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Enunciação e intertextualidade no filme As Horas, de Stephen Daldry / Enunciation and intertextuality in the movie The Hours, by Stephen DaldryOliveira, Taís de 04 March 2016 (has links)
Tendo por teoria norteadora a Semiótica Discursiva de linha francesa analisamos o filme As horas (The Hours, Stephen Daldry, 2002), adaptação fílmica do romance homônimo de Michael Cunningham (The Hours, 1998). Embora se trate de uma adaptação intersemiótica, não fazemos aqui um estudo sobre este tema. Nosso principal objetivo é analisar o filme As horas à luz da Semiótica Discursiva, identificando os elementos intertextuais contidos no filme e desvelando o papel destes no processo de construção dos efeitos de sentido da obra. O corpus escolhido é constituído por diversos intertextos, já que se trata de uma obra baseada no romance Mrs. Dalloway (WOOLF, 2003 [1925]) e na biografia de Virginia Woolf, proporcionando assim vários níveis de leitura. Sua análise é, portanto, desafiadora, principalmente quanto ao recorte a ser adotado. O texto apresenta diferentes níveis de produção de efeitos de sentido, dependentes da competência do enunciatário em identificar remissões ou citações ali presentes. Partimos de uma análise imanente estrita ao filme baseando-nos na teoria semiótica clássica (GREIMAS; COURTÉS, 2008 [1979]), na semiótica tensiva (ZILBERBERG, 2006 [1988] & FONTANILLE, 1995) e na sociossemiótica (LANDOWSKI, 2004; 2005a; 2005b) , passamos pelas questões de intratextualidade (GREIMAS; COURTÉS, 1986) e de enunciação enunciada (DONDERO, 2013a; 2013b; 2014), mostrando como o filme reflete sobre si mesmo e sobre o fazer literário, adquirindo um caráter metassemiótico (KLINKENBERG, 2000), e finalizamos pela discussão sobre a intertextualidade do filme (FIORIN, 2003) e sobre sua autonomia enquanto produtor de sentido (DISCINI, 2004 [2001]). / The movie The Hours (Stephen Daldry, 2002), a filmic adaptation of the homonymous novel by Michael Cunningham (The Hours, 1998) is analyzed within the framework of Discourse Semiotics. Our main objective is the identification of the intertextual elements and the unveiling of their role in the process of construction of meaning effects deriving from the film. The chosen corpus consists of several intertexts, since it is based on Virgina Woolfs novel Mrs. Dalloway (first published in 1925) and on Woolfs biography, providing several levels of pertinence for interpretation and thus several levels of interpretation. Its analysis is, therefore, challenging, especially regarding the level of pertinence to be adopted. The text offers different levels of production of meaning effects, which depend on the competence of the enunciatee to identify references or citations. We start with an immanent analysis, i.e. strict to the movie, based on classic semiotics methodology (GREIMAS; COURTÉS, 2008 [1979]) and on its most recent developments (ZILBERBERG, 2006 [1988]; FONTANILLE, 1995; LANDOWSKI, 2004; 2005a; 2005b). We also treat issues such as intratextuality (GREIMAS; COURTÉS, 1986) and enunciated enunciation (DONDERO, 2013a; 2013b; 2014), showing how the movie reflects itself and the literary creation process, establishing itself as a metasemiotic object (KLINKENBERG, 2000). Finally, we discuss its intertextual figures (FIORIN, 2003) and its autonomy in the process of producing meaning (DISCINI, 2004 [2001]).
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Enunciação e intertextualidade no filme As Horas, de Stephen Daldry / Enunciation and intertextuality in the movie The Hours, by Stephen DaldryTaís de Oliveira 04 March 2016 (has links)
Tendo por teoria norteadora a Semiótica Discursiva de linha francesa analisamos o filme As horas (The Hours, Stephen Daldry, 2002), adaptação fílmica do romance homônimo de Michael Cunningham (The Hours, 1998). Embora se trate de uma adaptação intersemiótica, não fazemos aqui um estudo sobre este tema. Nosso principal objetivo é analisar o filme As horas à luz da Semiótica Discursiva, identificando os elementos intertextuais contidos no filme e desvelando o papel destes no processo de construção dos efeitos de sentido da obra. O corpus escolhido é constituído por diversos intertextos, já que se trata de uma obra baseada no romance Mrs. Dalloway (WOOLF, 2003 [1925]) e na biografia de Virginia Woolf, proporcionando assim vários níveis de leitura. Sua análise é, portanto, desafiadora, principalmente quanto ao recorte a ser adotado. O texto apresenta diferentes níveis de produção de efeitos de sentido, dependentes da competência do enunciatário em identificar remissões ou citações ali presentes. Partimos de uma análise imanente estrita ao filme baseando-nos na teoria semiótica clássica (GREIMAS; COURTÉS, 2008 [1979]), na semiótica tensiva (ZILBERBERG, 2006 [1988] & FONTANILLE, 1995) e na sociossemiótica (LANDOWSKI, 2004; 2005a; 2005b) , passamos pelas questões de intratextualidade (GREIMAS; COURTÉS, 1986) e de enunciação enunciada (DONDERO, 2013a; 2013b; 2014), mostrando como o filme reflete sobre si mesmo e sobre o fazer literário, adquirindo um caráter metassemiótico (KLINKENBERG, 2000), e finalizamos pela discussão sobre a intertextualidade do filme (FIORIN, 2003) e sobre sua autonomia enquanto produtor de sentido (DISCINI, 2004 [2001]). / The movie The Hours (Stephen Daldry, 2002), a filmic adaptation of the homonymous novel by Michael Cunningham (The Hours, 1998) is analyzed within the framework of Discourse Semiotics. Our main objective is the identification of the intertextual elements and the unveiling of their role in the process of construction of meaning effects deriving from the film. The chosen corpus consists of several intertexts, since it is based on Virgina Woolfs novel Mrs. Dalloway (first published in 1925) and on Woolfs biography, providing several levels of pertinence for interpretation and thus several levels of interpretation. Its analysis is, therefore, challenging, especially regarding the level of pertinence to be adopted. The text offers different levels of production of meaning effects, which depend on the competence of the enunciatee to identify references or citations. We start with an immanent analysis, i.e. strict to the movie, based on classic semiotics methodology (GREIMAS; COURTÉS, 2008 [1979]) and on its most recent developments (ZILBERBERG, 2006 [1988]; FONTANILLE, 1995; LANDOWSKI, 2004; 2005a; 2005b). We also treat issues such as intratextuality (GREIMAS; COURTÉS, 1986) and enunciated enunciation (DONDERO, 2013a; 2013b; 2014), showing how the movie reflects itself and the literary creation process, establishing itself as a metasemiotic object (KLINKENBERG, 2000). Finally, we discuss its intertextual figures (FIORIN, 2003) and its autonomy in the process of producing meaning (DISCINI, 2004 [2001]).
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As reverberações de um gato narrador em As horas nuas de Lygia Fagundes Telles / The reverberations of a cat narrator in Lygia Fagundes Telles' As horas nuasMigliorança, Cibelle Figueiredo 20 April 2018 (has links)
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Previous issue date: 2018-04-20 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / This research proposes the study of the novel As horas nuas (1989) by Lygia Fagundes Telles. The focus of the analysis is the zooliteratura, a field that studies the animal from a transdisciplinary perspective, investigating different aspects of the relationship between humans and animals. Our special attention is dedicated to Rahul, one of the novel's narrators and a cat. We will also turn our attention to some of the author's short stories in which the presence of animals is also noted, especially in narratives in which dogs and cats appear. We aim to question the role of the animals in the works of Lygia Fagundes Telles and what effect is generated by the recurrent presence of these animals. The hypothesis is that the author uses these animals to try to understand human nature, as if the treatment given to the animals by their owners was an unmasking of the true essence of these people. The methodology used is bibliographic type and it has the theoretical and critical support of Gérard Genette, Wayne Booth and Maria Lúcia Dal Farra, as reference for the study of the novel, and Maria Esther Maciel, a reference and a pioneer in Brazil when relating to studies in zooliteratura / Este trabalho propõe o estudo do romance As horas nuas (1989) de Lygia Fagundes Telles. O foco da análise será o da zooliteratura, campo que estuda a questão do animal sob uma ótica transdisciplinar, investigando diferentes aspectos das relações entre humanos e animais. Nossa especial atenção recaiu particularmente em Rahul, que além de ser um dos narradores do romance é um gato. Também voltamos nossa atenção para alguns dos contos da autora em que a presença de bichos se mostrou contundente. Principalmente nas narrativas em que aparecem cães e gatos. Indaga-se qual o papel dos animais na obra de Lygia Fagundes Telles e qual o efeito que se gera com a recorrente presença destes bichos. A hipótese é de que a autora se utiliza destes animais para tentar compreender a natureza humana. Como se o tratamento concedido aos animais por seus donos fosse um desmascaramento da verdadeira essência dessas pessoas. A metodologia empregada foi do tipo bibliográfica e teve o respaldo teórico e crítico de Gérard Genette, Wayne Booth e Maria Lúcia Dal Farra, como referência para o estudo do romance, e Maria Esther Maciel, pioneira no Brasil com estudos na área, com relação a zooliteratura
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