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A humanização do cuidado na assitencia hospitalar ao parto : uma avaliação da qualidade / Humanizing the hospital attendance care to delivery : evaluating the qualityNagahama, Elizabeth Eriko Ishida 05 November 2007 (has links)
Orientador: Silvia Maria Santiago / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas / Made available in DSpace on 2018-08-08T18:28:30Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2006 / Resumo: Esta pesquisa objetivou avaliar a qualidade da atenção ao parto nos dois hospitais de referência para atendimento ao parto SUS no município de Maringá-Paraná, com enfoque na humanização do cuidado. Realizou-se estudo avaliativo transversal, misto e formativo, por meio de pesquisa em prontuário hospitalar e entrevista estruturada com 569 puérperas atendidas nos dois hospitais, no período de março/2005 a fevereiro/2006. Foram utilizados sete indicadores de processo da qualidade na assistência ao parto humanizado. Os indicadores relacionados ao trabalho de parto foram: fornecimento às mulheres de todas as informações e explicações que desejassem, presença do acompanhante, uso de métodos não-invasivos e não-farmacológicos de alívio da dor e oferecimento de líquidos por via oral. A presença do acompanhante na sala de parto, o fornecimento às mulheres de todas as informações e explicações que desejassem, e o contato pele a pele entre mãe e filho em sala de parto qualificaram o atendimento na sala de parto. Por meio do estabelecimento de escores para cada um dos indicadores e da somatória obtida em cada um deles, a assistência hospitalar foi qualificada em quatro níveis: insatisfatória, regular, boa e excelente. Considerou-se a taxa de cesárea o indicador de resultado, como reflexo da utilização da tecnologia médica no parto. A análise exploratória foi realizada nos softwares Excel, Statistica e Sphinx. As associações entre duas variáveis foram testadas pelo teste Qui-quadrado e, para comparação de médias, utilizou-se o teste T de Student, com nível de significância de 5%. As mulheres eram, caracteristicamente, jovens, com companheiro fixo, segundo grau completo, sem atividade econômica remunerada e a maioria teve o parto a termo. Quanto à qualidade da assistência, 52,7% das mulheres tiveram atendimento considerado regular, 28,9% boa, 17,4% insatisfatória e 1,0% excelente. Na média geral de escores, o hospital 1 apresentou média superior (7,2) ao segundo (6,7). Contudo, ambos obtiveram desempenho classificado como regular e resultado da assistência insatisfatório, determinado pelas altas taxas de cesárea. Sob o ponto de vista do acesso à qualidade da atenção, registraram-se iniqüidades, determinadas por fatores individuais, contextuais e, em particular, relacionadas à oferta desigual de práticas comprovadamente benéficas que qualificam o atendimento. A precariedade das informações recebidas no trabalho de parto e no parto, a negligência de informações, as dificuldades relatadas pelas parturientes para garantir a presença do acompanhante no trabalho de parto e durante o parto, o uso restrito dos métodos não farmacológicos de alívio da dor no trabalho de parto, as práticas relativas ao contato da mãe com seu bebê na sala de parto e as taxas abusivas de cesáreas apontaram a necessidade de reorganização da prática obstétrica nas duas maternidades. O estudo indicou que os fatores institucionais, as rotinas hospitalares, o modelo assistencial centrado no profissional médico e, sobretudo, a prática e postura individual dos profissionais de saúde definiram a qualidade do atendimento, à medida que dificultaram a implantação do modelo humanizado e negaram às mulheres o exercício pleno de seus direitos sexuais e reprodutivos. A pesquisa norteou caminhos que podem contribuir para a melhoria da qualidade da atenção ao parto SUS no município de Maringá. Dentre estes, destacam-se a sensibilização e capacitação da equipe de saúde, mudanças nas rotinas, nas práticas institucionais e, especialmente, a efetiva incorporação do modelo humanizado da atenção como diretriz e filosofia institucional / Abstract: The objective of this research was to evaluate the quality of the delivery care offered by two hospitals that are reference for The Public Health System in the city of Maringá, State of Paraná, Brazil. The evaluation emphasized the humanized care, and it has been made a transversal and formative study with the hospital registers and a standardized interview to 569 puerperal women who where attended in both hospitals. The study period was from March 2005 to February 2006. Seven indicators of the care quality process were used. The indicators related to labor were: to give all the information wanted and explanation to women¿s doubts; a companion in the delivery room and the use of non invasive and non pharmacological methods to alleviating pain and offering, indeed, liquids to oral ingestion. These procedures qualified the attendance into the delivery room. Through the establishment of scores to each indicator and the sum resulted from each one of them, the hospital was qualified in four quality levels of assistance: unsatisfactory, regular, good and excellent. It was considered as an evaluation result indicator the cesarean rate. It can be considered a reflex on the utilization of medical technology during delivery. The exploratory analysis was made using Excel, Statistica and Sphinx software. The associations between two variables were tested by the Chi-Square test and in order to compare means, it was used the Student T test using a 5% of significance level. Most women were young, with only one mate, complete high schooled, unemployed and the majority had the delivery termed. The evaluation of the quality of assistance showed 52,7% that received a regular attendance, 28,9% good, 17,4% unsatisfactory and 1,0% excellent. The average of scores showed hospital one with a better score (7,2) than hospital 2 (6,7). Contrary on expectation, both presented a regular performance and as a result, an unsatisfactory attendance, defined by the high occurrence of cesarean sections. Considering the quality of care, it has been referred iniquities, determined by the occurrence of factors related to the unbalanced offer to practices recognized as beneficial that qualify the attendance. The lack of information during labor and delivery, the difficulties to assure the presence of the mate or another companion during the labor and delivery, the strict use of non pharmacological methods to alleviate pain in labor and delivery, the difficulties to mother-baby interaction into the delivery room and the misused demands of caesarian sections pointed out the need of reorganization of the obstetric practice in both maternities. The study indicated that the institutional factors, the hospital routines, and the organization care model, centered on the physician and indeed, the isolated practice and behavior of the health professional staff members, defined the quality of attention. Most part of the difficulties occurred on acceptance of the humanized model and to denial women¿s sexual and reproductive rights. This research aimed to contribute improving the quality of attention at the public health system delivery process in the city of Maringá and also, sensitizing and qualifying the health staff members, providing routine and institutional changes and meanly incorporating the humanized model of attention as the institutional philosophy, new behaviors and conducts / Doutorado / Saude Coletiva / Saude Coletiva
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Necessidade de cuidado e de participação no parto: a voz de um grupo de gestantes de Londrina - PR / Care and participation needs during delivery: the voices of a group of pregnant women from Londrina - PRSodré, Thelma Malagutti 05 March 2010 (has links)
No contexto da assistência ao parto em Londrina-PR, a passividade das parturientes, diante da atitude desrespeitosa de muitos profissionais que não atendem a suas necessidades, e o uso excessivo e rotineiro de intervenções geraram alguns questionamentos que nortearam o presente estudo: as mulheres desejam participar das decisões relacionadas ao seu parto? Elas desejam planejar seu parto? As mulheres participam do parto? O acesso às informações favorece a participação ativa das mulheres no parto? Como as mulheres desejam ser atendidas durante o parto? Quais são as suas necessidades durante esta experiência? Com quem elas desejam compartilhar esta experiência? Diante de tais questionamentos, estabeleceram-se os seguintes objetivos: Conhecer e compreender as necessidades de cuidado e de participação nas decisões sobre o parto de um grupo de gestantes de Londrina-PR. Apreender o típico da ação de um grupo de gestantes de Londrina-PR diante do parto. Para tanto, realizou-se uma pesquisa qualitativa, fundamentada na Sociologia Fenomenológica de Alfred Schütz, com base nas questões norteadoras: Qual a sua expectativa em relação ao seu parto? Como você gostaria de ser cuidada durante o seu parto? Você deseja tomar alguma decisão em relação ao seu parto? Qual decisão? Dos depoimentos de quatorze gestantes, obtidos por meio de entrevista fenomenológica, emergiram categorias concretas do vivido, com base no agrupamento dos aspectos significativos das ações das mulheres perante o parto, os quais permitiram a compreensão do tipo vivido deste grupo social que, neste contexto, manifesta preferência pelo tipo de parto e apresenta justificativas para o parto normal com base na experiência própria e também de outras mulheres e em seus acervos de conhecimentos disponíveis; sente-se insegura e vivencia múltiplos medos, entre eles o das condições de assistência, de ficar sozinha, da dor do parto, de não identificar o trabalho de parto, das condições de vitalidade do recém-nascido, dos imprevistos do trabalho de parto, da falta de atenção relacionada à assistência e da falta de respeito à sua privacidade. Verbaliza necessidades de cuidado no parto, com destaque para a companhia dos familiares como forma de receber ajuda, atenção e segurança. Deseja ter acesso às informações sobre a gestação, os procedimentos e evolução do trabalho de parto e do parto, atribuindo aos profissionais de saúde esta responsabilidade; quer atenção obstétrica com profissionais competentes e que ofereçam segurança e um ambiente silencioso e privativo no momento do trabalho de parto e parto. Apesar de querer ser bem assistida, de participar do seu parto e verbalizar suas necessidades e desejos, não realiza ações para concretizar suas necessidades de cuidado, de participação e de decisão sobre suas escolhas e preferências. O reconhecimento à individualidade da mulher e a percepção de suas necessidades fazem parte da ação humanizada e gera relações menos desiguais e menos autoritárias. Com uma prática ética fundamentada em evidências, a gestante poderá ser vista como condutora do processo, e sua gestação e parto, como fenômenos fisiológicos, os quais ela poderá planejar livremente. / Within the context of delivery assistance in Londrina-PR, the passivity of pregnant women when facing the lack of respect of many professionals that care for their needs as well as the excessive number of routine interventions, have raised many questions that led to the present study: Do women want to participate in the decisions related to their deliveries? Do they want to plan their deliveries? Do women participate in their deliveries? Does access to information promote a more active participation of these women? How do women want to be assisted during delivery? What are their needs during the experience? Who do they want to share this experience with? Based on these questions, the following objectives were established for this work: to know and understand the need for special care and participation in the delivery decisions of a group of pregnant women from Londrina-PR, and to learn about the typical behavior of a group of pregnant women from Londrina-PR during delivery. Therefore, a qualitative research based on Alfred Schützs sociological phenomenology was carried out, including the following questions: What are your expectations towards your delivery? How would like to be treated during your delivery? Do you want to make any decision regarding your delivery? Which one? From the statements of 14 pregnant women, collected during the phenomenological interview, concrete categories arose based on the grouping of significant aspects of the behavior of these women during delivery. These categories helped understand the behavior of this social group, which, within this context, expressed its preference for the normal delivery, based on their own experiences, those of other women and on the information available. According to them, they feel insecure and experience many fears regarding assistance conditions, loneliness, delivery pains, inability to identify labor pain and the newborn life conditions, unforeseeable labor problems, lack of assistance and lack of respect towards their privacy. They also expressed their needs during delivery, emphasizing the importance of the company of family members as a way to get help, attention and security. They also want to have access to information on pregnancy, procedures, and labor and delivery developments, which should be provided by health professionals. In addition, they look for obstetric attention from competent professionals that can offer them security and a quiet and private environment during labor and delivery. Although they want to be well assisted, make delivery decisions and express their needs and desires, they do not carry out actions that meet their care, participation and decision-making needs, choices and preferences. The recognition of these womens individuality and the perception of their needs are part of a humanized action thus creating less unequal and authoritarian relationships. With an ethical practice based on evidences, pregnant women can be seen as leaders of the whole process, and their pregnancy and delivery as physiological phenomena, which they can plan freely.
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Necessidade de cuidado e de participação no parto: a voz de um grupo de gestantes de Londrina - PR / Care and participation needs during delivery: the voices of a group of pregnant women from Londrina - PRThelma Malagutti Sodré 05 March 2010 (has links)
No contexto da assistência ao parto em Londrina-PR, a passividade das parturientes, diante da atitude desrespeitosa de muitos profissionais que não atendem a suas necessidades, e o uso excessivo e rotineiro de intervenções geraram alguns questionamentos que nortearam o presente estudo: as mulheres desejam participar das decisões relacionadas ao seu parto? Elas desejam planejar seu parto? As mulheres participam do parto? O acesso às informações favorece a participação ativa das mulheres no parto? Como as mulheres desejam ser atendidas durante o parto? Quais são as suas necessidades durante esta experiência? Com quem elas desejam compartilhar esta experiência? Diante de tais questionamentos, estabeleceram-se os seguintes objetivos: Conhecer e compreender as necessidades de cuidado e de participação nas decisões sobre o parto de um grupo de gestantes de Londrina-PR. Apreender o típico da ação de um grupo de gestantes de Londrina-PR diante do parto. Para tanto, realizou-se uma pesquisa qualitativa, fundamentada na Sociologia Fenomenológica de Alfred Schütz, com base nas questões norteadoras: Qual a sua expectativa em relação ao seu parto? Como você gostaria de ser cuidada durante o seu parto? Você deseja tomar alguma decisão em relação ao seu parto? Qual decisão? Dos depoimentos de quatorze gestantes, obtidos por meio de entrevista fenomenológica, emergiram categorias concretas do vivido, com base no agrupamento dos aspectos significativos das ações das mulheres perante o parto, os quais permitiram a compreensão do tipo vivido deste grupo social que, neste contexto, manifesta preferência pelo tipo de parto e apresenta justificativas para o parto normal com base na experiência própria e também de outras mulheres e em seus acervos de conhecimentos disponíveis; sente-se insegura e vivencia múltiplos medos, entre eles o das condições de assistência, de ficar sozinha, da dor do parto, de não identificar o trabalho de parto, das condições de vitalidade do recém-nascido, dos imprevistos do trabalho de parto, da falta de atenção relacionada à assistência e da falta de respeito à sua privacidade. Verbaliza necessidades de cuidado no parto, com destaque para a companhia dos familiares como forma de receber ajuda, atenção e segurança. Deseja ter acesso às informações sobre a gestação, os procedimentos e evolução do trabalho de parto e do parto, atribuindo aos profissionais de saúde esta responsabilidade; quer atenção obstétrica com profissionais competentes e que ofereçam segurança e um ambiente silencioso e privativo no momento do trabalho de parto e parto. Apesar de querer ser bem assistida, de participar do seu parto e verbalizar suas necessidades e desejos, não realiza ações para concretizar suas necessidades de cuidado, de participação e de decisão sobre suas escolhas e preferências. O reconhecimento à individualidade da mulher e a percepção de suas necessidades fazem parte da ação humanizada e gera relações menos desiguais e menos autoritárias. Com uma prática ética fundamentada em evidências, a gestante poderá ser vista como condutora do processo, e sua gestação e parto, como fenômenos fisiológicos, os quais ela poderá planejar livremente. / Within the context of delivery assistance in Londrina-PR, the passivity of pregnant women when facing the lack of respect of many professionals that care for their needs as well as the excessive number of routine interventions, have raised many questions that led to the present study: Do women want to participate in the decisions related to their deliveries? Do they want to plan their deliveries? Do women participate in their deliveries? Does access to information promote a more active participation of these women? How do women want to be assisted during delivery? What are their needs during the experience? Who do they want to share this experience with? Based on these questions, the following objectives were established for this work: to know and understand the need for special care and participation in the delivery decisions of a group of pregnant women from Londrina-PR, and to learn about the typical behavior of a group of pregnant women from Londrina-PR during delivery. Therefore, a qualitative research based on Alfred Schützs sociological phenomenology was carried out, including the following questions: What are your expectations towards your delivery? How would like to be treated during your delivery? Do you want to make any decision regarding your delivery? Which one? From the statements of 14 pregnant women, collected during the phenomenological interview, concrete categories arose based on the grouping of significant aspects of the behavior of these women during delivery. These categories helped understand the behavior of this social group, which, within this context, expressed its preference for the normal delivery, based on their own experiences, those of other women and on the information available. According to them, they feel insecure and experience many fears regarding assistance conditions, loneliness, delivery pains, inability to identify labor pain and the newborn life conditions, unforeseeable labor problems, lack of assistance and lack of respect towards their privacy. They also expressed their needs during delivery, emphasizing the importance of the company of family members as a way to get help, attention and security. They also want to have access to information on pregnancy, procedures, and labor and delivery developments, which should be provided by health professionals. In addition, they look for obstetric attention from competent professionals that can offer them security and a quiet and private environment during labor and delivery. Although they want to be well assisted, make delivery decisions and express their needs and desires, they do not carry out actions that meet their care, participation and decision-making needs, choices and preferences. The recognition of these womens individuality and the perception of their needs are part of a humanized action thus creating less unequal and authoritarian relationships. With an ethical practice based on evidences, pregnant women can be seen as leaders of the whole process, and their pregnancy and delivery as physiological phenomena, which they can plan freely.
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