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Corpo, fenômeno e manifestação : performancePaludo, Luciana January 2006 (has links)
Corpo, Fenômeno e Manifestação: Performance é uma pesquisa em Poéticas Visuais onde convergem questões de um processo artístico de performance, respaldado por uma prática intensa na dança, experimentações, apresentações, leituras filosóficas e reflexões. Dessa confluência de fatores originou-se a produção textual que investiga e traz à tona as questões do corpo enquanto fenômeno e manifestação na arte da performance. As performances feitas, no decorrer do processo de pesquisa, bem como a observação de performances de outros artistas e estudos sobre teorias da arte, propiciaram o embasamento para a escrita. Puderam ser observados procedimentos operatórios similares, que me levaram a diferentes configurações, em distintas circunstâncias. Por exemplo, a toda performance apresentada foi fundamental o trabalho perceptivo corporal envolvendo todas as articulações de meu corpo, bem como sua musculatura; nesse sentido podia me assegurar que um ser sensível e responsivo surgisse para a atuação, que estivesse ali – o ser -, em pleno domínio de seu estado de presença. A tal procedimento deu-se o nome de corpo percepcionado. A preparação do ambiente, onde a ação performática seria realizada, isto é, o ambiente que receberia o meu corpo, também passou a fazer parte de um regramento para atuar. A esse procedimento chamei espaço preparado. Ao espaço preparado se trouxe a luz, elemento que passou a gerar influência sobre minha poética e sobre a estética que se fazia surgir. O corpo vivo, na performance, é elemento plástico; sua presença interfere no espaço. Percebi que a luz intensificava o lugar do espaço e o lugar do corpo que se pretendia em evidência; era um desencadeador perceptivo. Uma via dupla se estabelecia, entre a ação do corpo e o olho do receptor, através dos recortes de luz no espaço e no corpo, durante as ações realizadas. O corpo, no que lhe cabia, operava o procedimento de reunir as informações colhidas e os elementos trazidos, a cada performance realizada. Nessa questão se estabeleceu a proposta de uma dialética entre corpo e espaço; enquanto isso, no corpo, sínteses se pronunciavam e determinavam a configuração apresentada. Cheguei à conclusão que é justamente assim – em plena percepção de suas possibilidades de ação sensorial e motora, e na preparação e apropriação do ambiente imediato que o circunda - que meu corpo, em sua temporalidade, assume o espaço e, juntamente com suas memórias – e grande parcela de intencionalidade – configura uma aparência. Mais do que na aparência, centra-se o objeto do presente estudo na questão do fenômeno; do que permite o corpo fenomenal engendrar uma manifestação. Palavras-chave: percepção, corpo, espaço, ação, configuração, performance.
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Corpo, fenômeno e manifestação : performancePaludo, Luciana January 2006 (has links)
Corpo, Fenômeno e Manifestação: Performance é uma pesquisa em Poéticas Visuais onde convergem questões de um processo artístico de performance, respaldado por uma prática intensa na dança, experimentações, apresentações, leituras filosóficas e reflexões. Dessa confluência de fatores originou-se a produção textual que investiga e traz à tona as questões do corpo enquanto fenômeno e manifestação na arte da performance. As performances feitas, no decorrer do processo de pesquisa, bem como a observação de performances de outros artistas e estudos sobre teorias da arte, propiciaram o embasamento para a escrita. Puderam ser observados procedimentos operatórios similares, que me levaram a diferentes configurações, em distintas circunstâncias. Por exemplo, a toda performance apresentada foi fundamental o trabalho perceptivo corporal envolvendo todas as articulações de meu corpo, bem como sua musculatura; nesse sentido podia me assegurar que um ser sensível e responsivo surgisse para a atuação, que estivesse ali – o ser -, em pleno domínio de seu estado de presença. A tal procedimento deu-se o nome de corpo percepcionado. A preparação do ambiente, onde a ação performática seria realizada, isto é, o ambiente que receberia o meu corpo, também passou a fazer parte de um regramento para atuar. A esse procedimento chamei espaço preparado. Ao espaço preparado se trouxe a luz, elemento que passou a gerar influência sobre minha poética e sobre a estética que se fazia surgir. O corpo vivo, na performance, é elemento plástico; sua presença interfere no espaço. Percebi que a luz intensificava o lugar do espaço e o lugar do corpo que se pretendia em evidência; era um desencadeador perceptivo. Uma via dupla se estabelecia, entre a ação do corpo e o olho do receptor, através dos recortes de luz no espaço e no corpo, durante as ações realizadas. O corpo, no que lhe cabia, operava o procedimento de reunir as informações colhidas e os elementos trazidos, a cada performance realizada. Nessa questão se estabeleceu a proposta de uma dialética entre corpo e espaço; enquanto isso, no corpo, sínteses se pronunciavam e determinavam a configuração apresentada. Cheguei à conclusão que é justamente assim – em plena percepção de suas possibilidades de ação sensorial e motora, e na preparação e apropriação do ambiente imediato que o circunda - que meu corpo, em sua temporalidade, assume o espaço e, juntamente com suas memórias – e grande parcela de intencionalidade – configura uma aparência. Mais do que na aparência, centra-se o objeto do presente estudo na questão do fenômeno; do que permite o corpo fenomenal engendrar uma manifestação. Palavras-chave: percepção, corpo, espaço, ação, configuração, performance.
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Corpo, fenômeno e manifestação : performancePaludo, Luciana January 2006 (has links)
Corpo, Fenômeno e Manifestação: Performance é uma pesquisa em Poéticas Visuais onde convergem questões de um processo artístico de performance, respaldado por uma prática intensa na dança, experimentações, apresentações, leituras filosóficas e reflexões. Dessa confluência de fatores originou-se a produção textual que investiga e traz à tona as questões do corpo enquanto fenômeno e manifestação na arte da performance. As performances feitas, no decorrer do processo de pesquisa, bem como a observação de performances de outros artistas e estudos sobre teorias da arte, propiciaram o embasamento para a escrita. Puderam ser observados procedimentos operatórios similares, que me levaram a diferentes configurações, em distintas circunstâncias. Por exemplo, a toda performance apresentada foi fundamental o trabalho perceptivo corporal envolvendo todas as articulações de meu corpo, bem como sua musculatura; nesse sentido podia me assegurar que um ser sensível e responsivo surgisse para a atuação, que estivesse ali – o ser -, em pleno domínio de seu estado de presença. A tal procedimento deu-se o nome de corpo percepcionado. A preparação do ambiente, onde a ação performática seria realizada, isto é, o ambiente que receberia o meu corpo, também passou a fazer parte de um regramento para atuar. A esse procedimento chamei espaço preparado. Ao espaço preparado se trouxe a luz, elemento que passou a gerar influência sobre minha poética e sobre a estética que se fazia surgir. O corpo vivo, na performance, é elemento plástico; sua presença interfere no espaço. Percebi que a luz intensificava o lugar do espaço e o lugar do corpo que se pretendia em evidência; era um desencadeador perceptivo. Uma via dupla se estabelecia, entre a ação do corpo e o olho do receptor, através dos recortes de luz no espaço e no corpo, durante as ações realizadas. O corpo, no que lhe cabia, operava o procedimento de reunir as informações colhidas e os elementos trazidos, a cada performance realizada. Nessa questão se estabeleceu a proposta de uma dialética entre corpo e espaço; enquanto isso, no corpo, sínteses se pronunciavam e determinavam a configuração apresentada. Cheguei à conclusão que é justamente assim – em plena percepção de suas possibilidades de ação sensorial e motora, e na preparação e apropriação do ambiente imediato que o circunda - que meu corpo, em sua temporalidade, assume o espaço e, juntamente com suas memórias – e grande parcela de intencionalidade – configura uma aparência. Mais do que na aparência, centra-se o objeto do presente estudo na questão do fenômeno; do que permite o corpo fenomenal engendrar uma manifestação. Palavras-chave: percepção, corpo, espaço, ação, configuração, performance.
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Objetos para açãoRossini, Elcio January 2005 (has links)
Objetos para ação investiga um conjunto de objetos criados especialmente para existirem associados ao movimento do corpo, distribuídos em quatro séries realizadas entre 2003 e 2004: Infláveis, Andadores, Trama e Ora bolas. A análise desses trabalhos identifica dois procedimentos distintos quanto à sua criação e execução, apropriação e confecção. Constata-se que os procedimentos confecção e apropriação são determinantes não apenas para as questões formais que constituem esses objetos, mas, também, para a escolha do tipo e a qualidade das ações corporais que são associadas a cada uma das quatro séries estudadas. A proposta de relacionar corpo e objeto exige uma delimitação e uma definição do tipo de ação que pode ser empregada nesse encontro de naturezas diversas (imobilidade do objeto com mobilidade do corpo), por esse motivo, desenvolve-se e explora-se a noção de tarefa. Esta pesquisa também analisa a performance e a fotografia como meios possíveis de apresentação ao público dos Objetos para ação.
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Que corpo é esse?Gunzi, Elisa Kiyoko January 2005 (has links)
Que corpo é esse? é o título desta dissertação, que encontra uma poética referenciada nos meus desenhos. É o resultado da investigação realizada no mestrado, tendo como objeto de estudo a minha produção plástica do período entre 2001 e 2004. A utilização do desenho como meio para a realização das minhas intenções (idéias, vontades e desejos) foi o instrumento que permitiu a investigação do corpo nos seus mais diferentes aspectos: a representação e apresentação do corpo humano, o meu próprio corpo enquanto artista que realiza o gesto, a ação no desenho, e o corpo do trabalho, que é o desenho propriamente dito. Ressalto que essa reflexão encontrou subsídio teórico em autores como Flávio Gonçalves e Edith Derdyk, que abordam os processos fenomenológicos do desenho. Já para a temática do corpo, tive o embasamento teórico de autores como Paul Schilder, dentro de um viés da concepção de corpo mais holística, e Juan-David Nasio, numa vertente psicanalítica. Como referencial artístico, estabeleci relações da minha produção plástica com o trabalho de Louise Bourgeois e Kiki Smith.
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A marca corporal como registro de existência e a pele como superfície de experiência : o contato como paradigma para as imagens impressas do corpoRochefort, Carolina Corrêa January 2010 (has links)
A marca corporal como registro de existência e a pele como superfície de experiência: o contato como paradigma para as imagens impressas do corpo é uma pesquisa de mestrado em Poéticas Visuais que articula questões provenientes de uma prática artística que é fundamentada em procedimentos gráficos e numa produção textual reflexiva. O objeto de estudo desta pesquisa parte da idéia de inscrição e transferência de imagem, procedimentos encontrados na maioria dos processos ligados à gravura e à fotografia, meios gráficos explorados na prática em questão. Utilizo rugas, marcas e dobras gravadas na superfície da pele para apontar o corpo como superfície de inscrição singular (marcado pelo tempo e pelos acontecimentos vividos por cada um) bem como o gesto que marca, promovido por esse corpo marcado. O fluxo dos procedimentos e dos conceitos adotados na pesquisa aponta para uma poética da experiência, pois encontra no contato, no encontro entre as superfícies/corpos, o mote para a produção e reflexão do presente fazer. Apresento, como resultado da pesquisa, trabalhos/proposições e séries de imagens impressas que têm, como conceito operatório, a impressão da superfície do corpo humano, ou seja, o corpo como matriz para as imagens, bem como o seu gesto como produtor de imagens, pensando o corpo, o humano, como matéria para a produção de imagens, onde o tátil e o visual comungam na experiência artística e em seus resultados. Assim, busco uma crítica às imagens puramente visuais, convidando o “espectador” a contatar as superfícies, os corpos num movimento que procura, através do sentido tátil, a experiência artística heurística. O estudo conduz a aproximações com obras de artistas contemporâneos, com ênfase na produção dos artistas brasileiros Lygia Clark e Hélio Oiticica pelo caráter experimental de suas propostas artísticas; com a filosofia, pelo viés de autores como Gilles Deleuze, Henri Bergson e Walter Benjamin; com a história e crítica da arte, dialogando com ideias traçadas por Didi-Huberman e Mario Pedrosa. / The corporal mark as existence registration and the skin as surface of experience: the contact as paradigm for the images printed of the body is a master's degree research in Poetic Visual that articulates coming subjects of an artistic practice that it is based in graphic procedures and in a reflexive textual production. The object of study of this research part of the registration idea and image transfer, procedures found in most of the linked processes to the engraving and the picture, graphic means explored in practice in subject. I use wrinkles, marks and folds recorded in the surface of the skin to point the body as surface of singular registration (marked by the time and for the events lived by each one) as well as the gesture that marks, promoted by that marked body.The flow of the procedures and of the concepts adopted in the research appears for a poetic of the experience, because he/she finds in the contact, in the encounter among the surfaces/body, the motto for the production and reflection of the present to do. I present, as a result of the research, works/propositions and series of images printed that you/they have, as operative concept, the impression of the surface of the human body, in other words, the body as head office for the images, as well as his/her gesture as producing of images, thinking the body, the human, as matter for the production of images, where the tactile and the look take communion in the artistic experience and in their results. Like this, I look for a critic purely to the images visual, inviting the "spectator" to contact the surfaces, the bodies in a movement that seeks, through the tactile sense, the heuristic artistic experience. The study leads to approaches with contemporary artists' works, with emphasis in the Brazilian artists' Lygia Clark production and Hélio Oiticica for the experimental character of their artistic proposals; with the philosophy, for the authors' inclination as Gilles Deleuze, Henri Bergson and Walter Benjamin; with the history and critic of the art, dialoguing with ideas drawn by Didi-Huberman and Mario Pedrosa.
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Deriva de sentidosSevero, André January 2007 (has links)
A iniciativa deste trabalho decorre de um desdobramento de minha produção recente e propõe-se a evidenciar – a partir de um conjunto de ações e ensaios que procuram assinalar uma espécie de ruptura com a idéia de objeto artístico consumado e estruturado apenasmente como produto de exposição –, o caráter e as particularidades de uma experiência de investigação artística como condição de entrega à deambulação, ao desvio, ao encadeamento intencional de mudanças e aos raciocínios transversais ou sinuosamente orientados. Tal caracterização tem como base uma ação programada de deslocamento físico em paisagens previamente determinadas e a produção de uma série de reflexões, expressas pela escrita, que – apesar de não terem como condição de elaboração uma ligação mútua e direta com a ação proposta – giram em torno dos possíveis confrontos entre o exercício físico e a própria paisagem como possibilidades de deliberar um movimento e projetar a execução de uma meditação sistemática a partir de uma experiência de transmutação do pensamento, do gesto e do próprio fundamento de um envolvimento com a arte como um campo aberto para a não especificidade. Acompanhando o nascimento e a formação, sob as diversas perspectivas de apreensão e entendimento, de um entrecruzamento das diversas atitudes, aptidões, convenções e intenções que estimulam a projeção de uma experiência artística na cotidianidade, este trabalho apresenta-se, precipuamente, como uma busca de soversão da coerência que fundamenta a grande maioria das experiências artísticas culminantes em resultados que se possam apresentar sob os moldes de exibição convencional. Sendo assim, minha expectativa é a de que este trabalho contribua para a discussão sobre a crescente fragmentação estrutural e conceitual (que evidencia a instantaneidade de nossa atual realidade e, não obstante, torna o objeto artístico cada vez mais desencontrado em sua conciliação espacial e na própria vinculação concreta com nossas preocupações ou atividades diárias e rotineiras) que, já há algum tempo, se pode notar na investigação artística contemporânea. Não obstante, como uma aposta na abertura de uma espécie de transfixação da experiência artística, do raciocínio fragmentário e do entrelaçamento de situações heteróclitas na realidade cotidiana, o que esta pesquisa pretende também salientar é a convicção que nutro de que, seja no campo da arte ou no terreno das diligências ordinárias, a intensidade da experiência e do pensamento não pode ser sedentarizada. / The will to make this work comes from an unfolding of my recent production and aims to make clear – from a group of actions and essays which seek for signing a kind of rupture with the idea of an artistic object consummated and structured only as an exhibition product –, the character and specificities of an experience of an artistic investigation as a condition for devoting to wander, to turn aside, to intentional enchainment of changes and to transversal or sinuously oriented reasoning. That group of specifications is based on a programmed action of physical dislocation through previously determined landscapes and on the production of a series of reflections, expressed by this writings, which – although not having, as a condition of elaboration, a mutual and direct connection with the proposed action – turns around the possible confrontations between physical exercise and the landscape itself as possibilities of deliberating a movement and projecting the performance of a systematic meditation from an experience of transmutation of thought, gesture and the basis of an involvement with art as an open field for the non-specificity. Accompanying the appearance and formation, under the various perspectives of apprehension and understanding, of a crossing path of the diverse attitudes, abilities, conventions and intentions which stimulate the projection of an artistic experience nowadays, this work is, above all, a search for the subversion of coherence that basis the great majority of the artistic experiences culminating in results which may present themselves under models of conventional exhibition. In such case, my expectation is that this work may contribute for the discussion of a crescent structural and conceptual fragmentation (which makes evident the immediacy of our actual reality and, in spite of it, turns the artistic object into something that is day by day more disconnected in its spatial conciliation and in its own concrete entailment to our daily activities or concerns) which, it has been already some time, may be noticed in contemporary artistic investigation. In spite of the fragmentary reasoning and of the crossing of heteroclite situations in daily reality, as a stake in the opening of a kind of transfixation of artistic experience, what this research also intends to point out is the conviction that I maintain that, whether in the field of art or in the terrain of ordinary diligences, the intensity of experience of thought cannot be formed sediment.
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Deriva de sentidosSevero, André January 2007 (has links)
A iniciativa deste trabalho decorre de um desdobramento de minha produção recente e propõe-se a evidenciar – a partir de um conjunto de ações e ensaios que procuram assinalar uma espécie de ruptura com a idéia de objeto artístico consumado e estruturado apenasmente como produto de exposição –, o caráter e as particularidades de uma experiência de investigação artística como condição de entrega à deambulação, ao desvio, ao encadeamento intencional de mudanças e aos raciocínios transversais ou sinuosamente orientados. Tal caracterização tem como base uma ação programada de deslocamento físico em paisagens previamente determinadas e a produção de uma série de reflexões, expressas pela escrita, que – apesar de não terem como condição de elaboração uma ligação mútua e direta com a ação proposta – giram em torno dos possíveis confrontos entre o exercício físico e a própria paisagem como possibilidades de deliberar um movimento e projetar a execução de uma meditação sistemática a partir de uma experiência de transmutação do pensamento, do gesto e do próprio fundamento de um envolvimento com a arte como um campo aberto para a não especificidade. Acompanhando o nascimento e a formação, sob as diversas perspectivas de apreensão e entendimento, de um entrecruzamento das diversas atitudes, aptidões, convenções e intenções que estimulam a projeção de uma experiência artística na cotidianidade, este trabalho apresenta-se, precipuamente, como uma busca de soversão da coerência que fundamenta a grande maioria das experiências artísticas culminantes em resultados que se possam apresentar sob os moldes de exibição convencional. Sendo assim, minha expectativa é a de que este trabalho contribua para a discussão sobre a crescente fragmentação estrutural e conceitual (que evidencia a instantaneidade de nossa atual realidade e, não obstante, torna o objeto artístico cada vez mais desencontrado em sua conciliação espacial e na própria vinculação concreta com nossas preocupações ou atividades diárias e rotineiras) que, já há algum tempo, se pode notar na investigação artística contemporânea. Não obstante, como uma aposta na abertura de uma espécie de transfixação da experiência artística, do raciocínio fragmentário e do entrelaçamento de situações heteróclitas na realidade cotidiana, o que esta pesquisa pretende também salientar é a convicção que nutro de que, seja no campo da arte ou no terreno das diligências ordinárias, a intensidade da experiência e do pensamento não pode ser sedentarizada. / The will to make this work comes from an unfolding of my recent production and aims to make clear – from a group of actions and essays which seek for signing a kind of rupture with the idea of an artistic object consummated and structured only as an exhibition product –, the character and specificities of an experience of an artistic investigation as a condition for devoting to wander, to turn aside, to intentional enchainment of changes and to transversal or sinuously oriented reasoning. That group of specifications is based on a programmed action of physical dislocation through previously determined landscapes and on the production of a series of reflections, expressed by this writings, which – although not having, as a condition of elaboration, a mutual and direct connection with the proposed action – turns around the possible confrontations between physical exercise and the landscape itself as possibilities of deliberating a movement and projecting the performance of a systematic meditation from an experience of transmutation of thought, gesture and the basis of an involvement with art as an open field for the non-specificity. Accompanying the appearance and formation, under the various perspectives of apprehension and understanding, of a crossing path of the diverse attitudes, abilities, conventions and intentions which stimulate the projection of an artistic experience nowadays, this work is, above all, a search for the subversion of coherence that basis the great majority of the artistic experiences culminating in results which may present themselves under models of conventional exhibition. In such case, my expectation is that this work may contribute for the discussion of a crescent structural and conceptual fragmentation (which makes evident the immediacy of our actual reality and, in spite of it, turns the artistic object into something that is day by day more disconnected in its spatial conciliation and in its own concrete entailment to our daily activities or concerns) which, it has been already some time, may be noticed in contemporary artistic investigation. In spite of the fragmentary reasoning and of the crossing of heteroclite situations in daily reality, as a stake in the opening of a kind of transfixation of artistic experience, what this research also intends to point out is the conviction that I maintain that, whether in the field of art or in the terrain of ordinary diligences, the intensity of experience of thought cannot be formed sediment.
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A marca corporal como registro de existência e a pele como superfície de experiência : o contato como paradigma para as imagens impressas do corpoRochefort, Carolina Corrêa January 2010 (has links)
A marca corporal como registro de existência e a pele como superfície de experiência: o contato como paradigma para as imagens impressas do corpo é uma pesquisa de mestrado em Poéticas Visuais que articula questões provenientes de uma prática artística que é fundamentada em procedimentos gráficos e numa produção textual reflexiva. O objeto de estudo desta pesquisa parte da idéia de inscrição e transferência de imagem, procedimentos encontrados na maioria dos processos ligados à gravura e à fotografia, meios gráficos explorados na prática em questão. Utilizo rugas, marcas e dobras gravadas na superfície da pele para apontar o corpo como superfície de inscrição singular (marcado pelo tempo e pelos acontecimentos vividos por cada um) bem como o gesto que marca, promovido por esse corpo marcado. O fluxo dos procedimentos e dos conceitos adotados na pesquisa aponta para uma poética da experiência, pois encontra no contato, no encontro entre as superfícies/corpos, o mote para a produção e reflexão do presente fazer. Apresento, como resultado da pesquisa, trabalhos/proposições e séries de imagens impressas que têm, como conceito operatório, a impressão da superfície do corpo humano, ou seja, o corpo como matriz para as imagens, bem como o seu gesto como produtor de imagens, pensando o corpo, o humano, como matéria para a produção de imagens, onde o tátil e o visual comungam na experiência artística e em seus resultados. Assim, busco uma crítica às imagens puramente visuais, convidando o “espectador” a contatar as superfícies, os corpos num movimento que procura, através do sentido tátil, a experiência artística heurística. O estudo conduz a aproximações com obras de artistas contemporâneos, com ênfase na produção dos artistas brasileiros Lygia Clark e Hélio Oiticica pelo caráter experimental de suas propostas artísticas; com a filosofia, pelo viés de autores como Gilles Deleuze, Henri Bergson e Walter Benjamin; com a história e crítica da arte, dialogando com ideias traçadas por Didi-Huberman e Mario Pedrosa. / The corporal mark as existence registration and the skin as surface of experience: the contact as paradigm for the images printed of the body is a master's degree research in Poetic Visual that articulates coming subjects of an artistic practice that it is based in graphic procedures and in a reflexive textual production. The object of study of this research part of the registration idea and image transfer, procedures found in most of the linked processes to the engraving and the picture, graphic means explored in practice in subject. I use wrinkles, marks and folds recorded in the surface of the skin to point the body as surface of singular registration (marked by the time and for the events lived by each one) as well as the gesture that marks, promoted by that marked body.The flow of the procedures and of the concepts adopted in the research appears for a poetic of the experience, because he/she finds in the contact, in the encounter among the surfaces/body, the motto for the production and reflection of the present to do. I present, as a result of the research, works/propositions and series of images printed that you/they have, as operative concept, the impression of the surface of the human body, in other words, the body as head office for the images, as well as his/her gesture as producing of images, thinking the body, the human, as matter for the production of images, where the tactile and the look take communion in the artistic experience and in their results. Like this, I look for a critic purely to the images visual, inviting the "spectator" to contact the surfaces, the bodies in a movement that seeks, through the tactile sense, the heuristic artistic experience. The study leads to approaches with contemporary artists' works, with emphasis in the Brazilian artists' Lygia Clark production and Hélio Oiticica for the experimental character of their artistic proposals; with the philosophy, for the authors' inclination as Gilles Deleuze, Henri Bergson and Walter Benjamin; with the history and critic of the art, dialoguing with ideas drawn by Didi-Huberman and Mario Pedrosa.
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Objetos para açãoRossini, Elcio January 2005 (has links)
Objetos para ação investiga um conjunto de objetos criados especialmente para existirem associados ao movimento do corpo, distribuídos em quatro séries realizadas entre 2003 e 2004: Infláveis, Andadores, Trama e Ora bolas. A análise desses trabalhos identifica dois procedimentos distintos quanto à sua criação e execução, apropriação e confecção. Constata-se que os procedimentos confecção e apropriação são determinantes não apenas para as questões formais que constituem esses objetos, mas, também, para a escolha do tipo e a qualidade das ações corporais que são associadas a cada uma das quatro séries estudadas. A proposta de relacionar corpo e objeto exige uma delimitação e uma definição do tipo de ação que pode ser empregada nesse encontro de naturezas diversas (imobilidade do objeto com mobilidade do corpo), por esse motivo, desenvolve-se e explora-se a noção de tarefa. Esta pesquisa também analisa a performance e a fotografia como meios possíveis de apresentação ao público dos Objetos para ação.
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