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Análise dos fatores de risco para doença cardiovascular na progressão da doença renal crônica / Analysis of cardiovascular disease risk factors in the chronic kidney disease progressionLuciana Cristina Pereira da Silva 27 July 2007 (has links)
INTRODUÇÃO: O elevado número de fatores de risco para doença cardiovascular (DCV) é evidente em portadores de doença renal crônica (DRC). Parece que estes fatores de risco estão intrinsicamente ligados à progressão da DRC. O objetivo deste estudo foi determinar os fatores de risco para DCV independentemente associados à progressão da DRC. MÉTODOS: Através da análise prospectiva, avaliamos os fatores de risco tradicionais, não-tradicionais e os relacionados à DRC em 112 pacientes consecutivos portadores de DRC (clearance de creatinina entre 15 - 89 ml/min),. A progressão da DRC foi avaliada pela variação do clearance de creatinina (DClCr) durante o seguimento, sendo os pacientes estratificados em dois grupos: não-progressores e progressores. RESULTADOS: A frequência dos fatores de risco para DCV foi muito alta e a mediana do DClCr foi de 2,445 ml/min/ano, durante o seguimento. No início do seguimento, não havia diferença significante entre os grupos, quanto ao sexo, raça, clearance de creatinina, IMC, pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD), índice cintura-quadril (ICQ), colesterol total, HDL-colesterol, triglicérides, marcadores inflamatórios, hemoglobina, hematócrito, paratormônio (PTHi), cálcio sérico e ácido úrico. Enquanto, a média do peso corporal, fibrinogênio sérico, LDL-colesterol, fósforo sérico, ingestão de sal e proteinúria foram significativamente maiores no grupo progressores; a média de idade e albumina sérica foi menor. Em adição, os fatores de risco para DCV, idade avançada (p= 0,0140) e história prévia de DCV (p= 0,0063) foram mais freqëntes no grupo não-progressores; ao passo que a anemia (p< 0,0001), hiperfibrinogenemia (p= 0,0112), hipoalbuminemia (p= 0,0019) e proteinúria elevada (p<0,0001) foram mais freqüentes no grupo progressores. Durante o seguimento, o grupo progressores apresentou média de PAS e PAD, LDL-colesterol e proteinúria maiores, no entanto, a albumina sérica foi menor. Os fatores de risco para DCV, durante o seguimento, anemia (p< 0,0001), hiperfosforemia (p< 0,0001), proteinúria elevada (p< 0,0001), hiperparatiroidismo (p= 0,0050) e hipoalbuminemia (p= 0,0019) foram mais freqüentes no grupo progressores. Na análise de regressão múltipla, somente o fator proteinúria, tanto no início como durante o seguimento, foi um preditor significante para a progressão da DRC. CONCLUSÃO: Os fatores de risco para DCV são muito prevalentes entre os pacientes com DRC em tratamento conservador. Embora, este estudo não possa mostrar evidências, sugerindo associação entre a maioria destes fatores de risco para DCV e a taxa de progressão da DRC, apenas a proteinúria predisse uma pior evolução da função renal / Background. The increased risk factors of cardiovascular disease (CVD) is evident in patients with chronic kidney disease (CKD). It has been hypothesized that a number of these risk factors is inextricably linked to the progression of CKD. The purpose of this study was to determine the CVD risk factors independently associated with progression of CKD. Methods. Through prospective analysis, we evaluated traditional, non-traditional, and uremia-related CVD risk factors in 112 consecutive patients with CKD (creatinine clearance between 15 89 ml/min). Progression of kidney disease was evaluated by rate of decline of creatinine clearance during follow-up period, and patients were stratified into two groups: progressor and nonprogressor. Results. The frequency of CVD risk factors was very high, and the median decline of creatinine clearance was 2,445 ml/min/yr, during follow-up period. At baseline, there were no significant differences between progressor and nonprogressor groups in terms of gender, race, creatinine clearance, body mass index, systolic and diastolic blood pressure, and waistrip ratio; cholesterol, HDL-cholesterol, triglycerides, inflammatory markers, hemoglobin, hematocrit, serum calcium, iPTH, and uric acid concentrations While, the mean body weight , serum fibrinogen, LDL-cholesterol, serum phosphate concentrations, salt ingest and proteinuria were significantly higher in the progressor group, the mean age and serum albumin concentrations were lower. In addition, CVD risk factors such as older age (p= 0,0140) and history of previous CVD (p= 0,0063) were more frequent in the nonprogressor group, whereas the hyperfibrinogenemia (p= 0.0112), anemia (p< 0.0001), proteinuria (p< 0.0001) and hypoalbuminemia (p= 0,0019) were more frequent in the progressor group. During follow-up period, the patients in the progressor group had higher systolic and diastolic blood pressure, LDL cholesterol and proteinuria, however serum albumin concentrations were lower. The CVD risk factors, during follow-up period, such as anemia (p< 0,0001), hyperphosphatemia (p< 0,0001), proteinuria (p< 0,0001) were more frequent in the progressor group. In multiple regression analysis, only the factor proteinuria at baseline and during follow-up period was a significant predictor for progression of CKD. Conclusions. CVD risk factors were very prevalent among patients with CKD not requiring dialysis. Although, this study may not show evidences suggesting association between most of these factors and the rate of progression of CKD; only proteinuria predicts an worsening of evolution of kidney function
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Análise de custo-efetividade de procedimentos para o adiamento dafase terminal da doença renal crônica associada ao diabetes mellitus e à hipertensão arterial sob a perspectiva do Sistema Único de Saúde / Cost-effectiveness of procedures for the postponement of the terminal stage of chronic kidney disease associated with diabetes mellitus and hypertension from the perspective of the Unified Health SystemFerreira, Karla de Araujo January 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009 / O objetivo deste estudo foi realizar uma análise de custo-efetividade de propostas para o adiamento da fase terminal da doença renal crônica (ADRC) associada à hipertensão arterial e ao diabetes mellitus no contexto nacional, sob a perspectiva do Sistema Único de Saúde. Dentre as possibilidades de manejo da doença analisadas constam a experiência do ambulatório de DRC da Universidade do Estado do Rio de Janeiro e aabordagem clínica tradicional, representada pela atenção fornecida hoje pelo SUS. As alternativas estudadas foram: Tratamento Tradicional do SUS com o uso de Inibidor da enzima conversora de angiotensina (IECA) para o controle da pressão arterial; ADRC 1, representado pelo Programa de ADRC da UERJ; ADRC 2, como uma proposta de programa de ADRC de acordo com as diretrizes clínicas incluindo o uso do ARA II; ADRC 3, como uma proposta de programa de ADRC de acordo com as diretrizes clínicas incluindo com o uso de estatina; ADRC 4 como uma proposta de ADRC completa incluindo o uso de ARA II e estatina . O ADRC UERJ foi uma alternativa avaliada como um referencial para o SUS de um programa que oferece cuidado integral ao paciente portador de DRC com abordagem multiciplinar. Os resultados mostraram que pacientes com nefropatia diabética no SUS, teriam uma expectativa de vida aproximada de 6,66 anos, enquanto que na UERJ a expectativa de vida seria de 11,56 anos. As alternativas ADRC 3 e ADRC 4 proporcionariam uma expectativa de vida de cerca de 16 anos, e 10 QALYS extras com relação ao SUS. Ao relacionar as dimensões custo e efetividade aplicando-se uma taxa de desconto de 5 por cento ao ano, verificou-se que a alternativa mais vantajosa foi o ADRC 3, apresentando economia da ordem de R$ 10.525,27 com relação ao SUS para cada ano adicional sobre a expectativa de vida, isto porque os pacientes prescindiriam de hemodiálise. A conclusão deste estudo é de que a simples disponibilização de medicamentos de eficácia reconhecida para o ADRC não é suficiente como estratégia para o cuidado adequado aos pacientes portadores de DRC no âmbito do SUS, mas que é fundamental a implementação efetiva das práticas já definidas pelo Ministério da Saúde para o manejo clínico dos pacientes. / The objective of this study was to estimate the cost-effectiveness for some alternatives
of Conservative Management of Chronic Kidney Disease (CKD) related to hypertension and diabetes mellitus under Brazilian Public Health System (SUS) perspective. These options include an experience of a conservative management based on a multidisciplinary approach performed by the University of Rio de Janeiro (UERJ) and the current practice that have been carried out in SUS. The point was to evaluate both, benefits and incremental costs that would result from a full coverage of technologies that are not still largely available in brazilian primary care, like Angiotensin II-Receptor Antagonists (ARA II) and Statins. The alternatives assessed were: Current practice in SUS including Angiotensin-converting enzyme (ACE) inhibitors to treat hypertension;
ADRC 1 represented by UERJ Program; ADRC 2 as a hypothetical program based on current guidelines, including the prescription of statins; ADRC 3 as a hypothetical program based on current guidelines, including the prescription of ARA II; and ADRC 4 as a hypothetical program based on current guidelines, including the prescription of
ARA II and statins. The UERJ program was an alternative evaluated as a reference to
SUS and as an example of a clinical management that offers a whole care to their CKD patients with a multidisciplinary team support. Results showed that SUS patients with diabetic nephropahy have a life expectancy of 6,66 years while UERJ patients have 11,56 years. Both alternatives ADRC 3 and 4, increase the SUS quality-adjusted life
expectancy in about 10 years. The results of cost-effectiveness ratios discounted at 5% a.a. showed that the dominant strategy was ADRC 3 indicating costs savings of R$ 10.525,27 for each year of life added compared to SUS. This occurs because in this alternative patients would not need hemodialysis during their lifetime. The conclusion is that, the addition of new drugs with efficacy evidence is not a sufficient strategy to provide an adequate management of CKD patients in SUS. Instead of it, it is essential
the effective implementation of the practices that are already defined by the Ministry of
Health for the manegement of CKD patients.
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