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Infância e literatura infantil: o que pensam, dizem e fazem as crianças a partir da leitura de histórias? A produção de culturas infantis no 1º ano do ensino fundamental / Childhood and children\'s literature: what do children think, say and do the from reading stories? The production of childrens culture in the 1st year of elementary school.Samori, Debora Perillo 09 November 2011 (has links)
Este estudo discute a produção de culturas infantis a partir do contato das crianças com literatura infantil e com os livros como objetos culturais no contexto escolar. Para tanto, foi realizada uma pesquisa com abordagem etnográfica, por meio do acompanhamento de um grupo de crianças do primeiro ano do ensino fundamental numa escola municipal da cidade de São Paulo, em 2010. Considerando a entrada de crianças de seis anos no 1º ano e não mais na educação infantil, a ampliação de duração do ensino fundamental (pelas Leis federais no. 11.114/05 e no. 11.274/06, respectivamente) e as políticas públicas federais e municipais de incentivo à leitura literária e de acesso aos livros, procurou-se verificar como se dá a produção de culturas infantis nas relações sociais e por meio da relação com a literatura infantil, os livros e suas vidas. Além do registro em diário de campo a partir das observações do cotidiano do grupo, outro instrumento utilizado para obtenção dos dados foi a realização de entrevistas coletivas com grupos de crianças. Parte-se dos pressupostos teóricos da Sociologia da Infância, dos estudos interpretativos da infância, da competência das crianças e da metodologia da pesquisa com crianças. A análise dos dados obtidos permite afirmar que as crianças produzem culturas nas relações entre pares por meio da relação direta da literatura com suas vidas, da comparação entre histórias por meio de aspectos literários, da criação de novos estatutos para as ilustrações presentes na literatura infantil e das brincadeiras com a linguagem. Além disso, as crianças se relacionam com os livros como artefatos culturais, quando eles passam a ser objetos de disputa, de conflito e negociação. Os dados revelaram também que a organização do espaço e a rotina para o acesso aos livros na escola são feitas e controladas por adultos, o que pode limitar a livre iniciativa das crianças. Parece ser possível afirmar que, ainda assim, as crianças criam estratégias de compartilhamento dos livros, vivem conflitos e criam seus próprios critérios de escolha, compreendendo melhor os papéis sociais vivenciados nestas situações. / This study discusses the production of childrens cultures from their contact with children\'s literature books as cultural objects in the school context. For this purpose, a research was conducted with an ethnographic approach within a group of children in the first year of elementary school in a public school in São Paulo in 2010. Considering the entry of six years old children at the 1st year instead of in the early childhood education, the enlargement of elementary schools duration (by federal laws. 11.114/05 and. 11.274/06, respectively) and the federal and municipal public policies to encourage literary reading and access to books, this research has aimed to understand the production of children\'s culture and social relations through the relationship with children\'s literature, books and their lives. In addition to the field diary observations of everyday life of the group, another tool used for data collection was collective interviews with groups of children. It starts with the theoretical assumptions of the Sociology of Childhood, interpretive studies of childhood, the competence of children and research methodology with children. The analysis of data suggests that children produce culture in peer relations through the direct relationship between literature and their lives, through comparing stories based on literary aspects, by creating new statutes for the illustrations in children\'s literature and by language games. Moreover, children relate to books as artifacts, when they become objects of contention, conflict and negotiation. The data also revealed that the organization of space and routine access to books in school are made and controlled by adults, which may limit childrens free initiative. Despite that it seems possible to say that children create strategies for sharing books, living conflicts and create their own selection criteria, including better social roles experienced in these situations.
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Infância e literatura infantil: o que pensam, dizem e fazem as crianças a partir da leitura de histórias? A produção de culturas infantis no 1º ano do ensino fundamental / Childhood and children\'s literature: what do children think, say and do the from reading stories? The production of childrens culture in the 1st year of elementary school.Debora Perillo Samori 09 November 2011 (has links)
Este estudo discute a produção de culturas infantis a partir do contato das crianças com literatura infantil e com os livros como objetos culturais no contexto escolar. Para tanto, foi realizada uma pesquisa com abordagem etnográfica, por meio do acompanhamento de um grupo de crianças do primeiro ano do ensino fundamental numa escola municipal da cidade de São Paulo, em 2010. Considerando a entrada de crianças de seis anos no 1º ano e não mais na educação infantil, a ampliação de duração do ensino fundamental (pelas Leis federais no. 11.114/05 e no. 11.274/06, respectivamente) e as políticas públicas federais e municipais de incentivo à leitura literária e de acesso aos livros, procurou-se verificar como se dá a produção de culturas infantis nas relações sociais e por meio da relação com a literatura infantil, os livros e suas vidas. Além do registro em diário de campo a partir das observações do cotidiano do grupo, outro instrumento utilizado para obtenção dos dados foi a realização de entrevistas coletivas com grupos de crianças. Parte-se dos pressupostos teóricos da Sociologia da Infância, dos estudos interpretativos da infância, da competência das crianças e da metodologia da pesquisa com crianças. A análise dos dados obtidos permite afirmar que as crianças produzem culturas nas relações entre pares por meio da relação direta da literatura com suas vidas, da comparação entre histórias por meio de aspectos literários, da criação de novos estatutos para as ilustrações presentes na literatura infantil e das brincadeiras com a linguagem. Além disso, as crianças se relacionam com os livros como artefatos culturais, quando eles passam a ser objetos de disputa, de conflito e negociação. Os dados revelaram também que a organização do espaço e a rotina para o acesso aos livros na escola são feitas e controladas por adultos, o que pode limitar a livre iniciativa das crianças. Parece ser possível afirmar que, ainda assim, as crianças criam estratégias de compartilhamento dos livros, vivem conflitos e criam seus próprios critérios de escolha, compreendendo melhor os papéis sociais vivenciados nestas situações. / This study discusses the production of childrens cultures from their contact with children\'s literature books as cultural objects in the school context. For this purpose, a research was conducted with an ethnographic approach within a group of children in the first year of elementary school in a public school in São Paulo in 2010. Considering the entry of six years old children at the 1st year instead of in the early childhood education, the enlargement of elementary schools duration (by federal laws. 11.114/05 and. 11.274/06, respectively) and the federal and municipal public policies to encourage literary reading and access to books, this research has aimed to understand the production of children\'s culture and social relations through the relationship with children\'s literature, books and their lives. In addition to the field diary observations of everyday life of the group, another tool used for data collection was collective interviews with groups of children. It starts with the theoretical assumptions of the Sociology of Childhood, interpretive studies of childhood, the competence of children and research methodology with children. The analysis of data suggests that children produce culture in peer relations through the direct relationship between literature and their lives, through comparing stories based on literary aspects, by creating new statutes for the illustrations in children\'s literature and by language games. Moreover, children relate to books as artifacts, when they become objects of contention, conflict and negotiation. The data also revealed that the organization of space and routine access to books in school are made and controlled by adults, which may limit childrens free initiative. Despite that it seems possible to say that children create strategies for sharing books, living conflicts and create their own selection criteria, including better social roles experienced in these situations.
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\"Tem 900 lobos escondidos na floresta!\" ou as narrativas sobre o que as crianças dizem brincando a respeito do mundo e das culturas das quais fazem parte / There are 900 wolves in the woods or the narratives about what children say by playing about their own world and cultureCardoso, Bruna Cadenas 10 September 2018 (has links)
O presente trabalho buscou investigar e compreender as táticas utilizadas pelas crianças pequenas nas brincadeiras coletivas não dirigidas como forma legítima de participação com o objetivo de dar visibilidade às lógicas infantis e à sua produção de cultura. Concebendo a criança como um ser ativo, competente e de direitos, tentei, de maneira reflexiva, conciliar o duplo papel de professora-pesquisadora em uma escola de Educação Infantil pública do Município de São Paulo e adentrar por meio de uma pesquisa com inspiração etnográfica, nos mundos das culturas infantis para perceber e identificar as táticas, as resistências, as reinterpretações que as crianças como atores sociais utilizam ao brincar. Procurei analisar tais narrativas à luz da Sociologia da Infância, de Certeau e de Benjamin, que ouso tentar entrelaçar de uma maneira poética, assim como as crianças interpretam o mundo. Nas narrativas, as crianças nos dizem, brincando, suas verdades por meio de manifestações verbais, corporais, de suas criações e reinterpretações e nos mostrando que, à maneira dos antigos narradores, elas persistem com suas culturas infantis lendo e trazendo para o mundo um outro jeito de vivê-lo. / This paper intended to investigate and understand the tactics used by small children in collective and not directed play time as a legitimate form of participation with the objective of giving visibility to the children\'s logic and to their cultural production. Considering the child as an active, competent and a possessive of rights being, I tried, in a reflexive form, to reconcile the dual role of teacher-researcher in a public preschool of the city of São Paulo, entering through a research with ethnographic inspiration, in the worlds of children\'s culture to notice and identify the tactics, resistances, and reinterpretations children as social actors use when playing. I have tried to analyze such narratives in the light of sociology of childhood, by Certeau and Benjamin, who I dare try to interweave in a poetic way, just as children interpret the world. In the narrative, children tell us, by playing, its truths through verbal and body manifestations, of their creations and reinterpretations and showing us that, in the manner of ancient storytellers, they persist with their childrens cultures reading and bringing to the world another way of living it.
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