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Inimigos da torre: um estudo sobre Testemunhas de Jeová, desvio, moralidade e dissidênciaMendes, Estevam Dedalus Pereira de Aguiar 31 August 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-08-31 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / Este trabalho analisa as sociabilidades no Fórum Virtual Ex-Testemunhas de
Jeová. Uma comunidade afetiva criada em 2008 para combater a discriminação
contra ex-membros da religião. Trata-se de um espaço de trocas de experiências,
organização política e apoio emocional. O foco da pesquisa é compreender a
relação entre desassociação, trauma coletivo e estigma. A desassociação é um
processo de produção social da indiferença moral que opera por meio de
demonstrações de desprezo, escárnio, tabu do contato, asco e humilhações
públicas. Com a expulsão da religião, os agora desassociados passam a ter o
caráter, a dignidade e a própria humanidade contestados. Para compreendermos
melhor esse processo, discutimos aspectos importantes da história do
desenvolvimento da religião, suas relações com o fundamentalismo e a
modernidade, com destaque para a doutrina da demonização da autonomia
individual vista como resposta a um mundo plural, marcado por incertezas e
contínuas transformações. O trabalho se ocupa, sobretudo, de destrinchar o
funcionamento de uma economia das punições que englobaria uma ordem simbólica
legitimadora, mecanismos de controle interno (culpa e vergonha) e externo (tribunal
judicativo, regras de etiqueta, etc.). O argumento é o de que a eficácia dos sistemas
de controle depende de um enlace entre programas institucionais e a ação. A
consolidação da ordem moral religiosa seria o resultado de rituais e práticas sociais
hierarquicamente rotinizadas, mas passíveis de serem negociadas pelos sujeitos.
Uma gramática moral e determinada competência afetiva garantiriam que a ordem
social não se torne anômica. A pesquisa indica que a comunidade afetiva possibilita
a elaboração de uma autoimagem mais positiva dos desassociados, com base em
novos enquadramentos morais, emocionais e cognitivos. Eles passariam a
desempenhar um papel mais ativo em relação às próprias emoções e noções de
moralidade, que acabam por adquirir uma importante dimensão política. / This work analyzes sociabilities at the Ex-Jehovah’s Witnesses Virtual Forum
(Fórum Virtual Ex-Testemunhas de Jeová). This affective community was created in
2008 with the aim of fighting discrimination against former members of the religion.
The forum is a space for the sharing of experiences, political organization and
emotional support. The focus of this research is to understand the relationship
between disfellowship, collective trauma, and stigma. Disfellowship is a process of
social production of the moral indifference that operates through demonstrations of
disdain, scorn, contact tabu, loathing, and public humilliations. Because they have
been expelled from the religion, the disfellows have now their character, dignity and
even their humanity contested. In order for us to better understand this process, we
discuss important aspects of the history of this religion’s development, its
relationships with fundamentalism and modernity, highlighting the doctrine of
demonization of the individual autonomy seen as a reaction to a plural world, marked
by uncertainties and continuous transformations. This work unravels the operation of
an economy of punishments, which encompass legitimating symbolic order, and
mechanisms of control, both internal (guilt and shame) and external (judicial tribunal,
eitquette rules etc.). Our rationale is that the efficiency of the control systems
depends on the union of institutional programs and the action. The consolidation of
the religious moral order would be the result of rituals and social practices
hierarchically routinized, but susceptible of being negotiated by the subjects involved.
A type of moral grammar and certain affective competency would guarantee the
social order not to become anomic. This research indicates that the affective
community enables the elaboration of a more positive self-image of the disfellows,
based on new moral, emotional, and cognitive frames. They would start to play a
more active role related to their own emotions and notions of morality, which end up
by acquiring an important political dimension.
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