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A construção de uma cultura de riscos de desastre em Blumenau, SC: análise da cobertura das enchentes de 2008 e 2011 pelo Jornal de Santa Catarina / The construction of a disaster risk culture in Blumenau - SC: an analysis of the media coverage of the floods in 2008 and 2011 by the periodical Jornal de Santa Catarina

Spolaor, Jussara 03 October 2012 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-29T13:30:59Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Jussara Spolaor.pdf: 3049493 bytes, checksum: f69a694c1bb74c72af6b2c45af7f8244 (MD5) Previous issue date: 2012-10-03 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Blumenau is a city placed in Médio Vale do Itajaí Santa Catarina, which copes with floods since before its settlement, in the XIX century. Following the city development, problems related to floods and landslides, which are both matters of governmental and communitarian attention appeared. This Master s dissertation focuses on the construction of a disaster risk culture based on governmental and communitarian actions in order to manage these events in Blumenau. We have adopted as our theoretical approach the notion of governamentality (FOCAULT, 1978 [2008]), risk society (BECK, 1986 [2010]) and risk management (SPINK, 2001). In order to understand governmental and communitarian actions during the floods in 2008 and 2011, we have used a local circulation periodic named Jornal de Santa Catarina. The analysis was based on the covers of Jornal de Santa Catarina where we focused on how the media presented the two floods, and on news articles of General and Special editorials of this periodic, where we focused on the construction of a disaster risk culture. On a chronological perspective we focused on the covers used in the first month and on news articles published during the first week after each event. The results suggest a transformation from a disaster culture, guided by the inevitability of the events and action post-disaster, to a disaster risk culture, which praises prevention. They also suggest that the meanings constructed for the characterization of the disaster are defined, overall, by the environmental and human impacts, as well as influences on the city routine. Amongst the official actors, the results suggest an increse in governmental participation between 2008 and 2011, specifically in relation to the City Hall and the Civil Defense. In regards to the local organization, the voluntary intent actions started to be managed by the government in 2011, with little attention given to the point of view of the people directly affected by the disasters (victims) in the two analyzed periods. The results lead us to think that the construction of a disaster risk culture has as focus the management of the hazards by the governmental bodies, which have as object the maintenance of conditions of normalization on the city s routine, including the transition of management from local communitarian actions to the governmental bodies / Blumenau é uma cidade situada no Médio Vale do Itajaí, em Santa Catarina, que convive com enchentes desde antes de sua colonização, no século XIX. Com o desenvolvimento da cidade, emergem problemas em relação às enchentes e deslizamentos de terra, os quais são objeto de atuação governamental e comunitária. Esta dissertação tem como enfoque a construção de cultura de risco de desastre segundo as atuações governamentais e comunitárias para o enfrentamento desses acontecimentos na cidade de Blumenau. Adotamos como aporte teórico a noção de governamentalidade (FOCAULT, 1978[2008]), de sociedade de risco (BECK, 1986[2010]) e de gestão de riscos (SPINK, 2001). Para tanto, utilizamos o Jornal de Santa Catarina, de circulação local, para o entendimento das atuações governamentais e comunitárias durante as enchentes ocorridas em 2008 e 2011. A análise da pesquisa teve como enfoque a visibilidade midiática sobre as duas enchentes, a partir de análises das capas do Jornal de Santa Catarina; a construção da cultura de risco de desastre pela análise de reportagens das editoriais Geral e Especial. Nosso recorte temporal focou nas capas utilizadas no primeiro mês e nas reportagens veiculadas durante a primeira semana, nos dois acontecimentos. Os resultados sugerem a transformação de uma cultura de desastre orientada pela inevitabilidade dos eventos e ação pós-desastre para uma cultura de risco de desastres, a qual preconiza a prevenção. Também sugerem que os sentidos construídos para caracterização de desastre são definidos, sobretudo, pelos impactos ambientais, humanos e da rotina da cidade. Dentre os atores oficiais, os resultados sugerem maior organização governamental de 2008 a 2011, especificamente em relação à prefeitura e à Defesa Civil. Sobre a organização local, as ações de cunho voluntário passam a ser geridas pelos atores oficiais, no ano de 2011, com pouco destaque para o ponto de vista das pessoas diretamente atingidas pelos desastres (vítimas) nos dois períodos analisados. Os resultados nos conduzem a pensar que a construção de uma cultura de risco de desastre tem como foco a gestão dos riscos pelos órgãos governamentais, a qual tem como objeto a manutenção de condições de normalização sobre o cotidiano da cidade, incluindo a passagem das ações comunitárias locais a serem geridas pelos órgãos governamentais

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