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Análise geofísica, geoquímica e isotópica da Suíte Figueira Branca, Mato Grosso, Brasil / Geophysical, Geochemical and Isotopic Analysis of the Figueira Branca Suite, Mato Grosso, BrazilLouro, Vinicius Hector Abud 07 April 2017 (has links)
A Suíte Figueira Branca é um complexo máfico-ultramáfico no Terreno Jauru, sudoeste do Cráton Amazônico. Novos dados litológicos, geoquímicos, de raios gama e de campos potenciais, integrados com dados geológicos, isotópicos e paleomagnéticos, foram utilizados para caracterizar of pulso magmático Mesoproterozóico da suíte vinculado a um ambiente distensivo. A Suíte Figueira Branca foi formada pela intrusão na crosta de um magma juvenil em 1425 Ma, mesma idade dos estágios tardios da orogenia Santa Helena. Em três artigos, esta suíte foi estudada em escalas desde microscópicas a continentais. Primeiramente, a Suíte Figueira Branca foi analisada através de lâminas para determinar a influência da utilização de vínculos errados ou inadequados na modelagem de dados de campos magnéticos e gravimétricos. Em seguida, a extensão do magmatismo pertencente à suite foi delimitado, via campos potenciais e gamaespectrometria, a quatro corpos ao norte da cidade de Indiavaí, MT - Brasil. A modelagem dos dados de campos gravimétrico e magnético indicaram que as fontes dos sinais geofísicos se encontram em horizontes rasos ou aflorantes. Estas intrusões apresentam um alinhamento noroeste por mais de 8 Km, com magnetização remanente significativa consistentes direções publicadas em estudos paleomagnéticos. O crescente enriquecimento de Elementos de Terras-Raras leves em corpos gabróicos da suíte foi interpretado como evidência de fracionamento progressivo do magma. A instrusão, a mineralogia e a assinatura geoquímica indicaram um ambiente de extesão de retro-arco durante os estágios finais da orogenia Santa Helena. A terceira parte deste trabalho consistiu na avaliação de reconstruções através de dados de campo magnético do supercontinente paleo- a mesoproterozóico Nuna. O mapa global de anomalia magnética, EMAG2, permitiu observar continuidades de lineamentos e regimes magnéticos em domínios de idades similares em diferentes crátons (Amazônico, Báltico, Oeste Africano, do Norte da China). Estas propriedades magnéticas indicaram a teoria que melhor se adequava aos dados de campo magnético, e sugeriram o ambiente regional onde o Terreno Jauru se encontrava na época da intrusão da Suíte Figueira Branca. / The Figueira Branca Suite is a layered mafic-ultramafic complex in the Jauru Terrane, southwest Amazon Craton. New lithological, geochemical, gamma-ray and potential field data, integrated with geological, isotope and paleomagnetic data are used to characterize this pulse of Mesoproterozoic extension-related magmatism. The Figueira Branca Suite formed through juvenile magma emplacement into the crust at 1425 Ma, coeval with the later stages of the Santa Helena Orogen. In three papers, this suite was studied from microscopic to continental scales. First, the Figueira Branca suite was analysed through thin sections to determine the influence of inaccurate constraints in magnetic and gravity field modelling. Then, the extent of magmatism within the suite was delimited to four bodies to the north of Indiavaí city, MT - Brazil, with potential fields and gamma-ray data. Modelling gravity and magnetic field data indicated that the anomalous sources are close to the surface or outcropping. These intrusions trend northwest over 8 km, with significant remanent magnetization that is consistent with published direction obtained through paleomagnetic data. The increasing enrichment of LREE in the gabbroic bodies of the suite was interpreted as evidence of progressive fractionation of the magma. The emplacement, mineralogy and geochemical signature point towards a backarc extension tectonic framework in the later stages of the Santa Helena Orogen. The third part of the work consisted on evaluating reconstructions of the Paleo-Mesoproterozoic supercontinent Nuna with magnetic field data. The global magnetic anomaly map, EMAG2, allowed to observe continuity of magnetic lineaments and regimes in domains of similar ages in different cratons (Amazon, Baltica, West Africa and North China). These magnetic features indicated the theory which the magnetic field best supported, and suggested the regional environment where the Jauru Terrane was inserted by the time of the intrusion of the Figueira Branca Suite.
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Análise geofísica, geoquímica e isotópica da Suíte Figueira Branca, Mato Grosso, Brasil / Geophysical, Geochemical and Isotopic Analysis of the Figueira Branca Suite, Mato Grosso, BrazilVinicius Hector Abud Louro 07 April 2017 (has links)
A Suíte Figueira Branca é um complexo máfico-ultramáfico no Terreno Jauru, sudoeste do Cráton Amazônico. Novos dados litológicos, geoquímicos, de raios gama e de campos potenciais, integrados com dados geológicos, isotópicos e paleomagnéticos, foram utilizados para caracterizar of pulso magmático Mesoproterozóico da suíte vinculado a um ambiente distensivo. A Suíte Figueira Branca foi formada pela intrusão na crosta de um magma juvenil em 1425 Ma, mesma idade dos estágios tardios da orogenia Santa Helena. Em três artigos, esta suíte foi estudada em escalas desde microscópicas a continentais. Primeiramente, a Suíte Figueira Branca foi analisada através de lâminas para determinar a influência da utilização de vínculos errados ou inadequados na modelagem de dados de campos magnéticos e gravimétricos. Em seguida, a extensão do magmatismo pertencente à suite foi delimitado, via campos potenciais e gamaespectrometria, a quatro corpos ao norte da cidade de Indiavaí, MT - Brasil. A modelagem dos dados de campos gravimétrico e magnético indicaram que as fontes dos sinais geofísicos se encontram em horizontes rasos ou aflorantes. Estas intrusões apresentam um alinhamento noroeste por mais de 8 Km, com magnetização remanente significativa consistentes direções publicadas em estudos paleomagnéticos. O crescente enriquecimento de Elementos de Terras-Raras leves em corpos gabróicos da suíte foi interpretado como evidência de fracionamento progressivo do magma. A instrusão, a mineralogia e a assinatura geoquímica indicaram um ambiente de extesão de retro-arco durante os estágios finais da orogenia Santa Helena. A terceira parte deste trabalho consistiu na avaliação de reconstruções através de dados de campo magnético do supercontinente paleo- a mesoproterozóico Nuna. O mapa global de anomalia magnética, EMAG2, permitiu observar continuidades de lineamentos e regimes magnéticos em domínios de idades similares em diferentes crátons (Amazônico, Báltico, Oeste Africano, do Norte da China). Estas propriedades magnéticas indicaram a teoria que melhor se adequava aos dados de campo magnético, e sugeriram o ambiente regional onde o Terreno Jauru se encontrava na época da intrusão da Suíte Figueira Branca. / The Figueira Branca Suite is a layered mafic-ultramafic complex in the Jauru Terrane, southwest Amazon Craton. New lithological, geochemical, gamma-ray and potential field data, integrated with geological, isotope and paleomagnetic data are used to characterize this pulse of Mesoproterozoic extension-related magmatism. The Figueira Branca Suite formed through juvenile magma emplacement into the crust at 1425 Ma, coeval with the later stages of the Santa Helena Orogen. In three papers, this suite was studied from microscopic to continental scales. First, the Figueira Branca suite was analysed through thin sections to determine the influence of inaccurate constraints in magnetic and gravity field modelling. Then, the extent of magmatism within the suite was delimited to four bodies to the north of Indiavaí city, MT - Brazil, with potential fields and gamma-ray data. Modelling gravity and magnetic field data indicated that the anomalous sources are close to the surface or outcropping. These intrusions trend northwest over 8 km, with significant remanent magnetization that is consistent with published direction obtained through paleomagnetic data. The increasing enrichment of LREE in the gabbroic bodies of the suite was interpreted as evidence of progressive fractionation of the magma. The emplacement, mineralogy and geochemical signature point towards a backarc extension tectonic framework in the later stages of the Santa Helena Orogen. The third part of the work consisted on evaluating reconstructions of the Paleo-Mesoproterozoic supercontinent Nuna with magnetic field data. The global magnetic anomaly map, EMAG2, allowed to observe continuity of magnetic lineaments and regimes in domains of similar ages in different cratons (Amazon, Baltica, West Africa and North China). These magnetic features indicated the theory which the magnetic field best supported, and suggested the regional environment where the Jauru Terrane was inserted by the time of the intrusion of the Figueira Branca Suite.
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Conditions of diamond formation and preservation from on- and off-craton settingsHunt, Lucy Unknown Date
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Petrologia e geocronologia do complexo máfico-ultramáfico trincheira, sudoeste do cráton amazônico: implicações tectônicas do mesoproterozóicoRizzotto, Gilmar Jose January 2012 (has links)
A ambiência geotectônica das rochas máfico-ultramáficas do sudoeste do Cráton Amazônico é, de uma maneira geral, pouco conhecida. A maioria dos trabalhos desta porção cratônica está enfocada nos estudos geocronológicos em granitóides, de modo que pouco se sabe sobre a origem e significado tectônico destas rochas. Neste contexto, esta pesquisa buscou contribuir para o conhecimento da evolução geotectônica do sudoeste do Cráton Amazônico, através da caracterização de um complexo ofiolítico Mesoproterozóico, correspondente ao Complexo Trincheira, de idade Calimiana. Desta forma, uma nova proposta de modelo tectônico é aqui apresentada, a qual explica muitas das características anteriormente enigmáticas da história Pré-cambriana desta área-chave e possibilita outras alternativas para a reconstrução do supercontinente Columbia. O ofiolito Trincheira é composto de rochas extrusivas (anfibolitos derivados de basaltos maciços e almofadados), intrusivas máfico-ultramáficas, chert, formação ferrífera bandada, pelitos, psamitos e pequena proporção de rochas cálcio-silicáticas. A composição geoquímica das rochas extrusivas e intrusivas máfico-ultramáficas mostra semelhanças com os basaltos toleiíticos modernos, as quais possuem moderado a forte fracionamento de elementos terras-raras leves, padrão quase horizontal dos elementos terras-raras pesados e moderada a forte anomalia negativa dos elementos de alto campo de força (especialmente Nb), uma assinatura geoquímica típica de zona de subducção. As unidades basais do ofiolito Trincheira são quimicamente similares aos modernos basaltos de cadeia meso-oceânica (MORB). Esse comportamento químico muda para as unidades de topo as quais apresentam uma assinatura similar aos toleiítos de arco-de- ilha (IAT). Portanto, o ofiolito Trincheira deve ter sido originado em um ambiente intra-oceânico de supra-subducção composto de um sistema de arco/retro-arco. Os dados isotópicos de Sm, Nd e Sr para essas rochas indicam valores iniciais de Nd de moderados a altamente positivos (+2.6 a +8.8) e muito baixa razão inicial de 87Sr/86Sr (0,7013 – 0,7033), sugerindo que esses magmas foram originados a partir de uma fonte mantélica empobrecida e nada ou fracamente contaminados por componentes de subducção. O complexo ofiolítico foi deformado, metassomatizado e metamorfisado durante o desenvolvimento da Faixa Móvel Guaporé, um orógeno acrescionário-colisional Mesoproterozóico (1,47-1,35 Ba), constituído pela zona de sutura Guaporé, a qual une o Cráton Amazônico com o Bloco Paraguá. A fase colisional que marca o encaixe final dessas duas massas continentais ocorreu por volta de 1,35 Ba, onde o metamorfismo atingiu temperaturas entre 780 a 853°C nos granulitos máficos e 680 a 720°C nos anfibolitos, com pressão média de 6,8 kbar. A sutura Guaporé foi reativada no final do Mesoproterozóico e evoluiu para a abertura de um rift intracontinental, com a sedimentação das rochas dos Grupos Nova Brasilândia e Aguapeí, o qual marca a fragmentação final do supercontinente Columbia, por volta de 1,3-1,2 Ba. Granulitos máficos, anfibolitos e trondhjemitos da porção meridional do Cinturão Nova Brasilândia, representativos da última fase compressional que afetou o sudoeste do Cráton Amazônico, forneceram idades U-Pb de 1110 Ma, as quais datam o metamorfismo de alto grau e o fechamento do rift, processo resultante da acresção do microcontinente Arequipa-Antofalla ao Cráton Amazônico. Portanto, a fragmentação do supercontinente Columbia foi seguida rapidamente pela aglomeração de outras massas continentais, formando o supercontinente Rodínia, por volta de 1100 Ma. / The tectonic framework of the ultramafic-mafic rocks of the southwestern Amazon Craton is generally little known. Most of work this cratonic portion is focused on the geochronological studies of granitoids, so that little is known about the origin and tectonic significance of these rocks. In this context, this study contributes to the knowledge of the tectonic evolution of the southwestern Amazon Craton, through the characterization of a Mesoproterozoic ophiolitic complex, corresponding to the Trincheira Complex of Calymmian age, and propose a tectonic model that explains many previously enigmatic features of the Precambrian history of this key craton, and discuss its role in the reconstruction of the Columbia supercontinent. The complex comprises extrusive rocks (fine-grained amphibolites derived from massive and pillowed basalts), mafic-ultramafic intrusive rocks, chert, banded iron formation, pelites, psammitic and a smaller proportion of calc-silicate rocks. The geochemical composition of the extrusive and intrusive rocks indicates that all noncumulus mafic-ultramafic rocks are tholeiitic basalts. These rocks display moderately to strongly fractionation of light rare earth elements (LREE), near-flat heavy rare earth elements (HREE) patterns and moderate to strong negative high field strength elements (HFSE) anomalies (especially Nb), a geochemical signature typical of subduction zones. The lowest units of the Trincheira ophiolite are similar to the modern mid-ocean ridge basalt (MORB). This behavior changes to an island arc tholeiites (IAT) signature in the upper units of the Trincheira ophiolite. Therefore, the Trincheira ophiolite appears to have originated in an intraoceanic supra-subduction setting composed of an arc-back-arc system. Mafic-ultramafic rocks of the Trincheira ophiolites display moderate to highly positive initial Nd values of +2.6 to +8.8 and very low values for the initial 87Sr/86Sr ratio (0.7013 - 0.7033). It is suggested that these magmas originated from a depleted mantle source, which experienced low degree of contamination by variable subduction components. The ophiolitic sequence was deformed, metasomatized and metamorphosed during the development of the Alto Guaporé Belt, a Mesoproterozoic accretionary-collisional orogen that represents the Guaporé suture zone. Metamorphism was pervasive and reached temperatures of 780-853°C in mafic granulites and 680-720°C in amphibolites under an overall pressure of 6.8 kbar. The Guaporé suture zone is defined by the ESE–WNW trending mafic-ultramafic belt formed during a Mesoproterozoic (ca. 1.47-1.43 Ga) accretionary phase, and overprinted by upper amphibolite-granulite facies metamorphism during collisional phase in the Ectasian (~1.35 Ga), which mark the docking final of the Amazon craton and Paraguá Block. This suture was reactivated and evolved from the development of an intracontinental rift environment, represented by Nova Brasilândia and Aguapeí Groups, which mark the final breakup of the supercontinent Columbia in the late Mesoproterozoic (ca. 1.3-1.2 Ga). Mafic granulites, amphibolites and trondhjemites in the northernmost portion of the Nova Brasilândia belt yield U-Pb zircon ages ca. 1110 Ma, which dates the high-grade metamorphism and the closure of the rift, due to the accretion of the Arequipa-Antofalla basement to the Amazon craton. Therefore, the breakup of supercontinent Columbia was followed in short sequence by the assembly of supercontinent Rodinia at ca. 1100 Ma.
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Petrologia e geocronologia do complexo máfico-ultramáfico trincheira, sudoeste do cráton amazônico: implicações tectônicas do mesoproterozóicoRizzotto, Gilmar Jose January 2012 (has links)
A ambiência geotectônica das rochas máfico-ultramáficas do sudoeste do Cráton Amazônico é, de uma maneira geral, pouco conhecida. A maioria dos trabalhos desta porção cratônica está enfocada nos estudos geocronológicos em granitóides, de modo que pouco se sabe sobre a origem e significado tectônico destas rochas. Neste contexto, esta pesquisa buscou contribuir para o conhecimento da evolução geotectônica do sudoeste do Cráton Amazônico, através da caracterização de um complexo ofiolítico Mesoproterozóico, correspondente ao Complexo Trincheira, de idade Calimiana. Desta forma, uma nova proposta de modelo tectônico é aqui apresentada, a qual explica muitas das características anteriormente enigmáticas da história Pré-cambriana desta área-chave e possibilita outras alternativas para a reconstrução do supercontinente Columbia. O ofiolito Trincheira é composto de rochas extrusivas (anfibolitos derivados de basaltos maciços e almofadados), intrusivas máfico-ultramáficas, chert, formação ferrífera bandada, pelitos, psamitos e pequena proporção de rochas cálcio-silicáticas. A composição geoquímica das rochas extrusivas e intrusivas máfico-ultramáficas mostra semelhanças com os basaltos toleiíticos modernos, as quais possuem moderado a forte fracionamento de elementos terras-raras leves, padrão quase horizontal dos elementos terras-raras pesados e moderada a forte anomalia negativa dos elementos de alto campo de força (especialmente Nb), uma assinatura geoquímica típica de zona de subducção. As unidades basais do ofiolito Trincheira são quimicamente similares aos modernos basaltos de cadeia meso-oceânica (MORB). Esse comportamento químico muda para as unidades de topo as quais apresentam uma assinatura similar aos toleiítos de arco-de- ilha (IAT). Portanto, o ofiolito Trincheira deve ter sido originado em um ambiente intra-oceânico de supra-subducção composto de um sistema de arco/retro-arco. Os dados isotópicos de Sm, Nd e Sr para essas rochas indicam valores iniciais de Nd de moderados a altamente positivos (+2.6 a +8.8) e muito baixa razão inicial de 87Sr/86Sr (0,7013 – 0,7033), sugerindo que esses magmas foram originados a partir de uma fonte mantélica empobrecida e nada ou fracamente contaminados por componentes de subducção. O complexo ofiolítico foi deformado, metassomatizado e metamorfisado durante o desenvolvimento da Faixa Móvel Guaporé, um orógeno acrescionário-colisional Mesoproterozóico (1,47-1,35 Ba), constituído pela zona de sutura Guaporé, a qual une o Cráton Amazônico com o Bloco Paraguá. A fase colisional que marca o encaixe final dessas duas massas continentais ocorreu por volta de 1,35 Ba, onde o metamorfismo atingiu temperaturas entre 780 a 853°C nos granulitos máficos e 680 a 720°C nos anfibolitos, com pressão média de 6,8 kbar. A sutura Guaporé foi reativada no final do Mesoproterozóico e evoluiu para a abertura de um rift intracontinental, com a sedimentação das rochas dos Grupos Nova Brasilândia e Aguapeí, o qual marca a fragmentação final do supercontinente Columbia, por volta de 1,3-1,2 Ba. Granulitos máficos, anfibolitos e trondhjemitos da porção meridional do Cinturão Nova Brasilândia, representativos da última fase compressional que afetou o sudoeste do Cráton Amazônico, forneceram idades U-Pb de 1110 Ma, as quais datam o metamorfismo de alto grau e o fechamento do rift, processo resultante da acresção do microcontinente Arequipa-Antofalla ao Cráton Amazônico. Portanto, a fragmentação do supercontinente Columbia foi seguida rapidamente pela aglomeração de outras massas continentais, formando o supercontinente Rodínia, por volta de 1100 Ma. / The tectonic framework of the ultramafic-mafic rocks of the southwestern Amazon Craton is generally little known. Most of work this cratonic portion is focused on the geochronological studies of granitoids, so that little is known about the origin and tectonic significance of these rocks. In this context, this study contributes to the knowledge of the tectonic evolution of the southwestern Amazon Craton, through the characterization of a Mesoproterozoic ophiolitic complex, corresponding to the Trincheira Complex of Calymmian age, and propose a tectonic model that explains many previously enigmatic features of the Precambrian history of this key craton, and discuss its role in the reconstruction of the Columbia supercontinent. The complex comprises extrusive rocks (fine-grained amphibolites derived from massive and pillowed basalts), mafic-ultramafic intrusive rocks, chert, banded iron formation, pelites, psammitic and a smaller proportion of calc-silicate rocks. The geochemical composition of the extrusive and intrusive rocks indicates that all noncumulus mafic-ultramafic rocks are tholeiitic basalts. These rocks display moderately to strongly fractionation of light rare earth elements (LREE), near-flat heavy rare earth elements (HREE) patterns and moderate to strong negative high field strength elements (HFSE) anomalies (especially Nb), a geochemical signature typical of subduction zones. The lowest units of the Trincheira ophiolite are similar to the modern mid-ocean ridge basalt (MORB). This behavior changes to an island arc tholeiites (IAT) signature in the upper units of the Trincheira ophiolite. Therefore, the Trincheira ophiolite appears to have originated in an intraoceanic supra-subduction setting composed of an arc-back-arc system. Mafic-ultramafic rocks of the Trincheira ophiolites display moderate to highly positive initial Nd values of +2.6 to +8.8 and very low values for the initial 87Sr/86Sr ratio (0.7013 - 0.7033). It is suggested that these magmas originated from a depleted mantle source, which experienced low degree of contamination by variable subduction components. The ophiolitic sequence was deformed, metasomatized and metamorphosed during the development of the Alto Guaporé Belt, a Mesoproterozoic accretionary-collisional orogen that represents the Guaporé suture zone. Metamorphism was pervasive and reached temperatures of 780-853°C in mafic granulites and 680-720°C in amphibolites under an overall pressure of 6.8 kbar. The Guaporé suture zone is defined by the ESE–WNW trending mafic-ultramafic belt formed during a Mesoproterozoic (ca. 1.47-1.43 Ga) accretionary phase, and overprinted by upper amphibolite-granulite facies metamorphism during collisional phase in the Ectasian (~1.35 Ga), which mark the docking final of the Amazon craton and Paraguá Block. This suture was reactivated and evolved from the development of an intracontinental rift environment, represented by Nova Brasilândia and Aguapeí Groups, which mark the final breakup of the supercontinent Columbia in the late Mesoproterozoic (ca. 1.3-1.2 Ga). Mafic granulites, amphibolites and trondhjemites in the northernmost portion of the Nova Brasilândia belt yield U-Pb zircon ages ca. 1110 Ma, which dates the high-grade metamorphism and the closure of the rift, due to the accretion of the Arequipa-Antofalla basement to the Amazon craton. Therefore, the breakup of supercontinent Columbia was followed in short sequence by the assembly of supercontinent Rodinia at ca. 1100 Ma.
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Petrologia e geocronologia do complexo máfico-ultramáfico trincheira, sudoeste do cráton amazônico: implicações tectônicas do mesoproterozóicoRizzotto, Gilmar Jose January 2012 (has links)
A ambiência geotectônica das rochas máfico-ultramáficas do sudoeste do Cráton Amazônico é, de uma maneira geral, pouco conhecida. A maioria dos trabalhos desta porção cratônica está enfocada nos estudos geocronológicos em granitóides, de modo que pouco se sabe sobre a origem e significado tectônico destas rochas. Neste contexto, esta pesquisa buscou contribuir para o conhecimento da evolução geotectônica do sudoeste do Cráton Amazônico, através da caracterização de um complexo ofiolítico Mesoproterozóico, correspondente ao Complexo Trincheira, de idade Calimiana. Desta forma, uma nova proposta de modelo tectônico é aqui apresentada, a qual explica muitas das características anteriormente enigmáticas da história Pré-cambriana desta área-chave e possibilita outras alternativas para a reconstrução do supercontinente Columbia. O ofiolito Trincheira é composto de rochas extrusivas (anfibolitos derivados de basaltos maciços e almofadados), intrusivas máfico-ultramáficas, chert, formação ferrífera bandada, pelitos, psamitos e pequena proporção de rochas cálcio-silicáticas. A composição geoquímica das rochas extrusivas e intrusivas máfico-ultramáficas mostra semelhanças com os basaltos toleiíticos modernos, as quais possuem moderado a forte fracionamento de elementos terras-raras leves, padrão quase horizontal dos elementos terras-raras pesados e moderada a forte anomalia negativa dos elementos de alto campo de força (especialmente Nb), uma assinatura geoquímica típica de zona de subducção. As unidades basais do ofiolito Trincheira são quimicamente similares aos modernos basaltos de cadeia meso-oceânica (MORB). Esse comportamento químico muda para as unidades de topo as quais apresentam uma assinatura similar aos toleiítos de arco-de- ilha (IAT). Portanto, o ofiolito Trincheira deve ter sido originado em um ambiente intra-oceânico de supra-subducção composto de um sistema de arco/retro-arco. Os dados isotópicos de Sm, Nd e Sr para essas rochas indicam valores iniciais de Nd de moderados a altamente positivos (+2.6 a +8.8) e muito baixa razão inicial de 87Sr/86Sr (0,7013 – 0,7033), sugerindo que esses magmas foram originados a partir de uma fonte mantélica empobrecida e nada ou fracamente contaminados por componentes de subducção. O complexo ofiolítico foi deformado, metassomatizado e metamorfisado durante o desenvolvimento da Faixa Móvel Guaporé, um orógeno acrescionário-colisional Mesoproterozóico (1,47-1,35 Ba), constituído pela zona de sutura Guaporé, a qual une o Cráton Amazônico com o Bloco Paraguá. A fase colisional que marca o encaixe final dessas duas massas continentais ocorreu por volta de 1,35 Ba, onde o metamorfismo atingiu temperaturas entre 780 a 853°C nos granulitos máficos e 680 a 720°C nos anfibolitos, com pressão média de 6,8 kbar. A sutura Guaporé foi reativada no final do Mesoproterozóico e evoluiu para a abertura de um rift intracontinental, com a sedimentação das rochas dos Grupos Nova Brasilândia e Aguapeí, o qual marca a fragmentação final do supercontinente Columbia, por volta de 1,3-1,2 Ba. Granulitos máficos, anfibolitos e trondhjemitos da porção meridional do Cinturão Nova Brasilândia, representativos da última fase compressional que afetou o sudoeste do Cráton Amazônico, forneceram idades U-Pb de 1110 Ma, as quais datam o metamorfismo de alto grau e o fechamento do rift, processo resultante da acresção do microcontinente Arequipa-Antofalla ao Cráton Amazônico. Portanto, a fragmentação do supercontinente Columbia foi seguida rapidamente pela aglomeração de outras massas continentais, formando o supercontinente Rodínia, por volta de 1100 Ma. / The tectonic framework of the ultramafic-mafic rocks of the southwestern Amazon Craton is generally little known. Most of work this cratonic portion is focused on the geochronological studies of granitoids, so that little is known about the origin and tectonic significance of these rocks. In this context, this study contributes to the knowledge of the tectonic evolution of the southwestern Amazon Craton, through the characterization of a Mesoproterozoic ophiolitic complex, corresponding to the Trincheira Complex of Calymmian age, and propose a tectonic model that explains many previously enigmatic features of the Precambrian history of this key craton, and discuss its role in the reconstruction of the Columbia supercontinent. The complex comprises extrusive rocks (fine-grained amphibolites derived from massive and pillowed basalts), mafic-ultramafic intrusive rocks, chert, banded iron formation, pelites, psammitic and a smaller proportion of calc-silicate rocks. The geochemical composition of the extrusive and intrusive rocks indicates that all noncumulus mafic-ultramafic rocks are tholeiitic basalts. These rocks display moderately to strongly fractionation of light rare earth elements (LREE), near-flat heavy rare earth elements (HREE) patterns and moderate to strong negative high field strength elements (HFSE) anomalies (especially Nb), a geochemical signature typical of subduction zones. The lowest units of the Trincheira ophiolite are similar to the modern mid-ocean ridge basalt (MORB). This behavior changes to an island arc tholeiites (IAT) signature in the upper units of the Trincheira ophiolite. Therefore, the Trincheira ophiolite appears to have originated in an intraoceanic supra-subduction setting composed of an arc-back-arc system. Mafic-ultramafic rocks of the Trincheira ophiolites display moderate to highly positive initial Nd values of +2.6 to +8.8 and very low values for the initial 87Sr/86Sr ratio (0.7013 - 0.7033). It is suggested that these magmas originated from a depleted mantle source, which experienced low degree of contamination by variable subduction components. The ophiolitic sequence was deformed, metasomatized and metamorphosed during the development of the Alto Guaporé Belt, a Mesoproterozoic accretionary-collisional orogen that represents the Guaporé suture zone. Metamorphism was pervasive and reached temperatures of 780-853°C in mafic granulites and 680-720°C in amphibolites under an overall pressure of 6.8 kbar. The Guaporé suture zone is defined by the ESE–WNW trending mafic-ultramafic belt formed during a Mesoproterozoic (ca. 1.47-1.43 Ga) accretionary phase, and overprinted by upper amphibolite-granulite facies metamorphism during collisional phase in the Ectasian (~1.35 Ga), which mark the docking final of the Amazon craton and Paraguá Block. This suture was reactivated and evolved from the development of an intracontinental rift environment, represented by Nova Brasilândia and Aguapeí Groups, which mark the final breakup of the supercontinent Columbia in the late Mesoproterozoic (ca. 1.3-1.2 Ga). Mafic granulites, amphibolites and trondhjemites in the northernmost portion of the Nova Brasilândia belt yield U-Pb zircon ages ca. 1110 Ma, which dates the high-grade metamorphism and the closure of the rift, due to the accretion of the Arequipa-Antofalla basement to the Amazon craton. Therefore, the breakup of supercontinent Columbia was followed in short sequence by the assembly of supercontinent Rodinia at ca. 1100 Ma.
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Geologia e petrografia do Grupo Alto Jauru, na região da Fazenda Retiro, SW do Cráton Amazônico : evidências de um prisma acrescionário estaterianoSantos, Flávia Regina Pereira 17 March 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-03-17 / CAPES / A Província Rondoniana-San Ignácio, na porção sudoeste do Cráton Amazônico, é marcada por um complexo amalgama de terrenos de diferentes idades e origens. O embasamento do Terreno Jauru é constituído por rochas metavulcano-sedimentares e intrusivas ácidas, básicas e ultrabásicas. As rochas metavulcano-sedimentares vem sendo comumente designadas de Grupo Alto Jauru. Mapeamento geológico, petrografia, análise estrutural e geocronologia realizados na região da Fazenda Retiro, a norte da cidade de Araputanga, SW do estado de Mato Grosso, revelam que este Grupo é constituído por biotita-muscovita-quartzo xistos; clorita-biotita-muscovita xistos; granada-cordierita-biotita xisto e estaurolita-andalusita-biotita xisto; associados à granada-sillimanita-biotita gnaisse, biotita gnaisse, anfibolitos e muscovita granito. A petrografia e as relações estruturais indicam que estas rochas foram afetadas por dois eventos deformacionais, Dn e Dn+1, com as foliações associadas Sn (xistosidade e bandamento gnáissico) e Sn+1 (clivagem de crenulação); e três eventos metamórficos: o primeiro evento metamórfico (M1), contemporâneo à Sn de fácies xisto verde inferior; o segundo (M2) associado a fase Sn+1 de fácies xisto verde a anfibolito; e o terceiro evento térmico (M3) de fácies hornblenda-hornfels. A idade de cristalização do biotita gnaisse obtida pelo método U/Pb (SHRIMP) em zircão é de de 1819 ± 6,7 Ma. A interpretação desses dados permite considerar que as rochas do Grupo Alto Jauru são parte de um prisma acrescionário formado no Estateriano. / The Rondoniana-San Ignácio Province, southwestern portion of the Amazonian Craton, is marked by a complex amalgam of terrains from different ages and sources. The basement of one Jauru Terrain consists of metavolcano-sedimentary rocks and intrusive acidic, basic and ultrabasic. The metavolcano-sedimentary rocks has been commonly called Alto Jauru Group. Geologic mapping, petrography, geochronology and structural analysis performed on Retiro Farm region, north of the Araputanga city, SW of Mato Grosso state, reveal that this Group consists of biotite-muscovite-quartz schists, chlorite-biotite-muscovite schists, garnet-cordierite-biotite schist and staurolite-andalusite-biotite schist, garnet-sillimanite associated with biotite-gneiss, biotite gneiss, amphibolite and muscovite granite. The petrography and structural relationships indicate that these rocks were affected by two deformational events Dn and Dn+1, Sn associated with the foliation (schistosity and gneissic banding) and Sn+1 (crenulation cleavage), and three metamorphic events: first metamorphic event (M1), the contemporary Sn lower greenschist facies, the second (M2) associated with Sn+1 phase greenschist to amphibolite facies, and the third thermal event (M3) hornblende hornfels facies. The crystallization age of the biotite gneiss obtained by the method U/Pb (SHRIMP) zircon is 1819 ± 6.7 Ma. The interpretation of these data suggest that the rocks of the Alto Jauru Group are part of a accretionary prism formed in Statherian.
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Estratigrafia e paleoambiente da capa carbonática neoproterozóica, sul do cráton amazônico, região de Tangará da Serra (MT)Soares, Joelson Lima 06 May 2008 (has links)
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Previous issue date: 2008-05-06 / FAPEAM - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas / The Neoproterozoic is marked by major climatic changes that interfere with the
Crucially in biological evolution and paleoceanográfica of our planet, and
mainly characterized by periods of low overall glacial that achieved
latitudes. This dramatic period in the history of the planet is recorded in layers
carbonate termed carbonate layers that overlap directly diamictic
glaciers. In this work one Neoproterozoic cap carbonate 20 m thick was
Tangara described in Limestone mine, Tangara da Serra, Mato Grosso. That
sequence comprises the Mirassol d West formations (dolomite) and Guide (limestone)
belonging to the lower group macaws. The cover is composed of dolomitic
dolograinstones peloidais pink with inverse grading, a parallel lamination and
truncation of low angle, in addition to discontinuous layers of fibrous crystals
calcite (gypsum pseudomorphs second?), interpreted as records of a
shallow to moderately deep platform with hypersalinity events. The cover
Limestone consists of rolled and massive, siltstone rich in iron oxide, and lime
thin with wavy bedding megamarcas interpreted as deposits
moderately deep mixed platform dominated by waves. Limestone with fine
corrugated laminating / ripple marks and fans crystals (pseudomorphs second
aragonite), intercalated with shales were interpreted as deposits
deep platform and supersaturated in CaCO3. With calcareous structures
Slip including convoluted laminations and syn-sedimentary faults characterized
slope deposits, while Neptunian dykes, filled with limestone breccias, and
deformed layers between non deformed layers suggest seismic activity. Three
stratigraphic surfaces divide the carbonate succession studied: S1 separates the covers
dolomitica and limestone and is interpreted as transgressive surface, while
surfaces S2 and S3 within the limestone cover are considered limits facies. Facies
deformed occur throughout the sequence, separated by intervals without
strain, and were split into three packages (A, B and C). Packages A and C
exhibit ductile-brittle structures like folds, faults and bedding convoluted,
while the B package contains structures formed in brittle regime as failures and
fractures. Analysis of C and O isotopes showed negative values similar to
found in other carbonate covers the world. The data 13C isotope
values between -4 and -6 in the case dolomite , limestone while in the case
13C the values reaches to -7 without co- variance of the 18 O isotope indicates
change by meteoric fluids or by dolomitization . The sequence described in Tangara
Sierra expands the occurrence of carbonate layers in South America and corroborates
the interpretation of an extensive carbonate platform post- glaciation Puga , related to
Marinoano event , this part of the Amazon Craton. / O Neoproterozóico é marcado por importantes mudanças climáticas que interferiram da
forma crucial na evolução biológica e paleoceanográfica do nosso planeta, sendo
caracterizado principalmente por períodos de glaciação global que alcançaram baixas
latitudes. Este período dramático da história do planeta está registrado em camadas
carbonáticas denominadas de capas carbonáticas que sobrepõem diretamente diamictitos
glaciais. Neste trabalho uma capa carbonática neoproterozóica de 20 m de espessura foi
descrita na mina Calcário Tangará, região de Tangará da Serra, Mato Grosso. Essa
seqüência compreende as formações Mirassol d Oeste (dolomítica) e Guia (calcária)
que pertencem à parte inferior do Grupo Araras. A capa dolomítica é composta por
dolograinstones peloidais rosados com gradação inversa, laminação plano-paralela e
truncamentos de baixo ângulo, alem de camadas descontínuas de cristais fibrosos de
calcita (pseudomorfos segundo gipsita?), interpretados como registros de uma
plataforma rasa a moderadamente profunda com eventos de hipersalinidade. A capa
calcária consiste em siltitos laminados e maciços, ricos em óxido de ferro e calcários
finos com acamamento de megamarcas onduladas, interpretados como depósitos de
plataforma mista moderadamente profunda dominada por ondas. Calcários finos com
laminação ondulada/marcas onduladas e leques de cristais (pseudomorfos segundo
aragonita), intercalados com folhelhos, foram interpretados como depósitos de
plataforma profunda e supersaturada em CaCO3. Calcários com estruturas de
escorregamento incluindo laminações convolutas e falhas sin-sedimentares caracterizam
depósitos de talude, enquanto diques neptunianos, preenchidos por brechas calcárias, e
camadas deformadas entre camadas não deformadas sugerem atividade sísmica. Três
superfícies estratigráficas dividem a sucessão carbonática estudada: S1 separa as capas
dolomitica e calcária e é interpretada como superfície transgressiva, enquanto as
superfícies S2 e S3, dentro da capa calcária são consideradas limites de fácies. Fácies
deformadas ocorrem ao longo de toda a sucessão, separadas por intervalos sem
deformação, e foram subdivididas em três pacotes (A, B e C). Os pacotes A e C
apresentam estruturas dúctil-rúptil como dobras, falhas e acamamento convoluto,
enquanto o pacote B contém estruturas formadas em regime rúptil como falhas e
fraturas. A análise de isótopos de C e O mostrou valores negativos semelhantes aos
encontrados em outras capas carbonáticas pelo mundo. Os dados de isótopos de 13C
apresentam valores entre -4 e -6 na capa dolomítica, enquanto que na capa calcária
os valores de 13C alcançam até -7 sem co-variância dos isótopos de 18O, indica
alteração por fluidos meteóricos ou pela dolomitização. A sucessão descrita em Tangará
da Serra amplia a ocorrência de capas carbonáticas na América do Sul e corrobora com
a interpretação de uma extensa plataforma carbonática pós-glaciação Puga, correlata ao
evento Marinoano, nesta parte do Cráton Amazônico.
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