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“Sou guerreira, sou valente, do primeiro regimento, enfermeira e combatente”: narrativas sobre a Cabo Toco em Cachoeira do Sul / “Soy guerrera, soy valiente, del primer regimento, enfermera y combatiente”: narrativas acerca de Cabo Toco en Cachoeira do Sul

Silva, Renata Colbeich 08 March 2017 (has links)
Nacida en 18 de junio de 1902 en Caçapava do Sul – RS (Brasil), Olmira Leal de Oliveira, popularmente conocida por Cabo Toco, fue la primera mujer de Rio Grande do Sul a sostener el uniforme de la Brigada Militar, cuando Borges de Medeiros luchaba por la legitimidad de su reelección al gobierno de ese departamento. Reclutada a los 21 años de edad para que trabajara como enfermera voluntaria, se convirtió en combatiente en el ataque armado a las tropas de las que formaba parte en Passo das Pitangueiras (Caçapava do Sul), el año de 1924, en el que salvó a su comandante, João Vargas de Souza. Tras conocerse en la ciudad de Cachoeira do Sul, en la que residía, en el ano de 1987, a los 85 años de edad, por el primer lugar en el festival de canciones nativistas ―Vigília do Canto Gaúcho‖ con la canción ―Cabo Toco‖, compuesta por Nilo Brum y Heleno Gimenez, Dueña Olmira pasó a protagonizar modos de narrativas al ilustrar páginas de periódicos en diversas ciudades del departamento, participar de seminarios acerca de la revolución, despertando interés de las personas que empezaron a buscar su historia. En este sentido, el objetivo de esta investigación ha sido comprender cómo se producen las narrativas de Cabo Toco y cómo circulan estas memorias en la ciudad de Cachoeira do Sul. Por medio de una construcción etnográfica, fue posible identificar archivos, compuestos de documentos periodísticos acerca de Cabo Toco, y narrativas orales, elaboradas por una red de narradoras mujeres, unidas por profesiones en común, profesoras o enfermeras, que se acercaron a Cabo Toco por diferentes vivencias. Por los documentos, se constató el recuerdo de Cabo Toco por medio del olvido, por la vejez y por las condiciones precarias en las que se encontraba en aquel momento de su vida. Por el habla de las interlocutoras, hay la construcción de una agencia frente una experiencia de vida a seguirse, que se remite al empoderamiento de la mujer, reciprocidades y aprendizajes sobre la vida, en las cuales se retratan no solo a Cabo Toco, sino también, autobiografías y recuerdos de quién lo narra. Frente a eso, esta tesis de maestría busca enseñar el trayecto de la articulación del reconocimiento de Dueña Olmira como heroína, a partir del rincón donde vivió sus últimos años de vida y compartió distintas experiencias que se trasponen en forma de narrativas. / Nascida em 18 de junho de 1902 em Caçapava do Sul – RS (Brasil), Olmira Leal de Oliveira, popularmente conhecida como Cabo Toco, foi a primeira mulher gaúcha a ostentar a farda da Brigada Militar, quando Borges de Medeiros lutava pela legitimidade de sua reeleição ao governo do estado do Rio Grande do Sul. Recrutada aos 21 anos de idade, para servir como enfermeira voluntária, tornou-se combatente no ataque armado a suas tropas no Passo das Pitangueiras (Caçapava do Sul), no ano de 1924, onde salvou o Comandante João Vargas de Souza. Após ser conhecida na cidade de Cachoeira do Sul, onde residia, no ano de 1987, aos 85 anos de idade, pelo primeiro lugar no festival de música nativista ―Vigília do Canto Gaúcho‖, com a canção ―Cabo Toco‖, composição de Nilo Brum e Heleno Gimenez, Dona Olmira passou a protagonizar modos de narrativas, ilustrando páginas de jornais em diversas cidades do estado, participando de seminários sobre a revolução, despertando interesse nas pessoas em conhecer sua história. Neste sentido, o objetivo este trabalho foi de compreender a forma como são produzidas as narrativas de Cabo Toco e como circulam estas memórias na cidade de Cachoeira do Sul. Através de uma construção etnográfica, foi possível identificar arquivos, compostos por documentos jornalísticos sobre Cabo Toco, e narrativas orais, formuladas por uma rede de narradoras mulheres, unidas por profissões em comum, professoras ou enfermeiras, ligadas a Cabo Toco por diferentes vivências. Pelos documentos constatou-se a lembrança de Cabo Toco pelo esquecimento, pela velhice e condições precárias que se encontrava naquele momento da vida. Pelas falas das interlocutoras, a construção de uma agência diante de uma experiência de vida a ser seguida, remetida ao empoderamento feminino, reciprocidades e aprendizados sobre a vida, nas quais retratam não só Cabo Toco, mas também, autobiografias e memórias de quem narra. Diante disto, esta dissertação procura mostrar o percurso da articulação do reconhecimento de Dona Olmira enquanto heroína, partindo do local onde viveu seus últimos anos de vida e compartilhou diferentes experiências, que se transpõem na forma de narrativas.

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