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Análise das relações físicas e biológicas do ambiente com uma espécie de Tuco-tuco – CTENOMYS MINUTUS (RODENTIA, CTENOMYIDAE)

Galiano, Daniel January 2015 (has links)
Os roedores subterrâneos do gênero Ctenomys, popularmente conhecidos como tuco-tucos, são endêmicos ao sul da região Neotropical e apresentam a maior riqueza de espécies do mundo dentre os mamíferos subterrâneos, cerca de 60. Na região da planície costeira do sul do Brasil, a espécie Ctenomys minutus ocupa o maior gradiente latitudinal dentre os tuco-tucos da região. Esta espécie, objeto do presente estudo, foi muito estudada do ponto de vista evolutivo e molecular, mas negligenciada quanto a aspectos ecológicos básicos. Sendo assim, o objetivo deste estudo foi determinar e descrever as principais características ecológicas de C. minutus, bem como as relações da espécie com aspectos físicos e biológicos do ambiente. Este estudo visou à ampliação do conhecimento ecológico da espécie, no que se refere à ecologia espacial, seleção de habitat e implicações da presença deste roedor na planície costeira do Sul do Brasil, além de aspectos conservacionistas. Os dados obtidos ampliaram o conhecimento ecológico da espécie. Os modelos de distribuição gerados obtiveram sucesso ao identificar áreas com alta adequabilidade ambiental ao longo de sua distribuição. O modelo de máxima entropia (Maxent) indicou que existem áreas de alta adequabilidade ambiental ao longo da primeira linha de dunas e nos campos arenosos ao longo de toda a distribuição da espécie. As variáveis que determinam a distribuição potencial de C. minutus são os tipos de solo, tipos de vegetação e a altitude. Ao longo da planície costeira, observou-se um padrão de associação entre áreas com alta adequabilidade ambiental e maior variabilidade genética, o que indica que maiores valores de diversidade genética estão associados a estas áreas. Também se observou que a especulação imobiliária e fragmentação do ambiente de dunas ao norte da distribuição da espécie, e a silvicultura de Pinus sp. ao sul, são as principais ameaças para a espécie. Nos locais habitados por C. minutus, a presença da espécie afeta a biomassa de plantas, cobertura de gramíneas, proporção de solo exposto, dureza do solo e as concentrações de nutrientes nos campos onde habita. A biomassa de plantas e a cobertura de gramíneas são significativamente inferiores nos locais habitados pelos indivíduos, assim como a proporção de solo exposto é maior. O solo se torna menos compacto nos perfis superficiais (10 e 20 cm), mas não em profundidades maiores (50 cm) nos mesmos locais onde os indivíduos estão presentes. Em relação à disponibilidade de nutrientes no solo, os locais habitados por C. minutus apresentam maior disponibilidade de P e K, assim como um pH significativamente menor. Todos estes efeitos observados são uma consequência das atividades de forrageio e escavação dos animais. Consequentemente, os locais onde os animais estão presentes sofrem um efeito significativo na dinâmica e composição da vegetação, assim como nas propriedades do solo, o que vai afetar diretamente processos ecossistêmicos, como decomposição e produtividade. Além disso, observou-se que a seleção de habitat da espécie é determinada principalmente com base em duas variáveis: umidade do solo e vegetação (disponibilidade de recursos). As características ambientais, tanto superficiais quanto subterrâneas, desempenharam um papel importante na ocorrência deste roedor subterrâneo. Acima da superfície do solo, um fator determinante é a oferta de recursos alimentares, que no caso do presente estudo foi caracterizado pela cobertura das espécies vegetais.
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Análise das relações físicas e biológicas do ambiente com uma espécie de Tuco-tuco – CTENOMYS MINUTUS (RODENTIA, CTENOMYIDAE)

Galiano, Daniel January 2015 (has links)
Os roedores subterrâneos do gênero Ctenomys, popularmente conhecidos como tuco-tucos, são endêmicos ao sul da região Neotropical e apresentam a maior riqueza de espécies do mundo dentre os mamíferos subterrâneos, cerca de 60. Na região da planície costeira do sul do Brasil, a espécie Ctenomys minutus ocupa o maior gradiente latitudinal dentre os tuco-tucos da região. Esta espécie, objeto do presente estudo, foi muito estudada do ponto de vista evolutivo e molecular, mas negligenciada quanto a aspectos ecológicos básicos. Sendo assim, o objetivo deste estudo foi determinar e descrever as principais características ecológicas de C. minutus, bem como as relações da espécie com aspectos físicos e biológicos do ambiente. Este estudo visou à ampliação do conhecimento ecológico da espécie, no que se refere à ecologia espacial, seleção de habitat e implicações da presença deste roedor na planície costeira do Sul do Brasil, além de aspectos conservacionistas. Os dados obtidos ampliaram o conhecimento ecológico da espécie. Os modelos de distribuição gerados obtiveram sucesso ao identificar áreas com alta adequabilidade ambiental ao longo de sua distribuição. O modelo de máxima entropia (Maxent) indicou que existem áreas de alta adequabilidade ambiental ao longo da primeira linha de dunas e nos campos arenosos ao longo de toda a distribuição da espécie. As variáveis que determinam a distribuição potencial de C. minutus são os tipos de solo, tipos de vegetação e a altitude. Ao longo da planície costeira, observou-se um padrão de associação entre áreas com alta adequabilidade ambiental e maior variabilidade genética, o que indica que maiores valores de diversidade genética estão associados a estas áreas. Também se observou que a especulação imobiliária e fragmentação do ambiente de dunas ao norte da distribuição da espécie, e a silvicultura de Pinus sp. ao sul, são as principais ameaças para a espécie. Nos locais habitados por C. minutus, a presença da espécie afeta a biomassa de plantas, cobertura de gramíneas, proporção de solo exposto, dureza do solo e as concentrações de nutrientes nos campos onde habita. A biomassa de plantas e a cobertura de gramíneas são significativamente inferiores nos locais habitados pelos indivíduos, assim como a proporção de solo exposto é maior. O solo se torna menos compacto nos perfis superficiais (10 e 20 cm), mas não em profundidades maiores (50 cm) nos mesmos locais onde os indivíduos estão presentes. Em relação à disponibilidade de nutrientes no solo, os locais habitados por C. minutus apresentam maior disponibilidade de P e K, assim como um pH significativamente menor. Todos estes efeitos observados são uma consequência das atividades de forrageio e escavação dos animais. Consequentemente, os locais onde os animais estão presentes sofrem um efeito significativo na dinâmica e composição da vegetação, assim como nas propriedades do solo, o que vai afetar diretamente processos ecossistêmicos, como decomposição e produtividade. Além disso, observou-se que a seleção de habitat da espécie é determinada principalmente com base em duas variáveis: umidade do solo e vegetação (disponibilidade de recursos). As características ambientais, tanto superficiais quanto subterrâneas, desempenharam um papel importante na ocorrência deste roedor subterrâneo. Acima da superfície do solo, um fator determinante é a oferta de recursos alimentares, que no caso do presente estudo foi caracterizado pela cobertura das espécies vegetais.
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Análise das relações físicas e biológicas do ambiente com uma espécie de Tuco-tuco – CTENOMYS MINUTUS (RODENTIA, CTENOMYIDAE)

Galiano, Daniel January 2015 (has links)
Os roedores subterrâneos do gênero Ctenomys, popularmente conhecidos como tuco-tucos, são endêmicos ao sul da região Neotropical e apresentam a maior riqueza de espécies do mundo dentre os mamíferos subterrâneos, cerca de 60. Na região da planície costeira do sul do Brasil, a espécie Ctenomys minutus ocupa o maior gradiente latitudinal dentre os tuco-tucos da região. Esta espécie, objeto do presente estudo, foi muito estudada do ponto de vista evolutivo e molecular, mas negligenciada quanto a aspectos ecológicos básicos. Sendo assim, o objetivo deste estudo foi determinar e descrever as principais características ecológicas de C. minutus, bem como as relações da espécie com aspectos físicos e biológicos do ambiente. Este estudo visou à ampliação do conhecimento ecológico da espécie, no que se refere à ecologia espacial, seleção de habitat e implicações da presença deste roedor na planície costeira do Sul do Brasil, além de aspectos conservacionistas. Os dados obtidos ampliaram o conhecimento ecológico da espécie. Os modelos de distribuição gerados obtiveram sucesso ao identificar áreas com alta adequabilidade ambiental ao longo de sua distribuição. O modelo de máxima entropia (Maxent) indicou que existem áreas de alta adequabilidade ambiental ao longo da primeira linha de dunas e nos campos arenosos ao longo de toda a distribuição da espécie. As variáveis que determinam a distribuição potencial de C. minutus são os tipos de solo, tipos de vegetação e a altitude. Ao longo da planície costeira, observou-se um padrão de associação entre áreas com alta adequabilidade ambiental e maior variabilidade genética, o que indica que maiores valores de diversidade genética estão associados a estas áreas. Também se observou que a especulação imobiliária e fragmentação do ambiente de dunas ao norte da distribuição da espécie, e a silvicultura de Pinus sp. ao sul, são as principais ameaças para a espécie. Nos locais habitados por C. minutus, a presença da espécie afeta a biomassa de plantas, cobertura de gramíneas, proporção de solo exposto, dureza do solo e as concentrações de nutrientes nos campos onde habita. A biomassa de plantas e a cobertura de gramíneas são significativamente inferiores nos locais habitados pelos indivíduos, assim como a proporção de solo exposto é maior. O solo se torna menos compacto nos perfis superficiais (10 e 20 cm), mas não em profundidades maiores (50 cm) nos mesmos locais onde os indivíduos estão presentes. Em relação à disponibilidade de nutrientes no solo, os locais habitados por C. minutus apresentam maior disponibilidade de P e K, assim como um pH significativamente menor. Todos estes efeitos observados são uma consequência das atividades de forrageio e escavação dos animais. Consequentemente, os locais onde os animais estão presentes sofrem um efeito significativo na dinâmica e composição da vegetação, assim como nas propriedades do solo, o que vai afetar diretamente processos ecossistêmicos, como decomposição e produtividade. Além disso, observou-se que a seleção de habitat da espécie é determinada principalmente com base em duas variáveis: umidade do solo e vegetação (disponibilidade de recursos). As características ambientais, tanto superficiais quanto subterrâneas, desempenharam um papel importante na ocorrência deste roedor subterrâneo. Acima da superfície do solo, um fator determinante é a oferta de recursos alimentares, que no caso do presente estudo foi caracterizado pela cobertura das espécies vegetais.
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Influência de fatores bióticos e abióticos sobre o comportamento, ecologia e evolução da espécie Ctenomys minutus (RODENTIA: CTENOMYIDAE)

Kubiak, Bruno Busnello January 2017 (has links)
Os diferentes aspectos relacionados à biologia e história de vida de uma espécie são moldados pela seleção natural relacionada com o ambiente ocupado. Além disso, as espécies não vivem isoladas e interações intra e interespecíficas também são fatores determinantes que podem agir sobre as características das espécies. Contudo, identificar e relacionar os fatores que forjam estes aspectos não é uma tarefa simples e tem sido um dos maiores interesses da biologia. Ao longo deste estudo será utilizado um roedor subterrâneo como alvo para compreender como interações bióticas e abióticas influenciam no comportamento, ecologia e evolução desta espécie. A espécie escolhida foi Ctenomys minutus, Nhering, 1886, que pertence à família Ctenomyidae, a qual apresenta o maior número de espécies entre os roedores subterrâneos, aproximadamente 70. As características principais que levaram a escolha desta espécie é que, diferentemente das demais espécies do gênero, ela apresenta distribuição em dois habitats com características distintas (dunas arenosas e campos arenosos) e possui zonas de contato com a espécie Ctenomys flamarioni, Travi, 1981 ao longo de sua distribuição, tornando-a um excelente modelo para testar o objetivo proposto neste trabalho. Para isso, este estudo é divido em quatro capítulos que utilizam diferentes ferramentas (modelagem de nicho ecológico, morfometria geométrica e análise do tamanho da área de vida) para alcançar objetivos distintos, fornecendo assim informações que se somam para o esclarecimento do objetivo principal. No cap. 1, utilizando a modelagem de nicho ecológico foi possível perceber que Ctenomys minutus e Ctenomys flamarioni não se excluem competitivamente. No entanto, a morfometria geométrica nos permite perceber a existência de deslocamento de caracteres em uma das espécies. Ctenomys minutus apresenta menor tamanho quando em contato com C. flamarioni. Sendo assim, é possível afirmar que mesmo não sendo detectadas evidências que suportem a exclusão competitiva entre as espécies em um cenário macro geográfico a interação entre elas pode fazer com que possuam diferenciações na seleção do habitat que possivelmente acarretaram na diferenciação morfológica de uma das espécies (Ctenomys minutus). Já nos cap. 2 e 3 foi explorado o tamanho da área de vida de Ctenomys minutus e se percebe que o tipo de habitat é um fator determinante na diferenciação desta característica. Indivíduos que ocupam o habitat de dunas costeiras possuem áreas de vida significativamente maiores que animais da mesma espécie que ocupam o habitat de campos arenosos. Por outro lado, a coexistência com Ctenomys flamarioni não parece influenciar o tamanho da área de vida de nenhuma das espécies, evidenciando que interações bióticas podem não influenciar significativamente nesta característica ecológica e comportamental. Além disso, no cap. 4 são apresentados resultados que evidenciam que o tipo de habitat parece ser um fator importante na determinação da força de mordida e forma do crânio de Ctenomys minutus. Os animais que habitam os campos arenosos possuem diferenciações na forma crânio em relação a animais coespecíficos que habitam as dunas costeiras. Isto parece estar intimamente ligado com a diferenciação da força da mordida destes animais, onde indivíduos que habitam os campos arenosos possuem maiores forças de mordida em comparação a indivíduos que habitam as dunas costeiras. De modo geral é possível concluir que as interações bióticas experimentadas por Ctenomys minutus possuem influência direta na seleção de habitat da espécie e diferenciação morfológica (deslocamento de caracteres), contudo, não parece influenciar em aspectos comportamentais relacionados ao tamanho da área de vida dos indivíduos. Já as interações abióticas, neste caso a ocupação de diferentes tipos de habitats, influenciam diretamente na diferenciação ecológica e comportamental em relação ao tamanho da área de diferenças morfológicas do crânio, culminando na diferenciação da força da mordida e possivelmente podendo levar a diferenciações evolutivas destas populações.
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Influência de fatores bióticos e abióticos sobre o comportamento, ecologia e evolução da espécie Ctenomys minutus (RODENTIA: CTENOMYIDAE)

Kubiak, Bruno Busnello January 2017 (has links)
Os diferentes aspectos relacionados à biologia e história de vida de uma espécie são moldados pela seleção natural relacionada com o ambiente ocupado. Além disso, as espécies não vivem isoladas e interações intra e interespecíficas também são fatores determinantes que podem agir sobre as características das espécies. Contudo, identificar e relacionar os fatores que forjam estes aspectos não é uma tarefa simples e tem sido um dos maiores interesses da biologia. Ao longo deste estudo será utilizado um roedor subterrâneo como alvo para compreender como interações bióticas e abióticas influenciam no comportamento, ecologia e evolução desta espécie. A espécie escolhida foi Ctenomys minutus, Nhering, 1886, que pertence à família Ctenomyidae, a qual apresenta o maior número de espécies entre os roedores subterrâneos, aproximadamente 70. As características principais que levaram a escolha desta espécie é que, diferentemente das demais espécies do gênero, ela apresenta distribuição em dois habitats com características distintas (dunas arenosas e campos arenosos) e possui zonas de contato com a espécie Ctenomys flamarioni, Travi, 1981 ao longo de sua distribuição, tornando-a um excelente modelo para testar o objetivo proposto neste trabalho. Para isso, este estudo é divido em quatro capítulos que utilizam diferentes ferramentas (modelagem de nicho ecológico, morfometria geométrica e análise do tamanho da área de vida) para alcançar objetivos distintos, fornecendo assim informações que se somam para o esclarecimento do objetivo principal. No cap. 1, utilizando a modelagem de nicho ecológico foi possível perceber que Ctenomys minutus e Ctenomys flamarioni não se excluem competitivamente. No entanto, a morfometria geométrica nos permite perceber a existência de deslocamento de caracteres em uma das espécies. Ctenomys minutus apresenta menor tamanho quando em contato com C. flamarioni. Sendo assim, é possível afirmar que mesmo não sendo detectadas evidências que suportem a exclusão competitiva entre as espécies em um cenário macro geográfico a interação entre elas pode fazer com que possuam diferenciações na seleção do habitat que possivelmente acarretaram na diferenciação morfológica de uma das espécies (Ctenomys minutus). Já nos cap. 2 e 3 foi explorado o tamanho da área de vida de Ctenomys minutus e se percebe que o tipo de habitat é um fator determinante na diferenciação desta característica. Indivíduos que ocupam o habitat de dunas costeiras possuem áreas de vida significativamente maiores que animais da mesma espécie que ocupam o habitat de campos arenosos. Por outro lado, a coexistência com Ctenomys flamarioni não parece influenciar o tamanho da área de vida de nenhuma das espécies, evidenciando que interações bióticas podem não influenciar significativamente nesta característica ecológica e comportamental. Além disso, no cap. 4 são apresentados resultados que evidenciam que o tipo de habitat parece ser um fator importante na determinação da força de mordida e forma do crânio de Ctenomys minutus. Os animais que habitam os campos arenosos possuem diferenciações na forma crânio em relação a animais coespecíficos que habitam as dunas costeiras. Isto parece estar intimamente ligado com a diferenciação da força da mordida destes animais, onde indivíduos que habitam os campos arenosos possuem maiores forças de mordida em comparação a indivíduos que habitam as dunas costeiras. De modo geral é possível concluir que as interações bióticas experimentadas por Ctenomys minutus possuem influência direta na seleção de habitat da espécie e diferenciação morfológica (deslocamento de caracteres), contudo, não parece influenciar em aspectos comportamentais relacionados ao tamanho da área de vida dos indivíduos. Já as interações abióticas, neste caso a ocupação de diferentes tipos de habitats, influenciam diretamente na diferenciação ecológica e comportamental em relação ao tamanho da área de diferenças morfológicas do crânio, culminando na diferenciação da força da mordida e possivelmente podendo levar a diferenciações evolutivas destas populações.
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Influência de fatores bióticos e abióticos sobre o comportamento, ecologia e evolução da espécie Ctenomys minutus (RODENTIA: CTENOMYIDAE)

Kubiak, Bruno Busnello January 2017 (has links)
Os diferentes aspectos relacionados à biologia e história de vida de uma espécie são moldados pela seleção natural relacionada com o ambiente ocupado. Além disso, as espécies não vivem isoladas e interações intra e interespecíficas também são fatores determinantes que podem agir sobre as características das espécies. Contudo, identificar e relacionar os fatores que forjam estes aspectos não é uma tarefa simples e tem sido um dos maiores interesses da biologia. Ao longo deste estudo será utilizado um roedor subterrâneo como alvo para compreender como interações bióticas e abióticas influenciam no comportamento, ecologia e evolução desta espécie. A espécie escolhida foi Ctenomys minutus, Nhering, 1886, que pertence à família Ctenomyidae, a qual apresenta o maior número de espécies entre os roedores subterrâneos, aproximadamente 70. As características principais que levaram a escolha desta espécie é que, diferentemente das demais espécies do gênero, ela apresenta distribuição em dois habitats com características distintas (dunas arenosas e campos arenosos) e possui zonas de contato com a espécie Ctenomys flamarioni, Travi, 1981 ao longo de sua distribuição, tornando-a um excelente modelo para testar o objetivo proposto neste trabalho. Para isso, este estudo é divido em quatro capítulos que utilizam diferentes ferramentas (modelagem de nicho ecológico, morfometria geométrica e análise do tamanho da área de vida) para alcançar objetivos distintos, fornecendo assim informações que se somam para o esclarecimento do objetivo principal. No cap. 1, utilizando a modelagem de nicho ecológico foi possível perceber que Ctenomys minutus e Ctenomys flamarioni não se excluem competitivamente. No entanto, a morfometria geométrica nos permite perceber a existência de deslocamento de caracteres em uma das espécies. Ctenomys minutus apresenta menor tamanho quando em contato com C. flamarioni. Sendo assim, é possível afirmar que mesmo não sendo detectadas evidências que suportem a exclusão competitiva entre as espécies em um cenário macro geográfico a interação entre elas pode fazer com que possuam diferenciações na seleção do habitat que possivelmente acarretaram na diferenciação morfológica de uma das espécies (Ctenomys minutus). Já nos cap. 2 e 3 foi explorado o tamanho da área de vida de Ctenomys minutus e se percebe que o tipo de habitat é um fator determinante na diferenciação desta característica. Indivíduos que ocupam o habitat de dunas costeiras possuem áreas de vida significativamente maiores que animais da mesma espécie que ocupam o habitat de campos arenosos. Por outro lado, a coexistência com Ctenomys flamarioni não parece influenciar o tamanho da área de vida de nenhuma das espécies, evidenciando que interações bióticas podem não influenciar significativamente nesta característica ecológica e comportamental. Além disso, no cap. 4 são apresentados resultados que evidenciam que o tipo de habitat parece ser um fator importante na determinação da força de mordida e forma do crânio de Ctenomys minutus. Os animais que habitam os campos arenosos possuem diferenciações na forma crânio em relação a animais coespecíficos que habitam as dunas costeiras. Isto parece estar intimamente ligado com a diferenciação da força da mordida destes animais, onde indivíduos que habitam os campos arenosos possuem maiores forças de mordida em comparação a indivíduos que habitam as dunas costeiras. De modo geral é possível concluir que as interações bióticas experimentadas por Ctenomys minutus possuem influência direta na seleção de habitat da espécie e diferenciação morfológica (deslocamento de caracteres), contudo, não parece influenciar em aspectos comportamentais relacionados ao tamanho da área de vida dos indivíduos. Já as interações abióticas, neste caso a ocupação de diferentes tipos de habitats, influenciam diretamente na diferenciação ecológica e comportamental em relação ao tamanho da área de diferenças morfológicas do crânio, culminando na diferenciação da força da mordida e possivelmente podendo levar a diferenciações evolutivas destas populações.
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Impacto automotivo em populações de Ctenomys minutus na planície costeira do RS : avaliação do teor de metais tóxicos e medição de lipoperoxidação

Ferreira, Carlos Jose Sarmento January 2003 (has links)
Os metais presentes no material particulado lançado pelas emissões veiculares, quando em grandes concentrações podem apresentar toxicidade aos organismos vegetais e animais. Metais de transição, são na maioria das vezes indutores da formação de radicais livres nos sistemas biológicos, causando uma consequente peroxidação de moléculas orgânicas. A peroxidação de lipídios é uma evidência da injúria causada por radicais livres. Os objetivos deste trabalho são verificar o impacto ambiental causado por tráfego automotivo com caracterização da concentração de metais tóxicos em diferentes compartimentos ambientais em áreas próximas a estradas e a sua correlação com a formação de lipoperóxidos na citada espécie. Foram capturados indivíduos de Ctenomys minutus (em três locais e nas quatro estações do ano) com auxílio de armadilha do tipo Oneida-Victor n° zero e anestesiados com Zoletil. De cada animal foi retirado 1 a 2 ml de sangue de cada animal para quantificação de subprodutos da lipoperoxidação Em cada ponto de amostragem foram retiradas alíquotas de pêlos e pelotas fecais do animal, de vegetação da qual o animal se alimenta e de solo para formação de amostras compostas representativas do ponto de coleta. Foi dosada a concentração de Cd, Ni, Pb e Zn via atomização eletrotérmica em Forno de Grafite ou via atomização em Espectrofotômetro de Chama. Em relação aos aspectos ambientais, o estudo possibilitou a avaliação do grau de contaminação de metais tóxicos em compartimentos do ambiente em estudo, assim como a avaliação de alguns efeitos biológicos causados pelas emissões veiculares em Ctenomys minutus.
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Relação entre a distribuição espacial e características ambientais de duas espécies de tuco-tuco (RODENTA: CTENOMYS) em uma nova área de simpatria para o gênero na planície costeira do sul do Brasil

Kubiak, Bruno Busnello January 2013 (has links)
A família Ctenomyidae é o grupo mais diverso em número de espécies de mamíferos subterrâneos, compreendendo apenas um gênero (Ctenomys) e mais de 60 espécies viventes. Os roedores do gênero Ctenomys, comumente chamados de tuco-tucos, apresentam uma distribuição endêmica na América do Sul, ocorrendo desde o sul da Bolívia e Peru até a Terra do Fogo, na Argentina. Ao longo dessa distribuição podem ser encontrados desde o nível do mar até mais de 3700 metros de altitude. Caracterizam-se por passar a maior parte de suas vidas abaixo da superfície da terra, desempenhando suas principais funções vitais em sistemas de tuneis. No Brasil, são descritos oito espécies de tuco-tucos. Três deles distribuem-se no estado de Mato Grosso e as outras cinco espécies apresentam distribuição para o estado do Rio Grande do Sul (RS). Dentre estas, duas foram especialmente estudadas neste trabalho: Ctenomys flamarioni, popularmente conhecido como tuco-tuco-das-dunas, possui uma distribuição restrita a primeira faixa de dunas de areias móveis da Planície Costeira do RS, desde Arroio Teixeira, ao norte, até Santa Vitória do Palmar, ao sul, e Ctenomys minutus sendo registrada desde Laguna em Santa Catarina, até a cidade de São José do Norte no RS. De forma geral, as espécies de Ctenomys apresentam distribuição alopátrica. Até recentemente, somente um caso de simpatria era conhecido para o gênero, entre as espécies C. australis e C. talarum, que exibem segregação na seleção dos microhabitats, diferindo em relação às características do solo e da vegetação. Nosso estudo fornece informações inéditas sobre o registro de duas novas áreas de simpatria para o gênero Ctenomys, bem como a relação das características do habitat selecionado pelas duas espécies, em uma destas áreas de simpatria e em locais onde ocorrem alopatricamente, com o objetivo de compreender a coexistência destas táxons. Neste estudo testamos a hipótese de que as espécies utilizam locais com características ambientais distintas, selecionando o habitat de acordo com a dureza do solo, cobertura e biomassa vegetal na área de simpatria. Assim, buscamos investigar se este padrão de seleção difere do encontrado quando as espécies distribuem-se de forma alopátrica. Para a captura dos indivíduos de C. flamarioni e C. minutus foram selecionadas nove áreas ao longo da Planície Costeira do Estado do RS. Três áreas para cada uma das espécies com distribuição alopátrica e três áreas onde as espécies ocorrem em simpatria. As amostragens foram realizadas durante o período de um ano (2011-2012) e em cada área amostrada foi capturados um total de 10 indivíduos, sendo que na área de simpatria foram coletados cinco indivíduos de cada espécie. Nas mesmas áreas onde foram efetuadas as coletas dos animais também foram realizadas amostragens para estimar a dureza do solo, biomassa e cobertura vegetal. Durante o desenvolvimento deste trabalho registramos duas novas áreas de simpatria para C. flamarioni e C. minutus. Além disso, foram feitos registros que ampliam a distribuição geográfica da espécie C. flamarioni. A primeira área de simpatria encontra-se localizada na porção norte da Planície Costeira do estado do RS, e as espécies encontram-se em simpatria na região da primeira faixa de dunas costeiras. A segunda área fica localizada na porção sul do Estado, diferentemente da área na porção norte, está área de simpatria não ocorre no ambiente de dunas, as espécies entram em contato nos campos arenosos. Nossos resultados demonstram que as espécies utilizam diferentes ambientes quando em simpatria, diferindo quanto às características do habitat. Comparando os ambientes utilizados por C. flamarioni quando ocorre em alopatria com os ambientes utilizados em simpatria, percebe-se que existe uma diferença significativa na maior parte das características ambientais mensuradas, como dureza do solo e composição vegetal. Por outro lado, quando comparamos as características ambientais utilizadas por C. minutus, em simpatria e alopatria não é encontrada nenhuma diferença significativamente nas características do habitat selecionado pelos indivíduos. O registro destas duas áreas de simpatria traz importantes informações para o gênero, contudo, são necessários mais estudos, principalmente na região localizada na porção sul, para a delimitação da área de simpatria, caracterização do ambiente e principalmente interações interespecíficas.
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Impacto automotivo em populações de Ctenomys minutus na planície costeira do RS : avaliação do teor de metais tóxicos e medição de lipoperoxidação

Ferreira, Carlos Jose Sarmento January 2003 (has links)
Os metais presentes no material particulado lançado pelas emissões veiculares, quando em grandes concentrações podem apresentar toxicidade aos organismos vegetais e animais. Metais de transição, são na maioria das vezes indutores da formação de radicais livres nos sistemas biológicos, causando uma consequente peroxidação de moléculas orgânicas. A peroxidação de lipídios é uma evidência da injúria causada por radicais livres. Os objetivos deste trabalho são verificar o impacto ambiental causado por tráfego automotivo com caracterização da concentração de metais tóxicos em diferentes compartimentos ambientais em áreas próximas a estradas e a sua correlação com a formação de lipoperóxidos na citada espécie. Foram capturados indivíduos de Ctenomys minutus (em três locais e nas quatro estações do ano) com auxílio de armadilha do tipo Oneida-Victor n° zero e anestesiados com Zoletil. De cada animal foi retirado 1 a 2 ml de sangue de cada animal para quantificação de subprodutos da lipoperoxidação Em cada ponto de amostragem foram retiradas alíquotas de pêlos e pelotas fecais do animal, de vegetação da qual o animal se alimenta e de solo para formação de amostras compostas representativas do ponto de coleta. Foi dosada a concentração de Cd, Ni, Pb e Zn via atomização eletrotérmica em Forno de Grafite ou via atomização em Espectrofotômetro de Chama. Em relação aos aspectos ambientais, o estudo possibilitou a avaliação do grau de contaminação de metais tóxicos em compartimentos do ambiente em estudo, assim como a avaliação de alguns efeitos biológicos causados pelas emissões veiculares em Ctenomys minutus.
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Relação entre a distribuição espacial e características ambientais de duas espécies de tuco-tuco (RODENTA: CTENOMYS) em uma nova área de simpatria para o gênero na planície costeira do sul do Brasil

Kubiak, Bruno Busnello January 2013 (has links)
A família Ctenomyidae é o grupo mais diverso em número de espécies de mamíferos subterrâneos, compreendendo apenas um gênero (Ctenomys) e mais de 60 espécies viventes. Os roedores do gênero Ctenomys, comumente chamados de tuco-tucos, apresentam uma distribuição endêmica na América do Sul, ocorrendo desde o sul da Bolívia e Peru até a Terra do Fogo, na Argentina. Ao longo dessa distribuição podem ser encontrados desde o nível do mar até mais de 3700 metros de altitude. Caracterizam-se por passar a maior parte de suas vidas abaixo da superfície da terra, desempenhando suas principais funções vitais em sistemas de tuneis. No Brasil, são descritos oito espécies de tuco-tucos. Três deles distribuem-se no estado de Mato Grosso e as outras cinco espécies apresentam distribuição para o estado do Rio Grande do Sul (RS). Dentre estas, duas foram especialmente estudadas neste trabalho: Ctenomys flamarioni, popularmente conhecido como tuco-tuco-das-dunas, possui uma distribuição restrita a primeira faixa de dunas de areias móveis da Planície Costeira do RS, desde Arroio Teixeira, ao norte, até Santa Vitória do Palmar, ao sul, e Ctenomys minutus sendo registrada desde Laguna em Santa Catarina, até a cidade de São José do Norte no RS. De forma geral, as espécies de Ctenomys apresentam distribuição alopátrica. Até recentemente, somente um caso de simpatria era conhecido para o gênero, entre as espécies C. australis e C. talarum, que exibem segregação na seleção dos microhabitats, diferindo em relação às características do solo e da vegetação. Nosso estudo fornece informações inéditas sobre o registro de duas novas áreas de simpatria para o gênero Ctenomys, bem como a relação das características do habitat selecionado pelas duas espécies, em uma destas áreas de simpatria e em locais onde ocorrem alopatricamente, com o objetivo de compreender a coexistência destas táxons. Neste estudo testamos a hipótese de que as espécies utilizam locais com características ambientais distintas, selecionando o habitat de acordo com a dureza do solo, cobertura e biomassa vegetal na área de simpatria. Assim, buscamos investigar se este padrão de seleção difere do encontrado quando as espécies distribuem-se de forma alopátrica. Para a captura dos indivíduos de C. flamarioni e C. minutus foram selecionadas nove áreas ao longo da Planície Costeira do Estado do RS. Três áreas para cada uma das espécies com distribuição alopátrica e três áreas onde as espécies ocorrem em simpatria. As amostragens foram realizadas durante o período de um ano (2011-2012) e em cada área amostrada foi capturados um total de 10 indivíduos, sendo que na área de simpatria foram coletados cinco indivíduos de cada espécie. Nas mesmas áreas onde foram efetuadas as coletas dos animais também foram realizadas amostragens para estimar a dureza do solo, biomassa e cobertura vegetal. Durante o desenvolvimento deste trabalho registramos duas novas áreas de simpatria para C. flamarioni e C. minutus. Além disso, foram feitos registros que ampliam a distribuição geográfica da espécie C. flamarioni. A primeira área de simpatria encontra-se localizada na porção norte da Planície Costeira do estado do RS, e as espécies encontram-se em simpatria na região da primeira faixa de dunas costeiras. A segunda área fica localizada na porção sul do Estado, diferentemente da área na porção norte, está área de simpatria não ocorre no ambiente de dunas, as espécies entram em contato nos campos arenosos. Nossos resultados demonstram que as espécies utilizam diferentes ambientes quando em simpatria, diferindo quanto às características do habitat. Comparando os ambientes utilizados por C. flamarioni quando ocorre em alopatria com os ambientes utilizados em simpatria, percebe-se que existe uma diferença significativa na maior parte das características ambientais mensuradas, como dureza do solo e composição vegetal. Por outro lado, quando comparamos as características ambientais utilizadas por C. minutus, em simpatria e alopatria não é encontrada nenhuma diferença significativamente nas características do habitat selecionado pelos indivíduos. O registro destas duas áreas de simpatria traz importantes informações para o gênero, contudo, são necessários mais estudos, principalmente na região localizada na porção sul, para a delimitação da área de simpatria, caracterização do ambiente e principalmente interações interespecíficas.

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