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Vidas nas ruas: solidariedade e resistência entre crianças e jovensSilva, Helena Mendes da 01 October 2008 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-25T20:22:27Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Helena Mendes da Silva.pdf: 3164112 bytes, checksum: 4c39a9304ec91986d16efd74a4343e82 (MD5)
Previous issue date: 2008-10-01 / Fundação Porticus / This is a study about solidarity relationship between corner street children and young people of
the city of Fortaleza, Ceará. The purpose of this research has been the study of the significance
of this relationship as a network in process in order to resist and a mechanism to survive on the
street.
The present study has been done in the context of the city of Fortaleza, Ceará, adopting the
perspective of the fragility provoked among young people by modernity.
The theory of Bauman points out the solidarity as the main factor of de-construction of life in
the reality into life in virtual world . In this latter world, the persons are connected without,
however, involving themselves into effective meeting. The corner street life seems to be
opposed to this perspective, because corner street children and young of street need one another,
since, in the middle of such uncertainty and insecurity as the world of street, a community life is
growing between them, built from their common physical spaces (a place or a no man s land,
that they will name as their big home ).
Corner street children and young are experiencing the fusion between private and collective life;
they expose their privacy and are molded by this collectivity in order to define their own space.
In this game, they hide their identity of outlaws and create own codes which work as a bridge
to the socially accepted world.
Inside these children and young people, street is building a perspective of life which is at the
same time fragmented, fragile and vulnerable. However, it is clear that the passengers of this
trip never lost the single luggage which remained theirs: their capacity to dream remains a
reality / Neste trabalho dissertativo em que se investigou as crianças e jovens moradores de rua na
cidade de Fortaleza Ceará, o foco foi voltado a percebecer as relações de solidariedade que se
estabelecem, enquanto rede de resistência e que se constrói como mecanismo de sobrevivência
para a vida na rua entre os sujeitos citados.
O presente estudo foi realizado no contexto da cidade de Fortaleza Ceará numa perspectiva de
fragilidades que lhes imprime a modernidade.
No modo de pensar de Baumam a teoria da Solidariedade apontada pelo projeto de modernidade
é o principal indicador que desarticula a vida na realidade concreta para dar espaço a uma vida
que se organiza no mundo virtual. Nela, as pessoas se relacionam sem, no entanto,
comprometer-se com encontros efetivos. A vida na rua parece contrariar essa perspectiva da
modernidade, pois as Crianças e Jovens de rua precisam uns dos outros, uma vez que, em meio
à incerteza e insegurança da rua, fortifica-se entre eles a vida de uma comunidade criada em
espaços físicos comuns: uma Praça ou até mesmo um terreno desocupado, denominado por eles
como um Casarão.
As crianças e jovens na rua sofrem a fusão de uma vida privada e coletiva; expõem sua
privacidade e se moldam por essa coletividade para demarcar seu espaço próprio. Nesse jogo,
escondem sua identidade da contravenção e criam códigos que lhes possibilitem uma passagem
para o mundo socialmente aceito.
A rua vai formando nessas crianças e jovens uma perspectiva de vida fragmentada, fragilizada e
vulnerável. Entretanto, nota-se que os passageiros dessa viagem não perderam na totalidade a
pouca bagagem que ainda lhes restam: a capacidade de sonhar é uma realidade
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Vidas nas ruas: solidariedade e resistência entre crianças e jovensSilva, Helena Mendes da 01 October 2008 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-26T14:57:16Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2008-10-01 / Fundação Porticus / This is a study about solidarity relationship between corner street children and young people of
the city of Fortaleza, Ceará. The purpose of this research has been the study of the significance
of this relationship as a network in process in order to resist and a mechanism to survive on the
street.
The present study has been done in the context of the city of Fortaleza, Ceará, adopting the
perspective of the fragility provoked among young people by modernity.
The theory of Bauman points out the solidarity as the main factor of de-construction of life in
the reality into life in virtual world . In this latter world, the persons are connected without,
however, involving themselves into effective meeting. The corner street life seems to be
opposed to this perspective, because corner street children and young of street need one another,
since, in the middle of such uncertainty and insecurity as the world of street, a community life is
growing between them, built from their common physical spaces (a place or a no man s land,
that they will name as their big home ).
Corner street children and young are experiencing the fusion between private and collective life;
they expose their privacy and are molded by this collectivity in order to define their own space.
In this game, they hide their identity of outlaws and create own codes which work as a bridge
to the socially accepted world.
Inside these children and young people, street is building a perspective of life which is at the
same time fragmented, fragile and vulnerable. However, it is clear that the passengers of this
trip never lost the single luggage which remained theirs: their capacity to dream remains a
reality / Neste trabalho dissertativo em que se investigou as crianças e jovens moradores de rua na
cidade de Fortaleza Ceará, o foco foi voltado a percebecer as relações de solidariedade que se
estabelecem, enquanto rede de resistência e que se constrói como mecanismo de sobrevivência
para a vida na rua entre os sujeitos citados.
O presente estudo foi realizado no contexto da cidade de Fortaleza Ceará numa perspectiva de
fragilidades que lhes imprime a modernidade.
No modo de pensar de Baumam a teoria da Solidariedade apontada pelo projeto de modernidade
é o principal indicador que desarticula a vida na realidade concreta para dar espaço a uma vida
que se organiza no mundo virtual. Nela, as pessoas se relacionam sem, no entanto,
comprometer-se com encontros efetivos. A vida na rua parece contrariar essa perspectiva da
modernidade, pois as Crianças e Jovens de rua precisam uns dos outros, uma vez que, em meio
à incerteza e insegurança da rua, fortifica-se entre eles a vida de uma comunidade criada em
espaços físicos comuns: uma Praça ou até mesmo um terreno desocupado, denominado por eles
como um Casarão.
As crianças e jovens na rua sofrem a fusão de uma vida privada e coletiva; expõem sua
privacidade e se moldam por essa coletividade para demarcar seu espaço próprio. Nesse jogo,
escondem sua identidade da contravenção e criam códigos que lhes possibilitem uma passagem
para o mundo socialmente aceito.
A rua vai formando nessas crianças e jovens uma perspectiva de vida fragmentada, fragilizada e
vulnerável. Entretanto, nota-se que os passageiros dessa viagem não perderam na totalidade a
pouca bagagem que ainda lhes restam: a capacidade de sonhar é uma realidade
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