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Dinâmica da alimentação em Aeglidae em ambiente natural (Crustacea: Decapoda: Anomura)

Bueno, Alessandra Angelica de Padua January 2003 (has links)
Esta pesquisa visa caracterizar a dinâmica alimentar de Aegla platensis Schmitt e A. ligulata Bond-Buckup & Buckup, especialmente, quanto ao hábito alimentar, largura do nicho trófico e preferência alimentar. Além de identificar a macrofauna bentônica dos cursos d’água estudados. As coletas foram realizadas de agosto/99 a agosto/00 no Arroio do Mineiro (29º 30' 0,2''S e 50º 46' 50''W), Taquara, e no Arroio formador do Rio Tainhas (29º 15' 30,2''S e 50º 13' 12,5'' W), São Francisco de Paula, RS. A macrofauna bentônica, coletada com amostrador Suber, foi triada em laboratório e os animais identificados e quantificados. Para análise estomacal, foram coletados juvenis e adultos de A. platensis e A. ligulata, em quatro horários. O conteúdo estomacal foi analisado utilizando-se: o Grau de Repleção (GR), a Frequência de Ocorrência (FO), o Métodos dos Pontos (MP) e o Índice Alimentar (IA). Análise de Agrupamento e Análise de Coordenadas Principais foram utilizadas para comparar as dietas de juvenis e adultos, além da variação nos itens alimentares nas classes de tamanho. Para o cálculo da largura do nicho trófico foi utilizada a medida de largura do nicho de Levins. Na identificação da preferência alimentar foram utilizados: a Taxa de Forrageamento (FR), o Índice de Eletividade (Ei) e a Preferência Alimentar Ordenada (ti). Os principais representantes da macrofauna bentônica coletados neste estudo foram Insecta, Crustacea, Acarina e Mollusca. Com relação aos índices de diversidade, o Arroio de Tainhas apresentou valores médios relativamente mais altos do que o Arroio de Taquara. Nos estômagos dos aeglíedos estudados foram encontrados detritos vegetais, algas, areia, Insecta imaturos das ordens Diptera, Ephemeroptera, Coleoptera, Trichoptera, microcrustáceos. Não houve diferença significativa entre a alimentação de machos e fêmeas de ambas as espécies. Entretanto, os valores de GR foram mais elevados às 24h em A. platensis e às 18h em A. ligulata. As análises multivariadas mostraram diferenças nas dietas de juvenis e adultos das duas espécies. Na análise da largura do nicho trófico, observou-se valores mais elevados no outono em A. platensis, e no inverno em A. ligulata. Quanto a preferência alimentar, verificou-se que para as duas espécies o item de maior preferência foi imaturos de Insecta. Com base nestas informações pode-se concluir que estes aeglídeos são, quanto a sua dieta natural, omnívoras, generalistas e oportunistas. / This work aims to characterise the feeding dynamics of Aegla platensis Schmitt and A. ligulata Bond-Buckup & Buckup, especially regarding feeding habits, trophic niche breadth and food preferences. We also identified the benthic fauna of the studied watercourses. Samplings were done from August 1999 to August 2000 on the Mineiro creek (29º 30' 0,2''S and 50º 46' 50''W), Taquara, and on a creek forming the Tainhas river (29º 15' 30,2''S and 50º 13' 12,5'' W), São Francisco de Paula, RS. The benthic fauna, collected with a Suber sampler, was analysed in the laboratory and the animals identified and quantified. For the stomach analysis we collected juveniles and adults of A. platensis and A. ligulata, at four different times of the day. Stomach contents were analysed using: the Fulness Degree (FD), the Frequency of Occurrence (FO), the Method of Points (MP) and the Feeding Index (FI). Cluster Analyses and Principal Coordinates Analyses were used to compare the diets of juvenile and adults, along with variations in food items across the size classes. We used Levins’s trophic niche breadth in the calculations. In the identification of food preferences three methods were employed: 1) Forage Ratio (FR), 2) Electivity Index (Ei) and Rank Preference Index (ti). The primary representatives of the benthonic macrofauna sampled in this study were Insecta, Crustacea, Acarina and Mollusca. In terms of the diversity indexes, the Tainhas creek had relatively higher average values than the Taquara creek. In the stomachs of the studied aeglids we found plant detritus, algae, sand, immature insects of the orders Diptera, Ephemeroptera, Coleoptera, Trichoptera and microcrustaceans. There were no significant differences between the feeding habits of males and females of both species. However, values of FD were higher at 24h em A. platensis and at 18h em A. ligulata. The multivariate analyses detected differences in the diets of juvenile and adults of both species. The analysis of the trophic niche breadth showed that A. platensis had larger values in autumn, whilst A. ligulata had larger values during winter. Regarding the food preference, it can be seen that for both species the favoured item was immature Insecta. Based on these information it can be concluded that these aeglids are, regarding their natural diet, omnivorous generalists, and also opportunistic.
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Dinâmica da alimentação em Aeglidae em ambiente natural (Crustacea: Decapoda: Anomura)

Bueno, Alessandra Angelica de Padua January 2003 (has links)
Esta pesquisa visa caracterizar a dinâmica alimentar de Aegla platensis Schmitt e A. ligulata Bond-Buckup & Buckup, especialmente, quanto ao hábito alimentar, largura do nicho trófico e preferência alimentar. Além de identificar a macrofauna bentônica dos cursos d’água estudados. As coletas foram realizadas de agosto/99 a agosto/00 no Arroio do Mineiro (29º 30' 0,2''S e 50º 46' 50''W), Taquara, e no Arroio formador do Rio Tainhas (29º 15' 30,2''S e 50º 13' 12,5'' W), São Francisco de Paula, RS. A macrofauna bentônica, coletada com amostrador Suber, foi triada em laboratório e os animais identificados e quantificados. Para análise estomacal, foram coletados juvenis e adultos de A. platensis e A. ligulata, em quatro horários. O conteúdo estomacal foi analisado utilizando-se: o Grau de Repleção (GR), a Frequência de Ocorrência (FO), o Métodos dos Pontos (MP) e o Índice Alimentar (IA). Análise de Agrupamento e Análise de Coordenadas Principais foram utilizadas para comparar as dietas de juvenis e adultos, além da variação nos itens alimentares nas classes de tamanho. Para o cálculo da largura do nicho trófico foi utilizada a medida de largura do nicho de Levins. Na identificação da preferência alimentar foram utilizados: a Taxa de Forrageamento (FR), o Índice de Eletividade (Ei) e a Preferência Alimentar Ordenada (ti). Os principais representantes da macrofauna bentônica coletados neste estudo foram Insecta, Crustacea, Acarina e Mollusca. Com relação aos índices de diversidade, o Arroio de Tainhas apresentou valores médios relativamente mais altos do que o Arroio de Taquara. Nos estômagos dos aeglíedos estudados foram encontrados detritos vegetais, algas, areia, Insecta imaturos das ordens Diptera, Ephemeroptera, Coleoptera, Trichoptera, microcrustáceos. Não houve diferença significativa entre a alimentação de machos e fêmeas de ambas as espécies. Entretanto, os valores de GR foram mais elevados às 24h em A. platensis e às 18h em A. ligulata. As análises multivariadas mostraram diferenças nas dietas de juvenis e adultos das duas espécies. Na análise da largura do nicho trófico, observou-se valores mais elevados no outono em A. platensis, e no inverno em A. ligulata. Quanto a preferência alimentar, verificou-se que para as duas espécies o item de maior preferência foi imaturos de Insecta. Com base nestas informações pode-se concluir que estes aeglídeos são, quanto a sua dieta natural, omnívoras, generalistas e oportunistas. / This work aims to characterise the feeding dynamics of Aegla platensis Schmitt and A. ligulata Bond-Buckup & Buckup, especially regarding feeding habits, trophic niche breadth and food preferences. We also identified the benthic fauna of the studied watercourses. Samplings were done from August 1999 to August 2000 on the Mineiro creek (29º 30' 0,2''S and 50º 46' 50''W), Taquara, and on a creek forming the Tainhas river (29º 15' 30,2''S and 50º 13' 12,5'' W), São Francisco de Paula, RS. The benthic fauna, collected with a Suber sampler, was analysed in the laboratory and the animals identified and quantified. For the stomach analysis we collected juveniles and adults of A. platensis and A. ligulata, at four different times of the day. Stomach contents were analysed using: the Fulness Degree (FD), the Frequency of Occurrence (FO), the Method of Points (MP) and the Feeding Index (FI). Cluster Analyses and Principal Coordinates Analyses were used to compare the diets of juvenile and adults, along with variations in food items across the size classes. We used Levins’s trophic niche breadth in the calculations. In the identification of food preferences three methods were employed: 1) Forage Ratio (FR), 2) Electivity Index (Ei) and Rank Preference Index (ti). The primary representatives of the benthonic macrofauna sampled in this study were Insecta, Crustacea, Acarina and Mollusca. In terms of the diversity indexes, the Tainhas creek had relatively higher average values than the Taquara creek. In the stomachs of the studied aeglids we found plant detritus, algae, sand, immature insects of the orders Diptera, Ephemeroptera, Coleoptera, Trichoptera and microcrustaceans. There were no significant differences between the feeding habits of males and females of both species. However, values of FD were higher at 24h em A. platensis and at 18h em A. ligulata. The multivariate analyses detected differences in the diets of juvenile and adults of both species. The analysis of the trophic niche breadth showed that A. platensis had larger values in autumn, whilst A. ligulata had larger values during winter. Regarding the food preference, it can be seen that for both species the favoured item was immature Insecta. Based on these information it can be concluded that these aeglids are, regarding their natural diet, omnivorous generalists, and also opportunistic.
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Dinâmica da alimentação em Aeglidae em ambiente natural (Crustacea: Decapoda: Anomura)

Bueno, Alessandra Angelica de Padua January 2003 (has links)
Esta pesquisa visa caracterizar a dinâmica alimentar de Aegla platensis Schmitt e A. ligulata Bond-Buckup & Buckup, especialmente, quanto ao hábito alimentar, largura do nicho trófico e preferência alimentar. Além de identificar a macrofauna bentônica dos cursos d’água estudados. As coletas foram realizadas de agosto/99 a agosto/00 no Arroio do Mineiro (29º 30' 0,2''S e 50º 46' 50''W), Taquara, e no Arroio formador do Rio Tainhas (29º 15' 30,2''S e 50º 13' 12,5'' W), São Francisco de Paula, RS. A macrofauna bentônica, coletada com amostrador Suber, foi triada em laboratório e os animais identificados e quantificados. Para análise estomacal, foram coletados juvenis e adultos de A. platensis e A. ligulata, em quatro horários. O conteúdo estomacal foi analisado utilizando-se: o Grau de Repleção (GR), a Frequência de Ocorrência (FO), o Métodos dos Pontos (MP) e o Índice Alimentar (IA). Análise de Agrupamento e Análise de Coordenadas Principais foram utilizadas para comparar as dietas de juvenis e adultos, além da variação nos itens alimentares nas classes de tamanho. Para o cálculo da largura do nicho trófico foi utilizada a medida de largura do nicho de Levins. Na identificação da preferência alimentar foram utilizados: a Taxa de Forrageamento (FR), o Índice de Eletividade (Ei) e a Preferência Alimentar Ordenada (ti). Os principais representantes da macrofauna bentônica coletados neste estudo foram Insecta, Crustacea, Acarina e Mollusca. Com relação aos índices de diversidade, o Arroio de Tainhas apresentou valores médios relativamente mais altos do que o Arroio de Taquara. Nos estômagos dos aeglíedos estudados foram encontrados detritos vegetais, algas, areia, Insecta imaturos das ordens Diptera, Ephemeroptera, Coleoptera, Trichoptera, microcrustáceos. Não houve diferença significativa entre a alimentação de machos e fêmeas de ambas as espécies. Entretanto, os valores de GR foram mais elevados às 24h em A. platensis e às 18h em A. ligulata. As análises multivariadas mostraram diferenças nas dietas de juvenis e adultos das duas espécies. Na análise da largura do nicho trófico, observou-se valores mais elevados no outono em A. platensis, e no inverno em A. ligulata. Quanto a preferência alimentar, verificou-se que para as duas espécies o item de maior preferência foi imaturos de Insecta. Com base nestas informações pode-se concluir que estes aeglídeos são, quanto a sua dieta natural, omnívoras, generalistas e oportunistas. / This work aims to characterise the feeding dynamics of Aegla platensis Schmitt and A. ligulata Bond-Buckup & Buckup, especially regarding feeding habits, trophic niche breadth and food preferences. We also identified the benthic fauna of the studied watercourses. Samplings were done from August 1999 to August 2000 on the Mineiro creek (29º 30' 0,2''S and 50º 46' 50''W), Taquara, and on a creek forming the Tainhas river (29º 15' 30,2''S and 50º 13' 12,5'' W), São Francisco de Paula, RS. The benthic fauna, collected with a Suber sampler, was analysed in the laboratory and the animals identified and quantified. For the stomach analysis we collected juveniles and adults of A. platensis and A. ligulata, at four different times of the day. Stomach contents were analysed using: the Fulness Degree (FD), the Frequency of Occurrence (FO), the Method of Points (MP) and the Feeding Index (FI). Cluster Analyses and Principal Coordinates Analyses were used to compare the diets of juvenile and adults, along with variations in food items across the size classes. We used Levins’s trophic niche breadth in the calculations. In the identification of food preferences three methods were employed: 1) Forage Ratio (FR), 2) Electivity Index (Ei) and Rank Preference Index (ti). The primary representatives of the benthonic macrofauna sampled in this study were Insecta, Crustacea, Acarina and Mollusca. In terms of the diversity indexes, the Tainhas creek had relatively higher average values than the Taquara creek. In the stomachs of the studied aeglids we found plant detritus, algae, sand, immature insects of the orders Diptera, Ephemeroptera, Coleoptera, Trichoptera and microcrustaceans. There were no significant differences between the feeding habits of males and females of both species. However, values of FD were higher at 24h em A. platensis and at 18h em A. ligulata. The multivariate analyses detected differences in the diets of juvenile and adults of both species. The analysis of the trophic niche breadth showed that A. platensis had larger values in autumn, whilst A. ligulata had larger values during winter. Regarding the food preference, it can be seen that for both species the favoured item was immature Insecta. Based on these information it can be concluded that these aeglids are, regarding their natural diet, omnivorous generalists, and also opportunistic.
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Biologia reprodutiva, estrutura e dinâmica populacional e avaliação do grau de risco de extinção de Aegla strinatii Türkay, 1972 (Crustacea, Decapoda, Aeglidae) / Reproductive Biology, Population Dynamics and Risk of Extinction of Aegla strinatii Türkay, 1972 (Crustacea, Decapoda, Aeglidae)

Rocha, Sergio Schwarz da 30 August 2007 (has links)
O objetivo principal deste trabalho é contribuir para a preservação e/ou manejo da única população conhecida de Aegla strinatii e reforçar ainda mais a necessidade de preservação da área de ocorrência da espécie. Para tanto, foram realizadas coletas mensais ao longo de dois anos de trabalho de campo no Parque Estadual de Jacupiranga, considerado a segunda maior unidade de conservação do Estado com 150.000 hectares, englobando os municípios de Jacupiranga, Barra do Turvo, Cananéia, Iporanga, Eldorado e Cajati (CLAUSET, 1999). Os espécimes foram coletados com peneiras e armadilhas, no rio das Ostras (S 24°38\'16.2\" ; W48°24\'05.2\"),situado no núcleo Caverna do Diabo, no município de Eldorado. Os objetivos da presente contribuição eram: determinar a razão sexual, composição da população, período de recrutamento e crescimento da espécie; quantificar do grau de heteroquelia; verificar o padrão reprodutivo e determinar a fecundidade; verificar uma possível variação do tamanho dos ovos durante o desenvolvimento embrionário; verificar a ocorrência de desovas sucessivas; avaliar, macroscópica e microscopicamente, as gônadas de fêmeas, caracterizando assim os estágios de desenvolvimento gonadal; determinar a primeira maturação de machos e fêmeas; avaliar a distribuição geográfica de Aegla strinatii, visando definir sua área de ocorrência e localização de novas populações; avaliar o status de risco de extinção da espécie com base em critérios sugeridos pelo IUCN (2001). Esta tese de Doutorado está dividida em quatro capítulos, cada qual abrangendo um assunto pertinente à biologia de A. strinatii, a fim de proporcionar uma leitura mais dinâmica e objetiva e facilitar o encaminhamento dos artigos para publicação em revistas científicas. O Capítulo 1 trata da estrutura populacional e biologia reprodutiva de A. strinatii. Para tanto, foram amostrados 867 indivíduos, sendo 401 machos e 466 fêmeas (razão sexual 1:1,16) que apresentaram comprimentos médios da carapaça em machos e fêmeas foram 19,08 e 18,01 mm, respectivamente. O período reprodutivo da espécie pode ser caracterizado como periódico, estendendo-se de maio a setembro. A fecundidade média foi de 186 ovos; os ovos possuíam formato levemente elíptico, com tamanho médio e coloração variando de acordo com o estágio de desenvolvimento embrionário. A análise macroscópica das gônadas permitiu distinguir quatro estágios de maturação. Cortes histológicos mostraram uma sincronia entre esses estágios e o desenvolvimento progressivo das células ovarianas. Espermatozóides bem formados foram observados apenas em machos com comprimento da carapaça superior a 14,49 mm. No segundo capítulo foram analisados a lateralidade, o crescimento relativo do primeiro par de pereópodes e as proporções biométricas entre a largura do abdome, o peso e o comprimento da carapaça em machos e fêmeas de Aegla strinatii. Todas as comparações demonstraram que as quelas de A. strinatii são assimétricas, em termos de comprimento e largura, em machos e fêmeas. Além disso, foi observada uma maior prevalência de maior desenvolvimento da quela esquerda em ambos os sexos. O tipo de crescimento alométrico positivo predominou nas relações biométricas de machos e fêmeas de A. strinatii. Nos machos, todas as relações biométricas apresentaram diferença significativa na comparação entre espécimes jovens e adultos, enquanto os jovens e adultos do sexo feminino diferiram significativamente apenas nas relações entre o comprimento da carapaça e a largura do quelípode maior, largura do abdome e peso. A partir de cada relação biométrica estudada estabeleceu-se um tamanho da maturidade morfométrica para machos e fêmeas. No capítulo 3 são apresentados resultados sobre o crescimento em comprimento de Aegla. Para tanto, distribuiu-se os comprimentos de carapaça (CC) de machos e fêmeas em classes de tamanho separadamente para os animais capturados com peneira e armadilha. As coortes foram reconhecidas através do método de Bhattacharia, utilizando-se o programa de computador FISAT II (versão 1.2.2) e a curva de crescimento foi ajustada segundo o modelo de von Bertalanffy, com o auxílio do programa de computador CAJUS. A idade da primeira maturação dos machos foi baseada no tamanho de maturação obtido através de análises do crescimento relativo (Cap. 2), enquanto que para as fêmeas utilizou-se o tamanho no qual 50% das fêmeas estavam maduras (Cap. 1). A longevidade de A. strinatii foi calculada com base no valor de CC abaixo do qual 95% da população amostrada está representada. Machos e fêmeas apresentaram taxas de crescimento semelhantes (L¥ = 27.51, K = 0.73 para machos; L¥ = 26.96, K = 0.73 para fêmeas). A idade da primeira maturação foi estimada em 16,5 meses para machos e 16,8 para fêmeas e a longevidade estimada em 33,52 e 34,04 meses em machos e fêmeas, respectivamente. As informações obtidas sobre a biologia reprodutiva, dinâmica populacional, distribuição geográfica, habitat ocupado e ainda, inferências sobre as possíveis ameaças à população foram utilizados para calcular o grau de risco de extinção de A. strinatii, que corresponde ao capítulo 4. Neste último capítulo concluiu-se que a espécie pode ser classificada como \"Ameaçada\" uma vez que sua distribuição geográfica é restrita (ocorrência registrada em apenas três localidades), com uma área de ocupação estimada em menos de 500 km², população de adultos estimada em menos de 2.500 indivíduos e declínio contínuo da qualidade do habitat. Este trabalho representa um desdobramento de um projeto mais amplo, que vigorou de 1998 a 2003, denominado \"Levantamento e Biologia de Crustacea, Insecta e Mollusca de água doce do estado de São Paulo\", integrante do Programa BIOTA/FAPESP. Com o término deste projeto, o conhecimento da fauna de crustáceos decápodes do Vale do Ribeira avançou sobremaneira, contudo o estudo de aspectos da biologia, particularmente dos eglídeos da região, ainda era escasso. O presente trabalho visa contribuir para um maior conhecimento da biologia deste maravilhoso e intrigante grupo de crustáceos decápodes. / This study aims to contribute for preservation of the only known population of Aegla strinatii and to reinforce the necessity to preserve the areas where this species occur. Therefore, monthly collections were realized during a two year period at Jacupiranga State Park which is considered to be the second largest conservation unit of São Paulo State. The specimens were sampled with the aid of sieves and traps, in the Ostras stream (S 24°38\'16.2\"; W 48°24\'05.2\"), Eldorado County. The objectives of this study were: to determine the sex ratio, recruitment period and growth in length and weight of the species; to check heterochelous condition; to verify the reproductive period and fecundity; to check the possibility of egg size variation during embryonic development and the occurrence of successive spawning; to evaluate macroscopic and microscopically the gonads of females; to calculate the size at onset maturity in males and females; to determine the geographical distribution of Aegla strinatii with the finding of new populations; to establish the risk of extinction of the species based on criteria established by the IUCN Species Survival Commission. This PhD Thesis is divided into four chapters, each one focused in a subject of the biology of A. strinatii, so that the readers can have a much more dynamic reading. In Chapter 1 there are information about population structure and reproductive biology of A. strinatii. To achieve the results, 867 individuals, being 401 males and 466 females (sexual reason 1:1.16) were sampled with mean carapace length of 19.08 mm (males) and 18.01 mm (females). The reproduction of the species occurred from May to September and the mean fecundity was 186 eggs. The eggs showed variation in both size and color during the embryonic development. The macroscopic analysis of the gonads allowed distinguishing four maturation stages. Histological sections showed a synchronism between those macroscopic stages and the development of ovarian cells. Spermatozoids completely formed were observed in males with carapace length superior to 14.49 mm. In Chapter 2 there is information on the preferential handedness and the relative growth of the first pair of pereopods, carapace length with and without the rostrum, weight and abdomen width of males and females of Aegla strinatii. All comparisons revealed significant differences and demonstrated that claws of A. strinatii are markedly asymmetrical in terms of both length and width in both sexes. The prevalence of a more developed chela was significantly higher in the left chela than in the right one. Positive allometric growth was predominant in all biometric relations of males and females of A. strinatii. In males, all biometric relationship showed significant difference between adult and young specimens. In females only the relative growth of major claw width, abdomen width and weight showed statistical difference between young and adults. The size at the onset of morphometric maturity for males and females was established for each biometric relation studied. Chapter 3 presents the study on the growth in length of Aegla strinatii. The data on the carapace length of males and females were distributed in size classes for animals captured with sieve and trap. Cohorts were recognized using the method of Bhattacharya and the software FISAT II (version 1.2.2). The von Bertalanffy growth function was adjusted on modal CC vs. time plots with the aid of CAJUS software. Estimation of maturation age was based on the maturation size obtained by relative growth analysis (males) (Cap. 2) and on the size which 50% of all females are considered to be mature (Cap. 1). Longevity was based on the CC below which 95% of the sampled individuals were represented. Males and females presented similar growth patterns (L = 27.51, K = 0.73 for males; L = 26.96, K = 0.73 for females). Males and females attained maturation size in 16.5 and 16.8 months respectively. Longevity was estimated as 33.52 months for males and 34.04 for females. The information obtained on the reproductive biology, population dynamics, geographical distribution and possible threats to the population were used to calculate the risk of extinction of A. strinatii, which is the scope of Chapter 4. Through the analysis of all data the species was classified as \"Threatened\". Its geographical distribution is restricted (only three localities), the area of occupation in less than 500 km², the estimated size of adult population was less than 2.500 individuals and a constant decline on the quality of the habitat was detected. This study is a continuation of BIOTA / FAPESP Program that took place from 1998 and 2003. With the end of this program there was an increment of the knowledge of the decapod crustacean fauna from Ribeira do Iguape River Basin. However, the studies on biology and ecology of these crustaceans, particularly eglids, were still scarce. The present contributes to the knowledge increment on the biology and ecology of a aeglid species.
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Comportamento agonístico e deslocamento em ambiente natural de anomuros de água doce (Crustacea, Decapoda, Aeglidae)

Ayres-Peres, Luciane January 2011 (has links)
Os eglídeos (Anomura, Aeglidae) são um grupo de crustáceos endêmicos do sul da América do Sul e restritos ao ambiente de água doce. Muitos aspectos da biologia e ecologia desses animais são bem conhecidos, porém, pouco se sabe sobre seu comportamento, principalmente o comportamento agressivo e a atividade em ambiente natural. É sabido que entre os animais, os conflitos são resolvidos por comportamentos agonísticos, termo que abrange uma gama de comportamentos de escape, exibições (“displays”), até um extremo do combate físico. Em um contexto ecológico, informações sobre os movimentos e a atividade dos animais são importantes para uma compreensão das exigências de hábitat, padrões de utilização dos recursos e o potencial de interações interespecíficas. A presente tese teve como objetivos: padronizar uma metodologia para análise do comportamento agressivo de eglídeos em laboratório; descrever o comportamento agressivo de Aegla longirostri; avaliar o comportamento agonístico de espécies provenientes de vertentes do lado Pacífico (espécies basais) e Atlântico (espécies derivadas) da América do Sul; comparar os padrões agressivos de fêmeas de A. longirostri e A. manuinflata, e; examinar os padrões de deslocamento, de atividade diária e de ocupação dos diferentes substratos por A. manuinflata em ambiente natural. Para os estudos sobre comportamento agressivo, os animais coletados foram mantidos em aclimatação por uma semana em aquários individuais, pareados para realização de interações intra-específicas e filmados durante 20 minutos, período que foi subdivido para realização das análises. A parir dos confrontos com A. longirostri foram descritos os atos comportamentais, com 16 atos agressivos, e foi estabelecida uma tabela de intensidade da agressividade, variando de -2 (fuga) a 5 (combate intenso). No estudo comparativo entre quatro espécies de Aegla, foi verificado que todas apresentaram comportamentos semelhantes, porém um indivíduo de Aegla denticulata denticulata, apresentou tanatose. O período de latência foi superior ao tempo investido em todos os encontros agressivos. Aegla longirostri, a espécie mais derivada (da vertente do Atlântico) foi a que apresentou maior intensidade agressiva média e a mais basal (da vertente do Pacífico), A. d. denticulata a menor intensidade. Aegla abtao, A. longirostri e A. manuinflata gastaram significativamente mais tempo lutando, prendendo ou agarrando o oponente do que os demais atos, enquanto A. d. denticulata passou 18,2% do tempo sem deslocamento, e não apresentou confronto intenso. Em todas as espécies foi verificada reversão da dominância. Entre as fêmeas, o comportamento é semelhante àquele observado nos machos das mesmas espécies. O período de latência foi mais longo do que qualquer encontro, e o primeiro foi em média mais longo que os demais. Houve uma baixa freqüência na reversão da dominância, o animal que venceu o primeiro encontro, conseqüentemente teve uma probabilidade maior de ser o vencedor final. Para ambas as espécies, o ato mais freqüente foi o de lutar e/ou prender e agarrar com o quelípodo, seguido pelo uso das antenas. A agressividade das fêmeas pode chegar a altos níveis, por vezes, superando a agressividade observada em machos. Para avaliar o deslocamento e a atividade de A. manuinflata em ambiente natural, machos adultos e em intermuda foram monitorados a cada três horas durante nove dias, através da técnica de rádio-telemetria. Os eglídeos apresentaram um deslocamento significativamente maior à montante e apresentaram maior atividade de deslocamento na fotofase escura; a atividade locomotora não foi constante, sendo verificado que os animais passaram um ou mais dias sem deslocamento. Os indivíduos apresentaram especificidade em relação à ocupação dos diferentes tipos de substrato. Esses estudos trazem informações inéditas relativas ao comportamento agressivo de eglídeos, o qual é semelhante ao observado em outros decápodos com quelípodos bem desenvolvidos, porém, muitas peculiaridades foram observadas. Além disso, os resultados do estudo de rádio-telemetria forneceram mais uma informação importante para estudos de conservação das espécies, demonstrando a importância da manutenção dos ambientes naturais para esses indivíduos. / The aeglids (Anomura, Aeglidae) are endemic crustaceans from south region of South America and restricted to freshwater environments. Although several biological and ecological aspects of these animals has already been studied little is known about their behavior, mainly its aggressive behavior and activity in the natural environment. It is known that among animals, conflicts are resolved through agonistic behavior, an expression of which embraces a range of fleeing behaviors, displays, up to the extreme of physical combat. In an ecological context, information on the movements and activity of animals is important for understanding their requirements of habitat, resource usage patterns and the potential of interspecific interactions. This thesis has the following goals: to standardize a method in order to analyze the aggressive behavior of aeglids in laboratory; to describe the aggressive acts of Aegla longirostri; to evaluate the agonistic behavior of species originated from slopes on the Pacific (basal species) and Atlantic (derived species) sides of South America; to compare aggressive pattern of A. longirostri and A. manuinflata females; and to examine the displacement pattern on daily activity and occupancy of substrates by A. manuinflata in natural environment. For the aggressive behavior studies the animals were kept for one week of acclimation in individual fishbowls, then paired for experiments of intraspecific interactions and videotaped for 20 minutes, period which were subdivided for analyzes. From combats with A. longirostri the behavioral acts were described, 16 were considered aggressive acts, and a table of aggression intensity was established, ranging from -2 (fleeing) to 5 (intense combat). Concerning the comparative study among four species of Aegla it was verified that all of them exhibited similar behaviors, but one individual of Aegla denticulata denticulata displayed thanatosis. The latency period was greater than the time invested in all aggressive encounters. Aegla longirostri, the most derived species (from Atlantic slope), was the species that displayed the highest average aggressive intensity and, the most basal species (from Pacific slope), A. d. denticulata the lowest intensity. Aegla abtao, A. longirostri and A. manuinflata spent significantly more time fighting, holding or catching the opponent than the other acts, while A. d. denticulata spent 18.2% of the time without any displacement and did not exhibit intense combat. Reversal of dominance was observed in all species. Female’s behavior is similar to that observed in conspecific males. The latency period was longest than any other encounter and the first one was in average the longest. There was a low reversal of dominance; the animal which won the first encounter consequently had a higher probability of being the final winner. For both species the most frequent act was fighting and/or holding and catching with the cheliped, following by the use of antennae. Female’s aggressiveness can reach high levels, overcoming sometimes the aggressiveness observed in males. To evaluate the displacement and activity of A. manuinflata in natural environment adult males in intermolt stage were monitored at every three hours during nine days through radio-telemetry technique. The aeglids showed a significantly greater displacement toward upstream and had the highest displacement activity on dark photophase; the locomotor activity was not constant, it was observed that the animals spent one or more days without any displacement. Individuals showed specific occupation of different types of substrate. These studies bring novel information concerning aggressive behavior of aeglids which is similar to the behavior observed in other decapods with developed chelipeds, although several peculiarities were noticed. Besides, the results from the radio-telemetry study provided more important information for conservation studies of species, demonstrating the importance of maintenance of natural environment for these animals.
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Comportamento agonístico e deslocamento em ambiente natural de anomuros de água doce (Crustacea, Decapoda, Aeglidae)

Ayres-Peres, Luciane January 2011 (has links)
Os eglídeos (Anomura, Aeglidae) são um grupo de crustáceos endêmicos do sul da América do Sul e restritos ao ambiente de água doce. Muitos aspectos da biologia e ecologia desses animais são bem conhecidos, porém, pouco se sabe sobre seu comportamento, principalmente o comportamento agressivo e a atividade em ambiente natural. É sabido que entre os animais, os conflitos são resolvidos por comportamentos agonísticos, termo que abrange uma gama de comportamentos de escape, exibições (“displays”), até um extremo do combate físico. Em um contexto ecológico, informações sobre os movimentos e a atividade dos animais são importantes para uma compreensão das exigências de hábitat, padrões de utilização dos recursos e o potencial de interações interespecíficas. A presente tese teve como objetivos: padronizar uma metodologia para análise do comportamento agressivo de eglídeos em laboratório; descrever o comportamento agressivo de Aegla longirostri; avaliar o comportamento agonístico de espécies provenientes de vertentes do lado Pacífico (espécies basais) e Atlântico (espécies derivadas) da América do Sul; comparar os padrões agressivos de fêmeas de A. longirostri e A. manuinflata, e; examinar os padrões de deslocamento, de atividade diária e de ocupação dos diferentes substratos por A. manuinflata em ambiente natural. Para os estudos sobre comportamento agressivo, os animais coletados foram mantidos em aclimatação por uma semana em aquários individuais, pareados para realização de interações intra-específicas e filmados durante 20 minutos, período que foi subdivido para realização das análises. A parir dos confrontos com A. longirostri foram descritos os atos comportamentais, com 16 atos agressivos, e foi estabelecida uma tabela de intensidade da agressividade, variando de -2 (fuga) a 5 (combate intenso). No estudo comparativo entre quatro espécies de Aegla, foi verificado que todas apresentaram comportamentos semelhantes, porém um indivíduo de Aegla denticulata denticulata, apresentou tanatose. O período de latência foi superior ao tempo investido em todos os encontros agressivos. Aegla longirostri, a espécie mais derivada (da vertente do Atlântico) foi a que apresentou maior intensidade agressiva média e a mais basal (da vertente do Pacífico), A. d. denticulata a menor intensidade. Aegla abtao, A. longirostri e A. manuinflata gastaram significativamente mais tempo lutando, prendendo ou agarrando o oponente do que os demais atos, enquanto A. d. denticulata passou 18,2% do tempo sem deslocamento, e não apresentou confronto intenso. Em todas as espécies foi verificada reversão da dominância. Entre as fêmeas, o comportamento é semelhante àquele observado nos machos das mesmas espécies. O período de latência foi mais longo do que qualquer encontro, e o primeiro foi em média mais longo que os demais. Houve uma baixa freqüência na reversão da dominância, o animal que venceu o primeiro encontro, conseqüentemente teve uma probabilidade maior de ser o vencedor final. Para ambas as espécies, o ato mais freqüente foi o de lutar e/ou prender e agarrar com o quelípodo, seguido pelo uso das antenas. A agressividade das fêmeas pode chegar a altos níveis, por vezes, superando a agressividade observada em machos. Para avaliar o deslocamento e a atividade de A. manuinflata em ambiente natural, machos adultos e em intermuda foram monitorados a cada três horas durante nove dias, através da técnica de rádio-telemetria. Os eglídeos apresentaram um deslocamento significativamente maior à montante e apresentaram maior atividade de deslocamento na fotofase escura; a atividade locomotora não foi constante, sendo verificado que os animais passaram um ou mais dias sem deslocamento. Os indivíduos apresentaram especificidade em relação à ocupação dos diferentes tipos de substrato. Esses estudos trazem informações inéditas relativas ao comportamento agressivo de eglídeos, o qual é semelhante ao observado em outros decápodos com quelípodos bem desenvolvidos, porém, muitas peculiaridades foram observadas. Além disso, os resultados do estudo de rádio-telemetria forneceram mais uma informação importante para estudos de conservação das espécies, demonstrando a importância da manutenção dos ambientes naturais para esses indivíduos. / The aeglids (Anomura, Aeglidae) are endemic crustaceans from south region of South America and restricted to freshwater environments. Although several biological and ecological aspects of these animals has already been studied little is known about their behavior, mainly its aggressive behavior and activity in the natural environment. It is known that among animals, conflicts are resolved through agonistic behavior, an expression of which embraces a range of fleeing behaviors, displays, up to the extreme of physical combat. In an ecological context, information on the movements and activity of animals is important for understanding their requirements of habitat, resource usage patterns and the potential of interspecific interactions. This thesis has the following goals: to standardize a method in order to analyze the aggressive behavior of aeglids in laboratory; to describe the aggressive acts of Aegla longirostri; to evaluate the agonistic behavior of species originated from slopes on the Pacific (basal species) and Atlantic (derived species) sides of South America; to compare aggressive pattern of A. longirostri and A. manuinflata females; and to examine the displacement pattern on daily activity and occupancy of substrates by A. manuinflata in natural environment. For the aggressive behavior studies the animals were kept for one week of acclimation in individual fishbowls, then paired for experiments of intraspecific interactions and videotaped for 20 minutes, period which were subdivided for analyzes. From combats with A. longirostri the behavioral acts were described, 16 were considered aggressive acts, and a table of aggression intensity was established, ranging from -2 (fleeing) to 5 (intense combat). Concerning the comparative study among four species of Aegla it was verified that all of them exhibited similar behaviors, but one individual of Aegla denticulata denticulata displayed thanatosis. The latency period was greater than the time invested in all aggressive encounters. Aegla longirostri, the most derived species (from Atlantic slope), was the species that displayed the highest average aggressive intensity and, the most basal species (from Pacific slope), A. d. denticulata the lowest intensity. Aegla abtao, A. longirostri and A. manuinflata spent significantly more time fighting, holding or catching the opponent than the other acts, while A. d. denticulata spent 18.2% of the time without any displacement and did not exhibit intense combat. Reversal of dominance was observed in all species. Female’s behavior is similar to that observed in conspecific males. The latency period was longest than any other encounter and the first one was in average the longest. There was a low reversal of dominance; the animal which won the first encounter consequently had a higher probability of being the final winner. For both species the most frequent act was fighting and/or holding and catching with the cheliped, following by the use of antennae. Female’s aggressiveness can reach high levels, overcoming sometimes the aggressiveness observed in males. To evaluate the displacement and activity of A. manuinflata in natural environment adult males in intermolt stage were monitored at every three hours during nine days through radio-telemetry technique. The aeglids showed a significantly greater displacement toward upstream and had the highest displacement activity on dark photophase; the locomotor activity was not constant, it was observed that the animals spent one or more days without any displacement. Individuals showed specific occupation of different types of substrate. These studies bring novel information concerning aggressive behavior of aeglids which is similar to the behavior observed in other decapods with developed chelipeds, although several peculiarities were noticed. Besides, the results from the radio-telemetry study provided more important information for conservation studies of species, demonstrating the importance of maintenance of natural environment for these animals.
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SELEÇÃO SEXUAL EM AEGLA LONGIROSTRI (DECAPODA: ANOMURA): ESCOLHA DE PARCEIRO, MEIOS DE COMUNICAÇÃO E EFEITOS NA AGRESSIVIDADE / SEXUAL SELECTION IN AEGLA LONGIROSTRI (DECAPODA: ANOMURA): MATE CHOICE, COMMUNICATION PATHWAYS AND EFFECTS ON AGGRESSIVENESS

Palaoro, Alexandre Varaschin 19 February 2013 (has links)
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / This study involved two experiments that addressed mate choice, male competition for mature females and the communication pathways used by both sexes in Aegla longirostri. In the first experiment, males were paired according to body and cheliped size, and they were acclimated in the laboratory for a week. Next, they were accommodated in opposite sides of an aquarium that was divided in three parts. A container with a female inside was inserted in the center of the aquarium, according to four treatments: Fimat, perforated and translucent container holding an immature female (N = 10); FmatCV, the same container holding a mature female (N = 10); FmatV, translucent and non-perforated container holding a mature female, (N = 10); FmatC, perforated opaque container with a mature female (N = 10); NF = no female in the container. Afterwards, the males were released and left interacting for 20 min. The following variables were quantified: time of the first three bouts, time spent in aggressive acts, latency period, time that animals remained near the container and the number of antennal whips per bout second. Thus, we observed that males fight more quickly and less intensely in the presence of mature females, independently of the communication pathway used. However, both stimuli were needed to elicit a guarding behavior by the winner. Therefore, the female might be controlling the cues that advertise her receptivity, only releasing them when the preferred male is near. This causes information asymmetry between the males, which makes shorter fights. We also demonstrated the importance of bimodal stimuli (chemical + visual) for reproductive behaviors, since the behavioral repertory presented was more complex when both could be used. To assess mate choice in A. longirostri, we used a different experimental design. Animals were grouped in triads, two of them were used as choices ( targets ) and one as the choosing individual ( focal ). They were accommodated in a Y-maze in four different treatments: MD, adult male as focal animal and two females, one immature and one mature as targets (N = 8); FD, mature female as focal animal and two adult males, a large male and a smaller one as targets (N = 7); Q, like FD but the female could choose based only in chemical cues provided by the targets (N = 7); F, like FD but the female could choose based only in visual cues (N = 7). The eglids were acclimated for 10 min and then the focal animal was released for 20 min. We quantified the time spent in the corridor as an index of preference. Males did not choose between females, however the time spent in the mature female corridor was highly variable. On the other hand, the females only chose the large males when they could assess them through visual and chemical stimuli. Thus, females may control the release of cues that advertise her receptivity, and so, only preferred males could actually make the choice. The females may also need more information to choose between potential mates, since they only showed preference when two stimuli were present. / Este estudo envolveu dois experimentos que abordaram a escolha de parceiros, a competição por fêmeas maduras e os meios de comunicação utilizados pelos indivíduos de Aegla longirostri. No primeiro, machos desta espécie foram pareados conforme o tamanho corporal e dos quelípodos e, após uma semana de aclimatação em laboratório, foram acomodados em lados opostos de um aquário dividido em três partes. No centro deste aquário foi inserido um recipiente que continha uma fêmea, conforme quatro tratamentos: Fimat, recipiente translúcido e perfurado que continha uma fêmea imatura (N = 10); FmatCV, igual ao anterior, porém com uma fêmea madura (N = 10); FmatV, recipiente sem perfurações, translúcido e com fêmea madura (N = 10); FmatC, recipiente perfurado, opaco e com fêmea madura (N = 10); NF = sem fêmea, recipiente vazio (N = 5). Então, os machos eram liberados e deixados para interagir por 20 min. Foram quantificados: o tempo dos três primeiros confrontos, tempo que os animais passaram em atos agressivos, tempo de latência, tempo que permaneceram próximos ao recipiente e o número de antenadas dividido pelo tempo de confronto. Com isso, foi observado que os machos possuem embates mais rápidos e menos intensos na presença de fêmeas maduras, independente do meio de comunicação. Porém, foram necessários ambos os estímulos para que o macho vencedor ficasse mais tempo próximo do recipiente, em um comportamento possivelmente de guarda. Logo, a fêmea pode estar controlando o estímulo que anuncia sua receptividade, liberando-o apenas quando o macho preferido está próximo, o que causa assimetria de informações entre os combatentes, fazendo com que o confronto termine mais cedo. Também foi demonstrada a importância de estímulos bimodais (químico + visual) para comportamentos reprodutivos, uma vez que na presença destes, o repertório apresentado foi mais complexo. Para verificar a escolha de parceiro pelos sexos de A. longirostri, foi utilizado outro design experimental que foi composto de três animais, sendo dois para serem escolhidos ( alvos ) e um para escolher ( discriminante ), dispostos em um aquário em Y, em quatro tratamentos: MD, macho adulto como animal discriminante e duas fêmeas, uma imatura e outra madura, como alvos (N = 8); FD, fêmea madura como discriminante e dois machos adultos, um grande e outro pequeno, como alvos (N = 7); Q, igual ao anterior, porém a fêmea poderia escolher baseada apenas em estímulos químicos dos alvos (N = 7); V, igual ao FD, porém a fêmea poderia escolher utilizando apenas os estímulos visuais dos alvos (N = 7). Os eglídeos eram aclimatados por 10 min e, após, o animal discriminante era liberado por 20 min; o tempo que este permanecia em cada corredor era quantificado e utilizado como índice de escolha. Os machos não realizaram escolha, porém houve muita variação de tempo permanecido no corredor que havia fêmea madura. Já as fêmeas só escolheram machos grandes quando este poderia liberar estímulos visuais e químicos concomitantemente. Portanto, a fêmea provavelmente controla a liberação dos químicos que indicam sua receptividade, por isso só alguns machos realizaram a escolha. Elas também necessitam de mais informações para escolher um parceiro, uma vez que só realizaram escolha quando havia dois estímulos presentes.
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Aegla platensis: UM COMPLEXO DE ESPÉCIES? EVIDÊNCIAS A PARTIR DO GENE MITOCONDRIAL COI / Aegla platensis: a species complex? Evidences from the mitochondrial gene COI

Hauschild, Caroline Bacelar 22 February 2011 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Aeglid crabs have attracted researchers because they represent the only anomuran family entirely restricted to continental waters, besides being endemic to the tropical and temperate regions of South America, occurring in streams, creeks, rivers, lagoons and caves. These crabs are becoming more and more restricted to the headwaters due to their necessity of clean and well oxygenated water. The family Aeglidae encompasses about 70 species described up to now, and of these, 23 are found in Rio Grande do Sul state (RS). Aegla platensis is one of the few species found in the three hydrographic basins of RS. Due to its broad distribution, this study investigates the taxonomic status of A. platensis occurring in Uruguay and Guaíba basins. Analysis were carried out with partial sequences of the mitochondrial genes 16S, COI and COII individually as well as the three genes concatenated. Phylogenetic analysis were performed using Neighbor-Joining, Maximum Parsimony, Maximum Likelihood, and Bayesian Inference, which presented high statistical supports, suggesting the hypothesis that A. platensis may constitute a complex with at least three species. These results are in agreement with the other analyses realized in the present study. / Os eglídeos há muito tempo despertam o interesse dos pesquisadores, pois são os únicos representantes da Infraordem Anomura que ocorrem em águas continentais. Ademais são endêmicos da região tropical/temperada da América do Sul, onde são comumente encontrados. A família Aeglidae compreende cerca de 70 espécies descritas até o momento, destas, aproximadamente 23 ocorrem no Rio Grande do Sul, sendo que Aegla platensis é uma das poucas espécies de eglídeos encontrados nas três bacias hidrográficas do RS (Bacia do Guaíba, Bacia do Uruguai e Bacia Litorânea). Devido a sua ampla distribuição decidiu-se investigar o status taxonômico de Aegla platensis oriundas da Bacia do Uruguai e Bacia do Guaíba. As análises foram realizadas com os genes mitocondriais 16S, COI e COII separadamente e com os dados concatenados dos três genes. As construções filogenéticas de A. platensis foram realizadas com os métodos Neigbhor-Joining, Máxima Parcimônia, Máxima Verossimilhança e Bayesiana, os quais apresentaram alto suporte estatístico sugerindo a hipótese de que A. platensis constitua um complexo de no mínimo três espécies. Estes dados também são congruentes com as outras análises realizadas neste estudo.
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Comportamento agonístico e deslocamento em ambiente natural de anomuros de água doce (Crustacea, Decapoda, Aeglidae)

Ayres-Peres, Luciane January 2011 (has links)
Os eglídeos (Anomura, Aeglidae) são um grupo de crustáceos endêmicos do sul da América do Sul e restritos ao ambiente de água doce. Muitos aspectos da biologia e ecologia desses animais são bem conhecidos, porém, pouco se sabe sobre seu comportamento, principalmente o comportamento agressivo e a atividade em ambiente natural. É sabido que entre os animais, os conflitos são resolvidos por comportamentos agonísticos, termo que abrange uma gama de comportamentos de escape, exibições (“displays”), até um extremo do combate físico. Em um contexto ecológico, informações sobre os movimentos e a atividade dos animais são importantes para uma compreensão das exigências de hábitat, padrões de utilização dos recursos e o potencial de interações interespecíficas. A presente tese teve como objetivos: padronizar uma metodologia para análise do comportamento agressivo de eglídeos em laboratório; descrever o comportamento agressivo de Aegla longirostri; avaliar o comportamento agonístico de espécies provenientes de vertentes do lado Pacífico (espécies basais) e Atlântico (espécies derivadas) da América do Sul; comparar os padrões agressivos de fêmeas de A. longirostri e A. manuinflata, e; examinar os padrões de deslocamento, de atividade diária e de ocupação dos diferentes substratos por A. manuinflata em ambiente natural. Para os estudos sobre comportamento agressivo, os animais coletados foram mantidos em aclimatação por uma semana em aquários individuais, pareados para realização de interações intra-específicas e filmados durante 20 minutos, período que foi subdivido para realização das análises. A parir dos confrontos com A. longirostri foram descritos os atos comportamentais, com 16 atos agressivos, e foi estabelecida uma tabela de intensidade da agressividade, variando de -2 (fuga) a 5 (combate intenso). No estudo comparativo entre quatro espécies de Aegla, foi verificado que todas apresentaram comportamentos semelhantes, porém um indivíduo de Aegla denticulata denticulata, apresentou tanatose. O período de latência foi superior ao tempo investido em todos os encontros agressivos. Aegla longirostri, a espécie mais derivada (da vertente do Atlântico) foi a que apresentou maior intensidade agressiva média e a mais basal (da vertente do Pacífico), A. d. denticulata a menor intensidade. Aegla abtao, A. longirostri e A. manuinflata gastaram significativamente mais tempo lutando, prendendo ou agarrando o oponente do que os demais atos, enquanto A. d. denticulata passou 18,2% do tempo sem deslocamento, e não apresentou confronto intenso. Em todas as espécies foi verificada reversão da dominância. Entre as fêmeas, o comportamento é semelhante àquele observado nos machos das mesmas espécies. O período de latência foi mais longo do que qualquer encontro, e o primeiro foi em média mais longo que os demais. Houve uma baixa freqüência na reversão da dominância, o animal que venceu o primeiro encontro, conseqüentemente teve uma probabilidade maior de ser o vencedor final. Para ambas as espécies, o ato mais freqüente foi o de lutar e/ou prender e agarrar com o quelípodo, seguido pelo uso das antenas. A agressividade das fêmeas pode chegar a altos níveis, por vezes, superando a agressividade observada em machos. Para avaliar o deslocamento e a atividade de A. manuinflata em ambiente natural, machos adultos e em intermuda foram monitorados a cada três horas durante nove dias, através da técnica de rádio-telemetria. Os eglídeos apresentaram um deslocamento significativamente maior à montante e apresentaram maior atividade de deslocamento na fotofase escura; a atividade locomotora não foi constante, sendo verificado que os animais passaram um ou mais dias sem deslocamento. Os indivíduos apresentaram especificidade em relação à ocupação dos diferentes tipos de substrato. Esses estudos trazem informações inéditas relativas ao comportamento agressivo de eglídeos, o qual é semelhante ao observado em outros decápodos com quelípodos bem desenvolvidos, porém, muitas peculiaridades foram observadas. Além disso, os resultados do estudo de rádio-telemetria forneceram mais uma informação importante para estudos de conservação das espécies, demonstrando a importância da manutenção dos ambientes naturais para esses indivíduos. / The aeglids (Anomura, Aeglidae) are endemic crustaceans from south region of South America and restricted to freshwater environments. Although several biological and ecological aspects of these animals has already been studied little is known about their behavior, mainly its aggressive behavior and activity in the natural environment. It is known that among animals, conflicts are resolved through agonistic behavior, an expression of which embraces a range of fleeing behaviors, displays, up to the extreme of physical combat. In an ecological context, information on the movements and activity of animals is important for understanding their requirements of habitat, resource usage patterns and the potential of interspecific interactions. This thesis has the following goals: to standardize a method in order to analyze the aggressive behavior of aeglids in laboratory; to describe the aggressive acts of Aegla longirostri; to evaluate the agonistic behavior of species originated from slopes on the Pacific (basal species) and Atlantic (derived species) sides of South America; to compare aggressive pattern of A. longirostri and A. manuinflata females; and to examine the displacement pattern on daily activity and occupancy of substrates by A. manuinflata in natural environment. For the aggressive behavior studies the animals were kept for one week of acclimation in individual fishbowls, then paired for experiments of intraspecific interactions and videotaped for 20 minutes, period which were subdivided for analyzes. From combats with A. longirostri the behavioral acts were described, 16 were considered aggressive acts, and a table of aggression intensity was established, ranging from -2 (fleeing) to 5 (intense combat). Concerning the comparative study among four species of Aegla it was verified that all of them exhibited similar behaviors, but one individual of Aegla denticulata denticulata displayed thanatosis. The latency period was greater than the time invested in all aggressive encounters. Aegla longirostri, the most derived species (from Atlantic slope), was the species that displayed the highest average aggressive intensity and, the most basal species (from Pacific slope), A. d. denticulata the lowest intensity. Aegla abtao, A. longirostri and A. manuinflata spent significantly more time fighting, holding or catching the opponent than the other acts, while A. d. denticulata spent 18.2% of the time without any displacement and did not exhibit intense combat. Reversal of dominance was observed in all species. Female’s behavior is similar to that observed in conspecific males. The latency period was longest than any other encounter and the first one was in average the longest. There was a low reversal of dominance; the animal which won the first encounter consequently had a higher probability of being the final winner. For both species the most frequent act was fighting and/or holding and catching with the cheliped, following by the use of antennae. Female’s aggressiveness can reach high levels, overcoming sometimes the aggressiveness observed in males. To evaluate the displacement and activity of A. manuinflata in natural environment adult males in intermolt stage were monitored at every three hours during nine days through radio-telemetry technique. The aeglids showed a significantly greater displacement toward upstream and had the highest displacement activity on dark photophase; the locomotor activity was not constant, it was observed that the animals spent one or more days without any displacement. Individuals showed specific occupation of different types of substrate. These studies bring novel information concerning aggressive behavior of aeglids which is similar to the behavior observed in other decapods with developed chelipeds, although several peculiarities were noticed. Besides, the results from the radio-telemetry study provided more important information for conservation studies of species, demonstrating the importance of maintenance of natural environment for these animals.
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Biologia reprodutiva, estrutura e dinâmica populacional e avaliação do grau de risco de extinção de Aegla strinatii Türkay, 1972 (Crustacea, Decapoda, Aeglidae) / Reproductive Biology, Population Dynamics and Risk of Extinction of Aegla strinatii Türkay, 1972 (Crustacea, Decapoda, Aeglidae)

Sergio Schwarz da Rocha 30 August 2007 (has links)
O objetivo principal deste trabalho é contribuir para a preservação e/ou manejo da única população conhecida de Aegla strinatii e reforçar ainda mais a necessidade de preservação da área de ocorrência da espécie. Para tanto, foram realizadas coletas mensais ao longo de dois anos de trabalho de campo no Parque Estadual de Jacupiranga, considerado a segunda maior unidade de conservação do Estado com 150.000 hectares, englobando os municípios de Jacupiranga, Barra do Turvo, Cananéia, Iporanga, Eldorado e Cajati (CLAUSET, 1999). Os espécimes foram coletados com peneiras e armadilhas, no rio das Ostras (S 24°38\'16.2\" ; W48°24\'05.2\"),situado no núcleo Caverna do Diabo, no município de Eldorado. Os objetivos da presente contribuição eram: determinar a razão sexual, composição da população, período de recrutamento e crescimento da espécie; quantificar do grau de heteroquelia; verificar o padrão reprodutivo e determinar a fecundidade; verificar uma possível variação do tamanho dos ovos durante o desenvolvimento embrionário; verificar a ocorrência de desovas sucessivas; avaliar, macroscópica e microscopicamente, as gônadas de fêmeas, caracterizando assim os estágios de desenvolvimento gonadal; determinar a primeira maturação de machos e fêmeas; avaliar a distribuição geográfica de Aegla strinatii, visando definir sua área de ocorrência e localização de novas populações; avaliar o status de risco de extinção da espécie com base em critérios sugeridos pelo IUCN (2001). Esta tese de Doutorado está dividida em quatro capítulos, cada qual abrangendo um assunto pertinente à biologia de A. strinatii, a fim de proporcionar uma leitura mais dinâmica e objetiva e facilitar o encaminhamento dos artigos para publicação em revistas científicas. O Capítulo 1 trata da estrutura populacional e biologia reprodutiva de A. strinatii. Para tanto, foram amostrados 867 indivíduos, sendo 401 machos e 466 fêmeas (razão sexual 1:1,16) que apresentaram comprimentos médios da carapaça em machos e fêmeas foram 19,08 e 18,01 mm, respectivamente. O período reprodutivo da espécie pode ser caracterizado como periódico, estendendo-se de maio a setembro. A fecundidade média foi de 186 ovos; os ovos possuíam formato levemente elíptico, com tamanho médio e coloração variando de acordo com o estágio de desenvolvimento embrionário. A análise macroscópica das gônadas permitiu distinguir quatro estágios de maturação. Cortes histológicos mostraram uma sincronia entre esses estágios e o desenvolvimento progressivo das células ovarianas. Espermatozóides bem formados foram observados apenas em machos com comprimento da carapaça superior a 14,49 mm. No segundo capítulo foram analisados a lateralidade, o crescimento relativo do primeiro par de pereópodes e as proporções biométricas entre a largura do abdome, o peso e o comprimento da carapaça em machos e fêmeas de Aegla strinatii. Todas as comparações demonstraram que as quelas de A. strinatii são assimétricas, em termos de comprimento e largura, em machos e fêmeas. Além disso, foi observada uma maior prevalência de maior desenvolvimento da quela esquerda em ambos os sexos. O tipo de crescimento alométrico positivo predominou nas relações biométricas de machos e fêmeas de A. strinatii. Nos machos, todas as relações biométricas apresentaram diferença significativa na comparação entre espécimes jovens e adultos, enquanto os jovens e adultos do sexo feminino diferiram significativamente apenas nas relações entre o comprimento da carapaça e a largura do quelípode maior, largura do abdome e peso. A partir de cada relação biométrica estudada estabeleceu-se um tamanho da maturidade morfométrica para machos e fêmeas. No capítulo 3 são apresentados resultados sobre o crescimento em comprimento de Aegla. Para tanto, distribuiu-se os comprimentos de carapaça (CC) de machos e fêmeas em classes de tamanho separadamente para os animais capturados com peneira e armadilha. As coortes foram reconhecidas através do método de Bhattacharia, utilizando-se o programa de computador FISAT II (versão 1.2.2) e a curva de crescimento foi ajustada segundo o modelo de von Bertalanffy, com o auxílio do programa de computador CAJUS. A idade da primeira maturação dos machos foi baseada no tamanho de maturação obtido através de análises do crescimento relativo (Cap. 2), enquanto que para as fêmeas utilizou-se o tamanho no qual 50% das fêmeas estavam maduras (Cap. 1). A longevidade de A. strinatii foi calculada com base no valor de CC abaixo do qual 95% da população amostrada está representada. Machos e fêmeas apresentaram taxas de crescimento semelhantes (L¥ = 27.51, K = 0.73 para machos; L¥ = 26.96, K = 0.73 para fêmeas). A idade da primeira maturação foi estimada em 16,5 meses para machos e 16,8 para fêmeas e a longevidade estimada em 33,52 e 34,04 meses em machos e fêmeas, respectivamente. As informações obtidas sobre a biologia reprodutiva, dinâmica populacional, distribuição geográfica, habitat ocupado e ainda, inferências sobre as possíveis ameaças à população foram utilizados para calcular o grau de risco de extinção de A. strinatii, que corresponde ao capítulo 4. Neste último capítulo concluiu-se que a espécie pode ser classificada como \"Ameaçada\" uma vez que sua distribuição geográfica é restrita (ocorrência registrada em apenas três localidades), com uma área de ocupação estimada em menos de 500 km², população de adultos estimada em menos de 2.500 indivíduos e declínio contínuo da qualidade do habitat. Este trabalho representa um desdobramento de um projeto mais amplo, que vigorou de 1998 a 2003, denominado \"Levantamento e Biologia de Crustacea, Insecta e Mollusca de água doce do estado de São Paulo\", integrante do Programa BIOTA/FAPESP. Com o término deste projeto, o conhecimento da fauna de crustáceos decápodes do Vale do Ribeira avançou sobremaneira, contudo o estudo de aspectos da biologia, particularmente dos eglídeos da região, ainda era escasso. O presente trabalho visa contribuir para um maior conhecimento da biologia deste maravilhoso e intrigante grupo de crustáceos decápodes. / This study aims to contribute for preservation of the only known population of Aegla strinatii and to reinforce the necessity to preserve the areas where this species occur. Therefore, monthly collections were realized during a two year period at Jacupiranga State Park which is considered to be the second largest conservation unit of São Paulo State. The specimens were sampled with the aid of sieves and traps, in the Ostras stream (S 24°38\'16.2\"; W 48°24\'05.2\"), Eldorado County. The objectives of this study were: to determine the sex ratio, recruitment period and growth in length and weight of the species; to check heterochelous condition; to verify the reproductive period and fecundity; to check the possibility of egg size variation during embryonic development and the occurrence of successive spawning; to evaluate macroscopic and microscopically the gonads of females; to calculate the size at onset maturity in males and females; to determine the geographical distribution of Aegla strinatii with the finding of new populations; to establish the risk of extinction of the species based on criteria established by the IUCN Species Survival Commission. This PhD Thesis is divided into four chapters, each one focused in a subject of the biology of A. strinatii, so that the readers can have a much more dynamic reading. In Chapter 1 there are information about population structure and reproductive biology of A. strinatii. To achieve the results, 867 individuals, being 401 males and 466 females (sexual reason 1:1.16) were sampled with mean carapace length of 19.08 mm (males) and 18.01 mm (females). The reproduction of the species occurred from May to September and the mean fecundity was 186 eggs. The eggs showed variation in both size and color during the embryonic development. The macroscopic analysis of the gonads allowed distinguishing four maturation stages. Histological sections showed a synchronism between those macroscopic stages and the development of ovarian cells. Spermatozoids completely formed were observed in males with carapace length superior to 14.49 mm. In Chapter 2 there is information on the preferential handedness and the relative growth of the first pair of pereopods, carapace length with and without the rostrum, weight and abdomen width of males and females of Aegla strinatii. All comparisons revealed significant differences and demonstrated that claws of A. strinatii are markedly asymmetrical in terms of both length and width in both sexes. The prevalence of a more developed chela was significantly higher in the left chela than in the right one. Positive allometric growth was predominant in all biometric relations of males and females of A. strinatii. In males, all biometric relationship showed significant difference between adult and young specimens. In females only the relative growth of major claw width, abdomen width and weight showed statistical difference between young and adults. The size at the onset of morphometric maturity for males and females was established for each biometric relation studied. Chapter 3 presents the study on the growth in length of Aegla strinatii. The data on the carapace length of males and females were distributed in size classes for animals captured with sieve and trap. Cohorts were recognized using the method of Bhattacharya and the software FISAT II (version 1.2.2). The von Bertalanffy growth function was adjusted on modal CC vs. time plots with the aid of CAJUS software. Estimation of maturation age was based on the maturation size obtained by relative growth analysis (males) (Cap. 2) and on the size which 50% of all females are considered to be mature (Cap. 1). Longevity was based on the CC below which 95% of the sampled individuals were represented. Males and females presented similar growth patterns (L = 27.51, K = 0.73 for males; L = 26.96, K = 0.73 for females). Males and females attained maturation size in 16.5 and 16.8 months respectively. Longevity was estimated as 33.52 months for males and 34.04 for females. The information obtained on the reproductive biology, population dynamics, geographical distribution and possible threats to the population were used to calculate the risk of extinction of A. strinatii, which is the scope of Chapter 4. Through the analysis of all data the species was classified as \"Threatened\". Its geographical distribution is restricted (only three localities), the area of occupation in less than 500 km², the estimated size of adult population was less than 2.500 individuals and a constant decline on the quality of the habitat was detected. This study is a continuation of BIOTA / FAPESP Program that took place from 1998 and 2003. With the end of this program there was an increment of the knowledge of the decapod crustacean fauna from Ribeira do Iguape River Basin. However, the studies on biology and ecology of these crustaceans, particularly eglids, were still scarce. The present contributes to the knowledge increment on the biology and ecology of a aeglid species.

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