As condições de pressão e temperatura existentes no evento tectônico que atuou na zona de fold-and-thrust da margem oeste do Cráton do São Francisco foram estimadas com base em estudos estruturais, microestruturais, petrográficos e de inclusões fluidas de veios sintectônicos. A presença de veios de diferentes gerações na zona de fold-and-thrust é evidenciada por fluidos atuando em diferentes cenários de paleoestresse ao longo da história deformacional da área. A área é composta por rochas do Grupo Bambuí fracamente deformadas que registram condições de metamorfismo que variam de diagênese a fácies subxisto verde. Dois eventos tectônicos foram identificados através da disposição geométrica dos veios e da superfície dobrada: (i) uma compressão principal NE-SW (D1) com \'sigma\'1 subhorizontal de orientação SW e \'sigma\'3 sub-vertical, relacionado à formação de veios sintectônicos sub-horizontais de orientação NW formados em condições que atingiram pelo menos 140- 160°C e pressões em torno de 200-363 MPa; (ii) uma compressão posterior NW-SE (D2) com \'sigma\'1 sub-horizontal de orientação NW e \'sigma\'3 também sub-horizontal de orientação NE. Estão relacionados à D2 a formação de veios sintectônicos sub-verticais paralelos à clivagem, formados nas mesmas condições mínimas de temperatura de 140-160°C e pressões entre 181- 295 MPa. A indicação de flutuações na pressão durante esses eventos desempenhou um papel crucial, pois os fluidos influenciam significativamente os processos mecânicos, os mecanismos de deformação e as reações químicas que operam em cinturões de fold-andthrust. Os fluidos apresentam composição formada por H2O-NaCl-CaCl2, onde o processo de mistura de diferentes fontes de fluidos (metamórficas e meteóricas) é evidenciado pela tendência evolutiva de temperaturas de homogeneização e salinidades, resultando em alguma variação na salinidade (12 contra 4% em peso equivalente de NaCl para os veios subhorizontais e para os paralelos à clivagem, respectivamente). Este trabalho confirma que a combinação entre a reconstrução do paleoestresse e o estudo de inclusões fluidas podem fornecer informações fundamentais sobre a relação entre o fluxo de fluidos e a tectônica de terrenos orogênicos, contribuindo para o conhecimento científico sobre a evolução deformacional/metamórfica do Grupo Bambuí e, consequentemente, da zona de fold-andthrust da margem ocidental do Cráton do São Francisco. / P-T conditions existing at the tectonic event that acted at the fold-and-thrust zone of the western margin of the São Francisco Craton were estimated on the basis of structural, microstructural, petrographic and fluid inclusion study of syntectonic veins. The presence of veins of different generations in the fold-and-thrust zone is evidenced by fluids operating at different scenarios of paleostress throughout the deformation history. The area are composed of weakly deformed rocks of the Bambuí Group recording a metamorphism with conditions ranging from diagenetic to sub-greenschist facies. Two tectonic events were identified by vein geometric arrangement and folded surface, a major early NE-SW compression (D1 - \'sigma\'1 subhorizontal SW-trending and \'sigma\'3 subvertical), related with subhorizontal NW-trending syntectonic veins formed at conditions that have reached at least 140°C and pressures around 200-363 MPa; and later NW-SE compression (D2 - \'sigma\'1 subhorizontal NW-trending and \'sigma\'3 subhorizontal NE-trending), related with subvertical syntectonic cleavage-parallel veins formed at the same range of temperature and pressures between 181-295 MPa. Indication of fluctuations in pressure during these events played a crucial role as fluids significantly influence the mechanical processes, deformation mechanisms and chemical reactions that operate in fold-thrust belts. Fluids show H2O-NaCl-CaCl2 composition where mixing process of different fluids sources (metamorphic and meteoric) are evidenced by evolutive trending of homogenization temperatures and salinities resulting in some variation in salinity (12 against 4 wt.% NaCl eq. for subhorizontal and cleavage-parallel veins respectively). This research confirms that combine the reconstruction of the paleostress states and fluid inclusion studies can provide fundamental information of relationship between fluid flow and tectonic of orogenic terrains contributing to the scientific knowledge about the deformational/metamorphic evolution of the Bambuí Group and the fold-and-thrust zone of the western margin of the São Francisco Craton.

The primary objective of this thesis was to date the age of gold mineralization in the Jiaodong and Liaodong Peninsulas, China. Based on SHRIMP U-Pb zircon ages of dykes and host rocks at 13 gold deposits in the two peninsulas and the 40(subscript)Ar-39(subscript)Ar dating of sericite at the Cangshang deposit in the Jiaodong Peninsula, a single gold mineralization event at ca. 122 - 119 Ma has been identified.Ten gold deposits in the Jiaodong Peninsula and three gold deposits in the Liaodong Peninsula were examined. Gold mineralization can be divided into the disseminated-and-veinlet type (Jiaojla-style) and vein type (Linglong-style) and all these deposits are strongly controlled by faults. The most common host rocks are granitoids, with a SHRIMP 206(subscript)Pb/238(subscript)U age of 150 - 165 Ma. The youngest host rocks in the Jiaodong Peninsula are granodiorite, with an age of ca. 128 Ma. The oldest dated host rock in the Jiaodong Peninsula is amphibolite with a metamorphic zircon age of 1852 plus or minus 37 Ma; in the Liaodong Peninsula, the oldest host rock is metasandstone with the youngest detrital zircon giving an age of 1886 plus or minus16 Ma. The Jiaodong and Liaodong Peninsulas are underlain by Precambrian basement with components up to ca. 3.7 Ga old and these are reflected in the zircon population. There are three main peaks of inherited zircons, which yield Late Archaean (ca. 2500 Ma), Palaeoproterozoic (1800-2200 Ma) and Early Mesozoic (ca. 200-250 Ma) ages.The close spatial and temporal relationships between dykes and gold mineralization has only recently been recognized in China. Based on the cross-cutting relationship between dykes and gold lodes (and the alteration style of dykes), three types of dykes are recognized: pre-, syn- and post-mineralization dykes. Premineralization dykes yield an age of ca. 124 Ma; syn-mineralization dykes give an ++ / age of ca. 122-119 Ma, which can also be interpreted as the time of gold mineralization; further work is needed to date post-mineralization dykes, since no suitable samples were identified during this study.40(subscript)Ar-39(subscript)Ar dating of sericite has been used to determine the timing of gold mineralization at the Cangshang Gold Deposit. It gives a well-defined 40(subscript)Ar-39(subscript)Ar age of 121.3 plus or minus 0.2 Ma.The second objective of this thesis was to understand why the tectonic setting of the Jiaodong and Liaodong Peninsulas is favourable for gold formation and what is a sound genetic model for these gold deposits. Based on this study, it is interpreted that multiple orogenic events created a favourable tectonic environment for the Jiaodong and Liaodong gold deposits. It is suggested that delamination related to orogenic events occurred beneath the Jiaodong and Liaodong Peninsulas. The substantial heat and fluid transfer caused by delamination allowed mantle-derived magma and auriferous fluids to be channelled along deep faults to favourable structures within the crust. This probably explains why the dykes and gold lodes are closely associated in both time and space.

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O Supergrupo Espinhaço corresponde às unidades vulcano–sedimentares depositadas sobre o Cráton do São Francisco entre o final da Era Paleoproterozóica e o início da Era Neoproterozóica. Essa unidade estratigráfica está atualmente exposta em uma ampla área do Cráton do São Francisco e faixas móveis adjacentes. Estudos de sedimentologia–estratigrafia, petrografia, geoquímica e isótopos de U–Pb e Lu–Hf em zircões detríticos, combinados com dados disponíveis na literatura, permitem caracterizar as principais áreas fonte, idades de deposição e empilhamento estratigráfico do Supergrupo Espinhaço na região da Chapada Diamantina, uma das áreas-tipo dessa unidade litoestratigráfica. O registro deposicional do Supergrupo Espinhaço é subdividido em três seqüências cronoestratigráficas, as seqüências Estateriana (1,8–1,68 Ga; Espinhaço Inferior), Calimiana-Ectasiana inferior (1,6–1,38 Ga; Espinhaço Intermediário) e Esteniana- Toniana inferior (1,2–0,9 Ga; Espinhaço Superior). Na Chapada Diamantina, a seqüência Estateriana compreende à Formação Serra da Gameleira e o Grupo Rio dos Remédios, cujo vulcanismo de ca. 1,75 Ga data a deposição desta unidade; a seqüência Calimiana-Ectasiana inferior compreende o Grupo Paraguaçú (intrudido por diques de ca. 1,5 Ga) e pela Formação Tombador, que possui zircões vulcânicos com idade de ca. 1,43 Ga; e a seqüência Esteniana-Toniana inferior compreende as Formações Caboclo e Morro do Chapéu. A composição modal do arcabouço e a composição química dos arenitos das seqüências Espinhaço Intermediário e Superior apontam para uma área fonte reciclada, relacionada a contexto tectônico colisional ou rifte. As idades U–Pb e as composições isotópicas de Hf dos zircões detríticos mostram um padrão variável. Na base da seqüência, predominam zircões de idade Riaciana, com fontes crustais e mantélicas; esse padrão é substituído por uma distribuição de idades Arqueanas a Paleoproterozóicas com isótopos de Hf indicando fontes Eoarqueanas e Neoarqueanas, como o Bloco do Gavião. No topo ocorre nova mudança no padrão de distribuição de zircões detríticos com a adição de zircões Estaterianos, oriundos do retrabalhamento das seqüências inferiores, e Calimianos, derivados de vulcanismo associado com a deposição. A abordagem regional das seqüências cratônicas depositadas no mesmo período em outra áreas do Craton São Francisco e das faixas móveis adjacentes, como as unidades estratigráficas expostas nas regiões das serras do Espinhaço Meridional e Setentrional, e os Grupos Andrelândia, Araí, Paranoá e Serra da Mesa e as Formações Carandaí e Tiradentes, permite reconhecer cinco padrões de distribuição de zircões detríticos, controlados pela idade deposicional e localização paleogeográfica. As informações são importantes para futuros estudos de paleogeografia e cinemática dos supercontinentes Proterozóicos. / The Espinhaço Supergroup corresponds to the volcano–sedimentary units deposited over the São Francisco Craton between the late Paleoproterozoic and early Neoproteozoic Eras. This stratigraphic unit is exposed over a wide area of the São Francisco Craton and adjacent mobile belts. Studies based on sedimentology– stratigraphy, petrography, geochemistry, and detrital zircon U–Pb and Lu–Hf isotopes, combined with data available in the literature, allow characterize main source areas, depositional ages, and the stratigraphic stacking of the Espinhaço Supergroup at Chapada Diamantina, one of the type-areas of this lithostratigraphic unit. The Espinhaço Supergroup is subdivided into three chronostratigraphic sequences, the Statherian (1.8–1.68 Ga; Lower Espinhaço), Calymmian-early Ectasian (1.6–1.38 Ga; Middle Espinhaço), and Stenian-early Tonian sequences (1.2–0.9 Ga; Upper Espinhaço). At Chapada Diamantina, the Statherian sequence comprises the Serra da Gameleira Formation and Rio dos Remédios Group, of which volcanic rocks aged 1.75 Ga date the deposition; the Calymmian-early Ectasian comprises the Paraguaçú Group (intruded by ca. 1.5 Ga dykes) and Tombador Formation, which includes volcanic zircon grains dated ca. 1.43 Ga; and the Stenianearly Tonian sequence comprises the Caboclo and Morro do Chapéu Formations. The framework modal and the chemical compositions of the sandstones from Middle and Upper Espinhaço sequences point to a recycled source area, related with collisional or rift tectonic setting. The detrital zircon U–Pb ages and Hf isotopic compositions show variable pattern. At the base, the juvenile and evolved Rhyacian zircon grains predominates, whereas this pattern changes with the input of Archean– Paleoproterozoic zircons with Hf isotopes indicating Eoarchean and Neoarchean crustal sources, such as the Gavião Block. At the top, another change of detrital zircons occurred with the addition of Statherian, derived from the reworking of lower sequences, and Calymmian grains, sourced from coeval magmatism. The regional approach of the cratonic sequences deposited during the same period in other areas of the San Francisco Craton and adjacent mobile belts, such as those sequences exposed in the Southern and Northern Espinhaço ranges, and the Andrelândia, Araí, Paranoá, and Serra Mesa Groups and Carandaí and Tiradentes Formations, distinguish five detrital zircons distribution patterns, controlled by the depositional age and paleogeography. The information are important for future studies of paleogeography and kinematics of Proterozoic supercontinents.

Long-wavelength magnetic anomalies (LWMA) are broad scale magnetic fields that are usually observed at satellite altitudes. The origin of these fields have been assumed to be solely from the crust, disregarding possible contributions from the upper mantle. Using data from magnetic mantle xenoliths, the possible mantle contribution to LWMA was investigated for different regions including Siberian craton, Kamchatka subduction zone fore-arc, Hawaii hotspot, and French Massif Central plume. To do this, a MATLAB-based forward-modeling of magnetic anomalies from tectonic regions with different upper mantle geotherms and magnetized mantle geometries was developed. This model incorporated the increase in Curie temperature of magnetite with pressure, the current geotherms of the specific regions, and the statistical distributions of magnetic data from xenoliths in the specific regions. A Monte-Carlo method of random selection of values and repeated calculations was utilized in constraining the range of potential mantle contributions to satellite-observable LWMA. The Siberian craton shows the highest possible contribution to satellite magnetic anomalies with amplitudes ranging from 2 nT to 9 nT, with a wavelength equivalent to the long-axis of the craton. The Hawaii hotspot region displays a significant contribution of its upper mantle to satellite measured magnetic anomalies with an amplitude of the order of 2 nT, while the Massif Central plume regions shows an insignificant contribution of its upper mantle to satellite magnetic anomalies with potential total magnetic anomaly amplitude of 0.07 nT. Finally, the mantle portion of Kamchatka subduction zone shows a sizeable contribution to magnetic anomalies measurable at satellite altitude with an amplitude up to 1.3 nT. These results when compared with lithospheric total field intensity model derived from SWARM satellite data, show that the upper mantle can contribute significantly to LWMA depending on (a) the average remanent magnetization in xenoliths from such regions, (b) the thickness of magnetized mantle, and (c) the size of the region under consideration.

O Supergrupo Espinhaço corresponde às unidades vulcano–sedimentares depositadas sobre o Cráton do São Francisco entre o final da Era Paleoproterozóica e o início da Era Neoproterozóica. Essa unidade estratigráfica está atualmente exposta em uma ampla área do Cráton do São Francisco e faixas móveis adjacentes. Estudos de sedimentologia–estratigrafia, petrografia, geoquímica e isótopos de U–Pb e Lu–Hf em zircões detríticos, combinados com dados disponíveis na literatura, permitem caracterizar as principais áreas fonte, idades de deposição e empilhamento estratigráfico do Supergrupo Espinhaço na região da Chapada Diamantina, uma das áreas-tipo dessa unidade litoestratigráfica. O registro deposicional do Supergrupo Espinhaço é subdividido em três seqüências cronoestratigráficas, as seqüências Estateriana (1,8–1,68 Ga; Espinhaço Inferior), Calimiana-Ectasiana inferior (1,6–1,38 Ga; Espinhaço Intermediário) e Esteniana- Toniana inferior (1,2–0,9 Ga; Espinhaço Superior). Na Chapada Diamantina, a seqüência Estateriana compreende à Formação Serra da Gameleira e o Grupo Rio dos Remédios, cujo vulcanismo de ca. 1,75 Ga data a deposição desta unidade; a seqüência Calimiana-Ectasiana inferior compreende o Grupo Paraguaçú (intrudido por diques de ca. 1,5 Ga) e pela Formação Tombador, que possui zircões vulcânicos com idade de ca. 1,43 Ga; e a seqüência Esteniana-Toniana inferior compreende as Formações Caboclo e Morro do Chapéu. A composição modal do arcabouço e a composição química dos arenitos das seqüências Espinhaço Intermediário e Superior apontam para uma área fonte reciclada, relacionada a contexto tectônico colisional ou rifte. As idades U–Pb e as composições isotópicas de Hf dos zircões detríticos mostram um padrão variável. Na base da seqüência, predominam zircões de idade Riaciana, com fontes crustais e mantélicas; esse padrão é substituído por uma distribuição de idades Arqueanas a Paleoproterozóicas com isótopos de Hf indicando fontes Eoarqueanas e Neoarqueanas, como o Bloco do Gavião. No topo ocorre nova mudança no padrão de distribuição de zircões detríticos com a adição de zircões Estaterianos, oriundos do retrabalhamento das seqüências inferiores, e Calimianos, derivados de vulcanismo associado com a deposição. A abordagem regional das seqüências cratônicas depositadas no mesmo período em outra áreas do Craton São Francisco e das faixas móveis adjacentes, como as unidades estratigráficas expostas nas regiões das serras do Espinhaço Meridional e Setentrional, e os Grupos Andrelândia, Araí, Paranoá e Serra da Mesa e as Formações Carandaí e Tiradentes, permite reconhecer cinco padrões de distribuição de zircões detríticos, controlados pela idade deposicional e localização paleogeográfica. As informações são importantes para futuros estudos de paleogeografia e cinemática dos supercontinentes Proterozóicos. / The Espinhaço Supergroup corresponds to the volcano–sedimentary units deposited over the São Francisco Craton between the late Paleoproterozoic and early Neoproteozoic Eras. This stratigraphic unit is exposed over a wide area of the São Francisco Craton and adjacent mobile belts. Studies based on sedimentology– stratigraphy, petrography, geochemistry, and detrital zircon U–Pb and Lu–Hf isotopes, combined with data available in the literature, allow characterize main source areas, depositional ages, and the stratigraphic stacking of the Espinhaço Supergroup at Chapada Diamantina, one of the type-areas of this lithostratigraphic unit. The Espinhaço Supergroup is subdivided into three chronostratigraphic sequences, the Statherian (1.8–1.68 Ga; Lower Espinhaço), Calymmian-early Ectasian (1.6–1.38 Ga; Middle Espinhaço), and Stenian-early Tonian sequences (1.2–0.9 Ga; Upper Espinhaço). At Chapada Diamantina, the Statherian sequence comprises the Serra da Gameleira Formation and Rio dos Remédios Group, of which volcanic rocks aged 1.75 Ga date the deposition; the Calymmian-early Ectasian comprises the Paraguaçú Group (intruded by ca. 1.5 Ga dykes) and Tombador Formation, which includes volcanic zircon grains dated ca. 1.43 Ga; and the Stenianearly Tonian sequence comprises the Caboclo and Morro do Chapéu Formations. The framework modal and the chemical compositions of the sandstones from Middle and Upper Espinhaço sequences point to a recycled source area, related with collisional or rift tectonic setting. The detrital zircon U–Pb ages and Hf isotopic compositions show variable pattern. At the base, the juvenile and evolved Rhyacian zircon grains predominates, whereas this pattern changes with the input of Archean– Paleoproterozoic zircons with Hf isotopes indicating Eoarchean and Neoarchean crustal sources, such as the Gavião Block. At the top, another change of detrital zircons occurred with the addition of Statherian, derived from the reworking of lower sequences, and Calymmian grains, sourced from coeval magmatism. The regional approach of the cratonic sequences deposited during the same period in other areas of the San Francisco Craton and adjacent mobile belts, such as those sequences exposed in the Southern and Northern Espinhaço ranges, and the Andrelândia, Araí, Paranoá, and Serra Mesa Groups and Carandaí and Tiradentes Formations, distinguish five detrital zircons distribution patterns, controlled by the depositional age and paleogeography. The information are important for future studies of paleogeography and kinematics of Proterozoic supercontinents.

Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Geociências, Programa de Pós-Graduação em Geociências Aplicadas, 2017. / Submitted by Albânia Cézar de Melo (albania@bce.unb.br) on 2017-04-17T14:50:56Z No. of bitstreams: 1 2017_DiogoFarrapoAlbuquerque.pdf: 37421758 bytes, checksum: dc05b068f45a16ed7c0faefb928028e8 (MD5) / Approved for entry into archive by Raquel Viana(raquelviana@bce.unb.br) on 2017-04-17T17:22:25Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2017_DiogoFarrapoAlbuquerque.pdf: 37421758 bytes, checksum: dc05b068f45a16ed7c0faefb928028e8 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-04-17T17:22:25Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2017_DiogoFarrapoAlbuquerque.pdf: 37421758 bytes, checksum: dc05b068f45a16ed7c0faefb928028e8 (MD5) / O estudo da crosta utilizando a Função do Receptor pode fornecer valiosas informações geológicas, como composição crustal média, dinâmica de formação e evolução tectônica de uma região, além de servir como referência inicial para a geração de modelos de velocidade das ondas sísmicas a fim de melhorar a localização de terremotos. Com o objetivo de preencher as lacunas de informação crustal das regiões Norte e Centro-Oeste, foram aplicados os métodos da Função do Receptor e do empilhamento H-k para estimar a espessura da crosta e a razão VP/VS a partir de dados sismológicos. Os resultados indicam que crosta da região de estudo é, predominantemente, félsica, com VP/VS em torno de 1,72, e espessura média de 38,7 km, variando de 27,4 a 55,3 km. A interpolação por mínima curvatura dos valores de espessura crustal tornou possível a delimitação do Cráton Amazônico, que corresponde à área com espessura média igual ou maior que 39 km. Além disso, foi possível identificar seus possíveis blocos cratônicos, assim como o da Bacia do Paraná, conhecido como Bloco Paranapanema. A geometria do cráton, definida por sua espessura crustal, é corroborada pela distribuição da sismicidade natural que acompanha suas bordas. Estas, por sua vez, estão relacionadas à zona de sutura entre os paleocontinentes Amazônico, São Francisco/Congo e Paranapanema. Já as bacias sedimentares que passaram por algum processo de estiramento possuem crosta mais fina, geralmente inferior a 37 km. Devido à grande variabilidade dos resultados, não foi possível estipular um valor característico de espessura crustal ou razão VP/VS quando se considera o contexto das províncias estruturais. / The study of the crust using Receiver Functions can provide valuable geological information, such as average crustal composition, formation dynamics and tectonic evolution of a region, as well as serve as an initial reference for the generation of seismic wave velocity models in order to improve earthquakes location. In order to fill in the crustal information gaps in the North and Central-West regions, the Receiver Function and H-k stacking methods were used to estimate the crustal thickness and the VP/VS ratio from seismic data. The results indicate that the crust of the study region is predominantly felsic, with VP/VS around 1.72 and an average thickness of 38.7 km, ranging from 27.4 to 55.3 km. The interpolation by minimum curvature of the crustal thickness values made possible the delimitation of the Amazon Craton, which corresponds to the area with a average thickness equal to or greater than 39 km. In addition, it was possible to identify its possible cratonic blocks, as well as that of the Paraná Basin, known as the Paranapanema Block. The geometry of the craton, defined by its crustal thickness, is corroborated by the distribution of the natural seismicity that accompanies its edges. These, in turn, are related to the suture zone between the Amazonian, São Francisco/Congo and Paranapanema paleocontinents. The sedimentary basins that undergo some stretching process have a thinner crust, usually less than 37 km. Due to the great variability of the results, it was not possible to stipulate a characteristic value of crustal thickness or VP/VS ratio when considering the context of the structural provinces.

O Supergrupo Espinhaço corresponde às unidades vulcano–sedimentares depositadas sobre o Cráton do São Francisco entre o final da Era Paleoproterozóica e o início da Era Neoproterozóica. Essa unidade estratigráfica está atualmente exposta em uma ampla área do Cráton do São Francisco e faixas móveis adjacentes. Estudos de sedimentologia–estratigrafia, petrografia, geoquímica e isótopos de U–Pb e Lu–Hf em zircões detríticos, combinados com dados disponíveis na literatura, permitem caracterizar as principais áreas fonte, idades de deposição e empilhamento estratigráfico do Supergrupo Espinhaço na região da Chapada Diamantina, uma das áreas-tipo dessa unidade litoestratigráfica. O registro deposicional do Supergrupo Espinhaço é subdividido em três seqüências cronoestratigráficas, as seqüências Estateriana (1,8–1,68 Ga; Espinhaço Inferior), Calimiana-Ectasiana inferior (1,6–1,38 Ga; Espinhaço Intermediário) e Esteniana- Toniana inferior (1,2–0,9 Ga; Espinhaço Superior). Na Chapada Diamantina, a seqüência Estateriana compreende à Formação Serra da Gameleira e o Grupo Rio dos Remédios, cujo vulcanismo de ca. 1,75 Ga data a deposição desta unidade; a seqüência Calimiana-Ectasiana inferior compreende o Grupo Paraguaçú (intrudido por diques de ca. 1,5 Ga) e pela Formação Tombador, que possui zircões vulcânicos com idade de ca. 1,43 Ga; e a seqüência Esteniana-Toniana inferior compreende as Formações Caboclo e Morro do Chapéu. A composição modal do arcabouço e a composição química dos arenitos das seqüências Espinhaço Intermediário e Superior apontam para uma área fonte reciclada, relacionada a contexto tectônico colisional ou rifte. As idades U–Pb e as composições isotópicas de Hf dos zircões detríticos mostram um padrão variável. Na base da seqüência, predominam zircões de idade Riaciana, com fontes crustais e mantélicas; esse padrão é substituído por uma distribuição de idades Arqueanas a Paleoproterozóicas com isótopos de Hf indicando fontes Eoarqueanas e Neoarqueanas, como o Bloco do Gavião. No topo ocorre nova mudança no padrão de distribuição de zircões detríticos com a adição de zircões Estaterianos, oriundos do retrabalhamento das seqüências inferiores, e Calimianos, derivados de vulcanismo associado com a deposição. A abordagem regional das seqüências cratônicas depositadas no mesmo período em outra áreas do Craton São Francisco e das faixas móveis adjacentes, como as unidades estratigráficas expostas nas regiões das serras do Espinhaço Meridional e Setentrional, e os Grupos Andrelândia, Araí, Paranoá e Serra da Mesa e as Formações Carandaí e Tiradentes, permite reconhecer cinco padrões de distribuição de zircões detríticos, controlados pela idade deposicional e localização paleogeográfica. As informações são importantes para futuros estudos de paleogeografia e cinemática dos supercontinentes Proterozóicos. / The Espinhaço Supergroup corresponds to the volcano–sedimentary units deposited over the São Francisco Craton between the late Paleoproterozoic and early Neoproteozoic Eras. This stratigraphic unit is exposed over a wide area of the São Francisco Craton and adjacent mobile belts. Studies based on sedimentology– stratigraphy, petrography, geochemistry, and detrital zircon U–Pb and Lu–Hf isotopes, combined with data available in the literature, allow characterize main source areas, depositional ages, and the stratigraphic stacking of the Espinhaço Supergroup at Chapada Diamantina, one of the type-areas of this lithostratigraphic unit. The Espinhaço Supergroup is subdivided into three chronostratigraphic sequences, the Statherian (1.8–1.68 Ga; Lower Espinhaço), Calymmian-early Ectasian (1.6–1.38 Ga; Middle Espinhaço), and Stenian-early Tonian sequences (1.2–0.9 Ga; Upper Espinhaço). At Chapada Diamantina, the Statherian sequence comprises the Serra da Gameleira Formation and Rio dos Remédios Group, of which volcanic rocks aged 1.75 Ga date the deposition; the Calymmian-early Ectasian comprises the Paraguaçú Group (intruded by ca. 1.5 Ga dykes) and Tombador Formation, which includes volcanic zircon grains dated ca. 1.43 Ga; and the Stenianearly Tonian sequence comprises the Caboclo and Morro do Chapéu Formations. The framework modal and the chemical compositions of the sandstones from Middle and Upper Espinhaço sequences point to a recycled source area, related with collisional or rift tectonic setting. The detrital zircon U–Pb ages and Hf isotopic compositions show variable pattern. At the base, the juvenile and evolved Rhyacian zircon grains predominates, whereas this pattern changes with the input of Archean– Paleoproterozoic zircons with Hf isotopes indicating Eoarchean and Neoarchean crustal sources, such as the Gavião Block. At the top, another change of detrital zircons occurred with the addition of Statherian, derived from the reworking of lower sequences, and Calymmian grains, sourced from coeval magmatism. The regional approach of the cratonic sequences deposited during the same period in other areas of the San Francisco Craton and adjacent mobile belts, such as those sequences exposed in the Southern and Northern Espinhaço ranges, and the Andrelândia, Araí, Paranoá, and Serra Mesa Groups and Carandaí and Tiradentes Formations, distinguish five detrital zircons distribution patterns, controlled by the depositional age and paleogeography. The information are important for future studies of paleogeography and kinematics of Proterozoic supercontinents.

Made available in DSpace on 2014-06-12T18:04:25Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo3923_1.pdf: 7672485 bytes, checksum: e558a60e63cdcf8f7048c9c8a9063e0f (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2008 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Novos dados quimioestratigráficos para duas unidades Mesoproterozoicas e uma Neoproterozóica do Terreno Nico Perez somam-se a coluna estratigráfica do Uruguai. O Grupo Carapé integrado pelas Formações: (1) Marco Los Reyes composta de calcário puro, BIFS, arenito, mármores e anfibolito. Rochas carbonáticas desta Formação apresentam valores máximos de δ13C de +5 e duas excursões negativas (-3,2 e - 2,3 ) e 86Sr/87Sr com valores entre 0.707 e 0.710 , sugerindo idade Neoproterozóica, entre 600 e 680 Ma; (2) Mataojo composta de dolomitos calcíticos, meta-arenitos, micaxistos, anfibolitos e gneisses. Apresentam valores de δ13C próximos a 0 , característica de rochas carbonáticas do Mesoproterozico. O Grupo Parque UTE (GPU), uma seqüência metavolcano-sedimentar, é constituído da base para o topo pelas Formações (1) Cañada Espinillo com rochas vulcânicas básicas; (2) Mina Valencia com dolomitos brancos e puros, intercalados com dolomitos cinza e níveis de calcarenitos e calciruditos (tempestitos); (3) Cerro del Mastilcom folhelhos negros carbonáticos, intercalados com rochas calcárias cinza e piroclásticas ácidas. Os valores de δ13C apresentam um plateu positivo entre 1 e 1,5 e duas excursões negativas (-1 e -3 ) que sugerem idade Mesoproterozica, e que é coerente com dados radiométricos de U-Pb em zircão de 1422 ± 21Ma dos riolitos do topo e idades de 1492 ± 21 Ma em gabros da base. Este estudo confirma a importância do conhecimento da geologia do craton do Rio de La Plata para a compreensão da evolução do Gondwna durante este intervalo de tempo da história geológica da Terra

D.Phil. / The western margin of the Archean Kaapvaal Craton, at its contact with the polydeformed and metamorphosed Proterozoic Namaqua Province, is host to four volcanosedimentary successions of Mesoproterozoic age (1.1-1.3 Ga) that occur in close spatial and temporal association to each other. These are the Areachap Group, the Leerkrans Formation of the Wilgenhoutsdrif Group and the two volcanosedimentary successions that comprise the Koras Group. There has been protracted debate as to the exact nature, origin, age and tectonic evolution of these successions, particularly as they occur immediately adjacent to an important crustal suture. A comprehensive whole rock and isotope geochemical study, complemented by zircon-based geochronology where necessary, was thus carried out to characterize and compare the volcanic rocks associated with these four successions. The results are used to assess the role of the four volcanosedimentary successions during the development of the Mesoproterozoic suture between the Kaapvaal Craton and the Namaqua Province during the ~1.2-1.0 Ga Namaquan Orogeny. The geochemical study of the Areachap Group examined a suite of lithologies from different locations along the ~280km long outcrop belt, with the aim of testing the lateral continuity and integrity of this highly metamorphosed and deformed succession. As the bulk of the samples collected were from diamond drill core intersecting volcanogenic massive sulphide (VMS) Zn-Cu deposits it was only appropriate to extend the investigation to assess the metallogenesis and relation of these deposits to their host rock sequences. This included a survey of the sulphur isotope composition of sulphides and sulphates that comprise the Zn-Cu deposits. Furthermore, the architecture and origin of the world-class Copperton deposit, the largest Zn-Cu deposit of the Areachap Group, was examined. For this purpose, available literature data were collated and complemented by new geochemical and geochronological information. Sm-Nd isotopic systematics and U-Pb zircon ages suggest a coeval origin and close genetic link between the metavolcanic rocks of the Leerkrans Formation of the Wilgenhoutsdrif Group and the Areachap Group. Both successions record the establishment of an eastward-directed subduction zone on the western margin of the Kaapvaal Craton. The Areachap Group represents the highly metamorphosed and deformed remnants of a Mesoproterozoic (ca. 1.30-1.24 Ga) volcanic arc that was accreted onto the western margin of the Kaapvaal Craton at ~1.22-1.20 Ga, during the early stages of the Namaquan Orogeny. The igneous protoliths within the Areachap Group are low- to medium-K tholeiitic to calc-alkaline in composition ranging in composition from basaltic through to rhyolitic. Tholeiitic basalts, represented by volumetrically minor amphibolites within the succession have Sm-Nd isotopic characteristics indicative of derivation from a depleted mantle source as denoted by their positive Nd(t) values. The lithogeochemical results highlight the fact that, despite differences in lithological architecture on a local scale, the Areachap Group exhibits coherent geochemical characteristics along its entire strike length.