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As manifestações de junho de 2013 : política e tradição conciliatória no Brasil contemporâneoOliveira, Luige Costa Carvalho de 15 September 2014 (has links)
Fundação de Apoio a Pesquisa e à Inovação Tecnológica do Estado de Sergipe - FAPITEC/SE / The present work analyses the manifestations of June 2013 and the established relations amongst the historical mechanisms that give functionality to the idea of conciliatory pact as roots that ground Brazilian political structure along our history. In order to do so, we engaged on the analysis of three moments of our recent history under the light of some Marxist categories which provide us with a stream of dialogue between these moments, keeping as a steady reference, the conducting wire of the conciliatory tradition in Brazilian contemporary politics and the meaning contained in June 2013 manifestations as denials that come “from above” (upper social classes) of these arrangements that have marked Brazilian politics. We started tracing a line from the democratic transition in the 1980s and how it was articulated “from above” through the perspective of the conciliatory tradition; in a second moment, we moved forward to the 1990s, to the inception of neoliberal politics in Brazil and how, after the dismantling of the State, strong results were generated in the political operating dynamics in Brazil, deepening a state of economical domination and political emptying based on social class conflicts and its interlocutions in the institutions, revealing a horizon of social regression. The Gramscian nature of the passive revolution is dislocated to the condition of counter-reformation, as a more understandable account on the meaning of neoliberal hegemony in Brazil and its singularities in the field of conciliatory politics. We partially finalized the works by attempting to summarize of today’s moment focusing on the manifestation of June 2013 and on the permanence of conciliatory politics in Brazilian politics, bringing up the contributions from the categories of this so called “upside down” hegemony and small politics hegemony, as much as attempting to interpret the manifestations in June 2013 as a rejection of Brazilian political structure and its conciliatory tradition. / O presente trabalho analisa as manifestações de junho de 2013 e as relações estabelecidas entre os mecanismos históricos que dão funcionalidade à ideia de pacto conciliatório enquanto raízes que fundamentam a estrutura política brasileira ao longo da nossa história. Para tanto, buscamos analisar três momentos de nossa história recente à luz de algumas categorias marxistas que nos possibilitam uma linha de diálogo entre esses momentos, sem perder como norte o fio condutor da tradição conciliatória na política brasileira contemporânea e o significado das manifestações de junho de 2013 enquanto negação destes arranjos “pelo alto” que marcam a política brasileira. Traçamos essa linha a partir da transição democrática nos anos 1980 e de como esta foi operada “pelo alto” na chave da tradição conciliatória; num segundo momento, nos remontamos aos anos 1990, à inserção das políticas neoliberais no Brasil e a como, a partir do desmonte do Estado, cria-se fortes resultados na dinâmica de se operar a política brasileira, aprofundando o quadro de ampla dominação econômica e esvaziamento da política baseada nos conflitos de classe e suas interlocuções na institucionalidade, inferindo um horizonte de regressão social. Desloca-se a categoria gramsciniana de “revolução passiva” para a de “contrarreforma”, como reflexão de melhor compreensão do significado da hegemonia neoliberal no Brasil e suas singularidades no espaço da política conciliatória. Finalizamos parcialmente os trabalhos com uma tentativa de síntese do tempo atual à luz das manifestações de junho de 2013 e da permanência da tradição conciliatória na política brasileira, trazendo as contribuições das categorias de “hegemonia às avessas” e “hegemonia da pequena política”, bem como uma tentativa interpretativa das manifestações de junho de 2013, enquanto negação da estrutura política brasileira e da sua tradição conciliatória.
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