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SE DIO TE LASCI, LETTOR. ASPECTOS DA AUTOTEORIZAÇÃO EM FANNY OWEN, DE AGUSTINA BESSA-LUÍSMikuska, Edenilson 24 June 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-06-24 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The subject of this study is the self-theorization in the novel Fanny Owen (1979) by Portuguese writer Agustina Bessa-Luís. The self-theorization occurs when literature looks at itself in a movement of self-reflexivity. Fanny Owen herself is entirely a self-theorization exercise. Her work is a fictional treatment of biographical facts related to historical personalities – mainly to the writer Camilo Castelo Branco, to his friend José Augusto Pinto de Magalhães, and to Fanny Owen, daughter of the British Colonel Hugh Owen , who had a leading role in the Portuguese Civil War (1828 -1834) . These three characters are involved in a love triangle. The narrative presents as a background the cultural context dominated by the Romantic movement, which has notable influence on the characters, especially on Fanny and Jose Augusto, readers of literature – mainly of Lord Byron. Given the importance that the theme of the literature appears in Fanny Owen, it seemed appropriate to allocate it in the subgenre "novel of reading", concept created by German theorist Volker Rollof. The novel of reading is that work whose reading of literature by its characters featured prominently in the plot. Such a condition of the work herein studied favors our approach of the self-theorization theme, since this category of novels, when addressing the relationship between reader and literature reading, necessarily establishes a discussion on the literary phenomenon. However, self-theorization also appears at other levels in this novel. It occurs through the narrator, who at several moments uses strategies in an attempt to be confused with the empirical author and that, moreover, mind-wanders about the art of writing. It also occurs when it portrays the writer Camilo Castelo Branco as a writer in training. Chapter I addresses specifically the self-theorization theme and reflections supported by theoretical contributions from Jonathan Culler, Antoine Compagnon, David Lodge, Umberto Eco, Lelia Pereira Duarte and Karin Volobuef. In Chapter II, it begins the study of the novel Fanny Owen discussing its main themes: the romantic culture, which appears portrayed in panorama along the plot, and the love triangle, which I analyze in accordance with the ideas of Denis de Rougemont and René Girard. The third chapter deals specifically with the self-theoretical mechanisms in the novel Fanny Owen. / O presente trabalho tem como tema a autoteorização no romance Fanny Owen (1979), da escritora portuguesa Agustina Bessa-Luís. A autoteorização ocorre quando a literatura volta o olhar sobre si mesma, num movimento de autorreflexividade. Fanny Owen é integralmente um exercício de autoteorização. A obra dá tratamento ficcional a fatos biográficos relacionados a personalidades históricas – principalmente o escritor Camilo Castelo Branco, seu amigo José Augusto Pinto de Magalhães, e Fanny Owen, filha do coronel inglês Hugh Owen, o qual teve destacado papel na Guerra Civil Portuguesa (1828-1834). Temos então estes três personagens envolvidos num triângulo amoroso. A narrativa apresenta como pano de fundo o contexto cultural dominado pelo movimento romântico, que tem notável influência nos personagens, principalmente em Fanny e José Augusto, leitores de literatura – sobretudo, de Lord Byron. Dada a importância com que o tema da literatura aparece em Fanny Owen, pareceu-me cabível alocá-lo no subgênero ―romance de leitura‖, conceito criado pelo teórico alemão Volker Rollof. O romance de leitura é a obra em que a leitura de literatura pelos personagens aparece com destaque na trama. Tal condição da obra ora estudada oportuniza a abordagem do tema da autoteorização, já que tal categoria de romances, ao tratar da relação entre leitor e leitura de literatura, estabelece necessariamente uma discussão sobre o fenômeno literário. No entanto, a autoteorização aparece também em outros níveis neste romance. Ocorre através do narrador, que em diversos momentos lança mão de estratégias na tentativa de ser confundido com o autor empírico e que, além disso, é dado a divagações sobre a arte da escrita. Ocorre também na medida em que retrata o escritor Camilo Castelo Branco como escritor em formação. O capítulo I aborda especificamente a autoteorização e conta com reflexões amparadas pelos aportes teóricos de Jonathan Culler, Antoine Compagnon, David Lodge, Umberto Eco, Lelia Pereira Duarte e Karin Volobuef. No capítulo II, começo o estudo do romance Fanny Owen, discutindo seus temas principais: a cultura romântica, a qual aparece retratada em panorama ao longo do enredo, e o triângulo amoroso, que analiso segundo as ideias de Denis de Rougemont e René Girard. O terceiro capítulo trata especificamente dos mecanismos autoteorizantes em Fanny Owen.
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Na santa, a devassa: figurações do feminino em Manoel de Oliveira e Agustina Bessa-Luís / The lover within the innocent: female archetypes in Manoel de Oliveira and Agustina Bessa-LuísCamargo, Fernanda Barini [UNESP] 20 December 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-12-20 / A obra do longevo cineasta português Manoel de Oliveira (1908-1922) constitui um grande tributo à arte. Ao longo de sua carreira, o cineasta desenvolveu um cinema de relação visceral com a literatura em seus mais diversos gêneros, homenageando escritores portugueses e estrangeiros. Dentre as parcerias fundamentais para o entendimento de sua ficção está aquela que estabeleceu com a escritora Agustina Bessa-Luís (n. 1922), da qual resultou um trabalho criativo vulcânico, embora nem sempre concordante. Certamente, o elo mais significativo entre as páginas da romancista e a tela do cineasta é o protagonismo de personagens femininas enigmáticas, cujas figurações assumem ora a máscara da santa, ora a da devassa. Assim, um estudo comparativo entre um díptico de Manoel de Oliveira, composto pelos longas-metragens O Princípio da Incerteza (2002) e Espelho Mágico (2005), e os seus respectivos textos de origem, Joia de Família (2001) e A alma dos ricos (2002) é o escopo deste trabalho. Pretendemos investigar a construção de sentidos orquestrada pela tradução intersemiótica do cineasta na (re)elaboração de suas personagens femininas, considerando as relações, que sistematicamente se estabelecem, na sua obra, entre cinema e literatura. A escolha do corpus a investigar justifica-se pela relevância do jogo de espelhos que os dois filmes, interligados, propõem: as protagonistas femininas (interpretadas por Leonor Silveira e Leonor Baldaque, musas do cineasta) oscilam entre a figura da santa e a da devassa alternadamente, constituindo deste modo uma espécie de síntese da concepção do universo feminino que perpassa muito significativamente todo o cinema de Oliveira desde O passado e o presente (1972). / The long-lived Portuguese film-maker Manoel de Oliveira’s oeuvre constitutes a great tribute to art. Throughout his career, the film-maker developed a literature-strongly-related cinematographic work, exploring various literary genres as well as honoring Portuguese and foreign writers. Among fundamental partnerships for his fiction understanding, there is the one estabilished with the novelist Agustina Bessa-Luís, from which resulted a creative volcanic work, though not always in agreement. Certainly, the most meaningful link between the novelist’s pages and the film-maker’s screen is the enigmatic female characters’ protagonism, whose archetypes assume either the female mask of the innocent, or the mask of the lover. Thus, a comparative study between a Manoel de Oliveira’s diptych, composed by the feature films The uncertainty principle (2002) and Magic mirror (2005), and their respective source novels, Joia de Família (2001) and A alma dos ricos (2002) is the aim of this work. We intend to look into their meaning-making, orchestrated through the intersemiotic translation by the film-maker in his own female characters’ (re)creation, considering the relations that systematically estabilish in his work between cinema and literature. The choice of the corpus to research is justified for the relevant set of mirrors which the two films, linked, propose: the female main characters (played by Leonor Silveira and Leonor Baldaque, the film-maker’s muses) alternately oscillate from the female archetype of the innocent up to the female archetype of the lover, constituting a sort of synthesis on the female universe conception that meanignfully crosses Oliveira’s whole film work since Past and present (1972).
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Mãos que tecem o tempo e o espaço: Agustina Bessa-Luís e Vieira da SilvaVasconcelos, Viviane da Silva 15 May 2017 (has links)
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Tese_final_completa_impressão.pdf: 4987344 bytes, checksum: e0d3683fe9b744d64abc6a4b17a6078f (MD5) / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Centro de Educação e Humanidades, Instituto de Letras, Rio de Janeiro, RJ / Este trabalho se dedica a refletir sobre a relação espaço-temporal nas obras da pintora
Maria Helena Vieira da Silva e da escritora Agustina Bessa-Luís. O diálogo entre as duas,
pintora e escritora, que tem como argumento inicial a maneira como ambas evidenciam a
necessidade de uma investigação da relação espaço-temporal na pintura e na literatura, se
confirma por meio de temas que foram desenvolvidos no decorrer da produção de ambas.
O primeiro, é a biblioteca. Apesar de não estar descrita de maneira expressiva nas
narrativas agustinianas, a forma como Vieira da Silva compreende e pinta quadros cujos
temas são as bibliotecas dialoga com uma visão peculiar construída pela escrita de
Agustina Bessa-Luís, sobretudo por meio da ideia de livros que contêm outros livros. O
segundo, o jogo, insistentemente um tema que fora inserido na obra de Vieira da Silva,
também está presente nos romances agustinianos. O último se refere à casa e ao ateliê.
Assim, a biblioteca, o jogo e a casa/ateliê são mais do que temas que aproximam pintora
e escritora, são maneiras de entendimento e de uma construção de visões sobre a relação
espaço-temporal contidas na pintura e na literatura / The aim of this thesis is to reflect on the relationship between space and time in the works
of the painter Maria Helena Vieira da Silva, and the writer Agustina Bessa-Luis. The
dialog between the painter and writer, which first argument is to discuss how both of them
highlight the need of an investigation of the mentioned relationship, confirms itself trough
themes which were developed along both artists production. The first one is the library.
In spite of not being clearly described in Agustina's narratives, the way Vieira da Silva
understands and creates library-themed paintings dialogs with a peculiar view, built by
Bessa-Luis' writing, especially through the idea that books contain other books. The
game, second elected theme, has been persistently included in Vieira da Silva's work and
also in Agustinian novels. At last, the third theme refers to the house and the art studio.
Therefore, the library, the game and the house/ art studio are not only relating themes
between the painter and the writer, but also ways of understanding and of
interpreting possibilities for the space-time relationship that painting and literature
contain
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A enciclopédia aberta de Agustina Bessa-Luís: uma escrita entre parênteses / The open encyclopedia of Agustina Bessa-Luís: a writing between bracketsDenubila, Rodrigo Valverde [UNESP] 13 April 2018 (has links)
Submitted by Rodrigo Valverde Denubila (rodrigo.denubila@gmail.com) on 2018-06-04T20:47:32Z
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Previous issue date: 2018-04-13 / Esta pesquisa fundamenta-se na hipótese de entender a obra da escritora portuguesa Agustina Bessa-Luís como uma enciclopédia aberta. Faz-se necessário, em vista disso, discutir o modo pelo qual a enciclopédia se estrutura e quais temas-chave privilegia. Frisa-se, aqui, que o termo “aberta”, no título deste trabalho, especifica a estética da incompletude ou a poética do inacabado. Justificando a segunda parte do título, nossa reflexão tem também por objetivo identificar traços da composição da escritora portuguesa a partir da concepção de uma escrita entre parênteses, representativa da multiplicação como qualificador do seu método composicional. Estruturalmente, identificamos esse fenômeno pela presença de diferentes níveis narrativos e, consequentemente, de cadeias de sentidos. Sendo assim, procura-se refletir sobre a pluralidade, como Agustina Bessa-Luís vale-se deste aspecto para estabelecer a modalização de vozes, de verdades e de conhecimentos e, assim, dar forma a sua enciclopédia ficcional construída em mais de sessenta obras. Esta pesquisa de doutorado toma como corpus três romances, a saber: A Corte do Norte (1987), Um cão que sonha (1997) e A Ronda da Noite (2006), com algumas incursões pelo texto ficcional paradigmático da autora em foco: A Sibila (1954). / This research is based on the hypothesis of understanding the work of the Portuguese writer Agustina Bessa-Luís as an open encyclopedia. It is therefore necessary to discuss the way in which the encyclopedia is structured and which main topics it privileges. It is emphasized here that the term “open”, in the title of this work, specifies the aesthetics of incompleteness or the poetics of the unfinished. Justifying the second part of the title, our reflection also aims to identify traces of the composition of the Portuguese writer from the conception of a writing in parentheses, representative of multiplication as qualifier of its compositional method. Structurally, we identify this phenomenon by the presence of different narrative levels and, consequently, of chains of meanings. Thus, we try to reflect on the plurality, as Agustina Bessa- Luís uses this aspect to establish the modalization of voices, truths and knowledge and, thus, give shape to her fictional encyclopedia constructed in more than sixty works. This doctoral research takes as corpus three novels, namely: A Corte do Norte (1987), Um cão que sonha (1997) and A Ronda da Noite (2006), with some incursions by the paradigmatic fictional text of the author in focus: A Sibila (1954)
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Da escrita da vida como construção ficcional : perspectivas de leitura de Florbela Espanca, de Agustina Bessa-LuísFurlan, Vivian Leme 17 February 2016 (has links)
Submitted by Bruna Rodrigues (bruna92rodrigues@yahoo.com.br) on 2016-10-10T14:09:31Z
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Previous issue date: 2016-02-17 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) / Published in 1979, the work Florbela Espanca: vida e obra, by Agustina Bessa-Luís,
shows itself as a complex characterization text to fitness in a unique literary genre, due to
compose, in a first aspect, a narration of life. However, it is clear that it is not just from a pure
character and simply biographical, suggesting a fluid possibility between referentiality and
fictional categories. For this, the presented concerns revolve around the question how Agustina’s
work feed in a hybrid communion of different textual categories. Our interests are, also, observe how this kind of genre complexity is an occurrence in author conception, mainly in the
Portuguese scene after the Revolução dos Cravos placing it thus in line with female authors, allowing a contemporary work analysis, in addition to their compliance with certain neobarroco procedures that approaches the textual structure to a kaleidoscope image and its effects in the whole composition. / Publicada em 1979, a obra Florbela Espanca, de Agustina Bessa-Luís, apresenta-se, a
partir dos seus primeiros indícios, como um texto de caracterização complexa quanto à
adequação a um gênero literário único, em virtude de constituir, numa primeira perspectiva, um relato de vida. No entanto, é nítido que o mesmo não se realiza apenas a partir de um caráter pura e simplesmente biográfico, sugerindo, portanto, uma possível fluidez entre as categorias de referencialidade e de ficcionalidade. Por este viés de leitura, o estudo apresentado gira em torno da interrogação se esta obra Agustiniana não alimentaria uma comunhão híbrida de diferentes categorias textuais. Interessa-nos observar, também, como esse tipo de complexidade genológica constitui uma ocorrência na concepção efabulatória da autora, principalmente no cenário português de autoria feminina pós-Revolução dos Cravos, permitindo, assim, uma análise contemporânea da obra, além de sua consonância com certos procedimentos estéticos neobarrocos que aproximam a estrutura textual à imagem do caleidoscópio e de seus reflexos na
totalidade da composição.
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