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Efeitos de jejum no forrageio e a importância dos tricobótrios na captura de presa no escorpião amarelo Tityus serrulatus (Arachnida: Buthidae) / The effects of starvation on forage behavior and the importance of trichobothria in prey capture of the yellow scorpion Tityus serrulatus (Arachnida: Buthidae)Murayama, Gabriel Pimenta 03 February 2017 (has links)
Sob o efeito do jejum os animais podem se comportar de várias maneiras e mudar a estratégia de forrageio, se arriscar mais ao se alimentar e responder mais rapidamente à presença da presa. Animais ectotérmicos e de metabolismo baixo são bastante afetados pelo jejum, construindo menos abrigos, se alimentando mais e se tornando mais ativos. Escorpiões são predadores predominantemente senta-e-espera mas que podem também deslocar-se em busca de suas presas, especialmente artrópodes. No forrageio, eles dependem de vibrações do substrato e de correntes de ar para localizar e capturar a presa. Esses estímulos são detectados por estruturas como os órgãos em fenda (fina região da cutícula onde ocorrem fendas que detectam vibrações do substrato) e os tricobótrios, que são longas cerdas sensíveis ao deslocamento de ar. Escorpiões são equipados com tricobótrios, mas a função comportamental destas cerdas nesse táxon nunca foi testada experimentalmente. No primeiro capítulo, testamos as hipóteses de que escorpiões em jejum se locomoveriam mais, detectariam mais rapidamente a presa e que a taxa de captura seria maior. Para medir a locomoção, nós dividimos a arena em quadrantes de 11 x 11cm e quantificamos o número de quadrantes utilizados, o número de mudanças de quadrantes e se o animal estava andando ou parado em cada observação. Para quantificar mudanças no limiar de detecção, nós medimos a distância em centímetros e a latência em segundos para detectar a presa. Para medir se houve diferenças na taxa de captura, nós contamos em ambos os grupos o número total de sujeitos experimentais que capturaram o grilo. Nós não encontramos diferenças entre os tratamentos em nenhuma das variáveis medidas. No segundo capítulo, testamos a hipótese de que os tricobótrios são importantes para captura de presas para escorpiões. Previmos que os sujeitos experimentais sem tricobótrios experimentalmente removidos teriam menor sucesso de captura do que os grupos controles (cerda controle removida/controle do procedimento experimental/controle sem manuseio). Previmos ainda que escorpiões sem tricobótrios teriam um maior número de tentativas de captura, que a latência para detecção e para a primeira tentativa de captura seriam maiores e que se orientariam menos vezes para a presa do que animais controle. Colocamos um sujeito experimental e um grilo sem o par de pernas III em uma arena circular com papel sulfite como substrato e filmamos os sujeitos experimentais. Nós não encontramos diferenças nas variáveis medidas entre os grupos comparados. Concluindo, os resultados do primeiro capítulo indicam que talvez o tempo de jejum não tenha sido longo o suficiente para influenciar mudanças no comportamento de forrageio e/ou as diferenças podem aparecer em outros comportamentos não medidos, como o tempo de ingestão. No segundo capítulo, os resultados indicam que os tricobótrios não são essenciais para captura de presas. Dessa forma, outras presas e substratos que atenuam vibrações do substrato devem ser considerados em estudos futuros / Under starvation, animals might behave in different ways and change their foraging strategy, become risk-prone while feeding and respond more quickly to the presence of prey. Ectothermic and with low metabolism animals are greatly affected by starvation, building less burrows, feeding more and becoming more active. Scorpions are predominantly sit-and-wait predators but they may also move in search for prey, especially arthropods. While foraging, they rely on substrate borne vibrations and air displacement to detect and capture prey. These stimuli are detect by sensory structures such as slit sense organs, (a thin region on the cuticle that bears slit that detect substrate borne vibration) and trichobothria, which are long setae sensitive to air displacement. Scorpions are equipped with trichobothria, however, the specific behavioral function of these sensilla on this taxa has never been experimentally tested. In the first chapter, we hypothesized that starved scorpions would become more roving, that the threshold to detection would decrease and that the capture rate would increase. To measure locomotion, we divided the arena into squares of 11 x 11 cm and quantified the number of squares used, the number of square changes and if the animal was walking or staying still in each observation. To quantify changes in the detection threshold, we measured the distance in centimeters and latency in seconds to detect the crickets. To measure if there was a difference in capture rate, we counted in both groups the total number of experimental subjects that captured the cricket. We found no differences between treatments in any of the measured variables. In the second chapter, we tested the hypothesis that trichobothria on pedipalps are important for scorpions to capture prey. We predicted that experimental subjects without trichobothria experimentally removed would be less successful in capturing prey than the control groups (control seta removed/control of experimental procedure/no handling control). We also predicted that scorpions without trichobothria would have a higher number of capture attempts, that the latency to detect prey and to the first capture attempt would be higher and the number of times that each scorpion oriented its body towards the prey would be lower. We used an experimental subject and a cricket without the pair of legs III in a circular arena with a printer paper as substrate and then record the experimental subjects. We did not find differences in the measured variables between the two groups. In conclusion, the results of the first chapter indicate that perhaps the starvation period has not been long enough to influence changes on foraging behavior and/or the differences may appear in other behaviors, such as ingestion time. In the second chapter, the results indicate that trichobothria are not essential for capture prey. Thus, other prey and substrates that attenuate substrate borne vibrations should be considered in future studies
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Efeitos de jejum no forrageio e a importância dos tricobótrios na captura de presa no escorpião amarelo Tityus serrulatus (Arachnida: Buthidae) / The effects of starvation on forage behavior and the importance of trichobothria in prey capture of the yellow scorpion Tityus serrulatus (Arachnida: Buthidae)Gabriel Pimenta Murayama 03 February 2017 (has links)
Sob o efeito do jejum os animais podem se comportar de várias maneiras e mudar a estratégia de forrageio, se arriscar mais ao se alimentar e responder mais rapidamente à presença da presa. Animais ectotérmicos e de metabolismo baixo são bastante afetados pelo jejum, construindo menos abrigos, se alimentando mais e se tornando mais ativos. Escorpiões são predadores predominantemente senta-e-espera mas que podem também deslocar-se em busca de suas presas, especialmente artrópodes. No forrageio, eles dependem de vibrações do substrato e de correntes de ar para localizar e capturar a presa. Esses estímulos são detectados por estruturas como os órgãos em fenda (fina região da cutícula onde ocorrem fendas que detectam vibrações do substrato) e os tricobótrios, que são longas cerdas sensíveis ao deslocamento de ar. Escorpiões são equipados com tricobótrios, mas a função comportamental destas cerdas nesse táxon nunca foi testada experimentalmente. No primeiro capítulo, testamos as hipóteses de que escorpiões em jejum se locomoveriam mais, detectariam mais rapidamente a presa e que a taxa de captura seria maior. Para medir a locomoção, nós dividimos a arena em quadrantes de 11 x 11cm e quantificamos o número de quadrantes utilizados, o número de mudanças de quadrantes e se o animal estava andando ou parado em cada observação. Para quantificar mudanças no limiar de detecção, nós medimos a distância em centímetros e a latência em segundos para detectar a presa. Para medir se houve diferenças na taxa de captura, nós contamos em ambos os grupos o número total de sujeitos experimentais que capturaram o grilo. Nós não encontramos diferenças entre os tratamentos em nenhuma das variáveis medidas. No segundo capítulo, testamos a hipótese de que os tricobótrios são importantes para captura de presas para escorpiões. Previmos que os sujeitos experimentais sem tricobótrios experimentalmente removidos teriam menor sucesso de captura do que os grupos controles (cerda controle removida/controle do procedimento experimental/controle sem manuseio). Previmos ainda que escorpiões sem tricobótrios teriam um maior número de tentativas de captura, que a latência para detecção e para a primeira tentativa de captura seriam maiores e que se orientariam menos vezes para a presa do que animais controle. Colocamos um sujeito experimental e um grilo sem o par de pernas III em uma arena circular com papel sulfite como substrato e filmamos os sujeitos experimentais. Nós não encontramos diferenças nas variáveis medidas entre os grupos comparados. Concluindo, os resultados do primeiro capítulo indicam que talvez o tempo de jejum não tenha sido longo o suficiente para influenciar mudanças no comportamento de forrageio e/ou as diferenças podem aparecer em outros comportamentos não medidos, como o tempo de ingestão. No segundo capítulo, os resultados indicam que os tricobótrios não são essenciais para captura de presas. Dessa forma, outras presas e substratos que atenuam vibrações do substrato devem ser considerados em estudos futuros / Under starvation, animals might behave in different ways and change their foraging strategy, become risk-prone while feeding and respond more quickly to the presence of prey. Ectothermic and with low metabolism animals are greatly affected by starvation, building less burrows, feeding more and becoming more active. Scorpions are predominantly sit-and-wait predators but they may also move in search for prey, especially arthropods. While foraging, they rely on substrate borne vibrations and air displacement to detect and capture prey. These stimuli are detect by sensory structures such as slit sense organs, (a thin region on the cuticle that bears slit that detect substrate borne vibration) and trichobothria, which are long setae sensitive to air displacement. Scorpions are equipped with trichobothria, however, the specific behavioral function of these sensilla on this taxa has never been experimentally tested. In the first chapter, we hypothesized that starved scorpions would become more roving, that the threshold to detection would decrease and that the capture rate would increase. To measure locomotion, we divided the arena into squares of 11 x 11 cm and quantified the number of squares used, the number of square changes and if the animal was walking or staying still in each observation. To quantify changes in the detection threshold, we measured the distance in centimeters and latency in seconds to detect the crickets. To measure if there was a difference in capture rate, we counted in both groups the total number of experimental subjects that captured the cricket. We found no differences between treatments in any of the measured variables. In the second chapter, we tested the hypothesis that trichobothria on pedipalps are important for scorpions to capture prey. We predicted that experimental subjects without trichobothria experimentally removed would be less successful in capturing prey than the control groups (control seta removed/control of experimental procedure/no handling control). We also predicted that scorpions without trichobothria would have a higher number of capture attempts, that the latency to detect prey and to the first capture attempt would be higher and the number of times that each scorpion oriented its body towards the prey would be lower. We used an experimental subject and a cricket without the pair of legs III in a circular arena with a printer paper as substrate and then record the experimental subjects. We did not find differences in the measured variables between the two groups. In conclusion, the results of the first chapter indicate that perhaps the starvation period has not been long enough to influence changes on foraging behavior and/or the differences may appear in other behaviors, such as ingestion time. In the second chapter, the results indicate that trichobothria are not essential for capture prey. Thus, other prey and substrates that attenuate substrate borne vibrations should be considered in future studies
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Conservation and Management of Greater Sage-Grouse in Strawberry Valley: Quantifying Influences on a Traditional Capture Method and Long-Term Trends in Clutch SizeRadke, Janae 25 April 2024 (has links) (PDF)
The greater sage-grouse (Centrocercus urophasianus) is a species of conservation concern that has undergone serious declines in the last century. The Strawberry Valley sage grouse population in Utah underwent such a decline from an estimated 3,500 sage grouse in the 1930s to 150 sage grouse in the early 2000s. This decline initiated a long-term conservation and monitoring project in Strawberry Valley with the goal of preserving the sage grouse population. As part of this ongoing conservation project, we investigated factors that impact the success of capturing sage grouse using the night-lighting method (Chapter 1). We found that capture success is influenced by precipitation, frost, vegetation, flock size, capture crew size, mode of transportation, and sex of the sage grouse. We provide information on these influential factors as well as recommendations on equipment and technique. We also compiled a dataset beginning in the 1930s of sage grouse clutch sizes from the Strawberry Valley population to determine the average number of eggs per clutch (Chapter 2). We investigated average clutch size over time, factors that influence average clutch size, and the accuracy and reliability of our clutch size counts. We found yearly variation in average clutch size that shows a weak, positive correlation with population size. Clutch sizes were smaller if laid as a re-nest or by sage grouse recently translocated from a different population. We found evidence that some of our clutch size counts are approximately two eggs fewer than the actual number laid by the sage grouse.
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Ecologia alimentar do boto cinza, sotalia guianensis (van ban?d?n, 1864), no litoral do rio grande do norte (rn)Pansard, Kelly Cristina Ara?jo 13 February 2009 (has links)
Made available in DSpace on 2014-12-17T15:36:35Z (GMT). No. of bitstreams: 1
KellyCAP.pdf: 2804234 bytes, checksum: e14a879efe151d80522174c9403f357e (MD5)
Previous issue date: 2009-02-13 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Cient?fico e Tecnol?gico / This study investigated factors that influence the group size during the behavior foraging of estuarine dolphin Sotalia guianensis in the coast south of the state Rio Grande do Norte (RN), it also characterized the diet of estuarine dolphins and elaborated an otoliths catalog for aid in the identification of the preys found in the stomach contents. In relation to the group size during behaviour foraging, inside of the Curral Bay, larger frequency of solitary hunt was observed. Factors as tide variation, group composition and seasons didn't present correlation with the number of animals observed during a feeding episode. Capture success for participant was shown significantly larger when the animals hunted alone, what possibly explains the largest frequency of solitary hunt inside of the Curral Bay. About diet, were identified 18 bone fishes species, with predominance of species the families Haemulidae and Sciaenidae and five cephalopods species, including two new species in the diet of Sotalia guianensis in Brazil. Our results indicated that estuarine dolphin in the coast oriental from Rio Grande do Norte (RN) feeds predominantly of fish that form shoal, of habitat estuarino and producing of sounds. The analysis of the images, otoliths of 43 species of coastal fish of the coast of the state of Rio Grande do Norte (RN), aided by the offered descriptions, demonstrated to be an effective methodology for the knowledge of those structures, as well as it represented a form of reducing the subjectivity in the identification of the bone fishes found in stomach content / Esse trabalho investigou os fatores que influenciam o tamanho de grupo durante o comportamento alimentar do boto cinza Sotalia guianensis no litoral sul do estado do Rio Grande do Norte (RN), tamb?m caracterizou a dieta dessa esp?cie na regi?o e elaborou um cat?logo de ot?litos para auxiliar ? identifica??o das presas encontradas nos conte?dos estomacais dos animais analisados. Em rela??o ao tamanho de grupo durante o forrageio, dentro da enseada do curral, foi observado maior freq??ncia de ca?a solit?ria. Fatores como varia??o de mar?, composi??o de grupo e esta??es do ano n?o apresentaram correla??o com o n?mero de animais observados durante um epis?dio de alimenta??o. Contudo, o sucesso de captura por participante mostrou-se significativamente maior quando os animais ca?avam sozinhos, o que possivelmente explica a maior freq??ncia de ca?a solit?ria dentro dessa enseada. Sobre a caracteriza??o da dieta, foram identificadas 18 esp?cies de tele?steos, com predomin?ncia de esp?cies pertencentes ?s fam?lias Haemulidae e Sciaenidae e cinco esp?cies de cefal?podes, incluindo duas esp?cies ainda n?o registradas na dieta de Sotalia guianensis no Brasil. De acordo com as informa??es sobre a dieta, o boto cinza no litoral oriental do Rio Grande do Norte (RN) alimenta-se predominantemente de peixes que formam cardume, de habitat estuarino e produtores de sons. A an?lise das imagens dos ot?litos de 43 esp?cies de peixes costeiros do litoral do estado do Rio Grande do Norte (RN) demonstrou ser uma metodologia eficaz, bem como representou uma forma de diminuir a subjetividade na identifica??o dos tele?steos encontrado em conte?do estomacal
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