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A devolução de crianças na adoção tardia e a construção da maternidadeAraújo, Mabel Itana 23 August 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-08-23 / A trajetória de vida de muitas mulheres conduz à construção de significados acerca do ser mãe e a adoção se constitui uma das opções para se concretizar essa maternidade. A partir dos estudos sobre a feminilidade e a maternidade é discutido o lugar que a criança ocupa na relação com a mãe adotiva. Mas, ainda na sociedade contemporânea, essa relação aparece imbuída de mitos e preconceitos, o que pode, muitas vezes, levar um projeto de adoção ao fracasso. Em meio a toda complexidade do processo adotivo, pode ocorrer que a criança adotada seja devolvida, situação não rara nos dias atuais. Essa devolução ocorre quando os conflitos familiares tornam o convívio insustentável, deixando claro que a família enfrentou dificuldades para inserir essa criança na condição de filho. Diante das vicissitudes que envolvem o exercício da maternidade na adoção, o presente estudo tem por objeto de pesquisa a experiência de mulheres que vivenciaram a devolução de crianças por elas adotadas. Por conseguinte, tem por principal objetivo compreender como se articulam a devolução de crianças e adolescentes adotados e o processo de construção da maternidade das mães adotivas, abordando o conceito de ambivalência da Psicologia Cultural. Para tal compreensão, buscou-se: identificar os motivos que levaram essas mães a adotarem uma criança; identificar as razões apontadas por elas para a devolução dessa criança adotada; analisar as repercussões emocionais para a mãe adotiva que decide por devolver uma criança adotada; explorar as expectativas de futuro das mães que adotaram e decidiram pela devolução da criança adotada. A pesquisa foi desenvolvida na abordagem qualitativa descritiva, utilizando a entrevista narrativa e relatos de casos da internet. Foi realizada uma entrevista gravada com a participante que viveu a experiência de adotar e devolver a criança, tendo sido assinado o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e o estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UCSal. Ainda, foram selecionados dezessete casos, relatados na internet, sobre mães adotivas que vivenciaram a mesma experiência de adotar e devolver a criança. Os dados obtidos fizeram parte de um estudo de casos múltiplos e foram tratados pela análise de conteúdo por categorias temáticas. Como principais achados, tem-se os motivos que levaram as mulheres a decidirem por adotar uma criança: a infertilidade; a busca por mudanças na rotina dos cônjuges; o altruísmo e a crença na própria bondade; a necessidade de dar um sentido à vida. Quanto às razões indicadas pelas mães para a devolução das crianças por elas adotadas: o comportamento apresentado pela criança durante o convívio familiar; a expectativa da adotante quanto à demonstração de amor e gratidão; referência à origem da criança. Sobre as repercussões emocionais para a mãe adotiva que devolve a criança adotada, constatou-se que o sentimento mais marcante é o de culpa. Refletiu-se, ainda, sobre as pretendentes a mães adotivas tenderem a adiar ou a desistir de uma nova adoção, após devolução da criança. Conclui-se que a devolução é consequência direta de dificuldades encontradas no exercício da maternidade adotiva. Por fim, a pesquisa aponta para a necessidade de estudos sobre a adoção, em especial, sobre a devolução de crianças na adoção, a fim de que o tema ganhe mais visibilidade. / The trajectory of life of many women leads to the construction of meanings about being a mother and adoption is one of the options to realize this motherhood. From the studies on femininity and motherhood, the place that the child occupies in the relationship with the adoptive mother is discussed. But, still in contemporary society, this relationship appears imbued with myths and prejudices, which can often lead to a project of adoption to failure. In the midst of all the complexity of the adoption process, it can happen that the adopted child is returned, a situation that is not rare these days. This devolution occurs when family conflicts make cohabitation unsustainable, making it clear that the family has had difficulty inserting this child as a son or daughter. Before the vicissitudes that involve the exercise of motherhood in adoption, the present study has the object of research the experience of women who faced the return of children adopted by them. Therefore, it has as main objective to understand how is the articulation of the return of adopted children and adolescents and the process of construction of the motherhood of adoptive mothers, approaching the concept of ambivalence of Cultural Psychology. For this understanding, we sought to: identify the reasons that led these mothers to adopt a child; identify the reasons pointed out by them for the return of that adopted child; analyze the emotional repercussions for the adoptive mother who decides to return an adopted child; explore the expectations of the future of the mothers who adopted and decided to return the adopted child. The research was developed in the descriptive qualitative approach, using the narrative interview and internet case reports. An interview was recorded with the participant who lived the experience of adopting and returning the child, having signed the Term of Free and Informed Consent and the study approved by the Research Ethics Committee of UCSal. Also, seventeen cases were reported, on the internet, about adoptive mothers who faced the same experience of adopting and returning the child. The data obtained were part of a multiple case study and were treated by content analysis by thematic categories. The main findings are the reasons that led the women to decide to adopt a child: infertility; the search for changes in the routine of the spouses; altruism and belief in one's own goodness; the need to give meaning to life. Regarding the reasons indicated by the mothers for the return of the children adopted by them: the behavior presented by the child during family life; the expectation of the adopter regarding the demonstration of love and gratitude; reference to the child's origin. Regarding the emotional repercussions for the adoptive mother who returns the adopted child, it was verified that the most striking feeling is that of guilt. It was also thought that adoptive mothers might tend to postpone or give up on a new adoption after returning the child. It is concluded that the return is a direct consequence of difficulties encountered in the exercise of adoptive motherhood. Finally, the research points to the need for studies on the adoption, in particular, about returning children to adoption, in order for the theme to gain more visibility.
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