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As relações entre raiva e habilidades sociais em indivíduos com transtornos alimentares / The relationship between anger and social skills in individuals with eating disorders

Juliana Furtado DAugustin 11 March 2015 (has links)
Os Transtornos Alimentares (TA) são caracterizados por graves perturbações no comportamento alimentar, geralmente de início precoce e curso duradouro. Vários fatores estão associados a sua etiologia, como fatores familiares, socioculturais, biológicos e psicológicos. Alguns autores demonstraram existir correlação entre gravidade nos comportamentos alimentares inadequados, baixos níveis de assertividade, altos níveis de hostilidade autodirigida e dificuldade em expressar a raiva. Além disso, a raiva tem sido relacionada principalmente aos episódios de compulsão alimentar e métodos compensatórios. A literatura, já há algum tempo reconhece o papel central do afeto negativo na etiologia e manutenção da compulsão alimentar. A teoria da regulação do afeto pressupõe que os episódios de compulsão alimentar estão associados a uma dificuldade para regular as emoções de forma adaptada, configurando-os como uma estratégia inadequada para aliviar sofrimento e reduzir afetos intensos. Pesquisadores indicam que um terço das mulheres com compulsão alimentar, comem em resposta a emoções negativas, mais especificamente a raiva, depressão e ansiedade. A compulsão alimentar teria como função regular a experiência emocional, reduzindo a consciência da emoção. A raiva também tem sido associada a déficits em habilidades sociais. A literatura sugere que os indivíduos socialmente habilidosos são mais propensos a manejar com a emoção da raiva do que aqueles com déficits em habilidades sociais e resolução de problemas, e que muitos dos tratamentos efetivos para raiva e comportamento agressivo incluem o desenvolvimento dessas habilidades. Assim como elevados níveis de raiva estão associados a comportamentos alimentares disfuncionais, evidências apontam para a relação entre déficits em habilidades sociais e gravidade do comportamento alimentar. A literatura mostra que no tratamento da raiva, o treinamento de habilidades sociais tem sido bastante efetivo. Dessa forma, identificar de que forma a raiva se relaciona ao comportamento alimentar inadequado , bem como aos déficits em habilidades sociais se torna relevante para a criação de programas de intervenção que tenham como objetivo ensinar o indivíduo a manejar com a raiva e frustração, aumentando assim, a capacidade de resolução de problemas e diminuindo a ocorrência de comportamentos alimentares inadequados. Portanto, o objetivo desse estudo é avaliar as relações entre habilidades sociais e a raiva em pacientes com Bulimia Nervosa e Transtorno da Compulsão Alimentar Periódica. Em função das críticas ao uso de questionários de auto-informe em pesquisas, essa tese foi dividida em três estudos. O primeiro foi uma revisão sistemática da literatura que teve como propósito avaliar as relações entre níveis disfuncionais de raiva e compulsão alimentar em pacientes com bulimia nervosa e TCAP. O segundo estudo avaliou as relações entre níveis de habilidades sociais, raiva disfuncional e gravidade da compulsão alimentar em amostra clínica, através de questionários de autorrelato. E por fim, o terceiro estudo teve como objetivo identificar pensamentos automáticos e comportamentos associados a emoção da raiva através de entrevista estruturada, composta por cinco questões abertas. Os resultados de cada estudo serão discutidos, assim como sua implicação no tratamento dos TA / Eating Disorders (ED) are characterized by severe disturbances in eating behavior, usually with early and lasting progress. Several factors are associated with the etiology, such as family, social, cultural, biological and psychological factors. Some authors have demonstrated correlation between severity in inappropriate eating behaviors, low levels of assertiveness, high levels of self-directed hostility and difficulty expressing anger. In addition, the anger has been mainly related to binge eating and compensatory methods. The literature, for some time now recognizes the central role of negative affect in the etiology and maintenance of binge eating. The theory of affection regulation assumes that binge eating episodes are associated with a failure to regulate adapted form of emotions, setting them to an inadequate strategy to alleviate suffering and reduce intense affections. Researchers indicate that one third of women with binge eating, eat in response to negative emotions, specifically anger, depression and anxiety. Binge eating would regular function emotional experience, reducing the thrill of consciousness. Anger has also been linked to deficits in social skills. The literature suggests that socially skilled individuals are more likely to manage with the emotion of anger than those with deficits in social skills and problem solving, and that many effective treatments for anger and aggressive behavior include the development of these skills. As well as high levels of anger are associated with dysfunctional eating behaviors, evidence points to the relationship between deficits in social skills and severity of eating behavior. The literature shows that the treatment of anger, social skills training has been very effective. This can be proven with research showing the moderating role of empathy about anger as well as the importance of assertiveness. Thus, to identify how anger is related to inappropriate eating behavior, and the deficits in social skills is relevant to the creation of intervention programs that aim to teach the individual to manage with anger and frustration, thus increasing , problem-solving ability and reducing the occurrence of inappropriate eating behaviors. Therefore, the aim of this study is to evaluate the relationship between social skills and anger in patients with Bulimia Nervosa and Binge Eating Disorder. Depending on the criticism of the use of self-report questionnaires in research, this thesis was divided into three studies. The first was a systematic literature review that aimed to assess the relationship between dysfunctional levels of anger and binge eating in patients with bulimia nervosa and BED. The second study evaluated the relationship between levels of social skills, dysfunctional anger and severity of binge eating in clinical sample using self-report questionnaires. Finally, the third study aimed to identify automatic thoughts and behaviors associated with emotion of anger through a structured interview, consisting of five open questions. The results of each study will be discussed, as well as their involvement in the treatment of ED
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Genética da obesidade : polimorfismos do LEPR (rs1137101 e rs8179183), FTO (rs9939609) e suas associações com transtorno alimentar e parâmetros nutricionais em pacientes obesos

Horvath, Jaqueline Driemeyer Correia January 2017 (has links)
Resumo não disponível
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Associação Entre Transtornos Alimentares, Fatores Orexígenos, Anorexígenos, Perinatais e Neonatais em Universitários

PRADO, Mara Cristina Lofrano do 31 January 2012 (has links)
Submitted by Lucelia Lucena (lucelia.lucena@ufpe.br) on 2015-03-11T18:43:40Z No. of bitstreams: 2 Tese Mara Lofrano_final.pdf: 1412607 bytes, checksum: b0531404db8e2bbd0caefb35a67e302c (MD5) license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-03-11T18:43:41Z (GMT). No. of bitstreams: 2 Tese Mara Lofrano_final.pdf: 1412607 bytes, checksum: b0531404db8e2bbd0caefb35a67e302c (MD5) license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) Previous issue date: 2012 / CAPES CNPq / Objetivo: Verificar a prevalência de sintomas de transtornos alimentares em jovens universitários e explorar a relação entre fatores perinatais/neonatais e concentrações circulantes de peptídeos com sintomas de transtornos alimentares. Métodos: Estudo transversal conduzido com quatrocentos e oito estudantes universitários (125 homens e 283 mulheres), com idade entre 18 e 23 anos e regularmente matriculados no primeiro semestre de cursos da área da saúde. A presença de sintomas de transtornos alimentares, bem como a insatisfação com a imagem corporal, foram estimadas através de questionários auto-aplicáveis (EAT-26, BITE, BES e BSQ). Informações sobre peso ao nascer, amamentação, complicações obstétricas, idade da mãe no parto e ordem de nascimento foram auto reportadas pelos voluntários após consulta aos pais. A concentração circulante de insulina, leptina, PYY, ghrelina, adiponectina, IL-6 e IL-10 foram determinadas com a utilização de kits comerciais de Elisa. Resultados: Foram verificados sintomas de TA em 32,5% (95%IC 27,2 - 38,1%) das mulheres e em 18,4% (95%IC 12,3 - 25,9%) dos homens. Os resultados revelaram que a idade materna no momento do parto, bem como complicações obstétricas elevam as chances dos indivíduos apresentarem sintomas de anorexia (OR = 0,37; 95%IC 0,17 - 0,83) e bulimia (OR = 2.62; 95%IC 1,03 – 6,67), respectivamente. Adicionalmente, foi encontrada maior concentração sérica de IL-6 (p=0,03) e leptina (p<0.00) nas estudantes com sintomas de TA, quando comparadas aos seus pares sem sintomas. Os resultados demonstraram haver uma associação positiva entre IL-6, leptina e sintomas de TA. Conclusão: Os resultados do presente estudo reportam uma significativa presença de sintomas de TA em estudantes universitários da área da saúde, e sugerem uma possível interferência de fatores perinatais e neonatais sobre o desenvolvimento de comportamentos alimentares inapropriados, bem como associação positiva entre a concentração circulante de IL-6 e leptina com sintomas de TA.
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Estudo sobre a compulsão alimentar em pacientes submetidos à cirurgia bariátrica / Influence of bariatric surgery in eating behavior of obese patients

Machado, Cristiane Evangelista 14 October 2008 (has links)
A obesidade é considerada distúrbio de difícil controle que gera sérios riscos à saúde e representa grave problema para a saúde pública. Os pacientes portadores de obesidade mórbida que apresentam compulsão diferem em vários aspectos dos não compulsivos e a operação, como recurso de tratamento para estes pacientes, influencia diferentemente na sua evolução. Obesidade e compulsão alimentar podem estar associadas em uma relação que compromete o resultado da cirurgia e contribui para complicações pós-operatórias. Neste sentido, o objetivo deste estudo foi analisar os indícios de compulsão alimentar em pacientes submetidos à cirurgia bariátrica, pela técnica de Fobi-Capella, antes e pelo menos dois anos após a operação. Participaram deste estudo 50 pacientes submetidos à cirurgia bariátrica no Serviço de Cirurgia do Aparelho Digestivo do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Destes 43 (86%) eram mulheres e 7 (14%) homens, com idade média de 42,4 anos, IMC inicial médio de 48,5 e tempo médio de seguimento pós-operatório de 36,6 meses. Os pacientes foram submetidos à avaliação psicológica antes e dois a cinco anos após a operação. Os instrumentos utilizados foram o teste das Pirâmides Coloridas de Max Pfister, aplicado antes e após a operação, para identificar indícios de compulsão e entrevista clínica semiestruturada, aplicada somente no pós-operatório para observar os hábitos alimentares e mecanismos associados à compulsão referidos pelo paciente antes e após a operação. Os dados foram submetidos à análise estatística e pode-se perceber características de compulsão através da identificação de pacientes com estrutura emocional prejudicada, ansiedade, depressão, necessidade de controle, dificuldade na elaboração das emoções, rigidez e busca da comida diante de situações conflitivas, de mo do que a diminuição da ingestão alimentar poderia ter contribuído para alterações na estrutura emocional destes pacientes. Observou-se alterações nas preferências alimentares; passaram a comer mais, em intervalos curtos, doces, torradas, bolachas e outros petiscos, de modo que os pacientes permaneceram recorrendo à comida por não encontrarem recursos que favorecessem uma ação adequada e adaptada. A partir da análise dos dados concluiu-se que os pacientes portadores de obesidade mórbida submetidos à cirurgia bariátrica apresentam indícios de compulsão alimentar antes e após a operação. A compulsão alimentar estaria relacionada a aspectos psicológicos como dificuldade em organizar emoções, ansiedade, depressão e estrutura emocional prejudicada. Características de impulsividade, controle, rigidez e instabilidade emocional também contribuiria m para a manifestação de episódios compulsivos. Os hábitos e preferências alimentares modificaram-se após a operação, uma vez que os pacientes passaram a consumir alimentos de fácil ingestão frente a situações que os faziam comer compulsivamente, não sendo observado trocas de compulsão / Obesity is considered a disorder that is difficult to control, creates serious health risks and represents a serious problem for public health. Patients with morbid obesity who present compulsiveness differ in several aspects of non-compulsive patients, so the operation, may have a different outcome. Obesity and binge eating may be associated, compromising the outcome of surgery and contributing to postoperative complications. The aim of this study was to analyze the influence of bariatric surgery using Fobi- Capellas technique on compulsive behavior. Fifty patients were studied, 43 (86%) women and 7 (14%) men, with an average age of 42.4 years, an average baseline BMI of 48.5 and an average follow-up time of 36.6 months. The patients were psychologically evaluated before and two to five years after surgery using the Colorful Pyramids of Max Pfister test and semi-structured clinical interviews. Evidence of compulsiveness was observed in patients with emotional disorders, anxiety, depression, controlling attitudes, difficulties in dealing with emotions, stiffness and demand for food in situations of emotional difficulty. Therefore, a decrease in food intake could have contributed to emotional alterations in these patients. Changes in food preferences were also observed. The patients began to eat more sweets, toast, biscuits and other snacks in short intervals, indicating that they were not finding resources to encourage appropriate action. Data analysis suggested that patients with morbid obesity who submitted to bariatric surgery show evidence of binge eating before and after the operation. Binge eating is related to psychological issues such as difficulty organizing emotions, anxiety, depression and a damaged emotional structure. Characteristics of impulsivity, self-control, rigidity and emotional instability also contribute to the onset of compulsive episodes. Habits and food preferences changed after the operation. The patients began consuming foods that were easier to ingest (eating small amounts throughout the day instead of meals) in response to situations that would have stimulated compulsive episodes preoperatively. Transfers or exchanges in compulsive attitudes, such as using drugs, drinking or shopping in excess, were not demonstrated
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Comportamento alimentar: relação com a compulsão alimentar e os fatores de risco cardiovascular em adolescentes

Santos, Mielle Neiva 25 February 2014 (has links)
Submitted by Jean Medeiros (jeanletras@uepb.edu.br) on 2016-04-08T13:55:08Z No. of bitstreams: 1 PDF - Mielle Neiva Santos.pdf: 1770622 bytes, checksum: 763f433b505a4065e3ce458785efed2b (MD5) / Approved for entry into archive by Secta BC (secta.csu.bc@uepb.edu.br) on 2016-04-12T17:22:57Z (GMT) No. of bitstreams: 1 PDF - Mielle Neiva Santos.pdf: 1770622 bytes, checksum: 763f433b505a4065e3ce458785efed2b (MD5) / Made available in DSpace on 2016-04-12T17:23:52Z (GMT). No. of bitstreams: 1 PDF - Mielle Neiva Santos.pdf: 1770622 bytes, checksum: 763f433b505a4065e3ce458785efed2b (MD5) Previous issue date: 2014-02-25 / Goal: Assess the feeding behavior, the occurrence of binge eating and its relationship with nutritional status and cardiovascular risk score Pathobiological Determinants of Atherosclerosis in Youth (PDAY) in school adolescents. Methodology: Study of 540 teenagers between 15 and 19 years of high school public schools. Students were interviewed for the evaluation of cardiovascular risk, through PDAY score and other related variables, answered questionnaires auto applied to identification of binge eating (Dutch Food frequency Questionnaire-QHCA) and were evaluated by Anthropometry. Results: PDAY score was ranked low risk (58.5%) and intermediate/high risk cardiovascular risk (41.5%). Obtained 13.9% of adolescents with some level of binge eating. There was substantial consumption of unhealthy food markers. He was also the high prevalence of physical inactivity (79.1%) and of inactivity/lack in physical activity (58.9%). According to the simple linear regression, the abdominal circumference is the variable that most interferes in BMI (51.7%), relationship that remained in multivariate regression (54.3%). Conclusions: The nutritional status was related to the score of binge eating and this was related to increased levels of total cholesterol, LDL cholesterol and lower levels of physical activity. PDAY score and score of compulsion not shown associates. He was the high prevalence of adolescents with some level of binge eating, pointing out that the maintenance of nutritional status mechanisms need to be further studied, to configure how eating disorders. / Objetivo: Avaliar o comportamento alimentar, a ocorrência de compulsão alimentar e sua relação com o estado nutricional e com o risco cardiovascular pelo escore Pathobiological Determinants of Atherosclerosis in Youth (PDAY) em escolares adolescentes. Metodologia: Estudo realizado com 540 adolescentes entre 15 e 19 anos de escolas públicas de ensino médio. Os estudantes foram entrevistados para avaliação do risco cardiovascular, através do escore PDAY e outras variáveis relacionadas, responderam questionários auto aplicados para identificação de compulsão alimentar (Questionário Holandês de Frequência AlimentarQHCA) e foram avaliados por antropometria. Resultados: O escore PDAY foi classificado em baixo risco (58,5%) e risco intermediário/alto risco cardiovascular (41,5%). Obteve-se 13,9% de adolescentes com algum nível de compulsão alimentar. Houve o consumo substancial de marcadores de alimentação não saudável. Destacou-se também a alta prevalência de sedentarismo (79,1%) e de inatividade/insuficiência na atividade física (58,9%). De acordo com a regressão linear simples, a circunferência abdominal é a variável que mais interfere no IMC (51,7%), relação que permaneceu na regressão multivariada (54,3%). Conclusões: O estado nutricional mostrou-se relacionado ao escore de compulsão alimentar e esta esteve relacionada com maiores níveis de colesterol total, colesterol LDL e com menores níveis de atividade física. O escore PDAY e escore de compulsão não se mostraram associados. Destacou-se a elevada prevalência de adolescentes com algum nível de compulsão alimentar, apontando que os mecanismos de manutenção do estado nutricional precisam ser mais bem estudados, para que não se configurem como transtornos alimentares futuros.
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Mais alÃm dos transtornos alimentares: a impulsÃo e a compulsÃo a partir da clÃnica psicanalitica / Beyond the eating disorders: impulsion and compulsion from the psychoanalytic clinic

Ana Carolina Pacheco Bittencourt Fontes 10 April 2014 (has links)
CoordenaÃÃo de AperfeÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior / Nossa pesquisa partiu dos achados advindos de nossa experiÃncia clÃnica junto a uma equipe de trabalho interdisciplinar que tinha o propÃsito de tratar transtornos alimentares. No nosso caso, trabalhamos mais especificamente com pacientes que nos eram indicados com o diagnÃstico prÃvio de transtorno de compulsÃo alimentar. Os problemas clÃnicos decorrentes desse tipo de diagnÃstico nos levaram a problematizar os diferentes fenÃmenos relacionados com o esse tipo de patologia que incide sobre a pulsÃo em sua relaÃÃo com o alimento. Tal aspecto nos levou ao objetivo de procurar compreender e diferenciar, à luz da teoria psicanalÃtica, as manifestaÃÃes psicopatolÃgicas da impulsÃo e da compulsÃo em geral e mais especificamente em relaÃÃo ao alimento, em suas relaÃÃes com os conceitos de gozo, desejo e angÃstia. AlÃm disso, buscamos refletir acerca das implicaÃÃes clÃnicas dessas relaÃÃes para o tratamento de pacientes que manifestam tais sintomas ou atos, levando em consideraÃÃo, principalmente, as possÃveis medidas terapÃuticas a serem propostas pela equipe para o tratamento do paciente, sobretudo sobre a prescriÃÃo ou nÃo da cirurgia bariÃtrica e suas possÃveis consequÃncias para os pacientes em sua singularidade, tendo em vista a ocorrÃncia, jà registrada em pesquisas anteriores, de Ãbitos ou de reganho de peso apÃs a realizaÃÃo da mesma. Do ponto de vista metodolÃgico, nos valemos da precisÃo de conceitos necessÃrios à nossa reflexÃo clÃnica, principal condutora de nossa anÃlise, acerca de casos por nÃs atendidos e por casos clÃssicos e contemporÃneos que se revelaram relevantes para o tratamento de nossas questÃes de pesquisa. Neste contexto nos ocuparmos, mais detidamente, na anÃlise desses casos para compreendermos a complexidade e a relevÃncia clÃnica das articulaÃÃes que as impulsÃes e as compulsÃes estabelecem com as categorias de sintoma e ato. A partir disso, destacamos a importÃncia de diferenciar a direÃÃo do tratamento e a posiÃÃo do analista, quando no contexto de um tratamento padrÃo e quando inserido em equipes interdisciplinares que se dedicam ao tratamento de pacientes que manifestam tais sintomas ou atos como, por exemplo, à o caso dos programas voltados para o tratamento de patologias que produzem efeitos de recusa ou excesso alimentares e que, em geral, as definem, segundo a classificaÃÃo internacional das doenÃas, como Transtornos Alimentares. Dentre nossos principais achados conclusivos, constatamos que as aÃÃes compulsivas devem ser compreendidas como encarnaÃÃo dos sintomas, estÃo inseridas na lÃgica do gozo fÃlico e sÃo formadas com o fito de evitar a emergÃncia da angÃstia. Jà as impulsÃes sÃo atos que emergem suscitando uma satisfaÃÃo corporal que deixa o sujeito mudo e sem lugar e estÃo inseridas na lÃgica de um gozo autoerÃtico, situado entre o gozo do ser e o gozo fÃlico. Por nÃo serem compreendidas como sintomas, mas como atos, as impulsÃes podem aparecer em sujeitos organizados em qualquer uma das trÃs estruturas clÃnicas. Tais achados nos possibilitaram refletir acerca da direÃÃo do tratamento em casos de compulsÃo e/ou impulsÃo diagnosticados pela psiquiatria como portadores de compulsÃo alimentar. Assim, a originalidade do nosso trabalho està na abordagem que realizamos do diagnÃstico psiquiÃtrico de compulsÃo alimentar, a partir da perspectiva psicanalÃtica da impulsÃo e da compulsÃo. Consideramos, afinal, que os resultados deste trabalho podem contribuir para o tratamento de casos relacionados a outros quadros clÃnicos que envolvem outros objetos que nÃo aqueles das patologias alimentares como, por exemplo, as adiÃÃes em geral, o vÃcio em jogo, o consumo patolÃgico, dentre outros.
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Efeito do estresse psicossocial sobre o comportamento alimentar de primatas não-humanos (Callithrix penicillata)

Duarte, Renata Bezerra 25 February 2016 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Biologia Animal, 2016. / Submitted by Fernanda Percia França (fernandafranca@bce.unb.br) on 2016-04-12T16:18:49Z No. of bitstreams: 1 2016_RenataBezerraDuarte.pdf: 1363231 bytes, checksum: af2f47890918cbaf4f3671021719ab24 (MD5) / Approved for entry into archive by Raquel Viana(raquelviana@bce.unb.br) on 2016-04-27T21:05:48Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2016_RenataBezerraDuarte.pdf: 1363231 bytes, checksum: af2f47890918cbaf4f3671021719ab24 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-04-27T21:05:48Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2016_RenataBezerraDuarte.pdf: 1363231 bytes, checksum: af2f47890918cbaf4f3671021719ab24 (MD5) / O estresse é um fator que pode contribuir para o desenvolvimento de um comportamento alimentar do tipo compulsivo frente à disponibilidade de alimentos ricos em açúcar, gordura e com potencial hedônico elevado. No entanto, a presença de estímulos aversivos parece inibir o comportamento alimentar. Assim, uma situação de conflito envolvendo a apresentação concomitante a um estímulo apetitivo (alimento altamente palatável) e um estímulo aversivo (modelo de predador) pode ser uma ferramenta útil para estudos de compulsão alimentar em modelos animais. Portanto, o presente estudo teve como objetivo avaliar o comportamento alimentar de um primata não-humano diante de um alimento altamente palatável, analisando o efeito de um estresse psicossocial e da presença de um estimulo etologicamente aversivo. Para tanto, micos machos e fêmeas adultos da espécie Callithrix penicillata foram submetidos a três estudos. No Estudo 1, buscou-se determinar se um isolamento social involuntário (ISI) de sete dias consecutivos é um fator de estresse nessa espécie. Essa condição induziu um aumento na locomoção e nos comportamentos afiliativos, mas os níveis de cortisol permaneceram constantes. O perfil comportamental, porém, pode ser um indicativo de uma resposta ao estresse. No Estudo 2, micos foram submetidos ao teste de preferência-por-lugar (CPP) condicionada à presença de chocolate. Após sucessivas sessões de condicionamento foram observados um aumento significativo no tempo de permanência e uma diminuição na latência de entrada no compartimento condicionado ao chocolate no dia do teste comparado à fase pré-CPP. Essa resposta de CPP manteve-se presente mesmo 15 dias após o último condicionamento (Estudo 2A). No Estudo 2B os micos consumiram significativamente mais chocolate que ração (alimento neutro com menor valor calórico) e após o condicionamento permaneceram mais tempo no compartimento pareado ao chocolate que antes, sendo que esse último parâmetro apresentou uma correlação positiva com o tempo de forrageio durante o condicionamento. Além disso, durante a sessão teste, a atividade exploratória aumentou e os animais que mais permaneceram no compartimento pareado ao chocolate também foram os mais vigilantes. Nenhuma alteração nos níveis de cortisol foi observada. O Estudo 2 possibilitou, portanto, determinar que o chocolate tem valor hedônico para os micos, podendo induzir comportamentos indicativos de um estado de dependência. Por fim, o Estudo 3 avaliou em um teste de conflito se a presença concomitante de um estímulo aversivo (gato-do-mato taxidermizado) alterava o comportamento alimentar dos micos para o chocolate, e se um estresse psicossocial (ISI) influenciava essa resposta. Na presença do gato e independentemente do ISI, os micos diminuíram o forrageio e consumo de chocolate, assim como o tempo de permanência no compartimento onde os estímulos foram apresentados. Contudo, os animais do ISI demonstraram mais medo frente ao estímulo aversivo do que o grupo controle, embora ambos tenham o mesmo perfil de observação do gato. Com base nos resultados, concluiu-se que: (1) apenas o consumo repetido de um alimento altamente palatável (chocolate) induziu uma resposta de CPP, a qual durou pelo menos 15 dias; (2) a presença de um estímulo naturalmente aversivo (gato taxidermizado) inibiu a busca e o consumo desse mesmo alimento em animais não privados de comida; e (3) um estresse psicossocial via isolamento social não alterou a inibição do comportamento alimentar dos micos que ocorreu durante o teste de conflito (chocolate vs. predador) e assim, nas condições experimentais do presente estudo, não induziu um perfil de consumo tipo compulsivo nessa espécie de primata não-humano. _______________________________________________________________________________________________ ABSTRACT / Stress is a contributing factor to the development of compulsive-like eating behaviors towards foods with high fat and sugar content, as well as elevated hedonic value. However, aversive stimuli seem to inhibit feeding behavior. Therefore, a conflict situation involving the presence of an appetitive (highly-palatable food) and aversive stimulus (predator model) concomitantly may be a useful experimental tool to study compulsive-like eating patterns in animal models. As such, the present study evaluated the feeding behavior of a nonhuman primate towards a highly-palatable food, analyzing the effects of psychosocial stress and the presence of an ethologically aversive stimulus. Male and female adult marmosets (Callithrix penicillata) were submitted to three experimental procedures. In Study 1, it was determined whether a 7-day involuntary social isolation (ISI) constitutes a stress condition in this species. This procedure induced an increase in locomotion and affiliative behaviors, yet cortisol levels remained unaltered. The subjects’ behavioral response are thus possible indicators of a stress response. In Study 2, the marmosets were submitted to a chocolate conditioned-place-preference (CPP) test. After repeated conditioning sessions, a significant increase in the time spent in the chocolate-paired compartment was observed on the test day compared to the pre-CPP fase, as well as a decrease in the latency to first entry in the same locale. This CPP response was still present 15 days after the last conditioning trial (Study 2A). In Study 2B, the marmosets consumed a significantly higher amount of chocolate than chow (neutral and less caloric food) and after the conditioning they spent more time in the chocolate-paired compartment than prior to these trials. The latter parameter was also positively correlated with the time spent foraging during the conditioning fase. Furthermore, on the test trial, exploratory activity increased and the marmosets that had spent more time in the chocolate-paired compartment were also found to be the most vigilant subjects post-CPP. Cortisol levels remained constant throughout this procedure. Study 2 thus indicated that chocolate has a hedonic value for marmosets and may induce addiction-like behaviors. Lastly, Study 3 used a conflict test to determine whether the presence of an aversive stimulus (taxidermized oncilla cat) would alter the marmosets’ foraging for chocolate, and if a psychosocial stress (ISI) influences this response pattern. In the presence of the cat stimulus and regardless of having been submitted to an ISI stress, the marmosets decreased foraging and chocolate consumption, as well as the time spent in the compartment where both stimuli were located. However, the subjects that were submitted to the ISI condition demonstrated a higher fear response towards the aversive stimulus than the controls, although both groups observed the cat stimulus equivalently. Based on these results it was concluded that: (1) only the repeated consumption of a highly palatable food (chocolate) induced a CPP response, which in turn lasted for at least 15-days; (2) the presence of a naturally aversive stimulus (taxidermized cat) inhibited the search and consumption of this same food item by animals that had not been food deprived; (3) psychosocial stress, via social isolation, did not alter the inhibition of feeding behavior that occurred during the conflict test (chocolate vs. predator) and thus, in the experimental conditions presently used, failed to induce a compulsive-type eating behavior in this nonhuman primate species.
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Pode a compulsão alimentar ser programada por desnutrição perinatal ou manipulação do sistema serotoninérgico?

FECHINE, Madge Farias 31 May 2016 (has links)
Submitted by Irene Nascimento (irene.kessia@ufpe.br) on 2017-03-29T19:31:11Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) TESE_MADGE FARIAS FECHINE_.pdf: 4788089 bytes, checksum: 648782ee88724431e5d44996b0235367 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-03-29T19:31:11Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) TESE_MADGE FARIAS FECHINE_.pdf: 4788089 bytes, checksum: 648782ee88724431e5d44996b0235367 (MD5) Previous issue date: 2016-05-31 / CAPES / Objetivo: Investigar os efeitos da desnutrição proteica perinatal ou manipulação do sistema serotoninérgico durante a lactação sob o comportamento alimentar compulsivo após ciclos de Restrição/Realimentação (R/R). Materiais e métodos: Foram formados quatro grupos conforme os tratamentos dietéticos e farmacológicos: Controle (17% caseína na vida perinatal) e Desnutrido (8% caseína na vida perinatal); Salina (10mg/Kg) e Fluoxetina (10mg/Kg) foram submetidos a três consecutivos ciclos de Restrição/Realimentação (ciclos R/R). Cada ciclo R/R é composto por uma fase de restrição (4 dias com 40% do consumo individual médio de dieta padrão nos 7 dias antes de iniciar os ciclos R/R) seguida por uma fase realimentação (4 dias com dieta padrão ad libitum). Assim, os quatro grupos anteriormente descritos foram subdivididos ou não de acordo com a fase de restrição dos ciclos R/R para formar oito grupos: Grupos não restritos [Controle Naïve (CN) n=6 e 10 ou Desnutrido Naïve (DN) n=7 e 11 e Salina Naïve (SN) n=13/15 ou Fluoxetina Naïve (FN) n=12/13] e Grupos restritos [Controle Restrito (CR) n=6 e 11 ou Desnutrido Restrito (DR) n=7 e 10 e Salina Restrito (SR) n=11/13 ou Fluoxetina Restrito (FR) n=13/14]. Após os três ciclos R/R, todos os animais foram submetidos ao teste alimentar (dieta padrão e palatável por 24hs). Após uma semana, os animais dos grupos [Controle Naïve (CN) n=10 ou Controle Restrito (CR) n=11 e Desnutridos Naïve (DN) n=11 ou Desnutrido Restrito (DR) n=10] foram submetidos a um teste de privação alimentar (24hs sem dieta padrão) e em seguida receberam dieta palatável (2hs) e dieta padrão (22hs). Já todos os animais dos grupos Salina e Fluoxetina, aos 120 dias de vida foram submetidos a outro teste alimentar semelhante ao primeiro teste alimentar (após os ciclos R/R). Resultados: Após ciclos R/R os animais Desnutrido Restrito demonstraram hiperfagia por dieta palatável comparados com os animais do grupo Controle Naïve, como também aumentaram o peso corporal sugerindo o desenvolvimento de obesidade. Contudo, estes animais perderam a capacidade para aumentar o consumo de dieta palatável quando estavam com fome, após a privação alimentar. Em relação aos grupos Salina e Fluoxetina não houve diferenças significativas no consumo alimentar (dieta palatável e padrão) nos dois testes alimentares. Conclusão: Desnutrição proteica perinatal ou tratamento de fluoxetina no aleitamento não contribuem para o desenvolvimento de compulsão alimentar após três ciclos R/R. / Objective: To investigate the effects of the perinatal protein undernourishment or manipulation of the serotonergic system in breastfeeding on the binge eating behavior after Restriction/Refeeding cycles (R/R cycles). Materials and methods: Four groups were formed as dietary and pharmacological treatments: Control (17% casein in perinatal life) and Undernourished (8% casein in perinatal life); Saline (10mg/kg) and Fluoxetine (10mg/kg) were submitted to three consecutive cycles of Restriction/Refeeding cycles (R/R cycles). Each R/R cycle was composed of a restriction phase (4 days with 40% of the mean individual consumption standard diet 7 days before starting cycles R/R) followed by a feedback phase (4 days with a standard diet ad libitum). Thus, the four groups described above were subdivided or not according to the restriction phase of R/R cycles to form eight groups: not restricted Groups [Control Naïve (CN) n=6 and 10 or Undernourished Naïve (UN) n=7 and 11 and Saline Naïve (SN) n=13/15 or Fluoxetine Naïve (FN) n=12/13] and Restricted Groups [Restricted Control (CR) n=6 and 11 or Undernourished Restricted (DR) n=7 and 10 and Saline Restricted (SR) n=11/13 or Fluoxetine Restricted (FR) n=13/14]. After three R/R cycles, all animals were subjected to the feeding test (standard diet and palatable food for 24hrs). After one week, the animals of the groups [Control Naïve (CN) n=10 or Restricted Control (CR) n=11 and Undernourished Naïve (DN) n=11 or Undernourished Restricted (UR) n=10] were subjected to a test food deprivation (24hrs without standard diet) and then received palatable food (2hrs) and standard diet (22hrs). Already all the animals of Saline and Fluoxetine groups at 120 days of age were subjected to a similar feeding test the first test (after R/R cycles). Results: After R/R cycles the Restricted Undernourished animals showed hyperphagia by palatable food compared to animals Naïve control group, as well as increased body weight suggesting the development of obesity. However, these animals have lost the ability to increase the intake of palatable food when they were hungry after food deprivation. Regarding Saline and Fluoxetine groups there was not significant differences in food intake (standard diet and palatable food) in both feeding tests. Conclusion: Perinatal protein undernourishment or treatment of fluoxetine in breastfeeding do not contribute to the development of binge eating after three R/R cycles.
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Estudo sobre a compulsão alimentar em pacientes submetidos à cirurgia bariátrica / Influence of bariatric surgery in eating behavior of obese patients

Cristiane Evangelista Machado 14 October 2008 (has links)
A obesidade é considerada distúrbio de difícil controle que gera sérios riscos à saúde e representa grave problema para a saúde pública. Os pacientes portadores de obesidade mórbida que apresentam compulsão diferem em vários aspectos dos não compulsivos e a operação, como recurso de tratamento para estes pacientes, influencia diferentemente na sua evolução. Obesidade e compulsão alimentar podem estar associadas em uma relação que compromete o resultado da cirurgia e contribui para complicações pós-operatórias. Neste sentido, o objetivo deste estudo foi analisar os indícios de compulsão alimentar em pacientes submetidos à cirurgia bariátrica, pela técnica de Fobi-Capella, antes e pelo menos dois anos após a operação. Participaram deste estudo 50 pacientes submetidos à cirurgia bariátrica no Serviço de Cirurgia do Aparelho Digestivo do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Destes 43 (86%) eram mulheres e 7 (14%) homens, com idade média de 42,4 anos, IMC inicial médio de 48,5 e tempo médio de seguimento pós-operatório de 36,6 meses. Os pacientes foram submetidos à avaliação psicológica antes e dois a cinco anos após a operação. Os instrumentos utilizados foram o teste das Pirâmides Coloridas de Max Pfister, aplicado antes e após a operação, para identificar indícios de compulsão e entrevista clínica semiestruturada, aplicada somente no pós-operatório para observar os hábitos alimentares e mecanismos associados à compulsão referidos pelo paciente antes e após a operação. Os dados foram submetidos à análise estatística e pode-se perceber características de compulsão através da identificação de pacientes com estrutura emocional prejudicada, ansiedade, depressão, necessidade de controle, dificuldade na elaboração das emoções, rigidez e busca da comida diante de situações conflitivas, de mo do que a diminuição da ingestão alimentar poderia ter contribuído para alterações na estrutura emocional destes pacientes. Observou-se alterações nas preferências alimentares; passaram a comer mais, em intervalos curtos, doces, torradas, bolachas e outros petiscos, de modo que os pacientes permaneceram recorrendo à comida por não encontrarem recursos que favorecessem uma ação adequada e adaptada. A partir da análise dos dados concluiu-se que os pacientes portadores de obesidade mórbida submetidos à cirurgia bariátrica apresentam indícios de compulsão alimentar antes e após a operação. A compulsão alimentar estaria relacionada a aspectos psicológicos como dificuldade em organizar emoções, ansiedade, depressão e estrutura emocional prejudicada. Características de impulsividade, controle, rigidez e instabilidade emocional também contribuiria m para a manifestação de episódios compulsivos. Os hábitos e preferências alimentares modificaram-se após a operação, uma vez que os pacientes passaram a consumir alimentos de fácil ingestão frente a situações que os faziam comer compulsivamente, não sendo observado trocas de compulsão / Obesity is considered a disorder that is difficult to control, creates serious health risks and represents a serious problem for public health. Patients with morbid obesity who present compulsiveness differ in several aspects of non-compulsive patients, so the operation, may have a different outcome. Obesity and binge eating may be associated, compromising the outcome of surgery and contributing to postoperative complications. The aim of this study was to analyze the influence of bariatric surgery using Fobi- Capellas technique on compulsive behavior. Fifty patients were studied, 43 (86%) women and 7 (14%) men, with an average age of 42.4 years, an average baseline BMI of 48.5 and an average follow-up time of 36.6 months. The patients were psychologically evaluated before and two to five years after surgery using the Colorful Pyramids of Max Pfister test and semi-structured clinical interviews. Evidence of compulsiveness was observed in patients with emotional disorders, anxiety, depression, controlling attitudes, difficulties in dealing with emotions, stiffness and demand for food in situations of emotional difficulty. Therefore, a decrease in food intake could have contributed to emotional alterations in these patients. Changes in food preferences were also observed. The patients began to eat more sweets, toast, biscuits and other snacks in short intervals, indicating that they were not finding resources to encourage appropriate action. Data analysis suggested that patients with morbid obesity who submitted to bariatric surgery show evidence of binge eating before and after the operation. Binge eating is related to psychological issues such as difficulty organizing emotions, anxiety, depression and a damaged emotional structure. Characteristics of impulsivity, self-control, rigidity and emotional instability also contribute to the onset of compulsive episodes. Habits and food preferences changed after the operation. The patients began consuming foods that were easier to ingest (eating small amounts throughout the day instead of meals) in response to situations that would have stimulated compulsive episodes preoperatively. Transfers or exchanges in compulsive attitudes, such as using drugs, drinking or shopping in excess, were not demonstrated
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Compulsão alimentar periódica e fatores associados em mulheres com síndrome metabólica

Franco, Cláudia Rocha 08 July 2016 (has links)
Submitted by Renata Lopes (renatasil82@gmail.com) on 2016-09-26T14:25:54Z No. of bitstreams: 1 claudiarochafranco.pdf: 1295484 bytes, checksum: e185d6d953ea86e2ada3c92396dbddd3 (MD5) / Approved for entry into archive by Diamantino Mayra (mayra.diamantino@ufjf.edu.br) on 2016-09-26T20:33:58Z (GMT) No. of bitstreams: 1 claudiarochafranco.pdf: 1295484 bytes, checksum: e185d6d953ea86e2ada3c92396dbddd3 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-09-26T20:33:58Z (GMT). No. of bitstreams: 1 claudiarochafranco.pdf: 1295484 bytes, checksum: e185d6d953ea86e2ada3c92396dbddd3 (MD5) Previous issue date: 2016-07-08 / A síndrome metabólica é um aglomerado de fatores de risco metabólico e cardiovascular, que apresenta como um dos principais componentes a obesidade abdominal. A obesidade associase frequentemente à compulsão alimentar periódica. O objetivo do presente estudo foi avaliar a presença da compulsão alimentar periódica em mulheres com Síndrome Metabólica e a possível associação com parâmetros sociodemográficos, clínicos e comportamentais. Em estudo transversal, foram selecionados 124 indivíduos com Síndrome Metabólica, distribuídos em dois grupos: Grupo 1 (ausência de compulsão alimentar periódica) e Grupo 2 (presença de compulsão alimentar periódica). A avaliação clínica incluiu medidas de peso e altura, circunferência da cintura e pressão arterial de consultório. Foram também avaliados parâmetros comportamentais, como presença de compulsão alimentar periódica, nível de atividade física, consumo de álcool, imagem corporal, sintomas depressivos e qualidade de vida. A avaliação laboratorial incluiu as dosagens de glicose e insulina em jejum, TSH, perfil lipídico e taxa de filtração glomerular estimada. A média de idade foi 41 ± 10,9 anos, 64% se declararam como não brancas, 60% tinham escolaridade igual ou superior a oito anos de estudo, 56% se declararam casadas ou em união estável e 59% não tinham ocupação formal. A totalidade da amostra apresentava obesidade abdominal, com média da circunferência da cintura de 110 ± 11,0 cm, 70% eram hipertensas, com média de Pressão arterial sistólica de 133 ± 13,0 mmHg e Pressão arterial diastólica de 89 ± 11,0 mmHg. Além disso, 95% eram sedentárias, 7% eram fumantes, 12% faziam uso nocivo do álcool, 98% declararam insatisfação com a imagem corporal e 62% apresentavam depressão. Observou-se presença de compulsão alimentar periódica em 57% das mulheres avaliadas. Houve associação entre compulsão alimentar periódica e idade, com predomínio na faixa etária entre 20 e 39 anos (p = 0,010) e entre compulsão alimentar periódica e pior qualidade de vida (p = 0,039). Quanto aos parâmetros laboratoriais, não foi observado diferença significativa entre os grupos. Em conclusão, a presença de compulsão alimentar periódica foi um achado frequente em indivíduos com Síndrome Metabólica, sendo observada associação da compulsão alimentar periódica com faixa etária mais jovem e com pior qualidade de vida. / Metabolic syndrome is a cluster of metabolic and cardiovascular risk factors in which abdominal obesity is one of the main components. Obesity is frequently associated with binge eating. The aim of this study was to evaluate the occurrence of binge eating in women with metabolic syndrome and its possible association with sociodemographic, clinical, and behavioral parameters. This was a cross-sectional study that included 124 individuals with MS distributed in two groups: Group 1 (without binge eating) and Group 2 (with binge eating). Clinical evaluation included measurement of weight and height, waist circumference, and office blood pressure. We also evaluated behavioral parameters including the occurrence of binge eating, level of physical activity, alcohol consumption, body image, depressive symptoms, and quality of life. Laboratory evaluation included the determination of fasting glucose and insulin, TSH, lipid profile, and estimated glomerular filtration rate. The mean age of the participants was 41 ± 10.9 years. Sixty four percent were self-reported non-Whites, 60% had received education for 8 or more years, 56% reported being married or in a stable relationship, and 59% had no formal occupation. The entire cohort presented abdominal obesity, with an average waist circumference of 110 ± 11.0 cm, and 70% of the individuals were hypertensive. In addition, 95% were sedentary, 7% were smokers, 12% abused alcohol, 98% declared dissatisfaction with body image, and 62% had depression. We observed the occurrence of binge eating in 57% of the women evaluated. There was an association between binge eating and age, which predominated in the age range of 20 to 39 years (p = 0.010) and between binge eating and poor quality of life (p = 0.039). Regarding laboratory parameters, there were no significant differences between the groups. In conclusion, the occurrence of BE was a frequent finding in individuals with MS and was associated with younger age and poorer quality of life.

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