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Construções de significados acerca do adoecimento e da morte nas narrativas de crianças com câncer

Maria de Aquino Silva, Ana 31 January 2010 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T22:56:26Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo1228_1.pdf: 448281 bytes, checksum: cdf40462287a87282b11c33c141b59c0 (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2010 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / As narrativas surgem para ordenar a experiência alterada por uma ruptura no seu estado normal ou canônico. Uma vez que o câncer pode ser considerado uma experiência excepcional e que remete à possibilidade de morte, partimos do princípio de que crianças que se encontram frente a esta realidade constroem narrativas para tentar explicar o que acontece com elas. A partir disso surgiu o interesse de estudar a seguinte faceta da criança doente e sua relação com a morte: as construções de significados. Para tanto optamos por fazer uso da narrativa a fim de adentrarmos no processo de construção de significados. A questão norteadora de nosso estudo foi: crianças com um maior tempo de tratamento e, consequentemente, um maior tempo com uma vida alterada pela doença, apresentariam em suas narrativas característica(s) que as distinguiriam das narrativas das crianças com menos tempo de tratamento? Desta forma, o objetivo deste estudo foi investigar como ocorrem as construções de significados acerca do adoecimento e da morte nas narrativas de crianças com câncer em etapas distintas do tratamento oncológico. Para atingir esse objetivo sessões de brincadeira foram realizadas com seis crianças em tratamento oncológico, 3 crianças em início de tratamento (0-6 meses de tratamento), e 3 crianças com 1-2 anos de tratamento. As sessões de brincadeira foram filmadas e posteriormente transcritas. O material transcrito das sessões foi inicialmente analisado de acordo com seu tema. Em um segundo momento, categorizamos esse material como sendo narrativa ou não. Em seguida, das narrativas identificadas, selecionamos aquelas que remetiam ao foco de nosso estudo: adoecimento e morte, e realizamos a análise da enunciação destas. A análise dos dados demonstrou que as crianças com um maior tempo de tratamento apresentam a tendência de finalizar suas narrativas com a morte de seus personagens e que as crianças com menos tempo de tratamento tendem a apresentar narrativas que relacionam a quimioterapia ao mal-estar que ela ocasiona, assim como narrativas que relacionam a sua doença a uma constante monitoração com as taxas relativas à imunidade. Esses resultados apontam para a necessidade de uma maior atenção à forma como as crianças falam do seu adoecimento e da subsequente possibilidade de morte no decorrer do tratamento oncológico, a fim de que possamos atentar para a diversidade dos momentos de tratamento, compreendendo que esses configuram diferentes relações da criança para com sua doença e a morte
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Narrativas sobre um corpo marcado: A produção de significados por crianças amputadas acerca da sua imagem corporal.

Silva, Maria Natália Santos da 31 January 2013 (has links)
Submitted by Paula Quirino (paula.quirino@ufpe.br) on 2015-03-04T17:58:00Z No. of bitstreams: 1 DissertaçãoFinalNataliappg.pdf: 1538796 bytes, checksum: 3c32c98255d62e9302907a21483a352e (MD5) / Made available in DSpace on 2015-03-04T17:58:00Z (GMT). No. of bitstreams: 1 DissertaçãoFinalNataliappg.pdf: 1538796 bytes, checksum: 3c32c98255d62e9302907a21483a352e (MD5) Previous issue date: 2013 / CNPQ; REUNI / A imagem corporal envolve todas as formas pelas quais o indivíduo vivencia, percebe e define seu próprio corpo, englobando aspectos cognitivos, emocionais e sociais. Sendo assim, a imagem corporal vai além da percepção corporal, pois integra também a experiência do indivíduo com aquele corpo, podendo então adquirir um significado próprio a partir de quem a vivencia. Nesta direção, crianças com amputações congênita e adquirida, apesar de terem constituído suas imagens corporais a partir de etiologias distintas, compartilham de dificuldades e estigmas semelhantes impostos pelas limitações decorrentes da amputação. Assim, torna-se relevante que o indivíduo narre sua experiência enquanto sujeito amputado, pois no ato de narrar ele não só organiza esta experiência, como também a interpreta, construindo, consequentemente, um significado próprio acerca de sua imagem corporal. Desta forma, o objetivo do estudo foi identificar como ocorrem as construções de significados acerca da imagem corporal em crianças amputadas. Para atingir este objetivo foram realizados quatro momentos com quatro crianças amputadas (uma congênita e três adquiridas). Esses momentos foram filmados e transcritos. Estas transcrições inicialmente foram submetidas à análise temática. Em seguida, identificamos as narrativas, selecionamos aquelas que remetiam à imagem corporal e realizamos a análise da enunciação destas. A análise dos dados mostrou que a etiologia da amputação não representa um fator determinante para diferentes construções de significados acerca da imagem corporal, pois tanto crianças com amputação adquirida, como a com amputação congênita interpretaram o olhar do outro como a principal forma de preconceito, elegendo este como uma das dificuldades/limitações impostas pela amputação.Em comum também representaram a participação em atividades úteis e prazerosas como uma estratégia para superar este preconceito e sentirem-se iguais a qualquer outra criança, incluída na sociedade.Em contrapartida, divergiram quanto à significação da prótese, do apoio da família na recuperação/superação e quanto à possível aceitação/negação da amputação.Estes resultados apontam para a necessidade de acompanhamento, atenção e escuta das crianças, independente de qual seja a etiologia da amputação, atentando para a singularidade da construção de significados de cada uma, uma vez que, ao tomar conhecimento destes, é possível encontrar respostas que orientam melhor a prática do profissional.

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