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Jucelino Kubitschek e Salomão: a força de uma ideologiaAndreia Jordânia Martins Soares 02 July 2011 (has links)
Brasília, a capital do Brasil, localizada na região Centro-Oeste, nas terras vermelhas do cerrado goiano, destaca-se das demais capitais por seu complexo de belos monumentos, símbolo da arquitetura moderna, de reconhecimento internacional. O primeiro capítulo analisa a ideia da transferência da capital desde o Brasil Colonial
até o advento da República. Abordam-se aspectos constitucionais que ampararam a transferência, bem como toda a articulação governamental para justificar a
construção da capital, o mais rápido possível no interior do Planalto Central. Brasília, como a metassíntese do Programa de Metas do governo JK desencadeará reações favoráveis e contrárias à sua construção. Torna-se símbolo e a obra mais importante da política nacional-desenvolvimentista. Sua construção é um grande desafio imposto por JK à nação brasileira. O segundo capítulo volta-se para a política de
construção salomônica, no qual se relatam a luta inescrupulosa pelo poder e as muitas maquinações do grupo de Salomão para alcançar o trono, usurpando o lugar
do legítimo herdeiro. Destacam-se as inúmeras obras arquitetônicas de Salomão que surgem como pano de fundo para desencadear toda uma política de opressão e dominação sobre o povo de Israel e povos estrangeiros. Dá-se ênfase à construção do templo, a mais importante obra do reinado de Salomão que funcionará como um forte motivo religioso para sustentar todo o poderio do monarca, assim como todo o
seu aparato estatal. A partir da construção do templo, restabelece-se a relação contratual entre rei e povo, garantindo a Salomão o direito ao tributo. As diversas construções requerem a providência de extensa mão de obra. Salomão recorre à corveia: trabalho forçado para o Estado, que recruta milhares de trabalhadores para atuar à frente das construções. A corveia representou uma enorme exploração do
trabalho humano, notadamente para as tribos do Norte e para os povos estrangeiros. O terceiro e último capítulo discorre sobre a situação dos trabalhadores à época da construção de Brasília. Analisa o processo de construção ideológica sobre a mudança e a construção da capital e como essa ideologia a nacionaldesenvolvimentista propaga-se a ponto de convencer e arregimentar milhares de trabalhadores rurais para os canteiros de obras. Analisa ainda as precárias
condições de trabalho e os bastidores da construção, que denunciam a profunda espoliação a que estavam submetidos os candangos à época da construção, inclusive submetidos ao trabalho forçado. Para finalizar, estabelece-se um paralelo
entre as práticas da monarquia davídica e a política de Juscelino Kubitschek. / Brasília, the capital of Brazil, is located in the Midwest of the country, within the red
lands of the Cerrado (savanah) of Goiás, and outstands other capitals because of
its beautiful monuments, symbols of modern architecture, as recognized on
international level. The first chapter analyses the process of moving the capital since
the Colonial period of Brazil up to the Republic. It deals with the constitutional
aspects which supported the capital transference, as well as all governmental
articulation in order to justify the building of a new capital, as fast as possible, on the
Central Plateau. The building of Brasilia, as a meta-synthesis of Kubitscheks (JK)
Governance Program, will get supportive as well as contrary reactions. It became a
symbol and the most important work of the national development policy. Its
construction was a big challenge imposed by JK onto Brazil. The second chapter
focuses on Solomons construction policy, where we can find many elements of
unscrupulous struggle for domination, many intrigues and manipulations made by
Solomons group in order to take the throne, usurping the legitimate heir. It stresses
the architectonic works ordered by Solomon which form the background of a policy of
oppression and domination over Israel and foreign nations. It emphasizes the
construction of the Temple, the most important work of the Solomons Kingdom,
which constitutes a strong religious motive in support of the power of the monarch
and the whole state apparatus. With the building of the Temple the contractual
relationship between the king and the people was reestablished, which gave
Solomon the right to charge tribute. The several constructions required an extensive
hand labor. Solomon imposes the corvée labor and recruites thousands of workers
for his construction projects. The corvée was an enormous exploitation of human
labor, imposed especially on the tribes of the North and on foreigners. The third and
last chapter speaks about the situation of the workers at the time of Brasilias
construction. It analyses the ideological process behind the transference and the
construction of a new capital and how this ideology of national development was
spread in so powerful a way that it convinced and gathered thousands of rural
workers to the construction place. It analyses also the precarious labor conditions
and the backstage reality which confirm the deep spoliation lived by the candangos
(the first workers to build Brasilia). At the end, this research establishes a parallel
between the Davidic Monarchy and the Juscelino Kubitschek government.
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