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Histórico familiar de mulheres encarceradas: fatores de risco e proteção para os filhos / Family history of incarcerated women: Risk factors and protection for children

Ormeño, Gabriela Isabel Reyes 28 March 2013 (has links)
Made available in DSpace on 2016-06-02T20:30:07Z (GMT). No. of bitstreams: 1 5304.pdf: 2098603 bytes, checksum: 18d575e53bf5c809222f561de4a2717e (MD5) Previous issue date: 2013-03-28 / Financiadora de Estudos e Projetos / This dissertation was developed in the form a group of scientific papers which are interconnected in order to describe the main risk and protective factors experienced by incarcerated mothers and their children. Initially there was a systematic review of the Brazilian literature of dissertations, thesis and papers, with the theme of incarcerated women, indicating lack of continuity of studies and the need for intervention programs with greater methodological rigor involving the women and families. Secondly e reviewed the Brazilian and international literature on main characteristics of children of incarcerated womem, signaling the need for systematic research in the context of primary prevention for these children. The history of violence experienced by these women in childhood and adulthood, found the occurrence of child maltreatment, high rate of attempted suicide, intimate partner and violence victimization, a high similarity of Brazilian with the data described in the international literature. Major traumatic situations described by incarcerated women with respect to their children, indicate thus these children were exposed to intimate partner violence, and child abuse suffered as a form of discipline. Incarcerated mothers maintained ties with their children through letters or visits from their offspring to care for their children after serving their sentences. The birthrate in the mother lives of these women included a large number of pregnancies, and children, as well as lack of family planning, pointing to the neglect from the Health systems and the prison in understanding the needs experienced by this population. The parenting style received in childhood by their caregivers was also analyzed from the perception of the female prisoners, as well as the parenting style used by themselves with their own children before incarceration, showing the intergenerationality of parenting practices. By analyzing interlinked variables in the lives of incarcerated women such the history of child maltreatment of the women and family violence history we conclude the need for prevention programs to work with women in situation of incarceration, as well as with the children of these women in order to prevent intergenerational violence. It is hoped that this dissertation will subsidy the creation of public policies addressing the many risks by incarceration women and their children. / A presente tese foi elaborada no formato de um conjunto de artigos científicos os quais estão interligados, com o intuito de descrever os principais fatores de risco e proteção experienciados por mães encarceradas e seus filhos. Num primeiro momento realizou-se uma revisão sistemática da literatura nacional de dissertações, teses e artigos científicos com a temática da mulher encarcerada, a qual apontou falta de continuidade dos estudos e a necessidade de se realizar programas de intervenção com maior rigor metodológico envolvendo essas mulheres e suas famílias. Em seguida foi realizada uma revisão nacional e internacional sobre as principais características de filhos de encarcerados, assinalando a necessidade de pesquisas sistemáticas no âmbito de prevenção primária para as crianças que se encontram na primeira infância. O histórico de violência vivenciado por essas mulheres na respectiva infância envolve a ocorrência de maus-tratos e vida adulta com alto índice de tentativa de suicídio, violência intima entre parceiros e uma concordância com os dados descritos pela literatura internacional. As principais situações traumáticas descritas pelas encarceradas com relação a seus filhos assinalam que a faixa etária mais atingida em termos de freqüência de sintomas foi dos sete aos nove anos, informando que essas crianças estiveram expostas a violência intima dos pais/cuidadores e que sofreram maus-tratos como forma de disciplina. A manutenção de vínculos entre mães e seus filhos mostrou que as encarceradas mantinham comunicação com os mesmos por meio de cartas ou visitas, sendo que as mães tinham o objetivo de cuidar de suas crianças ao cumprirem as penas. A natalidade dessas mulheres apontou um histórico frequente de gravidez e filhos, assim como, falta de planejamento familiar, desmascarando o descaso dos sistemas de educação, saúde e penitenciário ao não perceber as necessidades vividas por essa população. As praticas parentais recebidas na infância por parte das cuidadoras das encarceradas foram também analisados a partir da percepção das mesmas, assim como, o estilo parental utilizado pelas próprias com seus filhos antes do encarceramento. Constatou-se que houve intergeracionalidade das praticas maternas sendo as mesmas de risco. Ao analisar variáveis interligadas na vida das mulheres encarceradas, a saber: o histórico de maus-tratos na infância das mulheres, seu histórico de violência intrafamiliar e o encarceramento feminino, conclui-se a necessidade de se trabalhar programas preventivos a mulheres em situação de encarceramento e com seus filhos, visando prevenir a intergeracionalidade da violência. Espera-se, que a presente tese sirva de subsídios para a criação de políticas públicas que abordem as inúmeras situação de risco vivenciadas por mulheres em situação de encarceramento e seus filhos.

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