during the era of sports mega-events, from Rio2007 Pan American
Games to Rio2016 Paralympic Games. It has harvested, however, in addition to sporting
results lower than expected, financial scandals associated with the lack of governance in
sports entities, notably those responsible for public funds management. indicating that
Brazilian sport does not suffer from lack of financial investment, but from management
and governance issues that hinder the development of its sporting, social and economic
potential. Since then, sport stakeholders have started to demand greater adoption of
governance practices that could act on sports public funds management. Using
Stakeholders Theory as theoretical lens, this study suggests a macro model for
governance in the application of public funds for Brazilian sport, based on its
stakeholders perceptions, calling attention for current deviations and proposing
improvements. Adopting pragmatism as epistemology, whose lens understands that
research takes place in a social, historical and political context, data was collected from
16 in-depth interviews done with 14 stakeholder sport groups representatives, as well as
during more than 20 sport industry events observed by the researcher between 2018 and
2021, and documentary research. NVivo software was used to support data consolidation,
analysis and categorization process. Results indicate that annual public investment in
sport, even after sports mega-events era, still amounts to billions that, in stakeholders
perception, however, continue to be misdirected, hence, wasted. The suggested model
integrates 12 propositions (P) that address issues related to the motivations (P1) and
objective (P2) of public funding for sport, the relevance of a national sport centralized
strategy (P3), the various funding sources (P7) and the positive example of Brazilian
Military Forces model for sports (P12); the barriers of resource imbalance in favor of
high-performance sport (P4), waste of resources (P5), concentration of power in
managers (P9), critical deficiency of sport evaluation methods and indicators for invested
public funding (P6); and the necessary organization of the most salient stakeholders to
achieve the constitutional and their own goals for sport development in Brazil (P8). There
is also a perception that governance models, in light of the scandals that took place during
the sports mega-events era in Brazil, have since begun to be implemented with increasing
rigor, to the point that, although the relevance of governance approaches is an unanimous
opinion, some stakeholders understand that there are extreme governance actions that end
up distorting the role of adequate governance, paradoxically harming sport development
and its economic and social potential in Brazil.
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