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Sexualidade e cultura na primeira tópica freudianaGonçalves, Diego Santos 31 August 2016 (has links)
Fundação de Apoio a Pesquisa e à Inovação Tecnológica do Estado de Sergipe - FAPITEC/SE / The main goal of this paper is to discuss some relations that may be established between
the subject of sexuality and culture through Freud’s work, more especifically the so
called “first topic” period of his work, which withholds the texts that were published by
Freud before the turn of events in the 1920’s. First of all, we will show how the theme
of sexuality was since the beggining put in question by freudian psychanalitical theory
regarding the clinic – namely, with the emergency, at Freud’s time, of a large number of
neurosis cases. In this discussion we will approach the clinic distinction suggested by
Freud between psiconeurosis and actual neuroses, delimiting the specificities of this
cases and the differences in handling the sexual excitation in both. Afterwards, we will
make a collection of the development of a Freudian conception of symptom, through the
introductory conferences pronounced by Freud about this subject. In the next chapter,
we will discuss the making of a freudian conception of sexuality, more especifically, on
how this conception distinguished a lot of that shared by the medical knowledge back
then, on how Freud’s fisicalist orientation had an effect on him and how the
development of the concept of narcissism took this conception to the next step. In our
third chapter, our goal is to narrow the links between the themes of sexuality and
culture, through the reading of some sociological Freudian texts. With this end in sight,
we will make a rigorous exam of two important texts from Freud’s work, Civilized
Sexual Morality and Totem e tabu, so that we can point out the connections between
the clinic and the culture through the strife among instinctual demands and the other,
represented by the social values. Up next, we will do some observations about
sublimation as a valuable instinctual end to the culture, through an exam of the
construction of this concept in Freud and by taking the figure of the artist as a reference.
In the end, we will make some considerations about the results of our work,
emphasizing how we cannot think satisfactorily the clinical setting without a broad
knowledge of the factors that condition a particular social estructure. / O principal objetivo deste trabalho é discutir algumas relações que podem ser
estabelecidas entre o tema da sexualidade e cultura a partir da obra de Freud, mais
especificamente o período dessa obra que se convencionou chamar de “primeira tópica”,
e que abrange os textos publicados por Freud antes da virada teórica dos anos 1920. A
princípio, nós iremos mostrar como o tema da sexualidade foi desde o começo
problematizado pela teoria psicanalítica freudiana em relação com a clínica – isto é,
com a emergência, à época de Freud, de um número muito elevado de casos de neurose.
Dentro dessa discussão iremos abordar a distinção clínica sugerida por Freud entre
psiconeuroses e neuroses atuais, delimitando as especificidades dos quadros e as
diferenças no manejo da excitação sexual em ambos. Em seguida, faremos um
levantamento do desenvolvimento de uma concepção freudiana de sintoma, através das
conferências introdutórias proferidas por Freud sobre o tema. No capítulo seguinte
vamos nos deter sobre a construção de uma concepção freudiana de sexualidade, mais
especificamente, sobre como essa concepção diferia em muito daquela partilhada pelo
saber médico da época, como a orientação fisicalista de Freud a influenciou e como o
desenvolvimento do conceito de narcisismo levou essa concepção ao próximo passo.
Em nosso terceiro capítulo, nosso objetivo é o de estreitar os laços entre o tema da
sexualidade e cultura, através da leitura de alguns dos textos sociológicos de Freud.
Com esse fim em vista, faremos um exame minucioso de dois importantes textos da
obra freudiana, Moral Sexual Civilizada e Totem e Tabu, de modo a evidenciar as
relações entre clínica e cultura a partir do conflito entre demanda pulsional e o outro,
representado pelos valores sociais. A seguir, faremos algumas observações sobre a
sublimação enquanto destino pulsional valorável para a cultura, através de um exame da
construção desse conceito e tomando como referência a figura do artista. Ao final,
iremos tecer algumas considerações sobre os resultados do nosso trabalho, ao mostrar
que não podemos pensar satisfatoriamente o âmbito clínico sem um amplo
conhecimento dos fatores que condicionam uma determinada estrutura social.
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