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Determinantes do déficit antropométrico em crianças menores de 5 anos de idade em Tete- Moçambique. Uma abordagem hierarquizadaDaniel, Jonas Baltazar 19 December 2014 (has links)
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Dissertação_Nut_ Jonas Baltazar Daniel.pdf: 825221 bytes, checksum: 1e3a8dc60431c11847f5024b3f235852 (MD5) / OBJETIVO identificar os fatores determinantes do déficit de crescimento ponderal e linear em crianças menores de 5 anos de idade. MÉTODOS Estudo transversal com dados secundários de estudo realizado em 2012, em quatro distritos Angonia, Tsangano, Magoe e Changara na província de Tete em Moçambique, que envolveu 628 crianças. Utilizou-se a técnica de regressão polinomial e abordagem hierarquizada para determinar os fatores associados aos déficits ponderal e linear. RESULTADOS A prevalência do déficit ponderal moderado e grave foi 19,3% e para altura para a idade foi de 41,9%. No nível básico a posse de 0 a 1 bem material durável se associou com o déficit leve do peso em relação á idade (OR;1,46: IC: 1,02-2,11) e o tercil de posse de 0 a 1 bem aumentou em 2,71 (IC: 1,23-5,96) e em 3,12 vezes (IC: 1,40-7,00) o déficit linear leve e moderado/grave, respectivamente. A falta de acesso á terra pelo agregado familiar aumentou em 98% (IC: 1,02-3,83) a prevalência do déficit leve do indicador peso para a idade. Os fatores situados no nível intermediário da determinação, após o ajuste pelas variáveis do nível básico, revelaram que a ausência de latrina no domicilio elevou em 2,01 vezes (IC: 1,09-3,70) o déficit moderado e grave do peso e ter latrina não melhorada elevou em 2,17 vezes (IC: 1,02-4,61) a forma moderada/grave do déficit da altura/idade. O nível de escolaridade primária materna (OR; 2,38: IC: 1,11-5,10) também se associou com a forma leve da deficiência ponderal. No nível imediato da hierarquia foram identificadas que a desparasitação da criança (OR; 1,91: IC: 1,07-3,40) considerada neste estudo como proxy da morbidade parasitária e a tosse (OR; 2,42: IC: 1,49-3,93) se associaram com os déficits moderado e grave do peso em relação a idade. Registrou-se ainda que as crianças que não consumiam leite materno tiveram déficits 1,91 vezes mais elevado (IC: 1,04-3,52) de deficiência no crescimento linear, quando comparado com aquele de crianças que mamavam ao peito no momento da entrevista. Conclusões: Assim, pode-se concluir que nos países onde as condições precárias de vida marcantes, os fatores determinantes da saúde e nutrição na infância se inter-relacionam em diferentes níveis de hierarquia e, as condições sociais e econômicas determinam o padrão inadequado de acesso e consumo de bens materiais de subsistência que juntos constroem o perfil de risco para o estado de saúde e doença nesta população.
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