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Efeito do fator de necrose tumoral-alfa (TNF-α)sobre células imortalizadas por papilomavírus humano (HPV) / Effects of tumor necrosis factor-alpha (TNF-α) on HPV - immortalized cellsPierulivo, Enrique Mario Boccardo 05 July 2002 (has links)
A infecção por papilomavírus humano (HPV) é o principal fator de risco para o desenvolvimento de neoplasias intra-epiteliais cervicais, as lesões precursoras do carcinoma da cérvice uterina. O fator de necrose tumoral-α (TNF-α) é um dos principais mediadores da inflamação da pele e das mucosas. Esta citocina é capaz de inibir a proliferação de queratinócitos normais e imortalizados por HPV-16. Por outro lado, queratinócitos imortalizados por HPV-18 ou transformados por HPV 16 ou 18 são resistentes aos efeitos do TNF-α. Entretanto, a base molecular desta diferença ainda é pouco conhecida. No presente estudo observamos o aumento dos níveis do inibidor de quinases p21, diminuição dos níveis de ciclina A e a ativação do fator NF-κB após tratamento com TNF-α, apenas em células sensíveis à citocina. Por outro lado não foi observada alteração dos níveis de p16, p27, p65, ciclinas D1, E e CDKs -4 e -6 em nenhuma das linhagens estudadas. Culturas organotípicas (rafts) de queratinócitos normais apresentaram uma acentuada inibição da proliferação após o tratamento com TNF-α. Isso não foi observado em rafts de queratinócitos infectados com o genoma completo de HPV-18. Entretanto, as culturas organotípicas transduzidas com vetores retrovirais contendo o gene viral E7 apresentaram um fenótipo intermediário, indicando que a proteína E7 desempenha um papel na resistência a esta citocina. / Infection by Human papillomavirus (HPV) is the major etiologic factor in the development of cervical intra-epithelial neoplasia, the precursor of carcinoma of the uterine cervix. Tumor necrosis factor-alpha (TNF-α) is one of the main mediators of skin and mucosa inflamation and has a potent anti-proliferative effect on normal and HPV16 immortalized keratinocytes. On the other hand, HPV-18 immortalized and HPV-16 or -18 transformed keratinocytes are resistant to TNF-α. However the molecular basis of this difference is not well understood. In the present study we observed and increase in the CDK inhibitor p21, reduced levels of cyclin A and activation of NF-κB factor only in cells sensitive to this cytokine. Conversely, no alterations in the p16, p27, p65, cyclins D1, E and CDKs -4 and -6 levels was observed in any of the cell lines analyzed. Proliferation of normal primary human keratinocytes (PHK) raft cultures was markedly inhibited after treatment with TNF-α. This was not observed in cultures transfected with HPV-18 whole genome. Cultures transduced retroviral vectors carrying the E7 viral gene showed an intermediate phenotype suggesting that this protein contribute to TNF-α resistance.
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Efeito do fator de necrose tumoral-alfa (TNF-α)sobre células imortalizadas por papilomavírus humano (HPV) / Effects of tumor necrosis factor-alpha (TNF-α) on HPV - immortalized cellsEnrique Mario Boccardo Pierulivo 05 July 2002 (has links)
A infecção por papilomavírus humano (HPV) é o principal fator de risco para o desenvolvimento de neoplasias intra-epiteliais cervicais, as lesões precursoras do carcinoma da cérvice uterina. O fator de necrose tumoral-α (TNF-α) é um dos principais mediadores da inflamação da pele e das mucosas. Esta citocina é capaz de inibir a proliferação de queratinócitos normais e imortalizados por HPV-16. Por outro lado, queratinócitos imortalizados por HPV-18 ou transformados por HPV 16 ou 18 são resistentes aos efeitos do TNF-α. Entretanto, a base molecular desta diferença ainda é pouco conhecida. No presente estudo observamos o aumento dos níveis do inibidor de quinases p21, diminuição dos níveis de ciclina A e a ativação do fator NF-κB após tratamento com TNF-α, apenas em células sensíveis à citocina. Por outro lado não foi observada alteração dos níveis de p16, p27, p65, ciclinas D1, E e CDKs -4 e -6 em nenhuma das linhagens estudadas. Culturas organotípicas (rafts) de queratinócitos normais apresentaram uma acentuada inibição da proliferação após o tratamento com TNF-α. Isso não foi observado em rafts de queratinócitos infectados com o genoma completo de HPV-18. Entretanto, as culturas organotípicas transduzidas com vetores retrovirais contendo o gene viral E7 apresentaram um fenótipo intermediário, indicando que a proteína E7 desempenha um papel na resistência a esta citocina. / Infection by Human papillomavirus (HPV) is the major etiologic factor in the development of cervical intra-epithelial neoplasia, the precursor of carcinoma of the uterine cervix. Tumor necrosis factor-alpha (TNF-α) is one of the main mediators of skin and mucosa inflamation and has a potent anti-proliferative effect on normal and HPV16 immortalized keratinocytes. On the other hand, HPV-18 immortalized and HPV-16 or -18 transformed keratinocytes are resistant to TNF-α. However the molecular basis of this difference is not well understood. In the present study we observed and increase in the CDK inhibitor p21, reduced levels of cyclin A and activation of NF-κB factor only in cells sensitive to this cytokine. Conversely, no alterations in the p16, p27, p65, cyclins D1, E and CDKs -4 and -6 levels was observed in any of the cell lines analyzed. Proliferation of normal primary human keratinocytes (PHK) raft cultures was markedly inhibited after treatment with TNF-α. This was not observed in cultures transfected with HPV-18 whole genome. Cultures transduced retroviral vectors carrying the E7 viral gene showed an intermediate phenotype suggesting that this protein contribute to TNF-α resistance.
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Infecções por papilomavírus humano e neoplasia do colo uterino: efeito do polimorfismo dos genes HLA-DRB1 E -DQB1 e respostas linfoproliferativas contra peptídeos virais / Human papillomavirus infections and cervical neoplasia: Effect of HLA-DRB1 and -DQB1 gene polymorphism and lymphoproliferative responses against viral peptidesMaciag, Paulo Cesar 25 July 2002 (has links)
Infecção persistente por tipos oncogênicos de papilomavírus humano (HPV) é considerada como o principal fator de risco para desenvolvimento de carcinoma invasivo do colo uterino (CCU) e de lesões intraepiteliais cervicais (SIL). Fatores genéticos do hospedeiro, como o polimorfismos de genes HLA (human leukocyte antigen), também têm sido implicados na suscetibilidade a estas patologias e à infecção por (HPV), como observado em diversos estudos caso-controle. Neste estudo investigou-se em uma coorte de mulheres (Ludwig-McGill cohort) se a variabilidade dos genes HLA-DRB1 e -DQB1 influenciam na história natural das infecções por HPV e no risco de SIL. A tipificação de DRB1 e DQB1 foi realizada em 620 amostras provenientes de um estudo epidemiológico prospectivo. A positividade para HPV foi testada em amostras da mesma paciente coletadas a cada 4 meses, obtidos durante o primeiro ano de seguimento, enquanto os resultados de citologia perfazem os 2 primeiros anos de seguimento. Infecções persistentes de curta ou longa duração foram definidas como 2 e 3 resultados consecutivos positivos para o mesmo tipo de HPV, respectivamente. As associações foram estimadas através de razões de chance e intervalos de confiança de 95%, ajustadas para potenciais fatores de confusão. Os resultados obtidos indicam que a prevalência da infecção por HPV e o risco de persistência variam dependendo do haplótipo HLA. O haplótipo DRB1*0301-DQB1*0201 mostrou-se protetor contra a infecção por HPV, e DRB1*1102-DQB1 *0301 contra infecções persistentes. Já os haplótipos DRB1*1601-DQB1*0502 e DRB1 *0807-DQB1*0402 foram fatores de risco para infecções persistentes por HPV. Não foi observada uma forte concordância entre risco de infecção por HPV e risco de SIL associados a determinado HLA, em parte porque o número de pacientes com SIL foi um fator limitante neste estudo. Um risco aumentado de SIL, independente da infecção por HPV, foi associado com DRB1*0301 e DR12. Portadoras de DR4 e DQB1*0601 tiveram uma maior probabilidade de desenvolver SIL e HSIL, respectivamente. Uma associação negativa entre o alelo DQB1*0301 e HSIL foi verificada. Análise do dimorfismo na posição 86 da cadeia β de HLA-DR mostrou que valina nesta posição tem um efeito protetor para prevalência e persistência de infecção por HPV, e maior risco de SIL no grupo com infecções transitórias por HPV. Em outra análise, investigamos a distribuição de grupos alélicos de DRB1 em uma série independente de amostras provenientes de pacientes com CCU. Observamos um risco diminuído de desenvolvimento de CCU associado a DR3. Por outro lado, DR4 e DR8/12 mostraram-se fatores de risco para o CCU nesta população. Estes resultados sugerem que o polimorfismo de HLA desempenha um papel na história natural das infecções por HPV, SIL e CCU. Também analisamos respostas linfoproliferativas em pacientes com CCU, contra peptídeos derivados de E6 e E7 de HPV16. As respostas positivas foram mais freqüentes contra peptídeos de E6 do que E7. Não observamos resposta contra um peptídeo ou região em particular. Parte desta diversidade nas respostas linfoproliferativas pode ser relacionada com o polimorfismo de genes HLA e seu papel na seleção de epítopos. / Persistent infection with oncogenic human papillomavirus (HPV) is the major risk factor for the development of malignant lesions in the uterine cervix. Host factors have also been implicated in the pathogenesis of these diseases. Associations between human leukocyte antigen (HLA) polymorphisms and cervical cancer, precursor lesions or HPV infections have been reported by case-control studies in several populations. This study investigated through cohort analysis if human leukocyte antigen (HLA)-DRB1 and DQB1 variability is related to human papillomavirus (HPV) infection and squamous intraepithelial lesions (SIL) prevalence and persistence. HLA-DRB1 and DQB1 genes were typed in 620 samples from the Ludwig-McGill cohort. HPV positivity was tested in specimens collected every 4 months during the first year of follow-up. Persistent and long-term infections were defined as at least 2 or 3 consecutive positive results for the same HPV type, respectively. Analysis of SIL included data obtained during the two first years of follow-up. The magnitudes of associations were estimated by unconditional logistic regression analysis adjusted for potential confounders. Certain HLA alleles and haplotypes were associated with HPV either HPV prevalence or persistence. The DRB1*0301-DQB1*0201 haplotype was associated with a lower risk for HPV infection and DRB1*1102-DQB1*0301 for HPV persistence. DRB1*1601-DQB1*0502 and DRB1*0807-DQB1*0402 were associated with a increased risk for persistent HPV infection. It was not observed a strong concordance between the associations verified for HPV prevalence/persistence and SIL, possibly due to the limited number of SIL specimens. A higher risk for SIL, independent of HPV infection, was observed for DRB1*0301 and DR12. DR4 and DQB1*0601 carriers showed a higher frequency of SIL and HSIL, respectively. A negative association between DQB1*0301 and HSIL was verified. Valine at position 86 of the DRβ chain was associated with reduced risks of HPV positivity and persistence, as compared to glycine carriers. However, valine carriers had a higher risk of SIL if transiently infected by HPV. We also analyzed an independent sample of patients with invasive cervical, and a protective effect was observed for DR3. On the other hand, DR4 and DR8/12 were associated with a higher risk for cervical cancer in this population. Our results suggest that HLA class II polymorphisms and pocket 1 profile are involved in clearance and maintenance of HPV infection and the risk of SIL and CCU, consistent with the hypothesis that genetic background is important in the natural history of HPV infections and associated lesions. We also analyzed lymphoproliferative responses against HPV16 E6 and E7 peptides, in patients with invasive cervical cancer. Lymphoproliferative responses were more frequent for E6 peptides than for E7 peptides. The responses were not restricted to a particular peptide, which is expected based on HLA variability observed among patients.
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Infecções por papilomavírus humano e neoplasia do colo uterino: efeito do polimorfismo dos genes HLA-DRB1 E -DQB1 e respostas linfoproliferativas contra peptídeos virais / Human papillomavirus infections and cervical neoplasia: Effect of HLA-DRB1 and -DQB1 gene polymorphism and lymphoproliferative responses against viral peptidesPaulo Cesar Maciag 25 July 2002 (has links)
Infecção persistente por tipos oncogênicos de papilomavírus humano (HPV) é considerada como o principal fator de risco para desenvolvimento de carcinoma invasivo do colo uterino (CCU) e de lesões intraepiteliais cervicais (SIL). Fatores genéticos do hospedeiro, como o polimorfismos de genes HLA (human leukocyte antigen), também têm sido implicados na suscetibilidade a estas patologias e à infecção por (HPV), como observado em diversos estudos caso-controle. Neste estudo investigou-se em uma coorte de mulheres (Ludwig-McGill cohort) se a variabilidade dos genes HLA-DRB1 e -DQB1 influenciam na história natural das infecções por HPV e no risco de SIL. A tipificação de DRB1 e DQB1 foi realizada em 620 amostras provenientes de um estudo epidemiológico prospectivo. A positividade para HPV foi testada em amostras da mesma paciente coletadas a cada 4 meses, obtidos durante o primeiro ano de seguimento, enquanto os resultados de citologia perfazem os 2 primeiros anos de seguimento. Infecções persistentes de curta ou longa duração foram definidas como 2 e 3 resultados consecutivos positivos para o mesmo tipo de HPV, respectivamente. As associações foram estimadas através de razões de chance e intervalos de confiança de 95%, ajustadas para potenciais fatores de confusão. Os resultados obtidos indicam que a prevalência da infecção por HPV e o risco de persistência variam dependendo do haplótipo HLA. O haplótipo DRB1*0301-DQB1*0201 mostrou-se protetor contra a infecção por HPV, e DRB1*1102-DQB1 *0301 contra infecções persistentes. Já os haplótipos DRB1*1601-DQB1*0502 e DRB1 *0807-DQB1*0402 foram fatores de risco para infecções persistentes por HPV. Não foi observada uma forte concordância entre risco de infecção por HPV e risco de SIL associados a determinado HLA, em parte porque o número de pacientes com SIL foi um fator limitante neste estudo. Um risco aumentado de SIL, independente da infecção por HPV, foi associado com DRB1*0301 e DR12. Portadoras de DR4 e DQB1*0601 tiveram uma maior probabilidade de desenvolver SIL e HSIL, respectivamente. Uma associação negativa entre o alelo DQB1*0301 e HSIL foi verificada. Análise do dimorfismo na posição 86 da cadeia β de HLA-DR mostrou que valina nesta posição tem um efeito protetor para prevalência e persistência de infecção por HPV, e maior risco de SIL no grupo com infecções transitórias por HPV. Em outra análise, investigamos a distribuição de grupos alélicos de DRB1 em uma série independente de amostras provenientes de pacientes com CCU. Observamos um risco diminuído de desenvolvimento de CCU associado a DR3. Por outro lado, DR4 e DR8/12 mostraram-se fatores de risco para o CCU nesta população. Estes resultados sugerem que o polimorfismo de HLA desempenha um papel na história natural das infecções por HPV, SIL e CCU. Também analisamos respostas linfoproliferativas em pacientes com CCU, contra peptídeos derivados de E6 e E7 de HPV16. As respostas positivas foram mais freqüentes contra peptídeos de E6 do que E7. Não observamos resposta contra um peptídeo ou região em particular. Parte desta diversidade nas respostas linfoproliferativas pode ser relacionada com o polimorfismo de genes HLA e seu papel na seleção de epítopos. / Persistent infection with oncogenic human papillomavirus (HPV) is the major risk factor for the development of malignant lesions in the uterine cervix. Host factors have also been implicated in the pathogenesis of these diseases. Associations between human leukocyte antigen (HLA) polymorphisms and cervical cancer, precursor lesions or HPV infections have been reported by case-control studies in several populations. This study investigated through cohort analysis if human leukocyte antigen (HLA)-DRB1 and DQB1 variability is related to human papillomavirus (HPV) infection and squamous intraepithelial lesions (SIL) prevalence and persistence. HLA-DRB1 and DQB1 genes were typed in 620 samples from the Ludwig-McGill cohort. HPV positivity was tested in specimens collected every 4 months during the first year of follow-up. Persistent and long-term infections were defined as at least 2 or 3 consecutive positive results for the same HPV type, respectively. Analysis of SIL included data obtained during the two first years of follow-up. The magnitudes of associations were estimated by unconditional logistic regression analysis adjusted for potential confounders. Certain HLA alleles and haplotypes were associated with HPV either HPV prevalence or persistence. The DRB1*0301-DQB1*0201 haplotype was associated with a lower risk for HPV infection and DRB1*1102-DQB1*0301 for HPV persistence. DRB1*1601-DQB1*0502 and DRB1*0807-DQB1*0402 were associated with a increased risk for persistent HPV infection. It was not observed a strong concordance between the associations verified for HPV prevalence/persistence and SIL, possibly due to the limited number of SIL specimens. A higher risk for SIL, independent of HPV infection, was observed for DRB1*0301 and DR12. DR4 and DQB1*0601 carriers showed a higher frequency of SIL and HSIL, respectively. A negative association between DQB1*0301 and HSIL was verified. Valine at position 86 of the DRβ chain was associated with reduced risks of HPV positivity and persistence, as compared to glycine carriers. However, valine carriers had a higher risk of SIL if transiently infected by HPV. We also analyzed an independent sample of patients with invasive cervical, and a protective effect was observed for DR3. On the other hand, DR4 and DR8/12 were associated with a higher risk for cervical cancer in this population. Our results suggest that HLA class II polymorphisms and pocket 1 profile are involved in clearance and maintenance of HPV infection and the risk of SIL and CCU, consistent with the hypothesis that genetic background is important in the natural history of HPV infections and associated lesions. We also analyzed lymphoproliferative responses against HPV16 E6 and E7 peptides, in patients with invasive cervical cancer. Lymphoproliferative responses were more frequent for E6 peptides than for E7 peptides. The responses were not restricted to a particular peptide, which is expected based on HLA variability observed among patients.
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