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Aloimuniodade contra os antígenos HLA de classe I em pacientes portadores das síndromes mielodisplásticas e de anemia aplástica / Aloimmunity against HLA class I antigens in patients with myelodysplastic syndrome and aplastic anemia

Arruda, Daisy Maria Meireles January 2005 (has links)
ARRUDA, Daisy Maria Meireles. Aloimuniodade contra os antígenos HLA de classe I em pacientes portadores das síndromes mielodisplásticas e de anemia aplástica. 2005. 127 f. Dissertação (Mestrado em Patologia) - Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Medicina, Fortaleza, 2005. / Submitted by denise santos (denise.santos@ufc.br) on 2011-12-20T16:14:54Z No. of bitstreams: 1 2005_dis_dmmarruda.pdf: 661544 bytes, checksum: aa4ebb9c359f3176009d72da73f55c22 (MD5) / Approved for entry into archive by Eliene Nascimento(elienegvn@hotmail.com) on 2012-02-01T16:06:47Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2005_dis_dmmarruda.pdf: 661544 bytes, checksum: aa4ebb9c359f3176009d72da73f55c22 (MD5) / Made available in DSpace on 2012-02-01T16:06:47Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2005_dis_dmmarruda.pdf: 661544 bytes, checksum: aa4ebb9c359f3176009d72da73f55c22 (MD5) Previous issue date: 2005 / Myelodysplastic syndrome (MDS) and aplastic anemia (AA) are two of the hematological disorders which present peripheral cytopenias, with extensive clinical manifestations that vary from slight anemia to severe pancytopenia; the latter requiring continuous transfusional reposition of red cell (RC) and platelet concentrates (PC), which can induce aloimunization in patients. Such patients can develop a post-transfusional refractory state, rendering further transfusions unviable. The objective of the present study was to investigate the incidence of anti-HLA antibodies in politransfused patients, and correlate the aloimmunity levels to the clinical profiles of MDS and AA patients. A total of 110 politransfused patients (70 with MDS, and 40 with AA) have been included in the study, with the MDS patients being subclassified into four clinical diagnostic categories: refractory anemia (RA), ringed-sideroblastic refractory anemia (RSRA), refractory anemia with excess blasts (RAEB) and refractory anemia with excess blasts in transformation (RAEB-t). Blood serum samples from these patients were treated with dithiothreitol for the detection of anti-HLA class I antibodies, using the complement-dependent cytotoxicity test (CDC), in a panel of lymphocytes constituted on the basis of the frequency of HLA antigens in our population (PRA). The results showed that a larger number of AA patients were aloimmunized than MDS patients (45% v 28.6%), with the aloreactivity being higher in AA patients who received higher mean transfusions of PC, than in MDS patients who received higher average number of EC transfusions. The degree of aloimmunization was different in the two disorders, and was generally related to: the number of transfusions received, the application of un-deleukocytised PC and EC, and the type of immunosuppressant drugs used in treatment [Cyclosporin (CsA) and/or antiglobulin (ALG) therapy significantly reduced aloimmunization, but corticoids alone were not sufficient]. The highest degree of aloimmunity (Grade 4) was observed only in MDS females, particularly in those who had multiple births. Persistent IgG was also associated with Grade 4 aloimmunity. These results reveal that significant numbers of MDS and AA patients, if politransfused with un-deleukocytised PC and EC and un-treated with immunosuppressants CsA and/or ALG, can develop anti-HLA antibodies and become refractory to further transfusions. Such aloimmunized patients can also become potentially unsuited to receive bone marrow transplants from HLA-matched donors. / As Síndromes Mielodisplásticas e Anemia Aplástica são desordens hematológicas que apresentam citopenias periféricas, com desenvolvimento de características clínicas extensas, com manifestações clínicas variáveis que vão desde uma leve anemia até uma pancitopenia severa, necessitando, nos últimos casos, de reposição transfusional contínua de concentrados de hemácias (CH) e de plaquetas (CP), tornando-os alvos à aloimunização pós-transfusional e desenvolvimento do estado de refratariedade às transfusões. Este estudo objetivou determinar a incidência de anticorpos anti-HLA de classe I em pacientes politransfundidos e correlacionar a aloimunidade ao perfil clínico dos pacientes de SMD e AA. 110 pacientes foram incluídos nesta pesquisa (70 portadores das SMD e 40 de AA), com os portadores das SMD classificados em quatro sub-grupos clínicos: anemia refratária (AR), anemia refratária sideroblástica em anel (ARSA), anemia refratária com excesso de blastos (AREB) e anemia refratária com excesso de blastos em transformação (AREB-t). Soros dos pacientes foram tratados com Dithiothreitol (DTT) para a pesquisa de Acs contra os Ag HLA de classe I, usando a técnica de “citotoxicidade dependente do complemento” (CDC), no painel de linfócitos baseado na frequência dos Ags HLA da nossa população (PRA). Os resultados demonstraram que os pacientes portadores das SMD desenvolveram um menor grau de aloimunização (28,6%), que os pacientes de AA (45%). A alorreatividade foi mais freqüente nos portadores de AA que tinham recebido maiores médias transfusionais de CP, em relação aos pacientes de SMD que receberam maior número de transfusões com CH. O grau de alorreatividade se manifestou diferente nestas duas doenças e, de forma geral, se relacionou com: o maior número médio de transfusões, a aplicação de preparações não desleucotizadas de CH e CP e o uso de imunossupressores (ciclosporina e/ou soros anti-leucocitários). Somente o uso de corticóide não foi suficiente para reduzir a aloimunização. O mais alto grau de alorreatividade (Padrão 4) nas SMD foi evidenciado somente em mulheres, principalmente nas multíparas. IgG persistente esteve mais presente no Padrão 4. Estes dados revelam que alguns pacientes das SMD e AA podem desenvolver anticorpos anti-HLA, se forem politransfundidos com hemoconcentrados não desleucotizados e sem o tratamento com os imunossupressores CsA e/ou GAL. Tal alorreatividade poderá tornar o paciente refratário às futuras transfusões e dificultar, em princípio, recebimento do transplante de medula óssea de doadores HLA compatíveis.
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Identificação de moduladores genéticos em pacientes com anemia aplástica por sequenciamento de nova geração / Genetic screening of patients with aplastic anemia by targeting sequencing

Rodrigues, Fernanda Gutierrez 16 November 2017 (has links)
A fisiopatologia das síndromes de falência da medula óssea (FMO) está relacionada a mecanismos adquiridos de destruição das células-tronco hematopoeiticas na medula ou a defeitos constitucionais em genes fundamentais para o reparo do DNA e manutenção dos telômeros. A anemia aplástica (AA), o protótipo das doenças de FMO, pode ter etiologia adquirida ou constitucional. A avaliação genética de pacientes com AA adquirida tem como objetivo a detecção de mutações somáticas que possam ser usadas como marcadores de resposta ao tratamento imunossupressor. Diferentemente, em pacientes com AA constitucional, a avaliação genética é fundamental para detecção de mutações etiológicas na doença do paciente, sendo essencial para o tratamento e seleção de doadores de medula óssea. Contudo, o papel das mutações constitucionais na fisiopatologia e modulação imunológica da AA adquirida ainda não é conhecido. Neste estudo, nós sequenciamos pacientes com AA de duas coortes independentes utilizando diferentes painéis de sequenciamento de genes alvos. A primeira coorte, composta por 13 pacientes com AA adquirida, foi sequenciada utilizando um painel com 165 genes relacionados à FMO, neoplasias hematológicas, reparo de DNA, manutenção dos telômeros e vias de resposta imune. A segunda coorte, composta por 59 pacientes investigados para doença constitucional, foi sequenciada com um painel de sequenciamento comercial com 49 genes relacionados à FMO hereditária. Foram identificadas alterações potencialmente patogênicas em três dos cinco pacientes com AA adquirida que não responderam à imunossupressão: dois pacientes com variantes em TERT e um com uma variante em DHX36. Não foram identificadas variantes funcionalmente relevantes nos pacientes que responderam ao tratamento imunossupressor. Em contraste, foram identificadas variantes potencialmente patogênicas em RTEL1 em 8 pacientes com AA constitucional. Variantes em RTEL1 foram associadas tanto ao encurtamento telomérico quanto à erosão excessiva do 3\' overhang, independentemente do comprimento dos telômeros. Desse modo, apenas a medida do comprimento dos telômeros não foi suficiente para identificar todos ospacientes com disfunções teloméricas. As plataformas de sequenciamento de nova geração diminuíram o custo e o tempo para a avaliação genética dos pacientes com FMO. Em nosso estudo, os pacientes com AA adquirida não apresentaram um padrão genético associado à sua resposta ao tratamento com imunossupressores, no entanto, o sequenciamento da coorte com suspeita de AA constitucional foi capaz de identificar o defeito genético associado à doença do paciente em 40% dos casos. O uso de dados clínicos, investigação familiar, análises in silico e testes funcionais foram essenciais para uma correta interpretação da patogenicidade de novas variantes identificadas por sequenciamento de nova geração. / The pathophysiology of bone marrow failure (BMF) can be immune, as in acquired aplastic anemia (AA), or constitutional, due to germline mutations in genes critical for DNA repair and telomere maintenance. The genetic screening of patients with constitutional AA is performed to detect germline mutations that are etiologic in patients\' disease. That is critical for treatment decisions and to identify a donor for a bone marrow transplant. In acquired AA, the genetic screening has been used to detect somatic mutations that can predict patients\' outcomes after treatment, as the role of germline mutations in this disease is yet not clear. To investigate the role of germline variants in AA, we screened two independent cohorts with two different targeting sequencing panels; a first cohort composed by 13 patients with acquired AA that was screened using a panel with 165 genes related to BMF, hematologic malignancies, DNA repair, telomere maintenance, and immune response pathways. A second cohort composed of 59 patients suspected to have a constitutional disease screened by a commercial Inherited Bone Marrow Failure Sequencing panel. In our first cohort, while patients without functional relevant germline variants responded to immunosuppression treatment (n=8), three out of 5 nonresponder patients were identified with variants in telomere biology genes. We found patients carrying TERT and DHX36 variants. In our constitutional AA cohort, we identified 8 patients carrying variants in the RTEL1 gene, a helicase critical to telomere maintenance. RTEL1 variants associated with both patients\' overall telomere shortening and single-stranded 3\' overhang erosion independent of telomere length. Also, 3\' overhang erosion was associated with patients\' predisposition to clonal evolution. In this context, the variants identified in the helicases genes DHX36 and RTEL1 were both associated with patients\' normal telomere length and poor outcomes. Also, telomere length measurement alone was insufficient to identify all primary telomere defects. The platforms of next-generation sequencing decreased the cost and time for the genetic screening of patients with BMF. In our study, acquired AA patients did not display a clear genetic pattern associated with their immunosuppressive treatment response. In contrast, the sequencing of the cohort selected based on their suspicion to have an inherited diseaseidentified a molecular defect that might be pathogenic in up to 40% of patients, including the RTEL1 variants. Pathogenicity assessment of genetic variants requires a combination of clinical, in silico, and functional data required to avoid misinterpretation of common variants.
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Geração de células-tronco pluripotentes induzidas (iPSCs) a partir de células de pacientes com anemia aplástica adquirida / Induced pluripotent stem cells (iPSCs) generation from acquired aplastic anemia patients

Tellechea, Maria Florencia 12 April 2016 (has links)
A anemia aplástica (AA) é uma doença hematológica rara caracterizada pela hipocelularidade da medula óssea, o que provoca pancitopenia. Esta pode ser de origem genética (associada a encurtamento telomérico) ou adquirida (não-associada a desgaste excessivo dos telômeros). Na forma adquirida, a ativação anormal de linfócitos T provoca a destruição das células hematopoéticas. O mecanismo que leva a essa destruição ainda não foi elucidado. Um dos tratamentos mais eficazes para repovoar a medula óssea hipocelular é o transplante com célulastronco hematopoéticas (CTHs). Porém, uma grande porcentagem de pacientes não se beneficia de nenhum tratamento, fazendo-se necessário o desenvolvimento de novas alternativas para terapia. A geração de células-tronco pluripotentes induzidas (iPSCs) a partir de células somáticas (reprogramação) representa uma ferramenta promissora para o estudo de doenças e para o desenvolvimento de possíveis terapias paciente-especificas, como transplantes autólogos. Neste trabalho, avaliamos a capacidade de reprogramação de fibroblastos e eritroblastos de pacientes com AA adquirida. Metodologias de reprogramação utilizando lentivírus ou plasmídeos epissomais não integrativos foram testadas em células de quatro pacientes e de um controle saudável. Eritroblastos dos quatro pacientes e do controle foram reprogramados utilizando os plasmídeos não integrativos. As iPSCs geradas apresentaram-se similares a células-tronco embrionárias quanto à morfologia, expressão dos marcadores de pluripotência OCT4, SOX2, NANOG, SSEA-4, Tra-1-60 e Tra-1-81, e capacidade de diferenciação in vitro em corpos embrioides (EBs). A dinâmica telomérica das células pré- e pós-reprogramação foi avaliada em diferentes passagens utilizando a técnica de flow-FISH. O comprimento telomérico foi aumentado nas iPSCs quando comparado às células parentais o que indica que a célula foi completamente reprogramada. No presente trabalho, células de pacientes com AA adquirida foram reprogramadas a um estado de pluripotência por meio de um método não integrativo. As iPSCs geradas serão essenciais para futuros ensaios de diferenciação hematopoética, o que poderá contribuir para o entendimento dos mecanismos envolvidos no desenvolvimento dessa doença. Além disso, a diferenciação dessas células livres de transgenes poderá servir como uma alternativa terapêutica para os pacientes com AA como, por exemplo, em transplantes autólogos / Aplastic anemia (AA) is a rare hematological disease characterized by bone marrow hypocellularity that leads to pancytopenia. Its origin can be genetic (associated with telomere shortening) or acquired (non-associated with telomere shortening). The acquired form exhibit T lymphocytes abnormal activation, which leads to hematopoietic cells destruction. The mechanisms behind this phenomenon are still unclear. One of the most effective treatments for hypocelullar bone marrow repopulation is hematopoietic stem cell (HSCs) transplantation. However, a large percentage of patients do not benefit from any of the available treatments. This highlights the need to develop new therapeutic strategies. The generation of induced pluripotent stem cells (iPSCs) from somatic cells (reprogramming) represents a powerful tool for disease modeling and for the development of patient-specific therapies such as autologous transplants. In this study, we evaluate the capacity of reprogramming acquired AA patients\' fibroblasts and erythroblasts. Reprogramming methods using lentivirus or non-integrative episomal plasmids were tested in four patients\' cells and in cells from one healthy donor. Erythroblasts from these four patients and healthy donor were reprogrammed using non-integrative plasmids. The iPSCs resembled human embryonic stem cells in morphology, in the expression of pluripotent markers such as OCT4, SOX2, NANOG, SSEA-4, Tra-1-60 and Tra-1-81, and in in vitro differentiation (capacity to form embryoid bodies). The telomere dynamics of the cells before and after reprogramming was assessed along passaging using flow-FISH. The telomere length in the iPSCs was increased when compared to the parental cells. Thus, acquire AA patients\' cells could be reprogrammed to a pluripotent state by a nonintegrative method. The iPSCs will be essential for future hematopoietic differentiation assays that could contribute to the understanding of the mechanisms involved in the disease development. Furthermore, the differentiation of transgene-free cells may serve as an alternative therapy for patients with AA such as autologous transplants
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Identificação de moduladores genéticos em pacientes com anemia aplástica por sequenciamento de nova geração / Genetic screening of patients with aplastic anemia by targeting sequencing

Fernanda Gutierrez Rodrigues 16 November 2017 (has links)
A fisiopatologia das síndromes de falência da medula óssea (FMO) está relacionada a mecanismos adquiridos de destruição das células-tronco hematopoeiticas na medula ou a defeitos constitucionais em genes fundamentais para o reparo do DNA e manutenção dos telômeros. A anemia aplástica (AA), o protótipo das doenças de FMO, pode ter etiologia adquirida ou constitucional. A avaliação genética de pacientes com AA adquirida tem como objetivo a detecção de mutações somáticas que possam ser usadas como marcadores de resposta ao tratamento imunossupressor. Diferentemente, em pacientes com AA constitucional, a avaliação genética é fundamental para detecção de mutações etiológicas na doença do paciente, sendo essencial para o tratamento e seleção de doadores de medula óssea. Contudo, o papel das mutações constitucionais na fisiopatologia e modulação imunológica da AA adquirida ainda não é conhecido. Neste estudo, nós sequenciamos pacientes com AA de duas coortes independentes utilizando diferentes painéis de sequenciamento de genes alvos. A primeira coorte, composta por 13 pacientes com AA adquirida, foi sequenciada utilizando um painel com 165 genes relacionados à FMO, neoplasias hematológicas, reparo de DNA, manutenção dos telômeros e vias de resposta imune. A segunda coorte, composta por 59 pacientes investigados para doença constitucional, foi sequenciada com um painel de sequenciamento comercial com 49 genes relacionados à FMO hereditária. Foram identificadas alterações potencialmente patogênicas em três dos cinco pacientes com AA adquirida que não responderam à imunossupressão: dois pacientes com variantes em TERT e um com uma variante em DHX36. Não foram identificadas variantes funcionalmente relevantes nos pacientes que responderam ao tratamento imunossupressor. Em contraste, foram identificadas variantes potencialmente patogênicas em RTEL1 em 8 pacientes com AA constitucional. Variantes em RTEL1 foram associadas tanto ao encurtamento telomérico quanto à erosão excessiva do 3\' overhang, independentemente do comprimento dos telômeros. Desse modo, apenas a medida do comprimento dos telômeros não foi suficiente para identificar todos ospacientes com disfunções teloméricas. As plataformas de sequenciamento de nova geração diminuíram o custo e o tempo para a avaliação genética dos pacientes com FMO. Em nosso estudo, os pacientes com AA adquirida não apresentaram um padrão genético associado à sua resposta ao tratamento com imunossupressores, no entanto, o sequenciamento da coorte com suspeita de AA constitucional foi capaz de identificar o defeito genético associado à doença do paciente em 40% dos casos. O uso de dados clínicos, investigação familiar, análises in silico e testes funcionais foram essenciais para uma correta interpretação da patogenicidade de novas variantes identificadas por sequenciamento de nova geração. / The pathophysiology of bone marrow failure (BMF) can be immune, as in acquired aplastic anemia (AA), or constitutional, due to germline mutations in genes critical for DNA repair and telomere maintenance. The genetic screening of patients with constitutional AA is performed to detect germline mutations that are etiologic in patients\' disease. That is critical for treatment decisions and to identify a donor for a bone marrow transplant. In acquired AA, the genetic screening has been used to detect somatic mutations that can predict patients\' outcomes after treatment, as the role of germline mutations in this disease is yet not clear. To investigate the role of germline variants in AA, we screened two independent cohorts with two different targeting sequencing panels; a first cohort composed by 13 patients with acquired AA that was screened using a panel with 165 genes related to BMF, hematologic malignancies, DNA repair, telomere maintenance, and immune response pathways. A second cohort composed of 59 patients suspected to have a constitutional disease screened by a commercial Inherited Bone Marrow Failure Sequencing panel. In our first cohort, while patients without functional relevant germline variants responded to immunosuppression treatment (n=8), three out of 5 nonresponder patients were identified with variants in telomere biology genes. We found patients carrying TERT and DHX36 variants. In our constitutional AA cohort, we identified 8 patients carrying variants in the RTEL1 gene, a helicase critical to telomere maintenance. RTEL1 variants associated with both patients\' overall telomere shortening and single-stranded 3\' overhang erosion independent of telomere length. Also, 3\' overhang erosion was associated with patients\' predisposition to clonal evolution. In this context, the variants identified in the helicases genes DHX36 and RTEL1 were both associated with patients\' normal telomere length and poor outcomes. Also, telomere length measurement alone was insufficient to identify all primary telomere defects. The platforms of next-generation sequencing decreased the cost and time for the genetic screening of patients with BMF. In our study, acquired AA patients did not display a clear genetic pattern associated with their immunosuppressive treatment response. In contrast, the sequencing of the cohort selected based on their suspicion to have an inherited diseaseidentified a molecular defect that might be pathogenic in up to 40% of patients, including the RTEL1 variants. Pathogenicity assessment of genetic variants requires a combination of clinical, in silico, and functional data required to avoid misinterpretation of common variants.
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Geração de células-tronco pluripotentes induzidas (iPSCs) a partir de células de pacientes com anemia aplástica adquirida / Induced pluripotent stem cells (iPSCs) generation from acquired aplastic anemia patients

Maria Florencia Tellechea 12 April 2016 (has links)
A anemia aplástica (AA) é uma doença hematológica rara caracterizada pela hipocelularidade da medula óssea, o que provoca pancitopenia. Esta pode ser de origem genética (associada a encurtamento telomérico) ou adquirida (não-associada a desgaste excessivo dos telômeros). Na forma adquirida, a ativação anormal de linfócitos T provoca a destruição das células hematopoéticas. O mecanismo que leva a essa destruição ainda não foi elucidado. Um dos tratamentos mais eficazes para repovoar a medula óssea hipocelular é o transplante com célulastronco hematopoéticas (CTHs). Porém, uma grande porcentagem de pacientes não se beneficia de nenhum tratamento, fazendo-se necessário o desenvolvimento de novas alternativas para terapia. A geração de células-tronco pluripotentes induzidas (iPSCs) a partir de células somáticas (reprogramação) representa uma ferramenta promissora para o estudo de doenças e para o desenvolvimento de possíveis terapias paciente-especificas, como transplantes autólogos. Neste trabalho, avaliamos a capacidade de reprogramação de fibroblastos e eritroblastos de pacientes com AA adquirida. Metodologias de reprogramação utilizando lentivírus ou plasmídeos epissomais não integrativos foram testadas em células de quatro pacientes e de um controle saudável. Eritroblastos dos quatro pacientes e do controle foram reprogramados utilizando os plasmídeos não integrativos. As iPSCs geradas apresentaram-se similares a células-tronco embrionárias quanto à morfologia, expressão dos marcadores de pluripotência OCT4, SOX2, NANOG, SSEA-4, Tra-1-60 e Tra-1-81, e capacidade de diferenciação in vitro em corpos embrioides (EBs). A dinâmica telomérica das células pré- e pós-reprogramação foi avaliada em diferentes passagens utilizando a técnica de flow-FISH. O comprimento telomérico foi aumentado nas iPSCs quando comparado às células parentais o que indica que a célula foi completamente reprogramada. No presente trabalho, células de pacientes com AA adquirida foram reprogramadas a um estado de pluripotência por meio de um método não integrativo. As iPSCs geradas serão essenciais para futuros ensaios de diferenciação hematopoética, o que poderá contribuir para o entendimento dos mecanismos envolvidos no desenvolvimento dessa doença. Além disso, a diferenciação dessas células livres de transgenes poderá servir como uma alternativa terapêutica para os pacientes com AA como, por exemplo, em transplantes autólogos / Aplastic anemia (AA) is a rare hematological disease characterized by bone marrow hypocellularity that leads to pancytopenia. Its origin can be genetic (associated with telomere shortening) or acquired (non-associated with telomere shortening). The acquired form exhibit T lymphocytes abnormal activation, which leads to hematopoietic cells destruction. The mechanisms behind this phenomenon are still unclear. One of the most effective treatments for hypocelullar bone marrow repopulation is hematopoietic stem cell (HSCs) transplantation. However, a large percentage of patients do not benefit from any of the available treatments. This highlights the need to develop new therapeutic strategies. The generation of induced pluripotent stem cells (iPSCs) from somatic cells (reprogramming) represents a powerful tool for disease modeling and for the development of patient-specific therapies such as autologous transplants. In this study, we evaluate the capacity of reprogramming acquired AA patients\' fibroblasts and erythroblasts. Reprogramming methods using lentivirus or non-integrative episomal plasmids were tested in four patients\' cells and in cells from one healthy donor. Erythroblasts from these four patients and healthy donor were reprogrammed using non-integrative plasmids. The iPSCs resembled human embryonic stem cells in morphology, in the expression of pluripotent markers such as OCT4, SOX2, NANOG, SSEA-4, Tra-1-60 and Tra-1-81, and in in vitro differentiation (capacity to form embryoid bodies). The telomere dynamics of the cells before and after reprogramming was assessed along passaging using flow-FISH. The telomere length in the iPSCs was increased when compared to the parental cells. Thus, acquire AA patients\' cells could be reprogrammed to a pluripotent state by a nonintegrative method. The iPSCs will be essential for future hematopoietic differentiation assays that could contribute to the understanding of the mechanisms involved in the disease development. Furthermore, the differentiation of transgene-free cells may serve as an alternative therapy for patients with AA such as autologous transplants
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Variantes do gene THPO em pacientes com anemia aplástica adquirida / THPO gene variants in patients with acquired aplastic anemia

Padilha, Pedro Henrique 09 January 2018 (has links)
Introdução: A anemia aplástica (AA) adquirida é uma doença grave, caracterizada por pancitopenia e medula óssea hipocelular sem que haja associação com aumento de reticulina ou infiltração anormal na medula. Embora o mecanismo fisiopatológico não esteja totalmente elucidado, atribui-se a uma resposta imunomediada dos linfócitos T no ambiente medular. A trombopoetina (codificada pelo gene THPO) é um hormônio glicoproteico produzido pelo fígado e responsável pelo estímulo de crescimento de megacariócitos, desenvolvimento plaquetário e de demais linhagens e, quando disfuncional, contribui para o desenvolvimento da AA adquirida. Objetivos: Investigar a presença de variantes genéticas no THPO em amostras de sangue periférico e medula óssea de pacientes com AA adquirida (grupo caso) e de indivíduos saudáveis (grupo controle) e verificar a presença de alterações no número de plaquetas durante o seguimento dos pacientes com AA adquirida. Métodos: O gene THPO foi sequenciado em amostras de DNA de medula óssea de 92 pacientes com AA adquirida e no DNA de sangue periférico de 92 controles, cujas amostras haviam sido previamente armazenado no Laboratório de Hematologia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP). O sequenciamento foi realizado pelo método de Sanger. Realizou-se também a associação entre a presença (ou ausência) de variantes em THPO e o número de plaquetas em 83 pacientes utilizando o teste ANOVA Para outras análises estatísticas, foram utilizados os testes t e qui-quadrado com nível de significância de 5%. Resultados: Foram encontrados três polimorfismos de nucleotídeo único (SNPs) nos pacientes com AA adquirida (rs956732, rs6141 e rs3804618). Os mesmos três SNPs foram observados nos indivíduos do grupo controle (p>0,05). Não houve associação entre o número de plaquetas e a presença de SNPs nos pacientes (p>0,05). Conclusões: Três SNPs foram encontrados em frequências alélicas semelhantes tanto no grupo de pacientes quanto nos controles, sugerindo que a trombopoetina não apresenta alterações genéticas que possam ser associadas à fisiopatologia da AA adquirida nessa coorte. / Introduction: Acquired aplastic anemia (AA) is a severe illness, characterized by pancytopenia and hypocellular bone marrow without increased reticulin or abnormal infiltration of the bone marrow. Although the physiopathological mechanism has not been completely understood, an immune-mediated T-lymphocyte response has been attributed to the bone marrow environment. Thrombopoietin (encoded by THPO), a glycoprotein hormone produced by the liver and responsible for stimulating the growth of megakaryocytes, development of platelets and other lineages that when dysfunctional, contributes to the progress of acquired AA. Objectives: To screen the THPO gene for genetic variants in bone marrow of acquired AA patients and in the peripheral blood of controls, and to verify the correlation between the THPO status and platelet counts in the patients during the treatment. Method: Sanger sequencing of the THPO gene was carried out in 92 acquired AA patients (case group) and 92 controls, in DNA samples previously stored in the Hematology Laboratory of the Ribeirão Preto School of Medicine at the University of São Paulo. The association between the THPO status and the platelet counts was performed in 83 patients through the ANOVA test. The Chi-squared test and t-test were also applied for statistical analysis with a 5% significance level. Results: Three single nucleotide polymorphisms (SNPs) were found in the AA patients (rs956732, rs6141, and rs3804618), as well as in the healthy subjects (p>0,05). No association was verified between the platelet counts and the presence of SNPs in the AA patients (p>0,05). Conclusion: Three SNPs were found in both groups, suggesting that thrombopoietin does not harbor genetic variants that could be etiological for the acquired AA in our cohort.
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Células tronco imaturas de polpa dentária humana: uma nova estratégia terapêutica para o tratamento da aplasia de medula óssea em modelo animal. / Immature stem cells from human dental pulp: a new therapeutic strategy for the treatment of bone marrow suppression in an animal model.

Gonzaga, Vivian Fonseca 10 November 2016 (has links)
AA é uma doença grave caracterizada por pancitopenia e hipocelularidade medular, que pode levar a morte. Em casos severos os tratamentos são restritos ao transplante alogênico de MO e/ou uso de imunossupressores. Para isso, deve ser tipado o HLA entre doador e beneficiário. Com isso, as CTM são fontes celulares candidatas para este propósito, pois são praticamente não imunogênicas devido à sua ação parácrina de imunomodulação. Além disso, as CTM possuem um importante papel na hematopoiese. Para induzir AA utilizamos inicialmente ciclofosfamida (n=10) e radiação ionizante a 6 Gy (n=40), que foi o modelo experimental adotado. Após a radiação ocorreram três transplantes de CTIPDh com intervalo de 15 dias via IP. A resposta clínica do transplante foi monitorada pela avaliação da massa corpórea, hemograma e histopatologia da MO. O enxerto das CTIPDh na MO e seu efeito na hematopoiese, também foi verificado. Os resultados demonstraram que os animais irradiados e tratados com CTIPDh apresentaram benefícios clínicos em relação aos animais não tratados. Observamos enxertia das CTIPDh na MO e baço dos camundongos e recuperação dos componentes medulares em comparação aos animais não tratados. Assim, o transplante das CTIPDh são uma fonte terapêutica em potencial. / AA is a several disease characterized by peripheral pancytopenia and bone marrow hypoplasia, which can lead to death. In severe cases, treatments are limited to allogeneic BM transplant and/or immunosuppressants administration. For this purpose, the donor blood must be typed to identify their HLA. Thereby, MSC are appropriate candidates for therapeutic use, because they present low immunogenicity and provide immunomodulation effect in tissue repair. Furthermore, MSC have important role in supporting hematopoiesis. Thus, AA was induced using cyclophosphamide (n = 10) and 6 Gy ionizing radiation (n = 40), which caused BM ablation in mice. Thus ionizing radiation of AA model was selected. After radiation, the mice received three equal doses of hDPSC each 15-day via intraperitoneal injection. Clinical response was monitored by body mass, blood cells counting and histopathology of BM. The influence of hDPSC infusion on hematopoiesis and engraftment capacity of this cell was also investigated. Our data show the hDPSC transplantation in irradiated mice improves clinical conditions and the transplant intraperitoneal showed hDPSC grafting in BM and recovery of medullary components when compared to untreated group. The results indicate that hDPSC transplantation is a potential tool for cell-based therapeutics.
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Variantes do gene THPO em pacientes com anemia aplástica adquirida / THPO gene variants in patients with acquired aplastic anemia

Pedro Henrique Padilha 09 January 2018 (has links)
Introdução: A anemia aplástica (AA) adquirida é uma doença grave, caracterizada por pancitopenia e medula óssea hipocelular sem que haja associação com aumento de reticulina ou infiltração anormal na medula. Embora o mecanismo fisiopatológico não esteja totalmente elucidado, atribui-se a uma resposta imunomediada dos linfócitos T no ambiente medular. A trombopoetina (codificada pelo gene THPO) é um hormônio glicoproteico produzido pelo fígado e responsável pelo estímulo de crescimento de megacariócitos, desenvolvimento plaquetário e de demais linhagens e, quando disfuncional, contribui para o desenvolvimento da AA adquirida. Objetivos: Investigar a presença de variantes genéticas no THPO em amostras de sangue periférico e medula óssea de pacientes com AA adquirida (grupo caso) e de indivíduos saudáveis (grupo controle) e verificar a presença de alterações no número de plaquetas durante o seguimento dos pacientes com AA adquirida. Métodos: O gene THPO foi sequenciado em amostras de DNA de medula óssea de 92 pacientes com AA adquirida e no DNA de sangue periférico de 92 controles, cujas amostras haviam sido previamente armazenado no Laboratório de Hematologia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP). O sequenciamento foi realizado pelo método de Sanger. Realizou-se também a associação entre a presença (ou ausência) de variantes em THPO e o número de plaquetas em 83 pacientes utilizando o teste ANOVA Para outras análises estatísticas, foram utilizados os testes t e qui-quadrado com nível de significância de 5%. Resultados: Foram encontrados três polimorfismos de nucleotídeo único (SNPs) nos pacientes com AA adquirida (rs956732, rs6141 e rs3804618). Os mesmos três SNPs foram observados nos indivíduos do grupo controle (p>0,05). Não houve associação entre o número de plaquetas e a presença de SNPs nos pacientes (p>0,05). Conclusões: Três SNPs foram encontrados em frequências alélicas semelhantes tanto no grupo de pacientes quanto nos controles, sugerindo que a trombopoetina não apresenta alterações genéticas que possam ser associadas à fisiopatologia da AA adquirida nessa coorte. / Introduction: Acquired aplastic anemia (AA) is a severe illness, characterized by pancytopenia and hypocellular bone marrow without increased reticulin or abnormal infiltration of the bone marrow. Although the physiopathological mechanism has not been completely understood, an immune-mediated T-lymphocyte response has been attributed to the bone marrow environment. Thrombopoietin (encoded by THPO), a glycoprotein hormone produced by the liver and responsible for stimulating the growth of megakaryocytes, development of platelets and other lineages that when dysfunctional, contributes to the progress of acquired AA. Objectives: To screen the THPO gene for genetic variants in bone marrow of acquired AA patients and in the peripheral blood of controls, and to verify the correlation between the THPO status and platelet counts in the patients during the treatment. Method: Sanger sequencing of the THPO gene was carried out in 92 acquired AA patients (case group) and 92 controls, in DNA samples previously stored in the Hematology Laboratory of the Ribeirão Preto School of Medicine at the University of São Paulo. The association between the THPO status and the platelet counts was performed in 83 patients through the ANOVA test. The Chi-squared test and t-test were also applied for statistical analysis with a 5% significance level. Results: Three single nucleotide polymorphisms (SNPs) were found in the AA patients (rs956732, rs6141, and rs3804618), as well as in the healthy subjects (p>0,05). No association was verified between the platelet counts and the presence of SNPs in the AA patients (p>0,05). Conclusion: Three SNPs were found in both groups, suggesting that thrombopoietin does not harbor genetic variants that could be etiological for the acquired AA in our cohort.
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Parâmetros preditivos de resposta hematológica, recidiva, evolução clonal e sobrevida em pacientes com anemia aplástica severa tratados com terapia imunossupressora / Predictive parameters for hematologic response, relapse, clonal evolution and survival in severe aplastic anemia patients treated with immunosuppressive therapy

Scheinberg, Phillip 14 May 2018 (has links)
A anemia aplástica severa (AAS) pode ser tratada com sucesso na maioria dos casos com terapia imunossupressora (IS) ou transplante alogenêico de medula óssea (TMO). Os principais fatores que determinam a escolha da modalidade terapêutica são a idade e a disponibilidade de um doador HLA-histocompatível. Em pacientes mais jovens, o TMO de um doador aparentado é preferível, enquanto que em pacientes acima de 40-50 anos, a terapia IS é a modalidade terapêutica de escolha. Resposta hematológica é obtida em 60-75% dos casos com terapia IS na AAS, o que correlaciona com melhor sobrevida. Recidivas ocorrem em aproximadamente um terço dos respondentes e evolução clonal para mielodisplasia em 10-15% ao longo termo. A doença do enxerto-versus-hospedeiro (GVHD) agudo ocorre em 30-40% dos casos sendo a forma crônica presente em 40-50%. Infecções são frequentes e podem complicar o transplante. Portanto, a refratariedade à terapia IS, recidivas e evolução clonal limitam o sucesso da terapia IS na AAS, enquanto rejeição do enxerto, GVHD, e infecções limitam o sucesso do TMO na clínica. Fatores preditivos dessas complicações seriam de grande valor na clínica, uma vez que poder-se-iam realizar decisões terapêuticas com base mais racional, onde pacientes fossem alocados a diferentes tratamentos com base no seu perfil de risco. Ou seja, pacientes com alta probabilidade de resposta e baixo risco de recidiva e evolução clonal se beneficiariam de terapia IS, enquanto àqueles com baixa probabilidade de resposta e alto risco de recidiva e/ou evolução clonal teriam mais benefícios do TMO, por exemplo. Com base nessa premissa, desenvolvemos estudos para investigar fatores que pudessem estar associados ao sucesso da terapia IS na AAS. Os principais achados de 3 análises distintas sobre o tema evidenciou: 1) crianças (< 18 anos) apresentam alta taxa de resposta à terapia IS (em torno de 75%) com uma excelente sobrevida geral em pacientes respondentes; 2) o número absoluto de reticulócitos e de linfócitos pré-tratamento correlaciona com resposta hematológica aos seis meses após terapia IS; e 3) o comprimento telomérico não está associado à resposta hematológica, porém, está associado a probabilidade de recidiva, evolução clonal, e sobrevida geral após terapia IS. Esses parâmetros identificados nesses estudos podem servir de base em algoritmos futuros onde faz-se estratificação de risco de cada paciente, a fim de alocar a modalidade terapêutica mais apropriada com base no perfil individual de risco. No que diz respeito ao comprimento telomérico, é provável que esse marcador biológico não só esteja associado ao processo de evolução clonal na AAS, mas que também participe na biologia da instabilidade genômica de células na medula óssea levando a aberrações cromossômicas e o desenvolvimento de mielodisplasia e leucemias. / Severe aplastic anemia (SAA) can be treated successfully in the majority of cases with immunosuppressive therapy (IST) or allogeneic bone marrow transplantation (BMT). The principal factors that determine the choice of treatment modalities are age and availability of an HLA-histocompatible donor. In younger patients, BMT from a related donor is preferred, while in patients over 40-50 years of age, IST is often employed. Hematologic response is achieved in 60-75% of cases with IST, which correlates with better survival. Relapses occur in approximately one third of responders and clonal evolution to myelodysplasia occurs in 10-15% of cases long-term. Acute graft-versus-host disease (GVHD) occurs in 30-40% of cases and chronic GVHD in 40-50%. Infections are common and complicate transplant outcomes. Therefore, refractoriness, relapses and clonal evolution limit the success of IST in SAA, while graft rejection, GVHD, and infections limited the success of BMT in the clinic. Predictors for these complications would be of great value in the clinic since one could make more rational treatment decisions where patients were allocated to different treatment modalities based on their risk profile. For example, patients with high probability of response and low risk of relapse and clonal evolution would benefit more from IST, while those with low probability of hematologic response and high risk of recurrence and/or clonal evolution most likely to benefit from BMT. Based on this premise, we developed studies to investigate factors that could be associated with the success of IST in SAA. The main findings of three separate analysis on the subject showed: 1) children ( < 18 years) have a high response rate to IST (around 75%) with an excellent long-term survival rate among responders; 2) the absolute number of reticulocytes and lymphocytes pre-treatment correlates with hematologic response at 6 months after IST, and 3) telomere length is not associated with hematologic response, but, associated with the likelihood of relapse, clonal evolution, and overall survival after IST. These parameters may serve as a basis for future algorithms allowing for risk stratification for each individual patient allowing for better treatment allocation. With respect to the telomere length, it is likely that it not only represents a biological marker but that it is involved in the process of clonal evolution contributing to genomic instability in bone marrow cells leading to the development of myelodysplasia and leukemia
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Parâmetros preditivos de resposta hematológica, recidiva, evolução clonal e sobrevida em pacientes com anemia aplástica severa tratados com terapia imunossupressora / Predictive parameters for hematologic response, relapse, clonal evolution and survival in severe aplastic anemia patients treated with immunosuppressive therapy

Phillip Scheinberg 14 May 2018 (has links)
A anemia aplástica severa (AAS) pode ser tratada com sucesso na maioria dos casos com terapia imunossupressora (IS) ou transplante alogenêico de medula óssea (TMO). Os principais fatores que determinam a escolha da modalidade terapêutica são a idade e a disponibilidade de um doador HLA-histocompatível. Em pacientes mais jovens, o TMO de um doador aparentado é preferível, enquanto que em pacientes acima de 40-50 anos, a terapia IS é a modalidade terapêutica de escolha. Resposta hematológica é obtida em 60-75% dos casos com terapia IS na AAS, o que correlaciona com melhor sobrevida. Recidivas ocorrem em aproximadamente um terço dos respondentes e evolução clonal para mielodisplasia em 10-15% ao longo termo. A doença do enxerto-versus-hospedeiro (GVHD) agudo ocorre em 30-40% dos casos sendo a forma crônica presente em 40-50%. Infecções são frequentes e podem complicar o transplante. Portanto, a refratariedade à terapia IS, recidivas e evolução clonal limitam o sucesso da terapia IS na AAS, enquanto rejeição do enxerto, GVHD, e infecções limitam o sucesso do TMO na clínica. Fatores preditivos dessas complicações seriam de grande valor na clínica, uma vez que poder-se-iam realizar decisões terapêuticas com base mais racional, onde pacientes fossem alocados a diferentes tratamentos com base no seu perfil de risco. Ou seja, pacientes com alta probabilidade de resposta e baixo risco de recidiva e evolução clonal se beneficiariam de terapia IS, enquanto àqueles com baixa probabilidade de resposta e alto risco de recidiva e/ou evolução clonal teriam mais benefícios do TMO, por exemplo. Com base nessa premissa, desenvolvemos estudos para investigar fatores que pudessem estar associados ao sucesso da terapia IS na AAS. Os principais achados de 3 análises distintas sobre o tema evidenciou: 1) crianças (< 18 anos) apresentam alta taxa de resposta à terapia IS (em torno de 75%) com uma excelente sobrevida geral em pacientes respondentes; 2) o número absoluto de reticulócitos e de linfócitos pré-tratamento correlaciona com resposta hematológica aos seis meses após terapia IS; e 3) o comprimento telomérico não está associado à resposta hematológica, porém, está associado a probabilidade de recidiva, evolução clonal, e sobrevida geral após terapia IS. Esses parâmetros identificados nesses estudos podem servir de base em algoritmos futuros onde faz-se estratificação de risco de cada paciente, a fim de alocar a modalidade terapêutica mais apropriada com base no perfil individual de risco. No que diz respeito ao comprimento telomérico, é provável que esse marcador biológico não só esteja associado ao processo de evolução clonal na AAS, mas que também participe na biologia da instabilidade genômica de células na medula óssea levando a aberrações cromossômicas e o desenvolvimento de mielodisplasia e leucemias. / Severe aplastic anemia (SAA) can be treated successfully in the majority of cases with immunosuppressive therapy (IST) or allogeneic bone marrow transplantation (BMT). The principal factors that determine the choice of treatment modalities are age and availability of an HLA-histocompatible donor. In younger patients, BMT from a related donor is preferred, while in patients over 40-50 years of age, IST is often employed. Hematologic response is achieved in 60-75% of cases with IST, which correlates with better survival. Relapses occur in approximately one third of responders and clonal evolution to myelodysplasia occurs in 10-15% of cases long-term. Acute graft-versus-host disease (GVHD) occurs in 30-40% of cases and chronic GVHD in 40-50%. Infections are common and complicate transplant outcomes. Therefore, refractoriness, relapses and clonal evolution limit the success of IST in SAA, while graft rejection, GVHD, and infections limited the success of BMT in the clinic. Predictors for these complications would be of great value in the clinic since one could make more rational treatment decisions where patients were allocated to different treatment modalities based on their risk profile. For example, patients with high probability of response and low risk of relapse and clonal evolution would benefit more from IST, while those with low probability of hematologic response and high risk of recurrence and/or clonal evolution most likely to benefit from BMT. Based on this premise, we developed studies to investigate factors that could be associated with the success of IST in SAA. The main findings of three separate analysis on the subject showed: 1) children ( < 18 years) have a high response rate to IST (around 75%) with an excellent long-term survival rate among responders; 2) the absolute number of reticulocytes and lymphocytes pre-treatment correlates with hematologic response at 6 months after IST, and 3) telomere length is not associated with hematologic response, but, associated with the likelihood of relapse, clonal evolution, and overall survival after IST. These parameters may serve as a basis for future algorithms allowing for risk stratification for each individual patient allowing for better treatment allocation. With respect to the telomere length, it is likely that it not only represents a biological marker but that it is involved in the process of clonal evolution contributing to genomic instability in bone marrow cells leading to the development of myelodysplasia and leukemia

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