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Memórias dos Cacerolazos: cartografias de forças não sonoras se tornando sonoras / Memories of Cacerolazos: cartography of non sonic forces becoming sonicBetencourt, Paulo Ricardo 13 March 2014 (has links)
Os cacerolazos surgidos em meados de 1971 no Chile, que se espalharam posteriormente pela América do Sul, se configuram como ações coletivas que agenciam múltiplas formas de expressão sonoras a favor das lutas de um povo. Em sua maioria, os participantes de tais ações se utilizam de diversos tipos de panelas e/ou utensílios domésticos para produzir um território rico e de alta intensidade e complexidade sonora. A pesquisa: Memórias dos Cacerolazos: cartografia de forças não sonoras se tornando sonoras tem como propósito tecer uma cartografia a partir de relatos, depoimentos e vivências acerca dos cacerolazos que aconteceram em Buenos Aires (2001) e Santiago do Chile (2011). Pretende-se fazer um caminhar nômade, de uma análise fluída que escuta a vida; isto é, compreender através da escuta os sentidos produzidos por aqueles que participaram destas ações. Tais encontros permitem colocar corpos em movimentos e assim criar e possibilitar a efetuação de novos territórios que se dão nos deslocamentos destas forças e fluxos. São memórias como acontecimento, que emergem e se desdobram a partir de forças não sonoras e que permitem pensar numa memória a partir de uma escuta da diferença. A pesquisa lança mão de conceitos fundamentais para se pensar o tempo do acontecimento; do tempo Aíon. Um tempo que não é o tempo das medidas e dos relógios, mas um tempo incorpóreo que permite que cada indivíduo entre neste constante produzir-se e assim permita que os hábitos e as memórias se articulem num devir inventivo: produtor de novos tempos e de novos modos de se viver a cada instante. Deste modo pode-se vislumbrar novas maneiras de se fazer política a partir de memórias que não são estanques, mais inventivas e produtoras de novas realidades / The cacerolazos, originated in mid-1971 in Chile, which later spread throughout South America, are collective actions promoting multiple forms of sonic expression in favor of a peoples fight. Mostly, the participants of such actions use various types of cookware and/or household itens to produce a rich territory of high intensity and complexity sounding. The research Memories of Cacerolazos: cartography of non sonic forces becoming sonic aims to weave a mapping through reports, statements and experiences about cacerolazos that happened in Buenos Aires and Chile in 2011. It seeks to wander, from a fluid analysis that listens life; i.e., to comprehend through hearing the meanings produced for those who participate in these actions. Such meetings allow bodies to be put in movement, creating and enabling the effectuation of new territories that occurs at offsets of these forces and flows. Those meetings are memories as events, emerging and unfolding from non sonic forces, that enable considering a memory from a listening of difference. This research makes use of fundamental concepts to ponder the time of the event; the Aíon time. A time that is not the time from measurements and watches, but an incorporeal time that allows each individual to enter this constant becoming and thus allow the habits and memories being articulated in a inventive becoming: producer of new times and new ways of living every moment. Therefore one can envision new ways of doing politics from memories that are not watertight, but more inventive and producer of new realities
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Memórias dos Cacerolazos: cartografias de forças não sonoras se tornando sonoras / Memories of Cacerolazos: cartography of non sonic forces becoming sonicPaulo Ricardo Betencourt 13 March 2014 (has links)
Os cacerolazos surgidos em meados de 1971 no Chile, que se espalharam posteriormente pela América do Sul, se configuram como ações coletivas que agenciam múltiplas formas de expressão sonoras a favor das lutas de um povo. Em sua maioria, os participantes de tais ações se utilizam de diversos tipos de panelas e/ou utensílios domésticos para produzir um território rico e de alta intensidade e complexidade sonora. A pesquisa: Memórias dos Cacerolazos: cartografia de forças não sonoras se tornando sonoras tem como propósito tecer uma cartografia a partir de relatos, depoimentos e vivências acerca dos cacerolazos que aconteceram em Buenos Aires (2001) e Santiago do Chile (2011). Pretende-se fazer um caminhar nômade, de uma análise fluída que escuta a vida; isto é, compreender através da escuta os sentidos produzidos por aqueles que participaram destas ações. Tais encontros permitem colocar corpos em movimentos e assim criar e possibilitar a efetuação de novos territórios que se dão nos deslocamentos destas forças e fluxos. São memórias como acontecimento, que emergem e se desdobram a partir de forças não sonoras e que permitem pensar numa memória a partir de uma escuta da diferença. A pesquisa lança mão de conceitos fundamentais para se pensar o tempo do acontecimento; do tempo Aíon. Um tempo que não é o tempo das medidas e dos relógios, mas um tempo incorpóreo que permite que cada indivíduo entre neste constante produzir-se e assim permita que os hábitos e as memórias se articulem num devir inventivo: produtor de novos tempos e de novos modos de se viver a cada instante. Deste modo pode-se vislumbrar novas maneiras de se fazer política a partir de memórias que não são estanques, mais inventivas e produtoras de novas realidades / The cacerolazos, originated in mid-1971 in Chile, which later spread throughout South America, are collective actions promoting multiple forms of sonic expression in favor of a peoples fight. Mostly, the participants of such actions use various types of cookware and/or household itens to produce a rich territory of high intensity and complexity sounding. The research Memories of Cacerolazos: cartography of non sonic forces becoming sonic aims to weave a mapping through reports, statements and experiences about cacerolazos that happened in Buenos Aires and Chile in 2011. It seeks to wander, from a fluid analysis that listens life; i.e., to comprehend through hearing the meanings produced for those who participate in these actions. Such meetings allow bodies to be put in movement, creating and enabling the effectuation of new territories that occurs at offsets of these forces and flows. Those meetings are memories as events, emerging and unfolding from non sonic forces, that enable considering a memory from a listening of difference. This research makes use of fundamental concepts to ponder the time of the event; the Aíon time. A time that is not the time from measurements and watches, but an incorporeal time that allows each individual to enter this constant becoming and thus allow the habits and memories being articulated in a inventive becoming: producer of new times and new ways of living every moment. Therefore one can envision new ways of doing politics from memories that are not watertight, but more inventive and producer of new realities
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