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Relações filogenéticas da superfamília Doradoidea (Ostariophysi, Siluriformes) / Phylogenetic relationships of the superfamily Doradoidea (Ostariophysi, Siluriformes)

Birindelli, José Luís Olivan 27 August 2010 (has links)
A superfamília Doradoidea (Siluriformes) é composta por duas famílias Neotropicais: Doradidae e Auchenipteridae. A relação de grupo irmão entre essas famílias foi bem corroborada por estudos prévios baseados em dados morfológicos e moleculares. As relações filogenéticas entre gêneros e espécies de Doradoidea foram parcialmente estudadas por alguns autores. Contudo, as relações filogenéticas entre a superfamília Doradoidea e os demais Siluriformes, e entre vários dos gêneros e espécies de Doradidae e Auchenipteridae permanecem controvérsias. O objetivo dessa tese é estudar as relações entre espécies e gêneros da superfamília Doradoidea, e o posicionamento dela entre as demais famílias de Siluriformes. Para isso, realizei uma análise filogenética extensa incluindo a maioria das espécies de Doradidae, 21 dos 22 gêneros de Auchenipteridae, e representantes de outras 16 famílias de Siluriformes. Para cada um desses táxons, 328 caracteres foram descritos, ilustrados e discutidos com base nos estudos prévios de outros autores. A análise de parcimônia resultou em quatro árvores igualmente parcimoniosas com 1086 passos. Em todas as árvores, a superfamília Doradoidea foi considerada como grupo irmão da família africana Mochokidae, que juntas formam a subordem Doradoidei. O monofiletimo da superfamília Doradoidea e da subordem Doradoidei foi corroborado por nove e cinco sinapomorfias exclusivas, respectivamente. Seis sinapomorfias não exclusivas serviram de suporte para a relação entre Doradoidei e um clado formado por pela família africana Amphiliidae e pela superfamília asiática/neotropical Sisoroidea. O monofiletismo das famílias Auchenipteridae e Doradidae foi corroborado por uma série de cinco e três caracteres exclusivos, respectivamente. As espécies da família Auchenipteridae foram classificadas em duas subfamílias: Centromochlinae e Auchenipterinae, esta última composta por cinco gêneros (Asterophysus, Liosomadoras, Tocantinsia, (Pseudotatia, Pseudauchenipterus)), e duas tribos relacionadas entre si: Auchenipterini e Trachelyopterini. Wertheimeria e Kalyptodoras foram consideradas relacionadas entre si, formando o clado irmão dos demais doradídeos; e Franciscodoras foi considerado como a segunda linhagem mais basal da família. Os gêneros Acanthodoras e Agamyxis foram encontrados como relacionados às espécies da subfamília Astrodoradinae. Platydoras e Centrochir foram considerados como irmãos da subfamília Doradinae, esta última dividida em três tribos: Pterodoradini, Rhinodoradini e Doradini. Oxydoras foi considerado táxon irmão dos doradídeos de barbilhões fimbriados. O gênero Hemidoras foi considerado sinônimo júnior de Opsodoras. As espécies Nemadoras leporhinus, N. trimaculatus e Opsodoras ternetzi foram consideradas como mais relaciondas a Hassar, Anduzedoras e Leptodoras, do que aos seus congêneres. Um resumo sistemático com diagnose de cada gênero, tribo, subfamília e família da superfamília Doradoidea foi elaborado, bem como uma chave de identificação para todos os gêneros do grupo. / The superfamily Doradoidea (Siluriformes) is composed of two Neotropicalendemic families: Doradidae and Auchenipteridae. The sister-group relationship between these families has been corroborated by previous studies of both morphological and molecular data. Previous studies have also provided support for evolutionary relationships between doradoid genera and species. However, relationships between the superfamily Doradoidea and remaining Siluriformes, and between several genera of Doradidae and Auchenipteridae remain controversial. The aim of my study is to recover evolutionary relationships between genera and species of the superfamily Doradoidea, and to find support for its position within Siluriformes. To accomplish this, I performed a comprehensive phylogenetic analysis including a majority of the Doradidae species, 21 of 22 genera of Auchenipteridae, and representatives of another 16 families of Siluriformes. For each of these taxa, I described, illustrated, or discussed 328 characters, most of which were gathered from several previous studies by other authors. Parsimony analysis of these characters resulted in four equally parsimonious trees with 1086 steps. In all trees, the superfamily Doradoidea was recovered as sister to the Africa-endemic family Mochokidae, together forming the suborder Doradoidei. Monophylies of the superfamily Doradoidea and suborder Doradoidei were respectively corroborated by nine and five exclusive synapomorphies. Six non-exclusive synapomorphies supported Doradoidei as sister to a clade composed of the Africa-endemic Amphiliidae and the Asia/Neotropical-endemic Sisoroidea. Monophylies of the families Auchenipteridae and Doradidae were also corroborated by sets of five and three characters, respectively. The family Auchenipteridae was found to be composed of two subfamilies: Centromochlinae and Auchenipterinae, the latter comprising five genera (Asterophysus, Liosomadoras, Tocantinsia, (Pseudotatia, Pseudauchenipterus)), and two related tribes: Auchenipterini and Trachelyopterini. Wertheimeria and Kalyptodoras were recovered together as a clade sister to all other doradids; and Franciscodoras was recovered as the second basal-most lineage of the family. The genera Acanthodoras and Agamyxis were recovered within the species of the subfamily Astrodoradinae. Platydoras and Centrochir were recovered as sister to the subfamily Doradinae, which comprised three tribes: Pterodoradini, Rhinodoradini and Doradini. Oxydoras was recovered as sister to all fimbriate-barbeled doradids. The genus Hemidoras was considered a junior synonym of Opsodoras. The species Nemadoras leporhinus, N. trimaculatus and Opsodoras ternetzi were recovered as more closely related to Hassar, Anduzedoras and Leptodoras, than to their congeners. A systematic summary with diagnoses of every genus, tribe, subfamily, and family of the superfamily Doradoidea is provided, as well as an artificial key allowing identification of all genera of the group.
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Relações filogenéticas da superfamília Doradoidea (Ostariophysi, Siluriformes) / Phylogenetic relationships of the superfamily Doradoidea (Ostariophysi, Siluriformes)

José Luís Olivan Birindelli 27 August 2010 (has links)
A superfamília Doradoidea (Siluriformes) é composta por duas famílias Neotropicais: Doradidae e Auchenipteridae. A relação de grupo irmão entre essas famílias foi bem corroborada por estudos prévios baseados em dados morfológicos e moleculares. As relações filogenéticas entre gêneros e espécies de Doradoidea foram parcialmente estudadas por alguns autores. Contudo, as relações filogenéticas entre a superfamília Doradoidea e os demais Siluriformes, e entre vários dos gêneros e espécies de Doradidae e Auchenipteridae permanecem controvérsias. O objetivo dessa tese é estudar as relações entre espécies e gêneros da superfamília Doradoidea, e o posicionamento dela entre as demais famílias de Siluriformes. Para isso, realizei uma análise filogenética extensa incluindo a maioria das espécies de Doradidae, 21 dos 22 gêneros de Auchenipteridae, e representantes de outras 16 famílias de Siluriformes. Para cada um desses táxons, 328 caracteres foram descritos, ilustrados e discutidos com base nos estudos prévios de outros autores. A análise de parcimônia resultou em quatro árvores igualmente parcimoniosas com 1086 passos. Em todas as árvores, a superfamília Doradoidea foi considerada como grupo irmão da família africana Mochokidae, que juntas formam a subordem Doradoidei. O monofiletimo da superfamília Doradoidea e da subordem Doradoidei foi corroborado por nove e cinco sinapomorfias exclusivas, respectivamente. Seis sinapomorfias não exclusivas serviram de suporte para a relação entre Doradoidei e um clado formado por pela família africana Amphiliidae e pela superfamília asiática/neotropical Sisoroidea. O monofiletismo das famílias Auchenipteridae e Doradidae foi corroborado por uma série de cinco e três caracteres exclusivos, respectivamente. As espécies da família Auchenipteridae foram classificadas em duas subfamílias: Centromochlinae e Auchenipterinae, esta última composta por cinco gêneros (Asterophysus, Liosomadoras, Tocantinsia, (Pseudotatia, Pseudauchenipterus)), e duas tribos relacionadas entre si: Auchenipterini e Trachelyopterini. Wertheimeria e Kalyptodoras foram consideradas relacionadas entre si, formando o clado irmão dos demais doradídeos; e Franciscodoras foi considerado como a segunda linhagem mais basal da família. Os gêneros Acanthodoras e Agamyxis foram encontrados como relacionados às espécies da subfamília Astrodoradinae. Platydoras e Centrochir foram considerados como irmãos da subfamília Doradinae, esta última dividida em três tribos: Pterodoradini, Rhinodoradini e Doradini. Oxydoras foi considerado táxon irmão dos doradídeos de barbilhões fimbriados. O gênero Hemidoras foi considerado sinônimo júnior de Opsodoras. As espécies Nemadoras leporhinus, N. trimaculatus e Opsodoras ternetzi foram consideradas como mais relaciondas a Hassar, Anduzedoras e Leptodoras, do que aos seus congêneres. Um resumo sistemático com diagnose de cada gênero, tribo, subfamília e família da superfamília Doradoidea foi elaborado, bem como uma chave de identificação para todos os gêneros do grupo. / The superfamily Doradoidea (Siluriformes) is composed of two Neotropicalendemic families: Doradidae and Auchenipteridae. The sister-group relationship between these families has been corroborated by previous studies of both morphological and molecular data. Previous studies have also provided support for evolutionary relationships between doradoid genera and species. However, relationships between the superfamily Doradoidea and remaining Siluriformes, and between several genera of Doradidae and Auchenipteridae remain controversial. The aim of my study is to recover evolutionary relationships between genera and species of the superfamily Doradoidea, and to find support for its position within Siluriformes. To accomplish this, I performed a comprehensive phylogenetic analysis including a majority of the Doradidae species, 21 of 22 genera of Auchenipteridae, and representatives of another 16 families of Siluriformes. For each of these taxa, I described, illustrated, or discussed 328 characters, most of which were gathered from several previous studies by other authors. Parsimony analysis of these characters resulted in four equally parsimonious trees with 1086 steps. In all trees, the superfamily Doradoidea was recovered as sister to the Africa-endemic family Mochokidae, together forming the suborder Doradoidei. Monophylies of the superfamily Doradoidea and suborder Doradoidei were respectively corroborated by nine and five exclusive synapomorphies. Six non-exclusive synapomorphies supported Doradoidei as sister to a clade composed of the Africa-endemic Amphiliidae and the Asia/Neotropical-endemic Sisoroidea. Monophylies of the families Auchenipteridae and Doradidae were also corroborated by sets of five and three characters, respectively. The family Auchenipteridae was found to be composed of two subfamilies: Centromochlinae and Auchenipterinae, the latter comprising five genera (Asterophysus, Liosomadoras, Tocantinsia, (Pseudotatia, Pseudauchenipterus)), and two related tribes: Auchenipterini and Trachelyopterini. Wertheimeria and Kalyptodoras were recovered together as a clade sister to all other doradids; and Franciscodoras was recovered as the second basal-most lineage of the family. The genera Acanthodoras and Agamyxis were recovered within the species of the subfamily Astrodoradinae. 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Revisão taxonômica do gênero Hassar Eigenmann & Eigenmann, 1888, com a descrição osteológica de Hassar orestis (Steindachner, 1875) (Siluriformes, Doradidae)

FAYAL, Danielle Freitas 27 April 2007 (has links)
Submitted by Edisangela Bastos (edisangela@ufpa.br) on 2013-09-11T17:14:34Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 23898 bytes, checksum: e363e809996cf46ada20da1accfcd9c7 (MD5) Dissertacao_RevisaoTaxonomicaGenero.pdf: 4057551 bytes, checksum: 60b381f212d6a070ea738eb10ae8550e (MD5) / Approved for entry into archive by Ana Rosa Silva(arosa@ufpa.br) on 2013-09-27T14:23:48Z (GMT) No. of bitstreams: 2 license_rdf: 23898 bytes, checksum: e363e809996cf46ada20da1accfcd9c7 (MD5) Dissertacao_RevisaoTaxonomicaGenero.pdf: 4057551 bytes, checksum: 60b381f212d6a070ea738eb10ae8550e (MD5) / Made available in DSpace on 2013-09-27T14:23:48Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license_rdf: 23898 bytes, checksum: e363e809996cf46ada20da1accfcd9c7 (MD5) Dissertacao_RevisaoTaxonomicaGenero.pdf: 4057551 bytes, checksum: 60b381f212d6a070ea738eb10ae8550e (MD5) Previous issue date: 2007 / O gênero Hassar (Doradidae) é um grupo natural de Siluriformes Neotropical. No presente trabalho foi realizada revisão taxonômica do referido gênero com a descrição osteológica de Hassar orestis, espécie-tipo do gênero. Este estudo foi fundamentado no levantamento e análise de caracteres morfológicos, morfométricos, merísticos e de padrão de coloração para o reconhecimento das espécies válidas e conseqüentes diagnoses e redescrições. Foram analisados 727 exemplares, provenientes de instituições nacionais e estrangeiras, envolvendo indivíduos preservados em álcool, preparados para esqueleto seco, diafanizados, radiografados e fotografados. Os exemplares foram analisados diretamente ou com auxílio de microscópio-estereoscópico e câmara clara. Medidas foram feitas, preferencialmente, do lado esquerdo do indivíduo. A descrição osteológica de Hassar orestis foi fundamentada na análise de 23 exemplares de instituições nacionais e estrangeiras e foi dividida em grupos funcionais osteológicos que são: elementos do neurocrânio, arco mandibular, arco hióide, arcos branquiais, esqueleto axial, placas nucais e nadadeira dorsal, sistema látero-sensorial e esqueleto apendicular. Os dados foram digitalizados e armazenados em formato de planilhas. Os resultados mostraram que Hassar é formado por duas espécies válidas: H. orestis e H. affinis. Hassar orestis é a espécie-tipo, tendo como sinônimo H. ucayalensis. Hassar affinis tem como sinônimos H. wilderi, H. iheringi e H. woodi. Hassar orestis e H. affinis se diferenciam pela posição do 1° espinho medial (no escudo infranucal ou entre o 1° e 8° escudo lateral vs. entre o 9° e 16° escudo lateral), número de escudos laterais providos de espinho medial (24 a 33 vs. 18 a 23) e pelos divertículos marginais filiformes da bexiga natatória (distintamente maiores vs. reduzidos ou ausentes). Os adultos (> 14 cm) de H. orestis e H. affinis diferiram pela altura do pedúnculo caudal (4,11-5,71% SL vs. 5,73 -7,63% SL) e pelo tamanho da pálpebra adiposa (conspícua e alongada na borda anterior dos olhos vs. tênue na borda anterior dos olhos). Não houve diferenças morfológicas, morfométricas e merísticas entre jovens e adultos da mesma espécie. As espécies apresentaram o mesmo padrão de coloração. Exemplares de H. orestis (N=551) possuem mancha enegrecida subterminal nos primeiros raios da nadadeira dorsal, diferentemente de H. affinis (N=176) cuja mancha pode ser subterminal ou terminal. A presença de prolongamento cartilaginoso no primeiro raio da nadadeira dorsal, em alguns machos de H. orestis, corroborou o dimorfismo sexual para espécie. Exemplares de H. orestis, provenientes dos rios Amazonas, Solimões e Negro, diferem da população do rio Branco e das Bacias dos rios Essequibo e Orinoco pela presença ou não de espinhos nos escudos timpânicos e no escudo infranucal. Não há diferença quanto à bexiga natatória dessas populações. A distribuição de H. affinis foi ampliada para os rios Solimões, Tapajós, baixo e alto Xingu, Tocantins, Araguaia, Parnaíba e Sistema Pindaré-Mearim. Hassar affinis e H. orestis apresentam ampla distribuição, parcialmente disjunta, com uma área de simpatria. A descrição osteológica da espécie-tipo proporcionou um melhor conhecimento anatômico do grupo, que serve de dado básico para trabalhos como anatomia, ontogenia, ecomorfologia e futuros eventuais trabalhos de sistemática e taxonomia. / The genus Hassar (Doradidae) is a monophyletic group of Neotropical Siluriformes. The present paper is a taxonomic revision of the species of Hassar, with an osteological description of type-species H. orestis. This study was based on the survey and analysis of morphological, morphometric, meristic and color pattern characters for the recognition of the valid species and consequent diagnosis and redescriptions. The specimens analyzed (n=727), from domestic and foreign institutions, included individuals preserved in alcohol, prepared as dry skeletons, cleared and stained, x-rayed and/or photographed. The specimens were observed directly or with a stereomicroscope and camera lucida. Measures were made, preferentially, on the left side. The osteological description of Hassar orestis was based on the analysis of 23 specimens and divided into functional osteological groups namely: neurocranium, mandibular arch, hyoid arch, branchial arches, axial skeleton, nucal plates and dorsal fin, laterosensory system and appendicular skeleton. The results show Hassar as being composed by two species: H. orestis and H. affinis. Hassar orestis has H. ucayalensis as synonym. Hassar affinis has H. wilderi, H. iheringi and H. woodi as synonyms. Hassar orestis and H. affinis differ from each other by the position of the first medial thorn (at the infranucal scute or between the 1st and 8th lateral scute vs. between the 9th and 16th lateral scute), by the number of lateral scutes with a medial thorn (24 to 33 vs. 18 to 23 respectively) and by the condition filiform marginal diverticula of the swimbladder (distinctly larger vs. reduced or absent respectively). The adults (>14 cm) of H. orestis and H. affinis are distinguished by of the depth caudal peduncle (4.11-5.71% SL vs. 5.73 -7.63% SL respectively) and by the size of the adipose eyelid (conspicuous and elongate over the anterior border of the eyes vs. tenuous over the anterior border of the eyes respectively). No morphological, morphometric and meristic differences among juveniles and adults of the same species were found. Both species present the same color pattern and share a subterminal black spot on the first rays of the dorsal fin, but some specimens of H. affinis present a terminal black spot. The presence of a cartilaginous extension on prolongation in the first ray of the dorsal fin, in some males of H. orestis, confirmed the notion of sexual dimorphism for this species. Specimens of H. orestis from the Amazon, Solimões, and Negro rivers differ from the population from the Branco river and from the Essequibo and Orinoco basins by the presence or absence of thorns on the tympanic scutes and on the infranucal scute. No differences were found between the swimbladders of those populations. The distribution of H. affinis was extended for the rivers Solimões, Tapajós, upper and lower Xingu, Tocantins, Araguaia, Parnaíba and Pindaré-Mearim System. Hassar affinis and H. orestis have a wide, partially disjunct distribution, with an area of sympatry. The osteological description of the H. orestis provides a better anatomical understanding of the group, and basic data for future on anatomy, ontogeny, ecomorphology and systematics and taxonomy.
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Aspectos ecológicos do bacu-pedra Lithodoras dorsalis (Valenciennes, 1840) (Siluriformes: Doradidae) na foz amazônica, Brasil

BARBOSA, Thiago Augusto Pedroso January 2012 (has links)
Submitted by Edisangela Bastos (edisangela@ufpa.br) on 2013-02-19T22:06:01Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 23898 bytes, checksum: e363e809996cf46ada20da1accfcd9c7 (MD5) Dissertacao_AspectosEcologicosBacu.pdf: 1630438 bytes, checksum: 828409c2e83734c5fb2bc6d4905fe79f (MD5) / Approved for entry into archive by Ana Rosa Silva(arosa@ufpa.br) on 2013-02-20T16:35:05Z (GMT) No. of bitstreams: 2 license_rdf: 23898 bytes, checksum: e363e809996cf46ada20da1accfcd9c7 (MD5) Dissertacao_AspectosEcologicosBacu.pdf: 1630438 bytes, checksum: 828409c2e83734c5fb2bc6d4905fe79f (MD5) / Made available in DSpace on 2013-02-20T16:35:05Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license_rdf: 23898 bytes, checksum: e363e809996cf46ada20da1accfcd9c7 (MD5) Dissertacao_AspectosEcologicosBacu.pdf: 1630438 bytes, checksum: 828409c2e83734c5fb2bc6d4905fe79f (MD5) Previous issue date: 2012 / O objetivo deste estudo foi investigar aspectos alimentares do bacu-pedra Lithodoras dorsalis (Siluriformes: Doradidae) na região da foz Amazônica e seu possível papel como dispersor de sementes. As coletas dos espécimes de L. dorsalis foram realizadas mensalmente de julho de 2010 a junho de 2011, totalizando 371 espécimes capturados. Por meio da análise das gônadas constatou-se que todos os espécimes coletados encontravam-se imaturos, caracterizando-os como jovens. O comprimento padrão médio foi igual a 15,40cm (DP ± 4,87cm) e a massa total média igual a 94g (DP ± 149,45g). A dieta da espécie foi composta por 28 itens alimentares, dos quais 16 foram de origem alóctone e 12 de origem autóctone, o que define a espécie como herbívora, com forte tendência à frugivoria devido aos altos valores de importância de frutos e sementes presente em sua dieta. Houve diferença entre os períodos pluviométricos com relação a sazonalidade alimentar, sendo o final do período de transição entre chuva estiagem e o início da estiagem os períodos de menor e maior atividade alimentar, respectivamente. Porém, a importância dos itens consumidos entre os períodos pluviométricos não apresentou diferença, sendo que a dieta da espécie foi similar durante todo o período de coleta. Quanto à ictiocoria, dos 371 espécimes de Lithodoras dorsalis coligidos, 268 (74,93%) apresentaram frutos e sementes em seus estômagos (principalmente açaí Euterpe oleracea Mart., aninga Montrichardia linifera (Arruda) Schott e buriti Mauritia flexuosa Mart). Para as análises de germinação foram utilizadas sementes do açaí Euterpe oleracea Mart. e da aninga Montrichardia linifera (Arruda) Schott por atingirem quantidade suficiente de amostras. A partir da análise do trato digestivo do bacu-pedra constatou-se que todas as sementes de Euterpe oleracea Mart. apresentavam-se intactas, havendo um aumento no desempenho germinativo, porém o mesmo não ocorreu para as estruturas germinativas de aninga Montrichardia linifera (Arruda) Schott, algumas das quais apresentaram-se destruídas devido ao processo digestivo. Concluiu-se que Lithodoras dorsalis é um potencial dispersor do açaí Euterpe oleracea Mart. na Foz Amazônica, uma vez que há um aumento do desempenho germinativo das sementes. Foi constatado um acréscimo na quantidade de frutos e sementes consumidos à medida que os indivíduos aumentam o tamanho corporal. Por fim, tendo em vista o alto consumo de material de origem alóctone por Lithodoras dorsalis, destaca-se a importância da vegetação ripária por fornecer itens como frutos essenciais na dieta desta e de outras espécies de peixes neotropicais. Além disso, Lithodoras dorsalis parece fazer parte do mecanismo de algumas espécies de plantas para a colonização de novas áreas (ictiocoria), como no caso do açaí Euterpe oleracea Mart. / The aim of this study was investigate the ecological aspects related to the rock-bacu Lithodoras dorsalis (Siluriformes: Doradidae) from streams next to the city of Abaetetuba, Pará, Brazil. The aspects investigated were: feeding ecology and dispersal of plant diaspores (seeds). The study of feeding ecology and seed dispersal are important because they provide essential information for understanding the relationship between ichthyofauna and environment, allowing the taking of effective measures in the conservation of species and ecosystems. The samplings were carried out monthly from July 2010 to June 2011. In this period, 371 specimens of L. dorsalis were collected and through analysis of the gonads was found that all were immature. The average standard length was equal to 15.40 cm (SD ± 4.87 cm) and average total mass equal to 94 g (SD ± 149.45). The diet of the species was composed by 28 food items (16 allochthonous origin and 12 autochthonous origin) and Lithodoras dorsalis was classified as herbivore with a strong tendency to frugivory due to the high importance of fruits and seeds in your diet. With regard to the intensity of obtaining food by the rock-bacu, there were differences between the pluviometric periods, where the end of the transitional period wet-drought and early drought periods represented the lowest and highest feeding activity, respectively. However, there were no significant difference to the importance of the items consumed between the pluviometric periods, the diet of species was similar throughout the sampling period. About the dispersal of seeds, 268 (74.93%) of 371s pecimens of Lithodoras dorsalis showed fruit and vegetable seeds in their stomachs, the main being the assai Euterpe oleracea Mart., the aninga Montrichardia linifera (Arruda) Schott and the buriti Mauritia flexuosa Mart. For analysis we used the assai seeds Euterpe oleracea Mart. and aninga Montrichardia linifera (Arruda) Schott for reaching enough samples. From the analysis of the digestive tract of the rock-bacu was found that all plant diaspores of Euterpe oleracea Mart. were found intact, with an increase in performance of this plant germination, but this did not occur to aninga Montrichardia linifera (Arruda) Schott, because the digestion process destroyed some seeds. Thus it was concluded that Lithodoras dorsalis is a potential disperser of assai Euterpe oleracea Mart. in the Amazonian mouth, because in addition to increasing the performance of the seeds germination, there is an increase in the amount of fruits and seeds consumed by the individuals with the increasing of their body size. Finally, given the high consumption of material of allochthonous origin for Lithodoras dorsalis, we highlight the importance of riparian vegetation by providing items such as fruit and seeds, essential in the diet of Neotropical fishes and we emphasize the importance of ictiocoria for plants since many have sessile habit of life and cannot move from one location to another without the aid of dispersers.

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