Spelling suggestions: "subject:"daptomicina"" "subject:"leptomicina""
1 |
Caracterização fenotípica e genotípica de Staphylococcus aureus resistentes à meticilina (MRSA) isolados de sítios de infecção de pacientes em um hospital de São Carlos / Phenotipic characterization of Meticillin resistant S. aureus (MRSA) isolated from infection sites of pactients from a São Carlos (SP) hospitalOkado, Jessica Baleiro 13 November 2017 (has links)
MRSA podem ser resistentes à maioria dos antimicrobianos por aquisição de elementos genéticos móveis ou mutações e algumas linhagens representam um grande desafio para o tratamento de suas infecções. Além disso, resistência heterogênea pode existir em taxas subestimadas e causar falha em tratamento. A investigação de disseminação de linhagens específicas de MRSA, adoção de medidas que diminuam a possibilidade de surtos e políticas que evitem uso excessivo de antibióticos são ações importantes que devem ser tomadas em hospitais. Este estudo objetivou caracterizar MRSA, de um hospital de São Carlos-SP, genotipica e fenotipicamente. No período de julho de 2011 a janeiro de 2012, foram isolados 34 S. aureus de diferentes pacientes, sendo que 27 (79,4%) foram identificados como MRSA. Tipagem por PFGE resultou em três pulsotipos e prevalência das linhagens ST105/ST5-SCCmecII. Beta hemólise e presença simultânea dos genes seh/sei/sem/seo/sem/lukDE/hla/hlb/hlg foram encontrados em 96,3% e 85% dos isolados, respectivamente, com nenhum isolado alta produção de biofilme, pelo método utilizado. Nos ensaios de sensibilidade, o isolado SCMSC29 foi caracterizado como S. aureus com resistência intermediária heterogênea à vancomicina (hVISA) e SCMSC29 e SCMSC35 como S. aureus não-sensíveis heterogenêos à daptomicina (hDNSSA), todos confirmados por análise de população. Na tentiva de elucidar os mecanismos de heterorresistência, foram realizados ensaios comparando os isolados heterogêneos com o sensível SCMSC31, relacionado por similaridade. O fenótipo hVISA e hDNSSA apresentado pelo isolado SCMSC29, aparenta estar relacionado com um aumento da expressão dos genes graR, vraR, rpoB, mprF e dltA, sutil aumento da espessura de parede celular, redução de autólise e uma mutação no gene mprF (T551A). O fenótipo hDNSSA de SCMSC35, pode estar associado a mutação encontrada nos genes rpoB (T622A), mprF (M347L, L720F) e aumento da espessura da parede celular. Apesar destes preocupantes fenótipos encontrados, alternativas de tratamento testadas (teicoplanina, linezolida, tetraciclina, tigeciclina, quinupristinadalfopristina e tedizolida) foram ativas contra todos os isolados. Assim, hVISA e hDNSSA foram encontrados entre isolados ST105/ST5-SCCmecII, que demonstraram mutações pontuais e tendência de espessamento de parede celular. O novo antimicrobiano tedizolida, ainda não utilizado no Brasil, possuiu alta eficiência para estes isolados, mostrada in vitro por ensaios de concentração inibitória mínima. A aparição dos perfis de heteroresistência é um achado preocupante e devem ser tomadas medidas para melhorar o diagnóstico deste fenótipo nos laboratórios clínicos além de se evitar disseminação. A adoção de programas de vigilância e a cautela no uso destes antibióticos são importantes para monitorar possível disseminação e para não haver seleção de clones resistentes e co-resistentes a vários outros antibióticos. / MRSA may be resistant to most antimicrobials by the acquisition of mobile genetic elements or mutations and some strains represent a huge challenge for infection treatment. In addition, heterogeneous resistance may exist at underestimated rates and cause treatment failure. Actions such as research of specific MRSA strains spread, adoption of measures that reduce the possibility of outbreaks and policies that avoid excessive use of antibiotics are important and must be taken in hospitals. This study aimed to characterize genotypically and phenotypically, MRSA from a São Carlos-SP hospital. From July 2011 to January 2012, 34 S. aureus from different patients were isolated, among those 27 (79.4%) were identified as MRSA. Typing by PFGE resulted in three pulsotypes and prevalence of ST105/ST5-SCCmecII strains. Beta hemolysis and simultaneous presence of the seh / sei / sem / seo / sem / / lukDE / hla / hlb / hlg genes were found in 96.3% and 85% of the isolates, respectively, with no good biofilm forming sample. In the sensitivity assays, SCMSC29 isolate was characterized as S. aureus heterogeneous vancomycin intermediate resistant S. aureus (hVISA) and SCMSC29 and SCMSC35 as heterogeneous daptomycin non-susceptible S. aureus (hDNSSA), all confirmed by population analysis profile. In order to elucidate mechanisms of heteroresistance, we performed several comparative analyses between heterogeneous samples and a related sensitive isolate (SCMSC31). The hVISA and hDNSSA phenotype presented by the SCMSC29 isolate appeared to be related to increased expression of graR, vraR, rpoB, mprF and dltA genes, slight increase in cell wall thickness, reduction of autolysis and a mutation in the mprF (T551A), when compared to SCMSC31. The hDNSSA phenotype of SCMSC35 may be associated with a mutation found in rpoB (T622A), mprF (M347L, L720F) and increased cell wall thickness. Despite these worrying phenotypes found, treatment alternatives tested (teicoplanin, linezolid, tetracycline, tigecycline, quinupristindalfopristine and tedizolide) were active against all isolates. In conclusion, hVISA and hDNSSA were found to be among ST105/ST5-SCCmecII lineage and demonstrated cell wall thickening. The new antimicrobial tedizolide, not yet used in Brazil, had greater efficiency, shown in vitro by tests of minimum inhibitory concentration. The appearance of heteroresistance profiles is a troubling finding and measures should be taken to improve the diagnosis of this phenotype in clinical laboratories in addition to avoiding dissemination. The adoption of surveillance programs and the caution in the use of these antibiotics are important to monitor possible dissemination and to avoid the selection of resistant clones and coresistant to several other antibiotics.
|
2 |
Caracterização fenotípica e genotípica de Staphylococcus aureus resistentes à meticilina (MRSA) isolados de sítios de infecção de pacientes em um hospital de São Carlos / Phenotipic characterization of Meticillin resistant S. aureus (MRSA) isolated from infection sites of pactients from a São Carlos (SP) hospitalJessica Baleiro Okado 13 November 2017 (has links)
MRSA podem ser resistentes à maioria dos antimicrobianos por aquisição de elementos genéticos móveis ou mutações e algumas linhagens representam um grande desafio para o tratamento de suas infecções. Além disso, resistência heterogênea pode existir em taxas subestimadas e causar falha em tratamento. A investigação de disseminação de linhagens específicas de MRSA, adoção de medidas que diminuam a possibilidade de surtos e políticas que evitem uso excessivo de antibióticos são ações importantes que devem ser tomadas em hospitais. Este estudo objetivou caracterizar MRSA, de um hospital de São Carlos-SP, genotipica e fenotipicamente. No período de julho de 2011 a janeiro de 2012, foram isolados 34 S. aureus de diferentes pacientes, sendo que 27 (79,4%) foram identificados como MRSA. Tipagem por PFGE resultou em três pulsotipos e prevalência das linhagens ST105/ST5-SCCmecII. Beta hemólise e presença simultânea dos genes seh/sei/sem/seo/sem/lukDE/hla/hlb/hlg foram encontrados em 96,3% e 85% dos isolados, respectivamente, com nenhum isolado alta produção de biofilme, pelo método utilizado. Nos ensaios de sensibilidade, o isolado SCMSC29 foi caracterizado como S. aureus com resistência intermediária heterogênea à vancomicina (hVISA) e SCMSC29 e SCMSC35 como S. aureus não-sensíveis heterogenêos à daptomicina (hDNSSA), todos confirmados por análise de população. Na tentiva de elucidar os mecanismos de heterorresistência, foram realizados ensaios comparando os isolados heterogêneos com o sensível SCMSC31, relacionado por similaridade. O fenótipo hVISA e hDNSSA apresentado pelo isolado SCMSC29, aparenta estar relacionado com um aumento da expressão dos genes graR, vraR, rpoB, mprF e dltA, sutil aumento da espessura de parede celular, redução de autólise e uma mutação no gene mprF (T551A). O fenótipo hDNSSA de SCMSC35, pode estar associado a mutação encontrada nos genes rpoB (T622A), mprF (M347L, L720F) e aumento da espessura da parede celular. Apesar destes preocupantes fenótipos encontrados, alternativas de tratamento testadas (teicoplanina, linezolida, tetraciclina, tigeciclina, quinupristinadalfopristina e tedizolida) foram ativas contra todos os isolados. Assim, hVISA e hDNSSA foram encontrados entre isolados ST105/ST5-SCCmecII, que demonstraram mutações pontuais e tendência de espessamento de parede celular. O novo antimicrobiano tedizolida, ainda não utilizado no Brasil, possuiu alta eficiência para estes isolados, mostrada in vitro por ensaios de concentração inibitória mínima. A aparição dos perfis de heteroresistência é um achado preocupante e devem ser tomadas medidas para melhorar o diagnóstico deste fenótipo nos laboratórios clínicos além de se evitar disseminação. A adoção de programas de vigilância e a cautela no uso destes antibióticos são importantes para monitorar possível disseminação e para não haver seleção de clones resistentes e co-resistentes a vários outros antibióticos. / MRSA may be resistant to most antimicrobials by the acquisition of mobile genetic elements or mutations and some strains represent a huge challenge for infection treatment. In addition, heterogeneous resistance may exist at underestimated rates and cause treatment failure. Actions such as research of specific MRSA strains spread, adoption of measures that reduce the possibility of outbreaks and policies that avoid excessive use of antibiotics are important and must be taken in hospitals. This study aimed to characterize genotypically and phenotypically, MRSA from a São Carlos-SP hospital. From July 2011 to January 2012, 34 S. aureus from different patients were isolated, among those 27 (79.4%) were identified as MRSA. Typing by PFGE resulted in three pulsotypes and prevalence of ST105/ST5-SCCmecII strains. Beta hemolysis and simultaneous presence of the seh / sei / sem / seo / sem / / lukDE / hla / hlb / hlg genes were found in 96.3% and 85% of the isolates, respectively, with no good biofilm forming sample. In the sensitivity assays, SCMSC29 isolate was characterized as S. aureus heterogeneous vancomycin intermediate resistant S. aureus (hVISA) and SCMSC29 and SCMSC35 as heterogeneous daptomycin non-susceptible S. aureus (hDNSSA), all confirmed by population analysis profile. In order to elucidate mechanisms of heteroresistance, we performed several comparative analyses between heterogeneous samples and a related sensitive isolate (SCMSC31). The hVISA and hDNSSA phenotype presented by the SCMSC29 isolate appeared to be related to increased expression of graR, vraR, rpoB, mprF and dltA genes, slight increase in cell wall thickness, reduction of autolysis and a mutation in the mprF (T551A), when compared to SCMSC31. The hDNSSA phenotype of SCMSC35 may be associated with a mutation found in rpoB (T622A), mprF (M347L, L720F) and increased cell wall thickness. Despite these worrying phenotypes found, treatment alternatives tested (teicoplanin, linezolid, tetracycline, tigecycline, quinupristindalfopristine and tedizolide) were active against all isolates. In conclusion, hVISA and hDNSSA were found to be among ST105/ST5-SCCmecII lineage and demonstrated cell wall thickening. The new antimicrobial tedizolide, not yet used in Brazil, had greater efficiency, shown in vitro by tests of minimum inhibitory concentration. The appearance of heteroresistance profiles is a troubling finding and measures should be taken to improve the diagnosis of this phenotype in clinical laboratories in addition to avoiding dissemination. The adoption of surveillance programs and the caution in the use of these antibiotics are important to monitor possible dissemination and to avoid the selection of resistant clones and coresistant to several other antibiotics.
|
3 |
Análise epidemiológica molecular de Staphylococcus aureus resistentes à meticilina (MRSA) isolados de colonização de pacientes HIV positivos internados em uma instituição de saúde da cidade de Ribeirão Preto / Epidemiological molecular analysis of Methicilin-resistant Staphylococcus aureus (MRSA) isolated from HIV positive patient colonization, from a health institution at Ribeirão Preto, São PauloOkado, Jessica Baleiro 18 July 2014 (has links)
Estima-se que 30% da população mundial esteja colonizada por Staphylococcus aureus. Indivíduos portadores de HIV/AIDS possuem maiores riscos de colonização e infecções causadas por S. aureus resistente à meticilina (MRSA), devido a seu estado imunológico comprometido, frequente uso de antibióticos e reinternações hospitalares. Linhagens de MRSA emergiram na década de 60, logo após a introdução da meticilina, devido a aquisição de genes que codificam proteínas ligadoras de penicilinas modificadas, mecA e mecC, contidos no elemento genético móvel SCCmec (do inglês, Staphylococcal Cassete Chromossome). Este estudo buscou caracterizar amostras de MRSA de pacientes com HIV/AIDS, isoladas no primeiro e sétimo dia de internação no hospital, e de seus profissionais de saúde, do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, no período de abril de 2011 a maio de 2013. Os objetivos foram caracterizar fenotípica e genotipicamente os isolados de MRSA e comparar as linhagens, a fim de observar se havia disseminação entre os pacientes ou entre estes e profissionais de saúde relacionados. Foi realizada caracterização por perfil de sensibilidade, determinação do elemento SCCmec, eletroforese em campos pulsados (PFGE, do inglês, Pulsed Field Gel Electrophoresis) e tipagem por sequenciamento de Multilocus (MLST). Foram pesquisados os tipos de hemólise produzidos e a presença de gene para produção da Leucocidina Panton Valentine (PVL). Vinte pacientes encontravam-se colonizados no primeiro dia de internação, treze após uma semana e três profissionais da saúde estavam colonizados durante o estudo. Quando excluídas as amostras consideradas duplicatas, SCCmecIV foi o elemento predominante. Grande variedade clonal de MRSA foi encontrada nos pacientes, totalizando 11 pulsotipos. ST239-SCCmecIII, relacionado ao Clone Endêmico Brasileiro (BEC), foi isolado de pacientes logo no primeiro dia de internação, provavelmente devido à prévia internação. O profissional de saúde P1 apresentou colonização por MRSA caracterizado como pulsotipo E, que persistiu após o tratamento para descolonização. P1 foi tratado novamente e posteriormente foi observado isolado com pulsotipo J, sugerindo ser um clone diferente dos anteriores, mas ainda com linhagem ST105-SCCmecII. Apenas um isolado, do paciente 5, apresentou grande similaridade (92,3%) com um isolado do profissional de saúde (P1). Entretanto, houve intervalo de 10 meses entre as coletas e não há indício de transmissão direta de uma pessoa para outra. Presença do gene da PVL foi encontrada em apenas dois isolados. Três amostras de MRSA foram caracterizadas como hVISA (do inglês, heterogeneous Vancomycin Intermediate Staphylococcus aureus) e dois deles possuíam resistência intermediária à teicoplanina. Um isolado apresentou resistência à daptomicina em 48h de incubação com uma população heterogênea detectada. Todos foram sensíveis a quinupristina-dalfopristina, linezolida e tigeciclina. Concluímos que não houve disseminação de uma linhagem específica entre os pacientes, ou entre profissionais de saúde e pacientes e não foi observada relação entre o tempo de estadia no hospital e aquisição de uma linhagem em específico. No entanto, algumas linhagens com perfis de resistência muito preocupantes, como hVISA e com heterorresistência à daptomicina, foram isoladas e requerem atenção e monitoramento, com programas de vigilância e adoção de práticas de segurança e higiene no trabalho por parte dos profissionais de saúde. / It is estimated that 30 % of the world population is colonized by Staphylococcus aureus. Individuals with HIV/AIDS have a higher risk of colonization and infection caused by methicillin-resistant S. aureus (MRSA), due to their compromised immune system, frequent use of antibiotics and hospital readmissions. Strains of MRSA emerged in the 60s, shortly after the introduction of methicillin. Such resistance is caused by acquisition of genes encoding modified penicillin binding proteins, mecA and mecC, contained in the mobile genetic element SCCmec (Staphylococcal Cassette Chromosome). This study aimed to characterize MRSA isolated from patients with HIV/AIDS, in the first and seventh day of hospitalization, and their health care professionals, at the Clinical Hospital of Ribeirão Preto, in the period of April 2011 to May 2013. The objectives were to characterize phenotypic and genotypically MRSA isolates in order to observe if there was some lineage spread among patients or between these and related health professionals. MRSA isolates were characterized by susceptibility profile, SCCmec element typing, pulsed field gel electrophoresis (PFGE) and multilocus sequencing typing (MLST). Pattern of hemolysis and the presence of the gene for production of Leukocidin Panton Valentine (PVL) were determined. Twenty patients were colonized on the first day of hospitalization, thirteen patients in a week and only three health care professionals were colonized during the study. SCCmecIV was the predominant element when samples considered duplicates were excluded. Large variety of MRSA clones was found in patients with 11 pulsotypes. ST239-SCCmecIII, related to Brazilian Endemic Clone (BEC), was isolated from patients on the first day of hospitalization, probably due to previous hospital admission. Professional P1 was colonized by MRSA isolate characterized as pulsotype E which persisted after treatment for decolonization. P1 was treated again and was observed with a pulsotype J isolate, which suggests being a different clone of the same lineage ST105-SCCmecII. Only one sample, from patient 5, showed high similarity (92.3 %) with this health professional isolate (P1). However, there was an interval of 10 months between the collections and there is no evidence of direct transmission from one person to another. Presence of the PVL gene was found in only two isolates. Three MRSA isolates were characterized as hVISA (heterogeneous Vancomycin Intermediate S. aureus) and two of them were also intermediate resistant to teicoplanin. One isolate showed resistance to daptomycin in 48h incubation and heterogeneous population was detected. All isolates were susceptible to quinupristin-dalfopristin, linezolid and tigecycline. We conclude that no spread of a particular strain was found among patients or between health care professionals and patients, and no relationship between duration of hospital stay and acquisition of a specific lineage was observed. However, some strains with resistance profiles very threatening, as hVISA and heteroresistant to daptomycin, were isolated and require attention and monitoring, with surveillance programs and use of safety practices and hygiene by health professionals.
|
4 |
Análise epidemiológica molecular de Staphylococcus aureus resistentes à meticilina (MRSA) isolados de colonização de pacientes HIV positivos internados em uma instituição de saúde da cidade de Ribeirão Preto / Epidemiological molecular analysis of Methicilin-resistant Staphylococcus aureus (MRSA) isolated from HIV positive patient colonization, from a health institution at Ribeirão Preto, São PauloJessica Baleiro Okado 18 July 2014 (has links)
Estima-se que 30% da população mundial esteja colonizada por Staphylococcus aureus. Indivíduos portadores de HIV/AIDS possuem maiores riscos de colonização e infecções causadas por S. aureus resistente à meticilina (MRSA), devido a seu estado imunológico comprometido, frequente uso de antibióticos e reinternações hospitalares. Linhagens de MRSA emergiram na década de 60, logo após a introdução da meticilina, devido a aquisição de genes que codificam proteínas ligadoras de penicilinas modificadas, mecA e mecC, contidos no elemento genético móvel SCCmec (do inglês, Staphylococcal Cassete Chromossome). Este estudo buscou caracterizar amostras de MRSA de pacientes com HIV/AIDS, isoladas no primeiro e sétimo dia de internação no hospital, e de seus profissionais de saúde, do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, no período de abril de 2011 a maio de 2013. Os objetivos foram caracterizar fenotípica e genotipicamente os isolados de MRSA e comparar as linhagens, a fim de observar se havia disseminação entre os pacientes ou entre estes e profissionais de saúde relacionados. Foi realizada caracterização por perfil de sensibilidade, determinação do elemento SCCmec, eletroforese em campos pulsados (PFGE, do inglês, Pulsed Field Gel Electrophoresis) e tipagem por sequenciamento de Multilocus (MLST). Foram pesquisados os tipos de hemólise produzidos e a presença de gene para produção da Leucocidina Panton Valentine (PVL). Vinte pacientes encontravam-se colonizados no primeiro dia de internação, treze após uma semana e três profissionais da saúde estavam colonizados durante o estudo. Quando excluídas as amostras consideradas duplicatas, SCCmecIV foi o elemento predominante. Grande variedade clonal de MRSA foi encontrada nos pacientes, totalizando 11 pulsotipos. ST239-SCCmecIII, relacionado ao Clone Endêmico Brasileiro (BEC), foi isolado de pacientes logo no primeiro dia de internação, provavelmente devido à prévia internação. O profissional de saúde P1 apresentou colonização por MRSA caracterizado como pulsotipo E, que persistiu após o tratamento para descolonização. P1 foi tratado novamente e posteriormente foi observado isolado com pulsotipo J, sugerindo ser um clone diferente dos anteriores, mas ainda com linhagem ST105-SCCmecII. Apenas um isolado, do paciente 5, apresentou grande similaridade (92,3%) com um isolado do profissional de saúde (P1). Entretanto, houve intervalo de 10 meses entre as coletas e não há indício de transmissão direta de uma pessoa para outra. Presença do gene da PVL foi encontrada em apenas dois isolados. Três amostras de MRSA foram caracterizadas como hVISA (do inglês, heterogeneous Vancomycin Intermediate Staphylococcus aureus) e dois deles possuíam resistência intermediária à teicoplanina. Um isolado apresentou resistência à daptomicina em 48h de incubação com uma população heterogênea detectada. Todos foram sensíveis a quinupristina-dalfopristina, linezolida e tigeciclina. Concluímos que não houve disseminação de uma linhagem específica entre os pacientes, ou entre profissionais de saúde e pacientes e não foi observada relação entre o tempo de estadia no hospital e aquisição de uma linhagem em específico. No entanto, algumas linhagens com perfis de resistência muito preocupantes, como hVISA e com heterorresistência à daptomicina, foram isoladas e requerem atenção e monitoramento, com programas de vigilância e adoção de práticas de segurança e higiene no trabalho por parte dos profissionais de saúde. / It is estimated that 30 % of the world population is colonized by Staphylococcus aureus. Individuals with HIV/AIDS have a higher risk of colonization and infection caused by methicillin-resistant S. aureus (MRSA), due to their compromised immune system, frequent use of antibiotics and hospital readmissions. Strains of MRSA emerged in the 60s, shortly after the introduction of methicillin. Such resistance is caused by acquisition of genes encoding modified penicillin binding proteins, mecA and mecC, contained in the mobile genetic element SCCmec (Staphylococcal Cassette Chromosome). This study aimed to characterize MRSA isolated from patients with HIV/AIDS, in the first and seventh day of hospitalization, and their health care professionals, at the Clinical Hospital of Ribeirão Preto, in the period of April 2011 to May 2013. The objectives were to characterize phenotypic and genotypically MRSA isolates in order to observe if there was some lineage spread among patients or between these and related health professionals. MRSA isolates were characterized by susceptibility profile, SCCmec element typing, pulsed field gel electrophoresis (PFGE) and multilocus sequencing typing (MLST). Pattern of hemolysis and the presence of the gene for production of Leukocidin Panton Valentine (PVL) were determined. Twenty patients were colonized on the first day of hospitalization, thirteen patients in a week and only three health care professionals were colonized during the study. SCCmecIV was the predominant element when samples considered duplicates were excluded. Large variety of MRSA clones was found in patients with 11 pulsotypes. ST239-SCCmecIII, related to Brazilian Endemic Clone (BEC), was isolated from patients on the first day of hospitalization, probably due to previous hospital admission. Professional P1 was colonized by MRSA isolate characterized as pulsotype E which persisted after treatment for decolonization. P1 was treated again and was observed with a pulsotype J isolate, which suggests being a different clone of the same lineage ST105-SCCmecII. Only one sample, from patient 5, showed high similarity (92.3 %) with this health professional isolate (P1). However, there was an interval of 10 months between the collections and there is no evidence of direct transmission from one person to another. Presence of the PVL gene was found in only two isolates. Three MRSA isolates were characterized as hVISA (heterogeneous Vancomycin Intermediate S. aureus) and two of them were also intermediate resistant to teicoplanin. One isolate showed resistance to daptomycin in 48h incubation and heterogeneous population was detected. All isolates were susceptible to quinupristin-dalfopristin, linezolid and tigecycline. We conclude that no spread of a particular strain was found among patients or between health care professionals and patients, and no relationship between duration of hospital stay and acquisition of a specific lineage was observed. However, some strains with resistance profiles very threatening, as hVISA and heteroresistant to daptomycin, were isolated and require attention and monitoring, with surveillance programs and use of safety practices and hygiene by health professionals.
|
5 |
DESENVOLVIMENTO E VALIDAÇÃO DE MÉTODOS ANALÍTICOS PARA O DOSEAMENTO DE DAPTOMICINA INJETÁVEL / DEVELOPMENT AND VALIDATION OF ANALYTICAL METHODS TO ASSAY DAPTOMYCIN IN INJECTABLE FORMChrist, Ana Paula 30 August 2013 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / This work presents the development and validation of analytical methods to assay daptomycin injection. Daptomycin is a drug of a new class of antibiotics, known as cyclic lipopeptides. It was approved in USA in 2003 and in Brazil in 2009. Up to now, there are no reports about methods to assay the drug in pharmaceutical products, both in scientific literature or in official compendia. Methods to identify daptomycin in raw material were realized as solubility, melting point, infrared spectrophotometry (IR), ultraviolet spectrophotometry (UV) and differential scanning calorimetry (DSC) and they showed appropriate results. The following methods to assay daptomycin injection were developed and validated: high performance liquid chromatography (HPLC), microbiological assay (turbidimetric) and UV-spectrophotometry. All of them were validated according current guidelines, by the following parameters: specificity, linearity, precision, accuracy and robustness, being all the requirements met. The mean values of daptomycin assay by the three methods were: 100,23 ± 0,59% (HPLC); 100,96 ± 2,58% (turbidimetric assay) and 98,98 ± 1,35% (UV-spectrophotometry). They were compared by ANOVA, which indicated that HPLC and turbidimetric assay are interchangeable. The stress testing showed that daptomycin is very susceptible to alkaline medium and that the degradation follows first order kinetic, in the conditions adopted. It was found that the degradation product(s) of daptomycin do not have antimicrobial activity. Considering their characteristics, HPLC and turbidimetric assays can be used in routine quality control and in stability studies of daptomycin injection. / Este trabalho apresenta o desenvolvimento e validação de métodos analíticos para o doseamento da daptomicina injetável. A daptomicina é um antibiótico pertencente a uma nova classe de antimicrobianos, conhecidos como lipopeptídeos cíclicos. Foi aprovada para comercialização nos Estado Unidos em 2003 e no Brasil em 2009. Até o momento, não foram relatados métodos de quantificação para o fármaco em produtos farmacêuticos, tanto na literatura científica quanto em compêndios oficiais. Foram realizados métodos para a caracterização da matéria-prima como solubilidade, ponto de fusão, espectrofotometria no infravermelho (IV) e na região do ultravioleta (UV) e calorimetria exploratória diferencial (DSC), sendo que os mesmos permitiram a identificação do fármaco na matéria-prima. Os seguintes métodos para análise quantitativa da daptomicina injetável foram desenvolvidos e validados: cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE), ensaio microbiológico (método turbidimétrico) e espectrofotometria na região do UV. Todos os métodos foram validados de acordo com as guias vigentes, frente aos parâmetros de especificidade, linearidade, precisão, exatidão e robustez, tendo sido atendidos os requisitos estabelecidos. Os teores médios de daptomicina na formulação em estudo, pelos métodos desenvolvidos (n=12/método) foram: 100,23 ± 0,59% (CLAE); 100,96 ± 2,58% (ensaio microbiológico) e 98,98 ± 1,35% (espectrofotometria no UV). Esses resultados foram comparados pelo teste de ANOVA, que indicou que os métodos de CLAE e microbiológico são intercambiáveis. Pelo estudo de degradação forçada verificou-se que a condição que induz à maior degradação do fármaco é o meio alcalino, sendo que a reação segue cinética de primeira ordem nas condições usadas. Constatou-se ainda que a amostra degradada da daptomicina não tem ação antimicrobiana. Pelas suas características, os métodos de CLAE e microbiológico podem sem usados no controle de qualidade de rotina e em estudos de estabilidade da formulação injetável de daptomicina.
|
6 |
Epidemiologia das infecções causadas por Staphylococcus aureus resistente a meticilina com perfil comunitário (CA-MRSA) em pacientes atendidos em um hospital terciário no Rio de Janeiro / Epidemology of infections due to community-acquired methicillin-resistant staphylococcus aureos (CA-MRSA) in patients hospitalized in tertiary hospital in Rio de JaneiroJulio Cesar Delgado Correal 02 December 2011 (has links)
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro / O Staphylococcus aureus resistente a meticilina (MRSA) foi inicialmente descrito como um patógeno associado a infecções relacionadas à assistência em saúde; porém, um clone de MRSA, o CA-MRSA emergiu na comunidade e está atualmente incrementando nos hospitais. O objetivo desta tese foi descrever aspectos relacionados com a epidemiologia das infecções por cepas CA-MRSA no Hospital Universitário Pedro Ernesto da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (HUPE/UERJ), avaliando especificamente fatores de risco relacionado com as infecções por CA-MRSA. Usando informações das bases de dados do laboratório de microbiologia, da farmácia e da Comissão para Controle da Infecção Hospitalar do HUPE/UERJ foi realizado um estudo retrospectivo de infecções/colonizações por cepas de S. aureus (fevereiro 2005 a Julho 2011). Foi realizado um estudo caso e controle, utilizando como casos os pacientes com infecções por cepas CA-MRSA. Na avaliação da susceptibilidade aos antimicrobianos usados em infecções graves por MRSA (vancomicina, teicoplanina, daptomicina e linezolida), foram determinadas as concentrações inibitórias mínimas (CIM) das amostras por diferentes metodologias (testes de difusão em agar, microdiluição em caldo e E-test). Nas analises das tendências temporais da apresentação dos subtipos de MRSA, usando um critério fenotípico para classificação das cepas MRSA, foi observada uma diminuição do número de cepas de MRSA multirresistente (HA-MRSA) (p<0.05). Também foi observada uma tendência ao aumento de cepas não-multirresistentes (CA-MRSA), mas sem alcançar a significância estatística (p = 0.06) igual que os S. aureus sensíveis a meticilina (MSSA) (p = 0.48). Não houve associação entre o subtipo de MRSA e a mortalidade devida à infecção por cepas MRSA. Uma idade acima de 70 anos (OR: 2.46, IC95%: 0.99 - 6.11), a presença de pneumonia adquirida no hospital (OR: 4.94, IC95%: 1.65 -14.8), a doença pulmonar obstrutiva crônica (OR: 6.09, IC95% 1.16 31.98) e a leucemia (OR: 8.2, IC95%: 1.25 54.7) foram fatores de risco associadas à mortalidade nas infecções por cepas de S. aureus. Usando curvas de Kaplan-Meier, foi observada uma tendência ao aumento da mortalidade em infecções causadas por MSSA na primeira semana, porém sem alcançar significância estatística (p = 0.07). Não foram observadas amostras MRSA com susceptibilidade intermediaria a vancomicina, linezolida, daptomicina ou teicoplanina. A dinâmica das infecções por S. aureus no HUPE/UERJ mudou durante o período de estudo, com menor número de episódios infecciosos causados por cepas de MRSA multirresistentes. Existe uma tendência ao aumento das cepas não-multirresistentes de MRSA entanto que a taxa de infecções por MSSA permaneceu estável no período do estudo. O perfil de resistência dos estafilococos não teve associação com a mortalidade / The methicillin-resistant Staphylococcus aureus (MRSA) was described initially like a health-care associated pathogen. However, an MRSA clone called community-adquired S. aureus emerged with success in the community and now has a worring increasing frequency in hospital settings. The aim of this study was to descript issues related to the epidemiology of infections due tu CA-MRSA isolates at the Pedro Ernesto Universitary Hospital (HUPE/UERJ) in Rio de Janeiro, Brazil from february 2005 to june 2011, analyzing risk factors related to these infections. Thus, using databases of the microbiology laboratory, pharmacia department and the infection control committee of the HUPE-UERJ, was realized an restrospective study of S. aureus isolates obtained from infected/colonizated patients hospitalized from February 2005 to July 2011. To evaluate risk factors related to CA-MRSA infections was conduced a case-control study, using patients with true infections due to MRSA like cases and patients with methicillin susceptible S. aureus (MSSA) like controls. To test the antimicrobial susceptibility of the antibiotics used in MRSA severe infections (Vancomycin, teicoplanin, daptomycin and linezolid), were determinated the minimal inhibitory concentration (MIC) of MRSA isolates using differents methods (disk-difusion test, microdilution in broth and E-test strips). The trend analyses of the MRSA types, using a phenotypic criteria to classificate the MRSA isolates, found a decrease in the infections due to multi-resistant MRSA isolates (HA-MRSA) in our hospital (p<0.05). Also was observed and increase in non-multi-resistant MRSA strains (CA-MRSA), but without reach statistic significancy (p = 0.06), similar to MSSA (p = 0.48). There is not association between the MRSA phenotype and the mortality due to S. aureus infection. In the multivariate analysis, were observed that an older age than 70 years (OR: 2.46, IC95%: 0.99 - 6.11), health-care pneumonia (OR: 4.94, IC95%: 1.65 -14.8), chronic obstructive pulmonary disease (OR: 6.09, IC95% 1.16 31.98) and leucaemia (OR: 8.2, IC95%: 1.25 54.7) were risk factors associated with mortality due to S. aureus infections. The Kaplan-Meier analysis, found a trend to high mortality due to MSSA infections in the first week, but without get statistic significancy (p = 0.07). We dont found any MRSA isolated with resistance or intermediary resistance to vancomycin, linezolid, daptomycin or teicoplanin. There is good correlation between both MICs determinations, with broth microdiluiton and E-Test strips metodhology. Its were concluded that the dynamic of the S. aureus infections at the HUPE/UERJ is changing, with less number of infectious episodes due to multi-resistant MRSA isolates. Moreover, there are an increasing number of infections due to non-multi-resistant MRSA isolate. The prevalence of infections due to MSSA dont have change in the time of period study. The kind of the S. aureus phenotype dont has association with all-causes-mortality
|
7 |
Epidemiologia das infecções causadas por Staphylococcus aureus resistente a meticilina com perfil comunitário (CA-MRSA) em pacientes atendidos em um hospital terciário no Rio de Janeiro / Epidemology of infections due to community-acquired methicillin-resistant staphylococcus aureos (CA-MRSA) in patients hospitalized in tertiary hospital in Rio de JaneiroJulio Cesar Delgado Correal 02 December 2011 (has links)
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro / O Staphylococcus aureus resistente a meticilina (MRSA) foi inicialmente descrito como um patógeno associado a infecções relacionadas à assistência em saúde; porém, um clone de MRSA, o CA-MRSA emergiu na comunidade e está atualmente incrementando nos hospitais. O objetivo desta tese foi descrever aspectos relacionados com a epidemiologia das infecções por cepas CA-MRSA no Hospital Universitário Pedro Ernesto da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (HUPE/UERJ), avaliando especificamente fatores de risco relacionado com as infecções por CA-MRSA. Usando informações das bases de dados do laboratório de microbiologia, da farmácia e da Comissão para Controle da Infecção Hospitalar do HUPE/UERJ foi realizado um estudo retrospectivo de infecções/colonizações por cepas de S. aureus (fevereiro 2005 a Julho 2011). Foi realizado um estudo caso e controle, utilizando como casos os pacientes com infecções por cepas CA-MRSA. Na avaliação da susceptibilidade aos antimicrobianos usados em infecções graves por MRSA (vancomicina, teicoplanina, daptomicina e linezolida), foram determinadas as concentrações inibitórias mínimas (CIM) das amostras por diferentes metodologias (testes de difusão em agar, microdiluição em caldo e E-test). Nas analises das tendências temporais da apresentação dos subtipos de MRSA, usando um critério fenotípico para classificação das cepas MRSA, foi observada uma diminuição do número de cepas de MRSA multirresistente (HA-MRSA) (p<0.05). Também foi observada uma tendência ao aumento de cepas não-multirresistentes (CA-MRSA), mas sem alcançar a significância estatística (p = 0.06) igual que os S. aureus sensíveis a meticilina (MSSA) (p = 0.48). Não houve associação entre o subtipo de MRSA e a mortalidade devida à infecção por cepas MRSA. Uma idade acima de 70 anos (OR: 2.46, IC95%: 0.99 - 6.11), a presença de pneumonia adquirida no hospital (OR: 4.94, IC95%: 1.65 -14.8), a doença pulmonar obstrutiva crônica (OR: 6.09, IC95% 1.16 31.98) e a leucemia (OR: 8.2, IC95%: 1.25 54.7) foram fatores de risco associadas à mortalidade nas infecções por cepas de S. aureus. Usando curvas de Kaplan-Meier, foi observada uma tendência ao aumento da mortalidade em infecções causadas por MSSA na primeira semana, porém sem alcançar significância estatística (p = 0.07). Não foram observadas amostras MRSA com susceptibilidade intermediaria a vancomicina, linezolida, daptomicina ou teicoplanina. A dinâmica das infecções por S. aureus no HUPE/UERJ mudou durante o período de estudo, com menor número de episódios infecciosos causados por cepas de MRSA multirresistentes. Existe uma tendência ao aumento das cepas não-multirresistentes de MRSA entanto que a taxa de infecções por MSSA permaneceu estável no período do estudo. O perfil de resistência dos estafilococos não teve associação com a mortalidade / The methicillin-resistant Staphylococcus aureus (MRSA) was described initially like a health-care associated pathogen. However, an MRSA clone called community-adquired S. aureus emerged with success in the community and now has a worring increasing frequency in hospital settings. The aim of this study was to descript issues related to the epidemiology of infections due tu CA-MRSA isolates at the Pedro Ernesto Universitary Hospital (HUPE/UERJ) in Rio de Janeiro, Brazil from february 2005 to june 2011, analyzing risk factors related to these infections. Thus, using databases of the microbiology laboratory, pharmacia department and the infection control committee of the HUPE-UERJ, was realized an restrospective study of S. aureus isolates obtained from infected/colonizated patients hospitalized from February 2005 to July 2011. To evaluate risk factors related to CA-MRSA infections was conduced a case-control study, using patients with true infections due to MRSA like cases and patients with methicillin susceptible S. aureus (MSSA) like controls. To test the antimicrobial susceptibility of the antibiotics used in MRSA severe infections (Vancomycin, teicoplanin, daptomycin and linezolid), were determinated the minimal inhibitory concentration (MIC) of MRSA isolates using differents methods (disk-difusion test, microdilution in broth and E-test strips). The trend analyses of the MRSA types, using a phenotypic criteria to classificate the MRSA isolates, found a decrease in the infections due to multi-resistant MRSA isolates (HA-MRSA) in our hospital (p<0.05). Also was observed and increase in non-multi-resistant MRSA strains (CA-MRSA), but without reach statistic significancy (p = 0.06), similar to MSSA (p = 0.48). There is not association between the MRSA phenotype and the mortality due to S. aureus infection. In the multivariate analysis, were observed that an older age than 70 years (OR: 2.46, IC95%: 0.99 - 6.11), health-care pneumonia (OR: 4.94, IC95%: 1.65 -14.8), chronic obstructive pulmonary disease (OR: 6.09, IC95% 1.16 31.98) and leucaemia (OR: 8.2, IC95%: 1.25 54.7) were risk factors associated with mortality due to S. aureus infections. The Kaplan-Meier analysis, found a trend to high mortality due to MSSA infections in the first week, but without get statistic significancy (p = 0.07). We dont found any MRSA isolated with resistance or intermediary resistance to vancomycin, linezolid, daptomycin or teicoplanin. There is good correlation between both MICs determinations, with broth microdiluiton and E-Test strips metodhology. Its were concluded that the dynamic of the S. aureus infections at the HUPE/UERJ is changing, with less number of infectious episodes due to multi-resistant MRSA isolates. Moreover, there are an increasing number of infections due to non-multi-resistant MRSA isolate. The prevalence of infections due to MSSA dont have change in the time of period study. The kind of the S. aureus phenotype dont has association with all-causes-mortality
|
Page generated in 0.03 seconds