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Memórias femininas no Bom Pastor- PE: gênero, repressão e resistência durante a Ditadura Civil-Militar brasileira (1964-1985)Silva, Tatianne Ellen Cavalcante 17 February 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-02-17 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / The present research emerges from nowadays needs to inquire about Brazilian historic time in between 1964-1985, temporality where the country lived under a civil-military dictatorship. Thinking about this period and the acting subjects in combat against the system of oppression and repression configures here as resistance. Thus, we will try to understand this period starting by the memories of the women inserted in the political struggles, acted in the confrontation with the antidemocratic forces. That said, we aimed to analyze the memories of women militants who were political prisoners in the Bom Pastor Penal Colony between 1969 and 1979 in the city of Recife and the resistance they practiced during the militancy that began in 1964, year of the coup d‘etat and ending in 1985. To this it is necessary to understand the cartographic traces and experiences of the twenty-four (24) militant women from the discourses contained in the reports of memory and in the individual records relating to the period of their detention. To discuss the forms of resistance exercised by left-wing militants against the civil-military dictatorship and their closure in prison. In addition to problematizing the construction of women's memories from the testimonial speeches contained in the documentary Vou contar para meus filhos. To do so, we use the contributions of the field of Cultural History, choosing to produce a history that focuses on the participation of women, in this way we seek to discuss categories such as gender and memory, which helped us to make new looks about the period covered, showing these subjects still shaded to the pages of historiography. / A presente pesquisa emerge das necessidades do presente de se indagar acerca do período da história do Brasil que compreende os anos de 1964-1985, temporalidade em que o país viveu sob uma ditadura civil-militar. Pensar este período e os sujeitos atuantes no combate ao sistema de opressão e repressão se configura aqui como uma resistência. Assim, debruçarmo-nos para compreender este período a partir das memórias de mulheres que, inserindo-se no campo das lutas políticas, atuaram no enfrentamento às forças antidemocráticas. Dito isto, objetivamos analisar as memórias de mulheres militantes que foram presas políticas na Colônia Penal do Bom Pastor, entre os anos de 1969-1979, na cidade do Recife, e as resistências que praticaram durante na militância que se iniciou já em 1964, ano do golpe, perdurando por todo o período de ditadura civil-militar, que se encerra em 1985. Para tanto, faz-se necessário compreender os traçares cartográficos e experiências das vinte e quatro (24) mulheres militantes a partir dos discursos contidos nos relatos de memória e nos prontuários individuais referentes ao período de suas prisões, além de discutir as formas de resistência exercidas pelas militantes de esquerda contra a ditadura civil-militar e a clausura na prisão, bem como problematizar a construção das memórias femininas, a partir dos discursos testemunhais, contidas no documentário Vou contar para meus filhos. Para tanto, utilizamo-nos das contribuições do campo da História Cultural, optando por produzir uma história que focasse na participação das mulheres. Desse modo, buscamos discutir categorias como gênero e memória, que nos ajudaram a tecer novos olhares sobre o período abordado, trazendo esses sujeitos ainda sombreados para as páginas da historiografia.
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