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Arcabouço cronológico e proveniência do supergrupo espinhaço na região da Chapada Diamantina e bacias correlatas

Guadagnin, Felipe January 2014 (has links)
O Supergrupo Espinhaço corresponde às unidades vulcano–sedimentares depositadas sobre o Cráton do São Francisco entre o final da Era Paleoproterozóica e o início da Era Neoproterozóica. Essa unidade estratigráfica está atualmente exposta em uma ampla área do Cráton do São Francisco e faixas móveis adjacentes. Estudos de sedimentologia–estratigrafia, petrografia, geoquímica e isótopos de U–Pb e Lu–Hf em zircões detríticos, combinados com dados disponíveis na literatura, permitem caracterizar as principais áreas fonte, idades de deposição e empilhamento estratigráfico do Supergrupo Espinhaço na região da Chapada Diamantina, uma das áreas-tipo dessa unidade litoestratigráfica. O registro deposicional do Supergrupo Espinhaço é subdividido em três seqüências cronoestratigráficas, as seqüências Estateriana (1,8–1,68 Ga; Espinhaço Inferior), Calimiana-Ectasiana inferior (1,6–1,38 Ga; Espinhaço Intermediário) e Esteniana- Toniana inferior (1,2–0,9 Ga; Espinhaço Superior). Na Chapada Diamantina, a seqüência Estateriana compreende à Formação Serra da Gameleira e o Grupo Rio dos Remédios, cujo vulcanismo de ca. 1,75 Ga data a deposição desta unidade; a seqüência Calimiana-Ectasiana inferior compreende o Grupo Paraguaçú (intrudido por diques de ca. 1,5 Ga) e pela Formação Tombador, que possui zircões vulcânicos com idade de ca. 1,43 Ga; e a seqüência Esteniana-Toniana inferior compreende as Formações Caboclo e Morro do Chapéu. A composição modal do arcabouço e a composição química dos arenitos das seqüências Espinhaço Intermediário e Superior apontam para uma área fonte reciclada, relacionada a contexto tectônico colisional ou rifte. As idades U–Pb e as composições isotópicas de Hf dos zircões detríticos mostram um padrão variável. Na base da seqüência, predominam zircões de idade Riaciana, com fontes crustais e mantélicas; esse padrão é substituído por uma distribuição de idades Arqueanas a Paleoproterozóicas com isótopos de Hf indicando fontes Eoarqueanas e Neoarqueanas, como o Bloco do Gavião. No topo ocorre nova mudança no padrão de distribuição de zircões detríticos com a adição de zircões Estaterianos, oriundos do retrabalhamento das seqüências inferiores, e Calimianos, derivados de vulcanismo associado com a deposição. A abordagem regional das seqüências cratônicas depositadas no mesmo período em outra áreas do Craton São Francisco e das faixas móveis adjacentes, como as unidades estratigráficas expostas nas regiões das serras do Espinhaço Meridional e Setentrional, e os Grupos Andrelândia, Araí, Paranoá e Serra da Mesa e as Formações Carandaí e Tiradentes, permite reconhecer cinco padrões de distribuição de zircões detríticos, controlados pela idade deposicional e localização paleogeográfica. As informações são importantes para futuros estudos de paleogeografia e cinemática dos supercontinentes Proterozóicos. / The Espinhaço Supergroup corresponds to the volcano–sedimentary units deposited over the São Francisco Craton between the late Paleoproterozoic and early Neoproteozoic Eras. This stratigraphic unit is exposed over a wide area of the São Francisco Craton and adjacent mobile belts. Studies based on sedimentology– stratigraphy, petrography, geochemistry, and detrital zircon U–Pb and Lu–Hf isotopes, combined with data available in the literature, allow characterize main source areas, depositional ages, and the stratigraphic stacking of the Espinhaço Supergroup at Chapada Diamantina, one of the type-areas of this lithostratigraphic unit. The Espinhaço Supergroup is subdivided into three chronostratigraphic sequences, the Statherian (1.8–1.68 Ga; Lower Espinhaço), Calymmian-early Ectasian (1.6–1.38 Ga; Middle Espinhaço), and Stenian-early Tonian sequences (1.2–0.9 Ga; Upper Espinhaço). At Chapada Diamantina, the Statherian sequence comprises the Serra da Gameleira Formation and Rio dos Remédios Group, of which volcanic rocks aged 1.75 Ga date the deposition; the Calymmian-early Ectasian comprises the Paraguaçú Group (intruded by ca. 1.5 Ga dykes) and Tombador Formation, which includes volcanic zircon grains dated ca. 1.43 Ga; and the Stenianearly Tonian sequence comprises the Caboclo and Morro do Chapéu Formations. The framework modal and the chemical compositions of the sandstones from Middle and Upper Espinhaço sequences point to a recycled source area, related with collisional or rift tectonic setting. The detrital zircon U–Pb ages and Hf isotopic compositions show variable pattern. At the base, the juvenile and evolved Rhyacian zircon grains predominates, whereas this pattern changes with the input of Archean– Paleoproterozoic zircons with Hf isotopes indicating Eoarchean and Neoarchean crustal sources, such as the Gavião Block. At the top, another change of detrital zircons occurred with the addition of Statherian, derived from the reworking of lower sequences, and Calymmian grains, sourced from coeval magmatism. The regional approach of the cratonic sequences deposited during the same period in other areas of the San Francisco Craton and adjacent mobile belts, such as those sequences exposed in the Southern and Northern Espinhaço ranges, and the Andrelândia, Araí, Paranoá, and Serra Mesa Groups and Carandaí and Tiradentes Formations, distinguish five detrital zircons distribution patterns, controlled by the depositional age and paleogeography. The information are important for future studies of paleogeography and kinematics of Proterozoic supercontinents.
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Arcabouço cronológico e proveniência do supergrupo espinhaço na região da Chapada Diamantina e bacias correlatas

Guadagnin, Felipe January 2014 (has links)
O Supergrupo Espinhaço corresponde às unidades vulcano–sedimentares depositadas sobre o Cráton do São Francisco entre o final da Era Paleoproterozóica e o início da Era Neoproterozóica. Essa unidade estratigráfica está atualmente exposta em uma ampla área do Cráton do São Francisco e faixas móveis adjacentes. Estudos de sedimentologia–estratigrafia, petrografia, geoquímica e isótopos de U–Pb e Lu–Hf em zircões detríticos, combinados com dados disponíveis na literatura, permitem caracterizar as principais áreas fonte, idades de deposição e empilhamento estratigráfico do Supergrupo Espinhaço na região da Chapada Diamantina, uma das áreas-tipo dessa unidade litoestratigráfica. O registro deposicional do Supergrupo Espinhaço é subdividido em três seqüências cronoestratigráficas, as seqüências Estateriana (1,8–1,68 Ga; Espinhaço Inferior), Calimiana-Ectasiana inferior (1,6–1,38 Ga; Espinhaço Intermediário) e Esteniana- Toniana inferior (1,2–0,9 Ga; Espinhaço Superior). Na Chapada Diamantina, a seqüência Estateriana compreende à Formação Serra da Gameleira e o Grupo Rio dos Remédios, cujo vulcanismo de ca. 1,75 Ga data a deposição desta unidade; a seqüência Calimiana-Ectasiana inferior compreende o Grupo Paraguaçú (intrudido por diques de ca. 1,5 Ga) e pela Formação Tombador, que possui zircões vulcânicos com idade de ca. 1,43 Ga; e a seqüência Esteniana-Toniana inferior compreende as Formações Caboclo e Morro do Chapéu. A composição modal do arcabouço e a composição química dos arenitos das seqüências Espinhaço Intermediário e Superior apontam para uma área fonte reciclada, relacionada a contexto tectônico colisional ou rifte. As idades U–Pb e as composições isotópicas de Hf dos zircões detríticos mostram um padrão variável. Na base da seqüência, predominam zircões de idade Riaciana, com fontes crustais e mantélicas; esse padrão é substituído por uma distribuição de idades Arqueanas a Paleoproterozóicas com isótopos de Hf indicando fontes Eoarqueanas e Neoarqueanas, como o Bloco do Gavião. No topo ocorre nova mudança no padrão de distribuição de zircões detríticos com a adição de zircões Estaterianos, oriundos do retrabalhamento das seqüências inferiores, e Calimianos, derivados de vulcanismo associado com a deposição. A abordagem regional das seqüências cratônicas depositadas no mesmo período em outra áreas do Craton São Francisco e das faixas móveis adjacentes, como as unidades estratigráficas expostas nas regiões das serras do Espinhaço Meridional e Setentrional, e os Grupos Andrelândia, Araí, Paranoá e Serra da Mesa e as Formações Carandaí e Tiradentes, permite reconhecer cinco padrões de distribuição de zircões detríticos, controlados pela idade deposicional e localização paleogeográfica. As informações são importantes para futuros estudos de paleogeografia e cinemática dos supercontinentes Proterozóicos. / The Espinhaço Supergroup corresponds to the volcano–sedimentary units deposited over the São Francisco Craton between the late Paleoproterozoic and early Neoproteozoic Eras. This stratigraphic unit is exposed over a wide area of the São Francisco Craton and adjacent mobile belts. Studies based on sedimentology– stratigraphy, petrography, geochemistry, and detrital zircon U–Pb and Lu–Hf isotopes, combined with data available in the literature, allow characterize main source areas, depositional ages, and the stratigraphic stacking of the Espinhaço Supergroup at Chapada Diamantina, one of the type-areas of this lithostratigraphic unit. The Espinhaço Supergroup is subdivided into three chronostratigraphic sequences, the Statherian (1.8–1.68 Ga; Lower Espinhaço), Calymmian-early Ectasian (1.6–1.38 Ga; Middle Espinhaço), and Stenian-early Tonian sequences (1.2–0.9 Ga; Upper Espinhaço). At Chapada Diamantina, the Statherian sequence comprises the Serra da Gameleira Formation and Rio dos Remédios Group, of which volcanic rocks aged 1.75 Ga date the deposition; the Calymmian-early Ectasian comprises the Paraguaçú Group (intruded by ca. 1.5 Ga dykes) and Tombador Formation, which includes volcanic zircon grains dated ca. 1.43 Ga; and the Stenianearly Tonian sequence comprises the Caboclo and Morro do Chapéu Formations. The framework modal and the chemical compositions of the sandstones from Middle and Upper Espinhaço sequences point to a recycled source area, related with collisional or rift tectonic setting. The detrital zircon U–Pb ages and Hf isotopic compositions show variable pattern. At the base, the juvenile and evolved Rhyacian zircon grains predominates, whereas this pattern changes with the input of Archean– Paleoproterozoic zircons with Hf isotopes indicating Eoarchean and Neoarchean crustal sources, such as the Gavião Block. At the top, another change of detrital zircons occurred with the addition of Statherian, derived from the reworking of lower sequences, and Calymmian grains, sourced from coeval magmatism. The regional approach of the cratonic sequences deposited during the same period in other areas of the San Francisco Craton and adjacent mobile belts, such as those sequences exposed in the Southern and Northern Espinhaço ranges, and the Andrelândia, Araí, Paranoá, and Serra Mesa Groups and Carandaí and Tiradentes Formations, distinguish five detrital zircons distribution patterns, controlled by the depositional age and paleogeography. The information are important for future studies of paleogeography and kinematics of Proterozoic supercontinents.
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Modelo e arquitetura deposicional de leques aluviais proterozoicos da Formação Ouricuri do Ouro, Chapada Diamantina-BA

Souza, Ezequiel Galvão de January 2015 (has links)
A Fm. Ouricuri do Ouro (Proterozóico, Bacia Espinhaço) na porção NW da Chapada Diamantina/BA, Brasil, é interpretada como um sistema de leques aluviais constituído por quatro associações de fácies: i) Depósitos proximais dominado por fluxos de detritos não-coesivos; ii) Inundações em lençol proximais; iii) Inundações em lençol intermediárias; iv) Planícies arenosas de inundações distais. A sedimentação na porção basal da unidade ocorre em três ciclos granodecrescentes, marcados pela entrada de espessos pacotes de fluxos de detritos que gradam para depósitos relacionados a inundações em lençol proximais. Na porção superior ocorre o predomínio de inundações em lençol, associadas a enxurradas nas cabeceiras que resultam em descargas rápidas e desconfinadas nas porções intermediárias e distais. A partir do empilhamento vertical da Formação Ouricuri do Ouro na região de estudo, pode-se notar uma retrogradação do sistema de leques. Tal padrão é observado na sobreposição dos depósitos proximais pelos distais, marcando uma mudança na dinâmica do sistema de leques e, consequentemente, nos processos sedimentares dominantes. Esta retrogradação sugere uma diminuição do gradiente regional e deve ser resultado de um declínio da atividade tectônica ou do recuo do sistema de falhas de borda da bacia. Entretanto, ao contrário dos ciclos progradacionais e granocrescentes comumente descritos em sucessões de fácies de leques aluviais, a presença de ciclos granodecrescentes de mais alta frequência sugere também um controle climático. Os ciclos granodecrescentes são resultantes da progressiva diminuição na capacidade e competência do fluxo, associado a decréscimo do escoamento de águas superficiais (runoff) ao longo tempo. / The Ouricuri do Ouro Formation (Proterozoic, Espinhaço Basin) in NW region of Chapada Diamantina/BA, Brazil, is interpreted as an alluvial fan system composed by four facies associations: i) Proximal deposits non-cohesive debrys-flow dominated ii) Proximal sheetfloods; iii) Intermediate sheetfloods; and iv) Distal sandy flood plains. The sedimentation in the lower part of the unity occurs in three fining-upward cycles, characterized by the appearance of thick debrys-flow deposits that grade to deposits related to proximal sheetfloods. The upper portion is sheetflood dominated, associated to flash floods in the upstream that result in unconfined sheetfloods in the downstream. A retrogradation of alluvial system can be observed from vertical stacking of Ouricuri do Ouro Formation. This pattern is observed in the overlapping of proximal deposits by distal deposits, marking a change in alluvial system dynamic and, consequently, in dominant sedimentary process. This retrogradation indicate a regional gradient decrease and should be a product of tectonic activity decline or backfaulting of basin margin. However, in contrast to progradational coarseningupward cycles commonly described in succession of alluvial fans facies, the occurrence of high frequency fining-upward cycles suggests a climatic control influence. The fining-upward cycles are results of the progressive waning of flow capacity and competence, associated to the runoff decrease across time.
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Modelo e arquitetura deposicional de leques aluviais proterozoicos da Formação Ouricuri do Ouro, Chapada Diamantina-BA

Souza, Ezequiel Galvão de January 2015 (has links)
A Fm. Ouricuri do Ouro (Proterozóico, Bacia Espinhaço) na porção NW da Chapada Diamantina/BA, Brasil, é interpretada como um sistema de leques aluviais constituído por quatro associações de fácies: i) Depósitos proximais dominado por fluxos de detritos não-coesivos; ii) Inundações em lençol proximais; iii) Inundações em lençol intermediárias; iv) Planícies arenosas de inundações distais. A sedimentação na porção basal da unidade ocorre em três ciclos granodecrescentes, marcados pela entrada de espessos pacotes de fluxos de detritos que gradam para depósitos relacionados a inundações em lençol proximais. Na porção superior ocorre o predomínio de inundações em lençol, associadas a enxurradas nas cabeceiras que resultam em descargas rápidas e desconfinadas nas porções intermediárias e distais. A partir do empilhamento vertical da Formação Ouricuri do Ouro na região de estudo, pode-se notar uma retrogradação do sistema de leques. Tal padrão é observado na sobreposição dos depósitos proximais pelos distais, marcando uma mudança na dinâmica do sistema de leques e, consequentemente, nos processos sedimentares dominantes. Esta retrogradação sugere uma diminuição do gradiente regional e deve ser resultado de um declínio da atividade tectônica ou do recuo do sistema de falhas de borda da bacia. Entretanto, ao contrário dos ciclos progradacionais e granocrescentes comumente descritos em sucessões de fácies de leques aluviais, a presença de ciclos granodecrescentes de mais alta frequência sugere também um controle climático. Os ciclos granodecrescentes são resultantes da progressiva diminuição na capacidade e competência do fluxo, associado a decréscimo do escoamento de águas superficiais (runoff) ao longo tempo. / The Ouricuri do Ouro Formation (Proterozoic, Espinhaço Basin) in NW region of Chapada Diamantina/BA, Brazil, is interpreted as an alluvial fan system composed by four facies associations: i) Proximal deposits non-cohesive debrys-flow dominated ii) Proximal sheetfloods; iii) Intermediate sheetfloods; and iv) Distal sandy flood plains. The sedimentation in the lower part of the unity occurs in three fining-upward cycles, characterized by the appearance of thick debrys-flow deposits that grade to deposits related to proximal sheetfloods. The upper portion is sheetflood dominated, associated to flash floods in the upstream that result in unconfined sheetfloods in the downstream. A retrogradation of alluvial system can be observed from vertical stacking of Ouricuri do Ouro Formation. This pattern is observed in the overlapping of proximal deposits by distal deposits, marking a change in alluvial system dynamic and, consequently, in dominant sedimentary process. This retrogradation indicate a regional gradient decrease and should be a product of tectonic activity decline or backfaulting of basin margin. However, in contrast to progradational coarseningupward cycles commonly described in succession of alluvial fans facies, the occurrence of high frequency fining-upward cycles suggests a climatic control influence. The fining-upward cycles are results of the progressive waning of flow capacity and competence, associated to the runoff decrease across time.
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Arcabouço cronológico e proveniência do supergrupo espinhaço na região da Chapada Diamantina e bacias correlatas

Guadagnin, Felipe January 2014 (has links)
O Supergrupo Espinhaço corresponde às unidades vulcano–sedimentares depositadas sobre o Cráton do São Francisco entre o final da Era Paleoproterozóica e o início da Era Neoproterozóica. Essa unidade estratigráfica está atualmente exposta em uma ampla área do Cráton do São Francisco e faixas móveis adjacentes. Estudos de sedimentologia–estratigrafia, petrografia, geoquímica e isótopos de U–Pb e Lu–Hf em zircões detríticos, combinados com dados disponíveis na literatura, permitem caracterizar as principais áreas fonte, idades de deposição e empilhamento estratigráfico do Supergrupo Espinhaço na região da Chapada Diamantina, uma das áreas-tipo dessa unidade litoestratigráfica. O registro deposicional do Supergrupo Espinhaço é subdividido em três seqüências cronoestratigráficas, as seqüências Estateriana (1,8–1,68 Ga; Espinhaço Inferior), Calimiana-Ectasiana inferior (1,6–1,38 Ga; Espinhaço Intermediário) e Esteniana- Toniana inferior (1,2–0,9 Ga; Espinhaço Superior). Na Chapada Diamantina, a seqüência Estateriana compreende à Formação Serra da Gameleira e o Grupo Rio dos Remédios, cujo vulcanismo de ca. 1,75 Ga data a deposição desta unidade; a seqüência Calimiana-Ectasiana inferior compreende o Grupo Paraguaçú (intrudido por diques de ca. 1,5 Ga) e pela Formação Tombador, que possui zircões vulcânicos com idade de ca. 1,43 Ga; e a seqüência Esteniana-Toniana inferior compreende as Formações Caboclo e Morro do Chapéu. A composição modal do arcabouço e a composição química dos arenitos das seqüências Espinhaço Intermediário e Superior apontam para uma área fonte reciclada, relacionada a contexto tectônico colisional ou rifte. As idades U–Pb e as composições isotópicas de Hf dos zircões detríticos mostram um padrão variável. Na base da seqüência, predominam zircões de idade Riaciana, com fontes crustais e mantélicas; esse padrão é substituído por uma distribuição de idades Arqueanas a Paleoproterozóicas com isótopos de Hf indicando fontes Eoarqueanas e Neoarqueanas, como o Bloco do Gavião. No topo ocorre nova mudança no padrão de distribuição de zircões detríticos com a adição de zircões Estaterianos, oriundos do retrabalhamento das seqüências inferiores, e Calimianos, derivados de vulcanismo associado com a deposição. A abordagem regional das seqüências cratônicas depositadas no mesmo período em outra áreas do Craton São Francisco e das faixas móveis adjacentes, como as unidades estratigráficas expostas nas regiões das serras do Espinhaço Meridional e Setentrional, e os Grupos Andrelândia, Araí, Paranoá e Serra da Mesa e as Formações Carandaí e Tiradentes, permite reconhecer cinco padrões de distribuição de zircões detríticos, controlados pela idade deposicional e localização paleogeográfica. As informações são importantes para futuros estudos de paleogeografia e cinemática dos supercontinentes Proterozóicos. / The Espinhaço Supergroup corresponds to the volcano–sedimentary units deposited over the São Francisco Craton between the late Paleoproterozoic and early Neoproteozoic Eras. This stratigraphic unit is exposed over a wide area of the São Francisco Craton and adjacent mobile belts. Studies based on sedimentology– stratigraphy, petrography, geochemistry, and detrital zircon U–Pb and Lu–Hf isotopes, combined with data available in the literature, allow characterize main source areas, depositional ages, and the stratigraphic stacking of the Espinhaço Supergroup at Chapada Diamantina, one of the type-areas of this lithostratigraphic unit. The Espinhaço Supergroup is subdivided into three chronostratigraphic sequences, the Statherian (1.8–1.68 Ga; Lower Espinhaço), Calymmian-early Ectasian (1.6–1.38 Ga; Middle Espinhaço), and Stenian-early Tonian sequences (1.2–0.9 Ga; Upper Espinhaço). At Chapada Diamantina, the Statherian sequence comprises the Serra da Gameleira Formation and Rio dos Remédios Group, of which volcanic rocks aged 1.75 Ga date the deposition; the Calymmian-early Ectasian comprises the Paraguaçú Group (intruded by ca. 1.5 Ga dykes) and Tombador Formation, which includes volcanic zircon grains dated ca. 1.43 Ga; and the Stenianearly Tonian sequence comprises the Caboclo and Morro do Chapéu Formations. The framework modal and the chemical compositions of the sandstones from Middle and Upper Espinhaço sequences point to a recycled source area, related with collisional or rift tectonic setting. The detrital zircon U–Pb ages and Hf isotopic compositions show variable pattern. At the base, the juvenile and evolved Rhyacian zircon grains predominates, whereas this pattern changes with the input of Archean– Paleoproterozoic zircons with Hf isotopes indicating Eoarchean and Neoarchean crustal sources, such as the Gavião Block. At the top, another change of detrital zircons occurred with the addition of Statherian, derived from the reworking of lower sequences, and Calymmian grains, sourced from coeval magmatism. The regional approach of the cratonic sequences deposited during the same period in other areas of the San Francisco Craton and adjacent mobile belts, such as those sequences exposed in the Southern and Northern Espinhaço ranges, and the Andrelândia, Araí, Paranoá, and Serra Mesa Groups and Carandaí and Tiradentes Formations, distinguish five detrital zircons distribution patterns, controlled by the depositional age and paleogeography. The information are important for future studies of paleogeography and kinematics of Proterozoic supercontinents.
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Modelo e arquitetura deposicional de leques aluviais proterozoicos da Formação Ouricuri do Ouro, Chapada Diamantina-BA

Souza, Ezequiel Galvão de January 2015 (has links)
A Fm. Ouricuri do Ouro (Proterozóico, Bacia Espinhaço) na porção NW da Chapada Diamantina/BA, Brasil, é interpretada como um sistema de leques aluviais constituído por quatro associações de fácies: i) Depósitos proximais dominado por fluxos de detritos não-coesivos; ii) Inundações em lençol proximais; iii) Inundações em lençol intermediárias; iv) Planícies arenosas de inundações distais. A sedimentação na porção basal da unidade ocorre em três ciclos granodecrescentes, marcados pela entrada de espessos pacotes de fluxos de detritos que gradam para depósitos relacionados a inundações em lençol proximais. Na porção superior ocorre o predomínio de inundações em lençol, associadas a enxurradas nas cabeceiras que resultam em descargas rápidas e desconfinadas nas porções intermediárias e distais. A partir do empilhamento vertical da Formação Ouricuri do Ouro na região de estudo, pode-se notar uma retrogradação do sistema de leques. Tal padrão é observado na sobreposição dos depósitos proximais pelos distais, marcando uma mudança na dinâmica do sistema de leques e, consequentemente, nos processos sedimentares dominantes. Esta retrogradação sugere uma diminuição do gradiente regional e deve ser resultado de um declínio da atividade tectônica ou do recuo do sistema de falhas de borda da bacia. Entretanto, ao contrário dos ciclos progradacionais e granocrescentes comumente descritos em sucessões de fácies de leques aluviais, a presença de ciclos granodecrescentes de mais alta frequência sugere também um controle climático. Os ciclos granodecrescentes são resultantes da progressiva diminuição na capacidade e competência do fluxo, associado a decréscimo do escoamento de águas superficiais (runoff) ao longo tempo. / The Ouricuri do Ouro Formation (Proterozoic, Espinhaço Basin) in NW region of Chapada Diamantina/BA, Brazil, is interpreted as an alluvial fan system composed by four facies associations: i) Proximal deposits non-cohesive debrys-flow dominated ii) Proximal sheetfloods; iii) Intermediate sheetfloods; and iv) Distal sandy flood plains. The sedimentation in the lower part of the unity occurs in three fining-upward cycles, characterized by the appearance of thick debrys-flow deposits that grade to deposits related to proximal sheetfloods. The upper portion is sheetflood dominated, associated to flash floods in the upstream that result in unconfined sheetfloods in the downstream. A retrogradation of alluvial system can be observed from vertical stacking of Ouricuri do Ouro Formation. This pattern is observed in the overlapping of proximal deposits by distal deposits, marking a change in alluvial system dynamic and, consequently, in dominant sedimentary process. This retrogradation indicate a regional gradient decrease and should be a product of tectonic activity decline or backfaulting of basin margin. However, in contrast to progradational coarseningupward cycles commonly described in succession of alluvial fans facies, the occurrence of high frequency fining-upward cycles suggests a climatic control influence. The fining-upward cycles are results of the progressive waning of flow capacity and competence, associated to the runoff decrease across time.
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A formação tombador na porção noroeste da chapada Diamantina-BA: faciologia, sistemas deposicionais e estratigrafia.

Born, Lilian Ribeiro Silva January 2012 (has links)
A porção nordeste da Formação Tombador na Chapada Diamantina compreende arenitos e conglomerados de idade mesoproterozóica relacionados a sistemas fluviais e eólicos. O presente estudo utiliza dados de seis seções estratigráficas levantadas na Serra do Tombador, com o intuito de caracterizar esses sistemas, compreender sua distribuição espacial e sua evolução estratigráfica. Treze litofácies foram identificadas e agrupadas em sete associações de fácies: 1–Canais fluviais entrelaçados profundos efêmeros, 2–Canais fluviais entrelaçados rasos efêmeros, 3–Inundações em lençol proximais, 4–Inundações em lençol medianas, 5– Inundações em lençol distais, 6–Lençóis de areia eólicos e 7–Dunas eólicas. A ausência de quebras significativas na sedimentação indica que essas associações de fácies ocorriam lateralmente justapostas, com o crescente domínio dos depósitos eólicos em direção as porções distais da bacia. A distribuição das associações de fácies, o padrão dispersivo das paleocorrentes e a grande extensão lateral dos depósitos fluviais sugerem que a Formação Tombador seja o registro de um sistema de leques fluviais terminais constituídos por duas zonas distintas: distributária e bacinal. A zona distributária é caracterizada pelo predomínio das associações de fácies 1, 2, 3 e 4, enquanto na zona bacinal ocorrem dominantemente as associações de fácies 5, 6 e 7. Foram definidas três unidades deposicionais informais conforme a predominância de sucessões fluviais proximais, distais ou eólicas. Essas unidades apresentam diferenças relevantes na forma de ocorrência e nas suas espessuras. O padrão granodecrescente dos depósitos fluviais na Unidade 1 e a transição para depósitos eólicos da Unidade 2 registram uma retrogradação do sistema fluvial terminal, indicando um trato de sistemas transgressivo (TST) de 3ª ordem. O preenchimento do vale por sistemas fluviais entrelaçados (Unidade 3) registra uma lenta subida do nível de base, caracterizando um Trato de Sistemas de Nível Baixo (TSNB) final (4ª ordem). A possível influência de maré nos depósitos de topo do vale caracterizaria o TST de 4ª ordem. Durante a escavação e preenchimento do vale na região sul, a região norte era uma área de interflúvio, onde o LS e o TSNB eram representados por uma superfície de deflação eólica. A posterior invasão marinha teria erodido esta superfície por meio da ação de ondas, restando apenas o registro da SRO. / The northeast portion of the Tombador Formation in Chapada Diamantina comprises Mesoproterozoic sandstones and conglomerates related to fluvial and aeolian systems. This study uses data from six stratigraphic logs in the Tombador Range, in order to characterize these systems, understand their spatial distribution and stratigraphic evolution. Thirteen lithofacies were identified and grouped into seven facies associations: 1– Deep Braided Ephemeral Channels, 2– Shallow Braided Ephemeral Channels, 3 – Proximal Sheetfloods, 4 – Intermediate Sheetfloods, 5 – Distal Sheetfloods, 6 – Aeolian Sandsheets e 7– Aeolian Dunes. The absence of significant breaks in sedimentation indicates that these facies associations were laterally coexisting, with increasing aeolian deposits towards the basin. The facies associations distribution, the dispersive pattern of paleocurrents and the large lateral extension of fluvial deposits suggest that Tombador Formation is the record of a fluvial distributary systems (terminal fan) consisting of two distinct zones: distributary and basinal. The distributary zone is characterized by the predominance of facies associations 1, 2, 3 and 4, while in the basinal zone occur dominantly the facies associations 5, 6 and 7. Three informal depositional units were defined according to the predominance of proximal fluvial, distal fluvial or aeolian succession. These units have important differences in thickness and occurrence. The pattern of fining upward of the fluvial deposits in the Unit 1 and the transition to aeolian deposits of the Unit 2 record a retrogradation of the terminal fluvial system indicating a third order transgressive systems tract (TST). This tract extends to the Caboclo Formation, marking in the top of the Tombador Formation a wave ravinement surface (WRS). The erosive surface separating the Unit 2 and Unit 3 is interpreted as a sequence boundary (SB) generated by the falling of base level, which induced the excavation of a valley on the erg. This SB is fourth order, once it is inserted into a third order TST. The filling of the valley by braided fluvial systems (Unit 3) records a slow base level rise, characterizing a Lowstand Systems Tract (LST) (4th order). The possible influence of tidal in the deposits of the valley top would characterize the 4th order’s TST. During the excavation and filling of the valley in the south, the northern region were an interfluves area, where the SB and LST were represented by an aeolian deflation surface. The subsequent marine invasion would have eroded this surface by wave action, leaving only the record of the WRS.
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A formação tombador na porção noroeste da chapada Diamantina-BA: faciologia, sistemas deposicionais e estratigrafia.

Born, Lilian Ribeiro Silva January 2012 (has links)
A porção nordeste da Formação Tombador na Chapada Diamantina compreende arenitos e conglomerados de idade mesoproterozóica relacionados a sistemas fluviais e eólicos. O presente estudo utiliza dados de seis seções estratigráficas levantadas na Serra do Tombador, com o intuito de caracterizar esses sistemas, compreender sua distribuição espacial e sua evolução estratigráfica. Treze litofácies foram identificadas e agrupadas em sete associações de fácies: 1–Canais fluviais entrelaçados profundos efêmeros, 2–Canais fluviais entrelaçados rasos efêmeros, 3–Inundações em lençol proximais, 4–Inundações em lençol medianas, 5– Inundações em lençol distais, 6–Lençóis de areia eólicos e 7–Dunas eólicas. A ausência de quebras significativas na sedimentação indica que essas associações de fácies ocorriam lateralmente justapostas, com o crescente domínio dos depósitos eólicos em direção as porções distais da bacia. A distribuição das associações de fácies, o padrão dispersivo das paleocorrentes e a grande extensão lateral dos depósitos fluviais sugerem que a Formação Tombador seja o registro de um sistema de leques fluviais terminais constituídos por duas zonas distintas: distributária e bacinal. A zona distributária é caracterizada pelo predomínio das associações de fácies 1, 2, 3 e 4, enquanto na zona bacinal ocorrem dominantemente as associações de fácies 5, 6 e 7. Foram definidas três unidades deposicionais informais conforme a predominância de sucessões fluviais proximais, distais ou eólicas. Essas unidades apresentam diferenças relevantes na forma de ocorrência e nas suas espessuras. O padrão granodecrescente dos depósitos fluviais na Unidade 1 e a transição para depósitos eólicos da Unidade 2 registram uma retrogradação do sistema fluvial terminal, indicando um trato de sistemas transgressivo (TST) de 3ª ordem. O preenchimento do vale por sistemas fluviais entrelaçados (Unidade 3) registra uma lenta subida do nível de base, caracterizando um Trato de Sistemas de Nível Baixo (TSNB) final (4ª ordem). A possível influência de maré nos depósitos de topo do vale caracterizaria o TST de 4ª ordem. Durante a escavação e preenchimento do vale na região sul, a região norte era uma área de interflúvio, onde o LS e o TSNB eram representados por uma superfície de deflação eólica. A posterior invasão marinha teria erodido esta superfície por meio da ação de ondas, restando apenas o registro da SRO. / The northeast portion of the Tombador Formation in Chapada Diamantina comprises Mesoproterozoic sandstones and conglomerates related to fluvial and aeolian systems. This study uses data from six stratigraphic logs in the Tombador Range, in order to characterize these systems, understand their spatial distribution and stratigraphic evolution. Thirteen lithofacies were identified and grouped into seven facies associations: 1– Deep Braided Ephemeral Channels, 2– Shallow Braided Ephemeral Channels, 3 – Proximal Sheetfloods, 4 – Intermediate Sheetfloods, 5 – Distal Sheetfloods, 6 – Aeolian Sandsheets e 7– Aeolian Dunes. The absence of significant breaks in sedimentation indicates that these facies associations were laterally coexisting, with increasing aeolian deposits towards the basin. The facies associations distribution, the dispersive pattern of paleocurrents and the large lateral extension of fluvial deposits suggest that Tombador Formation is the record of a fluvial distributary systems (terminal fan) consisting of two distinct zones: distributary and basinal. The distributary zone is characterized by the predominance of facies associations 1, 2, 3 and 4, while in the basinal zone occur dominantly the facies associations 5, 6 and 7. Three informal depositional units were defined according to the predominance of proximal fluvial, distal fluvial or aeolian succession. These units have important differences in thickness and occurrence. The pattern of fining upward of the fluvial deposits in the Unit 1 and the transition to aeolian deposits of the Unit 2 record a retrogradation of the terminal fluvial system indicating a third order transgressive systems tract (TST). This tract extends to the Caboclo Formation, marking in the top of the Tombador Formation a wave ravinement surface (WRS). The erosive surface separating the Unit 2 and Unit 3 is interpreted as a sequence boundary (SB) generated by the falling of base level, which induced the excavation of a valley on the erg. This SB is fourth order, once it is inserted into a third order TST. The filling of the valley by braided fluvial systems (Unit 3) records a slow base level rise, characterizing a Lowstand Systems Tract (LST) (4th order). The possible influence of tidal in the deposits of the valley top would characterize the 4th order’s TST. During the excavation and filling of the valley in the south, the northern region were an interfluves area, where the SB and LST were represented by an aeolian deflation surface. The subsequent marine invasion would have eroded this surface by wave action, leaving only the record of the WRS.
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A formação tombador na porção noroeste da chapada Diamantina-BA: faciologia, sistemas deposicionais e estratigrafia.

Born, Lilian Ribeiro Silva January 2012 (has links)
A porção nordeste da Formação Tombador na Chapada Diamantina compreende arenitos e conglomerados de idade mesoproterozóica relacionados a sistemas fluviais e eólicos. O presente estudo utiliza dados de seis seções estratigráficas levantadas na Serra do Tombador, com o intuito de caracterizar esses sistemas, compreender sua distribuição espacial e sua evolução estratigráfica. Treze litofácies foram identificadas e agrupadas em sete associações de fácies: 1–Canais fluviais entrelaçados profundos efêmeros, 2–Canais fluviais entrelaçados rasos efêmeros, 3–Inundações em lençol proximais, 4–Inundações em lençol medianas, 5– Inundações em lençol distais, 6–Lençóis de areia eólicos e 7–Dunas eólicas. A ausência de quebras significativas na sedimentação indica que essas associações de fácies ocorriam lateralmente justapostas, com o crescente domínio dos depósitos eólicos em direção as porções distais da bacia. A distribuição das associações de fácies, o padrão dispersivo das paleocorrentes e a grande extensão lateral dos depósitos fluviais sugerem que a Formação Tombador seja o registro de um sistema de leques fluviais terminais constituídos por duas zonas distintas: distributária e bacinal. A zona distributária é caracterizada pelo predomínio das associações de fácies 1, 2, 3 e 4, enquanto na zona bacinal ocorrem dominantemente as associações de fácies 5, 6 e 7. Foram definidas três unidades deposicionais informais conforme a predominância de sucessões fluviais proximais, distais ou eólicas. Essas unidades apresentam diferenças relevantes na forma de ocorrência e nas suas espessuras. O padrão granodecrescente dos depósitos fluviais na Unidade 1 e a transição para depósitos eólicos da Unidade 2 registram uma retrogradação do sistema fluvial terminal, indicando um trato de sistemas transgressivo (TST) de 3ª ordem. O preenchimento do vale por sistemas fluviais entrelaçados (Unidade 3) registra uma lenta subida do nível de base, caracterizando um Trato de Sistemas de Nível Baixo (TSNB) final (4ª ordem). A possível influência de maré nos depósitos de topo do vale caracterizaria o TST de 4ª ordem. Durante a escavação e preenchimento do vale na região sul, a região norte era uma área de interflúvio, onde o LS e o TSNB eram representados por uma superfície de deflação eólica. A posterior invasão marinha teria erodido esta superfície por meio da ação de ondas, restando apenas o registro da SRO. / The northeast portion of the Tombador Formation in Chapada Diamantina comprises Mesoproterozoic sandstones and conglomerates related to fluvial and aeolian systems. This study uses data from six stratigraphic logs in the Tombador Range, in order to characterize these systems, understand their spatial distribution and stratigraphic evolution. Thirteen lithofacies were identified and grouped into seven facies associations: 1– Deep Braided Ephemeral Channels, 2– Shallow Braided Ephemeral Channels, 3 – Proximal Sheetfloods, 4 – Intermediate Sheetfloods, 5 – Distal Sheetfloods, 6 – Aeolian Sandsheets e 7– Aeolian Dunes. The absence of significant breaks in sedimentation indicates that these facies associations were laterally coexisting, with increasing aeolian deposits towards the basin. The facies associations distribution, the dispersive pattern of paleocurrents and the large lateral extension of fluvial deposits suggest that Tombador Formation is the record of a fluvial distributary systems (terminal fan) consisting of two distinct zones: distributary and basinal. The distributary zone is characterized by the predominance of facies associations 1, 2, 3 and 4, while in the basinal zone occur dominantly the facies associations 5, 6 and 7. Three informal depositional units were defined according to the predominance of proximal fluvial, distal fluvial or aeolian succession. These units have important differences in thickness and occurrence. The pattern of fining upward of the fluvial deposits in the Unit 1 and the transition to aeolian deposits of the Unit 2 record a retrogradation of the terminal fluvial system indicating a third order transgressive systems tract (TST). This tract extends to the Caboclo Formation, marking in the top of the Tombador Formation a wave ravinement surface (WRS). The erosive surface separating the Unit 2 and Unit 3 is interpreted as a sequence boundary (SB) generated by the falling of base level, which induced the excavation of a valley on the erg. This SB is fourth order, once it is inserted into a third order TST. The filling of the valley by braided fluvial systems (Unit 3) records a slow base level rise, characterizing a Lowstand Systems Tract (LST) (4th order). The possible influence of tidal in the deposits of the valley top would characterize the 4th order’s TST. During the excavation and filling of the valley in the south, the northern region were an interfluves area, where the SB and LST were represented by an aeolian deflation surface. The subsequent marine invasion would have eroded this surface by wave action, leaving only the record of the WRS.
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Políticas públicas e participação : os atores sociais na política de desenvolvimento territorial do estado da Bahia

Rocha, Ana Georgina Peixoto January 2010 (has links)
Esta tese objetiva analisar os efeitos de diferentes configurações associativas dos territórios na implantação da política de desenvolvimento territorial no estado da Bahia e suas implicações para os processos participativos. O argumento central é que os interesses, estratégias, recursos e capacidades de ação das organizações que constituem as redes associativas dos territórios são bastante diferenciados. Esta heterogeneidade condiciona as formas de relacionamento que se estabelecem entre tais organizações e, destas, com as instâncias criadas pela política de desenvolvimento territorial. O estudo empírico foi realizado em dois territórios do estado da Bahia, nos quais vem sendo implementada a política de desenvolvimento territorial da Secretaria de Desenvolvimento Territorial (SDT): Velho Chico e Chapada Diamantina. Os territórios estudados revelam dinâmicas diferenciadas no processo de implantação da política, cujas diferenças buscaram ser percebidas a partir da análise dos atores sociais e da sua participação nesse processo. Na tentativa de superar as perspectivas teóricas que têm dominado o debate sobre as relações entre inovações institucionais e associativismo, utiliza-se como referencial a estrutura de oportunidades políticas, buscando entender que a presença (ou ausência) de determinados atores está associada com a valorização (ou desvalorização) de recursos associativos proporcionados pela política de desenvolvimento territorial. / This thesis aims to evaluate the effects of different configurations of associative networks in territories targeted for the implementation of territory development policies in the state of Bahia, and the implications for the participative processes. The focus is on the differences in interests, strategies, resources and action capacity employed by the organization that establishes the associative nets. This heterogeneity specifies the kind of relationship established between those organizations and the instances created by the territorial development policy. The empiric study was performed in two territories in the state of Bahia, where policies of the Territory Development Office have been implemented: Velho Chico and Chapada Diamantina. Such territories revealed different dynamics in the process of policy implementation, as noted in the analysis of the social actors’ participation. In an attempt to overcome theoretical perspectives that dominated the discussion on the relationship between institutional innovations and associations, this study used the structure of political opportunities as a reference to demonstrate that the presence (or absence) of some actors is associated with the value ascribed to associative resources provided by the policy.

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