Made available in DSpace on 2015-02-04T21:22:11Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Renato Hugo de Felice Filho.pdf: 1064485 bytes, checksum: 6d714bdf725f5702fc71d7f31a748a5e (MD5) Previous issue date: 2007-06-27 / O presente estudo procura compreender os desafios que os professores enfrentam ao longo de toda sua formação profissional. O aprimoramento profissional, devendo ser constante, atravessa altos e baixos. São essas oscilações, refletidas na imagem que o professor apresenta no cotidiano da sala de aula, tanto no campo pessoal/profissional quanto no campo social, que serão analisadas ao longo deste estudo. Essa pesquisa tem por objetivo fazer-se conhecer e entender as representações vividas pelos professores na composição de sua identidade profissional. Procurar saber como eles se vêem e são vistos nestas representações. Para entender como as representações são construídas, buscou-se o apoio de Lefebvre (1980, 1983, 1991), Bakhtin (1986, 1990, 1992) e Bourdieu (1998, 2000, 2001, 2004). E, para compreender como essas representações ajudam na composição da identidade dos profissionais da educação, os autores consultados foram: Nóvoa (1995), Abdalla (2000, 2002, 2003, 2004, 2006) e Libâneo (2001, 2002). Elegeu-se a sala de aula como lócus de investigação dessa pesquisa. Foi na sala de aula que se observou o cotidiano de dois professores da rede pública. Procurou-se (re)conhecer a identidade desses dois professores, através da imagem refletida, do habitus e daquilo que foi dito ou não-dito. Para tanto, foi desenvolvida uma pesquisa de abordagem qualitativa, usando como procedimentos metodológicos a observação de dois professores em sala de aula, entrevistas semi-estruturadas com nove professores e questionários aplicados a dois professores e cinqüenta e dois alunos. Após a leitura de todo esse material, foram elaboradas categorias de análise. Essas categorias, sendo o principal material deste estudo, foram organizadas da seguinte maneira: Identidade, Linguagem e Habitus, observando, em cada categoria, as dimensões Pessoal, Atitudinal e Didático-Pedagógica. Este estudo procurou trazer para discussão alguns conceitos teóricos que podem ajudar a compreender a composição da identidade, através das práticas educacionais e da construção de novas imagens e posturas profissionais. Enfim, a pesquisa desenvolvida mostra como o professor, no processo de educar e se (re)educar, de se posicionar profissionalmente, frente aos desafios do processo educativo, vai construindo a identidade profissional, de maneira inconsciente, em seu próprio tempo, apoiando-se, principalmente, na prática docente, sem se fazer muitos questionamentos sobre a representação de sua imagem em sala de aula ou sobre o contexto social, no qual essa prática encontra-se inserida.

Submitted by Luiz Felipe Barbosa (luiz.fbabreu2@ufpe.br) on 2015-04-13T13:58:57Z No. of bitstreams: 2 TESE Ywanoska Maria Santos da Gama.pdf: 1562993 bytes, checksum: b528c47523a3bf57384d7cf4702f24a8 (MD5) license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-04-13T13:58:57Z (GMT). No. of bitstreams: 2 TESE Ywanoska Maria Santos da Gama.pdf: 1562993 bytes, checksum: b528c47523a3bf57384d7cf4702f24a8 (MD5) license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) Previous issue date: 2014 / O presente trabalho se propôs a compreender as relações entre a construção cotidiana de práticas docentes na alfabetização e os processos de formação continuada vivenciados por professoras alfabetizadoras. Nessa perspectiva buscamos: observar a construção de práticas de alfabetização no cotidiano de sala de aula; identificar, na rotina das professoras, as atividades relacionadas ao trabalho nos diferentes eixos do ensino da Língua Portuguesa e a forma como as professoras justificam suas escolhas didáticas cotidianas e as associam às experiências de formação continuada que vivenciaram ao longo de sua trajetória na rede de ensino. O trabalho se desenvolveu em etapas interrelacionadas e complementares entre si, com o uso dos seguintes procedimentos: entrevistas, observação de inspiração etnográfica e entrevistas de Autoconfrontação. As contribuições dos estudos do cotidiano inspirados em Michel de Certeau, se constituíram como referencial para o aprofundamento das leituras da prática para além do óbvio, do explícito, do dito, mas incluindo o processo de construção e reconstrução, de negociação de interesses e conflitos e do posicionamento das docentes frente às estratégias. Utilizamos ainda o aporte teórico trazido pelos estudos da Clínica da Atividade, com os trabalhos de Yves Clot, assim como o uso do procedimento de autoconfrontação, como metodologia de coleta de dados propulsora de uma reflexão do trabalhador sobre sua atuação. O estudo possibilitou-nos perceber que as construções das práticas docentes se dão pela via da fabricação e ressignificação, utilizando-se de seus esquemas operatórios, perceptivos, corporais, emocionais ou, ainda, relacionais e subjetivos, sedimentados no decorrer de sua vida. Verificamos que a forma como as professoras tomavam suas decisões no cotidiano da sala de aula demonstrava seus estilos, formas particulares de jogar com os gêneros profissionais. Percebemos, ainda, que as professoras utilizavam de formas diferentes suas margens de manobra, em função também de um conjunto de saberes e experiências construídos de forma singular, por cada uma delas, Essas táticas de consumo, combinando elementos heterogêneos fabricavam procedimentos e ações de forte coerência pragmática, evidenciando prioritariamente suas relações com as experiências de formação continuada.