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A ciência nova de Giambattista Vico e o Fenômeno da heteronímia de Fernando Pessoa; personagens da História Ideal Eterna: Alberto Caeiro e a poesia da natureza; Ricardo Reis, o guerreiro esvanecido; Álvaro de Campos nos cursos e recorrências / The new science of Giambattista Vico and the heteronomy phenomenon of Fernando Pessoa; The characters of the Ideal Eternal History: Alberto Caeiro and the Nature poetry; Ricardo Reis the vanished warrior; Álvaro de Campos in the courses and recurrencesDomingos Pedro de Alcantara 16 April 2015 (has links)
A afinidade significativa entre as reflexões de Giambattista Vico e a poesia de Fernando Pessoa são objeto dessa pesquisa pois há uma correlação entre o poeta criador de heterônimos e o pensador da História, filósofo da natureza humana. Vico resgatou dos antigos egípcios que a humanidade passou por três etapas de evolução: idade dos deuses, dos heróis e dos homens. Entretanto há uma inovação: tudo começou ao mesmo tempo. Em um desenrolar espiralizado, a História evolui em constantes retornos: a essa sequência de estágios Vico chamou de História Ideal Eterna, crivada pelos cursos e recorrências. O objetivo da atual pesquisa é evidenciar que os heterônimos representam a síntese poética da História Ideal Eterna. Como fundamento do estudo temos A Ciência Nova, obra-prima do autor italiano, a qual discursa a respeito do mito como a primeira forma de ciência dos povos arcaicos e sobre o axioma verum ipsun factum. Primeiramente se aborda a época de Vico, sua vida e a formação nos estudos, para se compreender a postura contrária à perspectiva cartesiana. Explana-se a teoria viconiana que distingue quatro tipos de conhecimento: Ciência, Consciência, Verdades Universais e Conhecimento Histórico. Constata-se que o pensador napolitano tinha fundamentos cabíveis para sustentar suas asserções, haja vista que antecipou a antropologia moderna. A partir dessa constatação percebe-se que encontramos na História uma disciplina de apoio na análise literária. Por outro lado, apesar de ser autor do século XX, Pessoa é eterno na história ideal da literatura e sua imortalidade fez-se na construção de poetas que perfazem uma humanidade inteira. Caeiro, Reis e Campos não devem ser lidos separadamente e sim na relação entre eles pois são unidade que se complementa em um desdobrar cíclico que reproduz a evolução da consciência humana. O paralelo entre a vida de um sujeito da raça humana e a própria humanidade se estabelece formando uma visão poética dos elementos da narrativa histórica. O homem arcaico possuía grande poder de sentidos e fantasia corpulenta, por isso tomando o cuidado para não se deixar levar por cristalizações nota-se que os versos de Caeiro remetem à poesia do concreto, como a linguagem e o pensamento dos primeiros homens que viam as coisas com o deslumbre da primeira vez. Reis é a aristocracia que corresponde à segunda idade, a dos heróis, da solenidade do espírito épico contido na Ode. Campos é o poeta das recorrências, da barbárie, da idade dos homens e da civilização ocidental. Concluise que os heterônimos assim como as três idades são um ciclo no sentido de que formam uma sequência de cursos e recorrências. Paradoxal como tudo em Pessoa porque temos um primeiro, um segundo e um terceiro que se originam todos juntos, concomitantemente. A perspectiva viconiana confirma que os heterônimos apresentam uma aparente diversidade porém o mundo deles constitui de fato um uni-verso. Encontram-se também novas possibilidades de leitura para a poesia dos heterônimos. / The significant affinity between the reflections of Giambattista Vico and the poetry of Fernando Pessoa is the object of this research because there is a relationship between the poet, the man who created heteronyms, and the other man who was the philosopher of History and Human Nature. Vico has reclaimed from the ancient Egyptians that the mankind went through three stages of evolution: the age of gods, age of heroes and the age of men. Meanwhile he brings an innovation: it all began in the same time. In a spread out in spiral form, the History evolves into steady returns: this sequence of stages Vico called Ideal Eternal History, pierced by courses and recurrences. The goal of the current research is to highlight that the heteronyms is the poetic synthesis of the Ideal Eternal History. As a basis of this study we have The New Science, the Italian authors masterpiece, which discusses about the myth as science of the archaic peoples and the axiom verum ipsum factum. It first addresses the time of Vico, his life and training in studies, to understand the opinion against Cartesian perspective. For that the Vicos theory is explained, it distinguishes four types of knowledge: Science, Consciousness, Universal Truths, and Historical Knowledge. It appears that the Neapolitan thinker had reasonable grounds to support their assertions, given that anticipated modern anthropology. From this observation we find in History a discipline which gives support in literary analysis. In spite of being an author of twentieth century, Pessoa is eternal in the ideal history of Literature and its immortality was made in the construction of poets who make up a whole humanity. Caeiro, Reis and Campos should not be read separately, but in the relationship between them because they constitute a unit that complements one another, in a cyclical unfolding that reproduces the evolution of the human consciousness. The parallel between the life of a subject of the human race and mankind itself is settles forming a poetic vision of the elements of the historical narrative. The archaic man possessed great power of senses and stout fantasy so being careful not to get carried away by crystallization we notice that the verses of Alberto Caeiro refer to concrete poetry as the language and thought of the first man who saw things with the dazzle of the first order. Ricardo Reis is the aristocracy to which corresponds the second age, the heroes, the solemnity of the epic spirit contained in Odes. Finally Álvaro de Campos is the poet of recurrences, of the barbarity and the age men of the epistolary Western civilization. It is concluded that the heteronyms as well as the three ages are a cycle in the sense that forms a sequence of courses and recurrences. Paradoxical as everything in Pessoa because we have a first, a second and a third that originate all together, simultaneously. The viconian\'s perspective confirms the heteronyms feature an apparent diversity but their world is in fact a uni-verse. We find also new possibilities to reading the poetry of heteronyms.
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A via Vico: ética e mitologia na filosofia de Giambattista VicoGonçalves, Celso Eduardo Mendes 05 October 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-10-05 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / After situating Vico in the Naples of his time and in relation
to the questions of modern rationality, as well as carrying
out an exercise of philosophical reflection seeking the
understanding of the worldview of Vico, this piece of work
aims at making explicit the ethic that underlies his work as
an ethic of teleological character which privileges the
practical life, evidencing a concern for what man can and
should do of himself, notwithstanding the guardianship of a
divine providence in a cyclical history. However, within the
advent of the "age of men," it is verified a process of
unfoldment of the human nature in which the development of the
individual starts to dictate the development of the community;
at the same time, the predominance of abstract rationality
dissociated from other human faculties – such as imagination –
leads to a preponderant literality in the interpretation of
mythology, which pervades the doctrines of religions, moving
man away from piety, with the consequent loss of both social
cohesion and the human sense of the world. Hence, man decays
in the age of the gods, submitting himself to heteronomy in
the face of the eternal ideal history. It is identified with
the present thesis, therefore, the "master key" indicated by
the Napolitan himself with the imagination that underlies
poetic wisdom, the application of this interpretative key of
the method of his work – the new critical art – is extended to
the solution of the pretended paradox between the autonomy and
the aimed happiness by a teleological ethic and the cyclical
repetition of the eternal ideal history / Após situar Vico na Nápoles de seu tempo e em relação às
questões da racionalidade moderna, e realizar um exercício de
reflexão filosófica para a compreensão da cosmovisão viquiana,
objetiva-se explicitar a ética que subjaz em sua obra como uma
ética de caráter teleológico e que privilegia a vida prática,
evidenciando uma preocupação para com o que o homem pode e
deve fazer de si mesmo, nada obstante a tutela de uma
providência divina numa história cíclica. Entretanto, no
advento da “idade dos homens”, verifica-se um processo de
desdobramento da natureza humana em que o desenvolvimento do
indivíduo passa a ditar o desenvolvimento da comunidade; ao
mesmo tempo, a predominância da racionalidade abstrata
dissociada de outras faculdades humanas, como a imaginação,
conduz a uma literalidade preponderante na interpretação da
mitologia, que pervade as doutrinas das religiões, afastando o
homem da piedade, com a consequente perda da coesão social e
perda do sentido humano do mundo. Daí, o homem decai na idade
dos deuses, submetendo-se à heteronomia face a história ideal
eterna. Identifica-se com a presente tese, então, a “chave
mestra” indicada pelo próprio Napolitano com a imaginação que
fundamenta a sabedoria poética, estende-se a aplicação dessa
chave interpretativa do método de sua obra – a nova arte
crítica – para a solução do pretenso paradoxo entre a
autonomia e a felicidade objetivada por uma ética teleológica
e a repetição cíclica da história ideal eterna
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The Programmatic Clavecin Pieces of François CouperinGriffith, Ruth Jane 05 1900 (has links)
There are two major purposes in selecting Couperin's programmatic clavecin pieces for study; to prove their importance in the evolution of programmatic music and to prove the value of their study by the modern pianist. Due to the enormous number of Couperin's programmatic pieces, a detailed analysis of each piece will not be attempted in this paper. Instead, a general survey will be made.
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Des Caractères de La Bruyère au Gil Blas de Lesage : de la réflexion morale à la mise en oeuvre romanesque.Saheb-Alouche, Lucie January 1971 (has links)
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Entre brumas tempestuosas: o operar lógico da fantasia e a gênese das primeiras instituições em VicoSouza, Paulo Fernando Ribeiro de 19 March 2013 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Nous allons etudié dans les pages suivant la genèse du penser poetique et de sa
fondamentale participation dans la construction des premières mythes et institutions. Les
récits mythologiques, alors que fruits de l ingéniosité et de l imagination, ils représentent,
fantastiquement, les traces laissées par l homme dans ses realisations historiques. Par la
métaphore, l ancienne bête sauvage commence le processus de signification des choses du
monde, et avec l originel peur des rayons cherche refuge dans leurs projetions et fantaisies.
Ceux qu avant parcouraient la bois ne deplacé que par leurs pulsions sensibles, maintenant ils
brûlent les forêts et contemplent la lumière numineux de la divine providence, source de la
réglementation qui conduit le primitive a la grotte e a la fixation. Installés dans leurs grottes,
les gentiles ont donné les premières pas dans la conception de ses mariages solennels et, en
misant les limites dans ses domaines, qu ils ont suscité son respect pour les morts. Nous
ferons une analyse des principales divinités qui soutiennent la solennité des mariages, et après
nous chercheront comprendre la démarcation des frontières du sauvage et du fixé par la
construction des tombes. Une analyse d écu d Achille élucidera le context belliquex qui se
trouvaient les hommes dans l âge poétique, en figurant l intrinsèque relation entre les champs
et les cités, en tant que l obstiné lutte par justice et droits proclamée par les masses subjugées.
Enfin, nous faisons spécial attention a l Hercule, personnage que joue l unité du droit
aristocratique. Néanmoins, dans la fonction de duple poétique, Hercule aussi semble ouvrir
nouveau chemin a l insertion des famoli dans la societé avant exclusif a les héros. Jupiter
s abandonne a l enfindélité et Juno jalouse se venge de leurs trahisons. Ainsi, Hercule
compléte une triade qu en ensemble constitue le chemin parcouri par les paternels autorités et
révèle, parmi les transformations historiques, l ouverture politique donnée par les héros,
contrariés, a les famoli indignés. / Investigaremos nas páginas que se seguem a gênese do pensar poético e de sua
fundamental participação na construção dos primeiros mitos e instituições. As narrativas
mitológicas, enquanto frutos da engenhosidade e da imaginação, retratam, de modo fantástico,
os rastros deixados pelo homem em suas realizações históricas. Pela metáfora, a antiga bestafera
inicia o processo de significação das coisas do mundo e, com o originário temor dos
raios, busca abrigo em suas projeções e fantasias. Aqueles que antes vagavam movidos apenas
por seus impulsos sensíveis, agora queimam os bosques e contemplam a luz numinosa da
divina providência, fonte reguladora que conduz o primitivo às cavernas e à fixação.
Instalados em suas cavernas, os gentios deram os primeiros passos na concepção de seus
solenes matrimônios e, já colocando limites em seus domínios, despertaram seu respeito pelos
mortos. Faremos, então, uma análise das principais divindades que amparam a solenidade das
núpcias e, logo em seguida, buscaremos entender de que forma a construção dos sepulcros
delimitava as fronteiras do que era selvagem e do que já se mantinha fixado. Uma análise do
escudo de Aquiles elucidará o contexto bélico em que se encontravam os homens na idade
poética, figurando a intrínseca relação entre os campos e as cidades, assim como a constante
luta por justiça e direitos proclamada pelas massas subjugadas. Por fim, daremos atenção
especial a Hércules, personagem que representa a unidade do direito aristocrático. Porém, na
função de duplo poético, Hércules parece também abrir caminho para a inserção dos famoli na
sociedade antes exclusiva aos heróis. Júpiter se entrega aos adultérios e Juno, ciumenta, se
vinga de suas traições. Deste modo, Hércules completa uma tríade que, em seu conjunto,
compreende o caminho percorrido pelas potestades familiares e revela, em meio às
transformações históricas, a abertura política cedida pelos heróis, a contragosto, aos famoli
revoltosos. / Mestre em Filosofia
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A expressão dos afetos em peças para cravo de François Couperin (1668-1733)Gatti, Patricia, 1961- 07 August 1997 (has links)
Orientador: Helena Jank / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Artes / Made available in DSpace on 2018-07-22T22:39:46Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 1997 / Resumo: Este trabalho propõe uma abordagem para a análise da música barroca, baseada na chamada ¿teoria dos afetos¿. A análise musical referenciada nessa perspectiva é aplicada a algumas das Pièces de Clavecin de François Couperin. Os textos chave utilizados foram o Tratado das Paixões da Alma e o Compendium Musicae, de Descartes, como base do pensamento de época no tocante aos afetos; e parte da obra Der Vallkommene Capellmeister, de J. Mattheson, bem como outros tratadistas que ofereceram as formulações da doutrina dos afetos, base do pensamento musical do barroco, ou seja: a música entendida como representação das paixões e emoções humanas. Neste trabalho realizou-se o levantamento dos afetos ou paixões, conforme são definidos por Descartes e como são apropriados pelos tratadistas musicais. Em um segundo passo, buscou-se sistematizar a expressão musical para cada sentimento e diferentes estados de espírito, seguindo as observações e indicações dos tratadistas. A partir dessas leituras obteve-se subsídios suficientes para uma análise de peças de Couperin, demonstrando o uso coerente dos elementos musicais na expressão dos afetos tendo em vista as suas intenções expressivas explicitadas nos títulos, de acordo com as proposições teóricas mencionadas / Abstract: Not informed. / Mestrado
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A linguagem poetica em vico : a construção do conhecimentoGuido, Humberto Aparecido de Oliveira 28 February 1994 (has links)
Orientador : Hermas Gonçalves Arana / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação / Made available in DSpace on 2018-07-18T22:10:01Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 1994 / Resumo: A Filosofia Moderna foi o ponto de partida desta investigação. Para isto foi importante investigar também as raízes do pensamento moderno através da abordagem do humanismo renascentista. Esta primeira parte do trabalho tem a finalidade de oferecer o ambiente cultural em que viveu Giambattista Vico (1668-1744). Vico dedicou-se aos estudos da história, do direito natural e da filologia, .relacionando estes vários campos do saber na filosofia. Seu objetivo era demonstrar as várias fases de desenvolvimento idade. da mente humana e aquilo que era próprio a cada A linguagem poética é a expressão de um saber pré reflexivo, anterior ao raciocínio.lógico. Esta forma de linguagem é própria de uma sabedoria também poética, momento em que a percepção e a imaginação atuam com maior intensidade intelecto humano. A linguagem poética é a base sobre a constrói o conhecimento lógico. sobre o qual se Passando dó campo histórico para o campo epistemológico, a linguagem poética é própria das crianças e dos adolescentes, ela é o caminho para se chegar à reflexão filosófica durante a juventude. Para os modernos, as discussões no campo da linguagem estavam diretamente ligadas às novas formas de escolarização e, aos respectivos' métodos pedagógicos que surgiam em meio às mudanças sócio-econômicas. A reflexão sobre a linguagem oferece novos elementos para repensarmos a influência dos métodos modernos sobre o pensamento pedagógico atual, bem como distorções sofridas por estes métodos ao longo dos séculos / Mestrado / Filosofia e História da Educação / Mestre em Educação
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Des Caractères de La Bruyère au Gil Blas de Lesage : de la réflexion morale à la mise en oeuvre romanesque.Saheb-Alouche, Lucie January 1971 (has links)
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Ambitions et illusions d'un entrepreneur seigneurial en Nouvelle-France : Robert Giffard, 1634-1653Rainville, Alain 25 April 2018 (has links)
Ce mémoire a pour sujet les ambitions et les illusions de l'entrepreneur seigneurial Robert Giffard entre les années 1634 et 1653. Il est subdivisé en cinq chapitres. Le premier chapitre présente les facteurs externes qui influencent les ambitions et les illusions du seigneur de Beauport : l'État et son mandataire, la Compagnie des Cent-Associés, de même que le territoire. Le deuxième chapitre fait une biographie de Robert Giffard où sont présentés ses origines, sa famille, sa première aventure en Amérique, ses entreprises, ses titres et sa promotion sociale. En troisième chapitre, le projet seigneurial de Robert Giffard est présenté avec son plan d'action. Le quatrième chapitre s'attarde à décrire la mise en place du projet seigneurial de Robert Giffard, c'est-à-dire de la seigneurie de Beauport : les défrichements, les premières exploitations, l'établissement d'un premier noyau de peuplement, ainsi que la distribution des terres et la création des arrière-fiefs et des terres en roture. Enfin, le cinquième chapitre présente les réalités, les limitations du plan d'action de Robert Giffard et partant, de ses ambitions : les capitaux financiers et humains insuffisants, la géographie qui influence la forme et l'orientation des terres, les relations entre le seigneur Giffard et ses censitaires en ce qui concerne le premier noyau de peuplement et la préparation de l'aveu de 1647. / Québec Université Laval, Bibliothèque 2013
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Piranesi-Vico-II Campo Marzio : foundations and the eternal cityAitken, R. James (Robert James), 1955- January 1995 (has links)
This paper undertakes to develop an in-depth interpretation of Piranesi's Il Campo Marzio. While drawing heavily from specific details in both the text and images, the study retains a contextual outlook, speculating that Vico's New Science can lend meaning to Piranesi's work. / Based primarily on Vico's concept of the Ideal Eternal History, parallels are drawn between the two works. While this provides the key to entering into Piranesi's work, it reveals only its inner horizon, merely describing in different terms what is already there. / The insights provided by this exercise, however, demonstrate that the making of architecture as promoted by the Campo Marzio is not unlicensed Romantic freedom, but a fundamental, culturally-bound human activity. The paper concludes, moreover, that the making of the Campo Marzio interpretively re-enacts the original imaginative founding of the Eternal City and, as such, constitutes an attempt to re-found Heroic Rome.
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