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Padrões organizacionais familiares de crianças que convivem com a depressão materna / Organizational patterns of families with children living with maternal depressionCilino, Marina Delduca 28 April 2017 (has links)
A depressão materna, em função das características típicas do transtorno, afeta as relações familiares e as funções maternas, sendo reconhecida como uma condição de adversidade ao desenvolvimento infantil. Nas publicações científicas, constitui-se em uma lacuna, estudos que abordem com uma mesma amostra as condições de adversidade e de proteção que podem influenciar o comportamento das crianças em idade escolar. Objetivou-se: a) identificar e comparar os padrões organizacionais familiares de crianças, em idade escolar, que convivem com a depressão materna, em comparação com os de crianças que convivem com mães sem história psiquiátrica, tendo como foco o comportamento das crianças, as adversidades e os recursos do ambiente familiar; b) verificar as possíveis associações entre padrões de organização familiar, adversidades e recursos do ambiente familiar e problemas de comportamento de crianças. Adotou-se um delineamento transversal correlacional de comparação de grupos. A amostra incluiu 100 díades mães-crianças, distribuídas em dois grupos, a saber: G1 - 50 díades mães-crianças, cujas mulheres/mães apresentam história de depressão recorrente; e G2 - 50 díades mães-crianças, cujas mulheres/mães não apresentam história de depressão ou de qualquer transtorno psiquiátrico. Foram incluídas mulheres na faixa etária entre 25 e 45 anos, e seus filhos biológicos, de ambos os sexos, com idade escolar (7 a 12 anos), com nível intelectual maior ou igual ao nível médio inferior. Procedeu-se à coleta de dados com mães e crianças, em sessões individuais, com a aplicação dos seguintes instrumentos: (a)Entrevista Clínica Estruturada para o DSM-IV; (b) PHQ-9; (c) teste das Matrizes Progressivas Coloridas de Raven (d) Questionário Geral; (e) Questionário de Capacidades e Dificuldades; (f) Escala de Eventos Adversos; (g) Escala de Adversidades Crônicas; (h) Inventário de Recursos do Ambiente Familiar; (i) Entrevista com Roteiro Semi-Estruturado para avaliação dos padrões organizacionais. Os instrumentos foram codificados conforme as normas técnicas e as entrevistas foram transcritas e codificadas, de acordo com categorias pré-definidas. Foram realizadas comparações entre os grupos por meio de testes estatísticos e adotou-se o nível de significância de p 0,05. Verificou-se que G1, em comparação ao G2, apresentou significativamente mais problemas comportamentais (G1: =15,12; d.p.=6,92 e G2: =9,08; d.p.=6,64), eventos adversos (G1: =14,08; d.p.=5,12 e G2: =8,38; d.p.=4,08), adversidades crônicas (G1: =3,92; d.p.=1,82 e G2: =2,22; d.p.=1,61), e menos recursos do ambiente familiar (G1: =57,76; d.p.=10,49 e G2: =62,12; d.p.=8,66)e padrões de organização familiar (G1: =17,98; d.p.= 4,58 e G2: =24,60; d.p.=4,97). Foram detectadas correlações fortes e positivas da depressão materna com o total de padrões de organização familiar (= -0,600) e com as categorias flexibilidade e reorganização ( = -0,576) e estabilidade de rotinas e administração do tempo ( = -0,537), além de correlações negativas e moderadas entre problemas comportamentais das crianças e indicadores positivos de padrões de organização familiar (p = -0,381). Considera-se que o estudo, ao evidenciar a influência dos padrões de organização familiar para o comportamento de escolares, permitiu ampliar a compreensão sobre condições contextuais de crianças que convivem com a depressão materna, o que pode favorecer o planejamento de ações preventivas e interventivas em saúde mental / Maternal depression, due to its typical characteristics, affects family dynamics and maternal functions and is acknowledged as a condition adverse to child development. There is a lack in the literature of studies addressing how adverse and protection conditions influence the behavior of school-aged children in the same sample. The objectives included: a) identify and compare between the organizational patterns of families with school-aged children living with maternal depression and those of children whose mothers present no history of psychiatric disorders, focusing on the childrens behavior, and adversities and resources present in the family environment; b) verify potential associations among family organization, adversities and resources in the family environment, and childrens behavior problems. A cross-sectional correlational design was adopted to compare between groups. The sample included 100 pairs (mother and child), assigned to two groups: G1 50 pairs, whose mothers presented a history of recurrent depression; and G2 50 pairs, whose mothers presented no history of depression or any other psychiatric disorder. Women aged between 25 and 45 years old and their biological school-aged children (7 to 12 years old), both sexes, and with an average intellectual level or above were included in the study. Data were collected individually from mothers and children by applying the following instruments: (a) Structured Clinical Interview for DSM-IV; (b) Patient Health Questionnaire (PHQ-9); (c) Ravens Progressive Matrices; (d) General Questionnaire; (e) Strengths and Difficulties Questionnaire; (f) Adverse Events Scale; (g) Chronic Adversity Scale; (h) Environmental Resource Inventory; (i) Semi-Structured Script to assess organizational patterns. The instruments were coded according to technical standards and the interviews were transcribed and coded according to pre-established categories. The groups were compared using statistical tests; the significance level adopted was p 0.05. The comparison analysis showed significant differences, that is, G1 presented more behavior problems than G2 (G1: =15.12; SD=6.92 and G2: =9.08; SD=6.64), adverse events (G1: =14.08; SD=5.12 and G2: =8.38; SD=4.08), chronic adversities (G1: =3,92; SD=1.82 and G2: =2.22; SD=1.61), and less resources in the family environment (G1: =57.76; SD=10.49 and G2: =62.12; SD=8.66) and organizational patterns in the family (G1: =17.98; SD= 4.58 and G2: =24.60; SD=4.97). Strong positive correlations were found between maternal depression and total organizational patterns in the family ( = -0.600); the categories flexibility and reorganization ( = -0.576); routine stability; and time management ( = -0.537). Negative moderate correlations were found between the childrens behavior problems and positive indicators of organizational standards (p = -0.381). This study contributes to understanding the context of children living with maternal depression as it shows the influence of organizational patterns in the family on the behavior of school-aged children, which favor the planning of preventive actions and interventions in mental health
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Padrões organizacionais familiares de crianças que convivem com a depressão materna / Organizational patterns of families with children living with maternal depressionMarina Delduca Cilino 28 April 2017 (has links)
A depressão materna, em função das características típicas do transtorno, afeta as relações familiares e as funções maternas, sendo reconhecida como uma condição de adversidade ao desenvolvimento infantil. Nas publicações científicas, constitui-se em uma lacuna, estudos que abordem com uma mesma amostra as condições de adversidade e de proteção que podem influenciar o comportamento das crianças em idade escolar. Objetivou-se: a) identificar e comparar os padrões organizacionais familiares de crianças, em idade escolar, que convivem com a depressão materna, em comparação com os de crianças que convivem com mães sem história psiquiátrica, tendo como foco o comportamento das crianças, as adversidades e os recursos do ambiente familiar; b) verificar as possíveis associações entre padrões de organização familiar, adversidades e recursos do ambiente familiar e problemas de comportamento de crianças. Adotou-se um delineamento transversal correlacional de comparação de grupos. A amostra incluiu 100 díades mães-crianças, distribuídas em dois grupos, a saber: G1 - 50 díades mães-crianças, cujas mulheres/mães apresentam história de depressão recorrente; e G2 - 50 díades mães-crianças, cujas mulheres/mães não apresentam história de depressão ou de qualquer transtorno psiquiátrico. Foram incluídas mulheres na faixa etária entre 25 e 45 anos, e seus filhos biológicos, de ambos os sexos, com idade escolar (7 a 12 anos), com nível intelectual maior ou igual ao nível médio inferior. Procedeu-se à coleta de dados com mães e crianças, em sessões individuais, com a aplicação dos seguintes instrumentos: (a)Entrevista Clínica Estruturada para o DSM-IV; (b) PHQ-9; (c) teste das Matrizes Progressivas Coloridas de Raven (d) Questionário Geral; (e) Questionário de Capacidades e Dificuldades; (f) Escala de Eventos Adversos; (g) Escala de Adversidades Crônicas; (h) Inventário de Recursos do Ambiente Familiar; (i) Entrevista com Roteiro Semi-Estruturado para avaliação dos padrões organizacionais. Os instrumentos foram codificados conforme as normas técnicas e as entrevistas foram transcritas e codificadas, de acordo com categorias pré-definidas. Foram realizadas comparações entre os grupos por meio de testes estatísticos e adotou-se o nível de significância de p 0,05. Verificou-se que G1, em comparação ao G2, apresentou significativamente mais problemas comportamentais (G1: =15,12; d.p.=6,92 e G2: =9,08; d.p.=6,64), eventos adversos (G1: =14,08; d.p.=5,12 e G2: =8,38; d.p.=4,08), adversidades crônicas (G1: =3,92; d.p.=1,82 e G2: =2,22; d.p.=1,61), e menos recursos do ambiente familiar (G1: =57,76; d.p.=10,49 e G2: =62,12; d.p.=8,66)e padrões de organização familiar (G1: =17,98; d.p.= 4,58 e G2: =24,60; d.p.=4,97). Foram detectadas correlações fortes e positivas da depressão materna com o total de padrões de organização familiar (= -0,600) e com as categorias flexibilidade e reorganização ( = -0,576) e estabilidade de rotinas e administração do tempo ( = -0,537), além de correlações negativas e moderadas entre problemas comportamentais das crianças e indicadores positivos de padrões de organização familiar (p = -0,381). Considera-se que o estudo, ao evidenciar a influência dos padrões de organização familiar para o comportamento de escolares, permitiu ampliar a compreensão sobre condições contextuais de crianças que convivem com a depressão materna, o que pode favorecer o planejamento de ações preventivas e interventivas em saúde mental / Maternal depression, due to its typical characteristics, affects family dynamics and maternal functions and is acknowledged as a condition adverse to child development. There is a lack in the literature of studies addressing how adverse and protection conditions influence the behavior of school-aged children in the same sample. The objectives included: a) identify and compare between the organizational patterns of families with school-aged children living with maternal depression and those of children whose mothers present no history of psychiatric disorders, focusing on the childrens behavior, and adversities and resources present in the family environment; b) verify potential associations among family organization, adversities and resources in the family environment, and childrens behavior problems. A cross-sectional correlational design was adopted to compare between groups. The sample included 100 pairs (mother and child), assigned to two groups: G1 50 pairs, whose mothers presented a history of recurrent depression; and G2 50 pairs, whose mothers presented no history of depression or any other psychiatric disorder. Women aged between 25 and 45 years old and their biological school-aged children (7 to 12 years old), both sexes, and with an average intellectual level or above were included in the study. Data were collected individually from mothers and children by applying the following instruments: (a) Structured Clinical Interview for DSM-IV; (b) Patient Health Questionnaire (PHQ-9); (c) Ravens Progressive Matrices; (d) General Questionnaire; (e) Strengths and Difficulties Questionnaire; (f) Adverse Events Scale; (g) Chronic Adversity Scale; (h) Environmental Resource Inventory; (i) Semi-Structured Script to assess organizational patterns. The instruments were coded according to technical standards and the interviews were transcribed and coded according to pre-established categories. The groups were compared using statistical tests; the significance level adopted was p 0.05. The comparison analysis showed significant differences, that is, G1 presented more behavior problems than G2 (G1: =15.12; SD=6.92 and G2: =9.08; SD=6.64), adverse events (G1: =14.08; SD=5.12 and G2: =8.38; SD=4.08), chronic adversities (G1: =3,92; SD=1.82 and G2: =2.22; SD=1.61), and less resources in the family environment (G1: =57.76; SD=10.49 and G2: =62.12; SD=8.66) and organizational patterns in the family (G1: =17.98; SD= 4.58 and G2: =24.60; SD=4.97). Strong positive correlations were found between maternal depression and total organizational patterns in the family ( = -0.600); the categories flexibility and reorganization ( = -0.576); routine stability; and time management ( = -0.537). Negative moderate correlations were found between the childrens behavior problems and positive indicators of organizational standards (p = -0.381). This study contributes to understanding the context of children living with maternal depression as it shows the influence of organizational patterns in the family on the behavior of school-aged children, which favor the planning of preventive actions and interventions in mental health
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