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Interprofissionalidade na estratégia saúde da família : condições de possibilidade para a integração de saberes e a colaboração interprofissional / Interprofissionalidade strategy in family health : conditions of possibility for integration of knowledge and interprofessional collaborationEllery, Ana Ecilda Lima January 2012 (has links)
ELLERY, Ana Ecilda Lima. Interprofissionalidade na estratégia saúde da família : condições de possibilidade para a integração de saberes e a colaboração interprofissional. 2012. 256 f. Tese (Doutorado em Saúde Pública) - Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Medicina, Fortaleza, 2012. / Submitted by denise santos (denise.santos@ufc.br) on 2014-01-09T12:33:23Z
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Previous issue date: 2012 / The principle of interprofessional learning and practice is a fundamental criterion that guides multidisciplinary teams in the Family Health Strategy (FHS).The professional action however, seems to be marked by a logic characterized by the narrow boundaries of the territories of each category as a scene of contention between the contradictory logics of professionalization and interprofessional practice. This is understood as the synthesis of a process of integration of knowledge and interprofessional collaboration (COLET, 2002). These processes are mediated by affects. Considering that there are several obstacles to the realization of the interprofessional learning and practice, the research aims to understand the dynamics of inter-relationships in the production of care in the family´s health strategy, exploiting the existence of conditions of possibility for the construction of interprofessional learning and practice. This is a qualitative case study inspired by hermeneutics. The scenario is a study of the Family Health Center, in a Brazilian capital. The gathering of the information was provided from March to August 20122, with open interviews, observation of activities in the FHS and workshops for knowledge production, involving 23 professionals. Conditions were identified in the possibilities of interprofessional FHS, combined in the following groups: Organizational, collective, and subjective. Included in the organizational dimension are devices and institutional arrangements, cross-media activities for the structuring of a “Health-Education systems”, transforming all health facilities of a municipality into areas of teaching, research, and assistance. The “interprofessional continuing education” helps to overcome the hegemonic logic of professionalism, sill found in the training of healthcare workers and user-centered approach, in contrast to the trend of organizing health service base on corporate interests. The second dimension focuses on aspects related to the organization of professionals working as a group, or the organizations of the collective community practice, characterized by agreeing on a common project, mutual engagement and shared repertoire. Even though health professionals trained to the hegemonic logic of professionalization, involving a struggle to preserve status and labor market participation in the ESF team, the way they are formed as a community of practice, enables the learning of other values, knowledge and practice, favoring the integration of interprofessional collaboration and knowledge, though not free of conflict. The third dimension includes subjective aspects such as the identification of professionals of the ESF health care model, dealing with frustration and affection. We consider that the interprofessional learning and practice is possible, if subjected to the organizational and collective conditions, mobilizing subjective aspects of professionals. The offering conditions of possibility in the organizational level are essential but not sufficient for integration of knowledge and interprofessional collaboration. Without the mobilization of emotions, desires and micro powers of each subject, inter-professional learning and practice is not possible. / O princípio da interprofissionalidade é critério fundamental que orienta equipes multiprofissionais na Estratégia Saúde da Família. A ação profissional, no entanto, parece ser marcada por uma lógica caracterizada pela delimitação estreita de territórios de cada categoria, conformando um quadro de disputa entre as lógicas contraditórias da profissionalização e da interprofissionalidade. Esta é compreendida como a síntese de um processo de integração de saberes e de colaboração interprofissional, processos estes mediados pelos afetos. Considerando haver obstáculos diversos para a efetivação da interprofissionalidade, a pesquisa objetiva compreender a dinâmica das relações interprofissionais na produção do cuidado na Estratégia Saúde da Famíla, explorando a existência de condições de possibilidade para a construção da interprofissionalidade na Atenção Primária à Saúde no Brasil. Trata-se de estudo de caso, de natureza qualitativa, inspirado na Hermenêutica. O cenário de estudo é um Centro de Saúde da Família, numa capital brasileira. A recolha das informações foi procedida no período de março a agosto de 2011, com realização de entrevistas abertas, observação das atividades desenvolvidas pelas equipes e realização de oficinas de produção de conhecimento, envolvendo 23 profissionais da ESF, Núcleos de Apoio à Saúde da Familia e residentes de Medicina e de Saúde da Família e Comunidade. Foram identificadas condições de possibilidades da interprofissionalidade na ESF, sintetizadas em três dimensões: organizacional, coletiva e subjetiva. Incluem-se na dimensão organizacional dispositivos e arranjos institucionais, suportes para as atividades interprofissionais, quais sejam: a estruturação de uma “Rede de Saúde – Escola”, transformando todas as unidades de saúde de um município em espaços de ensino, pesquisa e assistência; a “Educação Permanente Interprofissional” que contribua para ultrapassar a lógica da profissionalização ainda hegemônica na formação dos trabalhadores da saúde; bem como a “Abordagem Centrada na Família”, em contraposição à tendência de organizar os serviços de saúde com base em interesses corporativos. A segunda dimensão enfoca aspectos relacionados à organização dos profissionais como grupo de trabalho, ou seja, a organização do coletivo em comunidade de prática, caracterizada pela pactuação de um projeto em comum, engajamento mútuo e repertórios compartilhados. Mesmo tendo sido os profissionais da saúde formados hegemonicamente para a lógica da profissionalização, envolvendo luta por status e reserva de mercado de trabalho, a participação numa equipe da ESF, constituida como comunidade de prática, possibilita a aprendizagem de outros valores, favorecendo a integração de saberes e a colaboração interprofissional, embora não livre de conflitos. A terceira dimensão privilegia aspectos subjetivos, como a identificação dos profissionais com o modelo assistencial da ESF, saber lidar com frustrações e a afetividade. Consideramos ser possível a interprofissionalidade, desde que sejam disponibilizadas condições organizacionais e coletivas, mobilizadoras de aspectos subjetivos dos profissionais. A oferta das condições de possibilidade, no plano organizacional, é indispensável, mas não suficiente para a integração de saberes e a colaboração interprofissional. Sem a mobilização dos afetos, dos desejos e dos micropoderes de cada sujeito, não há interprofissionalidade possível.
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O cuidado à criança hospitalizada com câncer : concepções dos cuidadoresFunghetto, Silvana Schwerz January 2004 (has links)
Trata-se de uma pesquisa qualitativa que teve como objetivos: investigar a concepção de cuidado para o cuidador membro da equipe multiprofissional de saúde que atua junto a crianças hospitalizadas com câncer; e conhecer como ele vivencia esse cuidado. Os participantes foram 15 cuidadores pediátricos que atuam junto a crianças hospitalizadas com câncer no Hospital de Clínicas de Porto Alegre. As informações foram coletadas por meio de uma entrevista semi-estruturada e, após, submetidas à técnica de análise de conteúdo de Laurence Bardin. As categorias temáticas encontradas foram “Concepção de cuidado” e “Vivências do cuidador”. Ao final do estudo constatou-se que os cuidadores percebem o cuidado como Ação, Vínculo, Presença, Sentimentos e Promoção do desenvolvimento pessoal e espiritual. Constatou-se também que, ao compartilhar as experiências com o outro, lhes possibilita vivenciar as mais variadas situações permeadas de tensões, conflitos, envolvimentos, além de um reconhecimento de identificação com a área da criança, com fases do crescimento e desenvolvimento, com as necessidades das famílias e com o ser frente à morte.
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Trabalho em equipe no Programa Saúde da Família na concepção de enfermeirasColomé, Isabel Cristina dos Santos January 2005 (has links)
O objeto desta investigação é o trabalho em equipe desenvolvido no âmbito do Programa Saúde da Família (PSF) na perspectiva de enfermeiras. Têm-se como objetivos conhecer a concepção de enfermeiras que atuam no PSF sobre o desenvolvimento do trabalho em equipe, no que se refere à articulação entre as ações realizadas pelos diferentes profissionais e à interação entre eles, bem como identificar as dificuldades e facilidades encontradas pelas enfermeiras no cotidiano do trabalho coletivo. Caracteriza-se como um estudo descritivo de abordagem qualitativa. A coleta de dados deu-se por meio de entrevistas semi-estruturadas com 23 enfermeiras. A análise dos dados foi realizada com base na análise temática e resultou em três categorias: concepções das enfermeiras sobre o trabalho em equipe; articulação das ações dos profissionais no trabalho em equipe; e interação da equipe. Identificou-se que as enfermeiras têm uma concepção idealizada do trabalho em equipe, caracterizando-o como um processo dinâmico e interativo no qual deve haver a participação de todos os profissionais desde o planejamento até a execução das ações de saúde, assim como a integração da equipe em função de objetivos comuns. Porém, as enfermeiras encontram inúmeras dificuldades que interferem no desenvolvimento do trabalho em equipe e as impedem, muitas vezes, de vivenciar esse ideal na sua prática cotidiana. Tais dificuldades estão relacionadas à alta rotatividade de profissionais no PSF, à falta de pessoal, a condições de trabalho inadequadas e à falta de capacitação dos agentes comunitários de saúde. A articulação das ações ocorre principalmente com os agentes comunitários de saúde e os auxiliares de enfermagem, devido à supervisão que a enfermeira realiza junto aos mesmos. A interação da equipe fica prejudicada pelas dificuldades de comunicação e por conflitos interpessoais, fatores estes causadores de insatisfação dos profissionais com seu trabalho. Foi possível identificar que tanto a articulação das ações quanto a interação da equipe ficam prejudicadas pela excessiva demanda de usuários pelo serviço, o que ocasiona sobrecarga de trabalho e falta de tempo para os profissionais. Dessa forma, as enfermeiras evidenciam limitações para realizarem conexões entre os diversos trabalhos e interagir, referindo que isso fica restrito basicamente aos momentos de reunião de equipe. Com base nos depoimentos das enfermeiras, verificamos que o trabalho em equipe no PSF tem um caráter ativo e dinâmico, e apresenta momentos de integração na equipe, mas também situações em que os profissionais atuam de maneira independente e isolada. No entanto, são evidentes as dificuldades que as equipes encontram em realizar um trabalho efetivamente integrado. Essa realidade, certamente, compromete a qualidade da assistência prestada aos usuários. Sugere-se repensar as condições de trabalho propiciadas aos profissionais que atuam no PSF, as quais necessitam de maiores investimentos e atenção. Além disso, a formação acadêmica deve ser capaz de fornecer subsídios aos profissionais, preparando-os para uma atuação multidisciplinar.
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Desospitalização de pacientes idosos u dependentes em serviço de emergência: subsídios para orientação multiprofissional de alta / De-hospitalization of elderly patients u dependent on emergency services: support for orientation multiprofessional for hospital dischargeAlcântara, Ana Maria Santana de [UNIFESP] January 2012 (has links) (PDF)
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Previous issue date: 2012 / Com o aumento na expectativa de vida e da incidencia de doencas cronicas, a desospitalizacao se constitui num premente desafio. Alem da insufiCiência de recursos publicos, a familia, em geral, tem dificuldades de assumir o cuidado do paciente na residencia, criando nessas condicoes uma zona de impasses a serem enfrentados pela equipe multiprofissional no tocante a educacao em Saúde no momento da alta hospitalar. Este estudo teve como objetivo identificar dificuldades de desospitalizacao do paciente idoso - dependente atendido em Servico de Emergencia do Hospital São Paulo, tendo em vista subsidiar propostas de orientacao de alta. O estudo foi composto, num primeiro momento, pela caracterizacao do perfil do paciente e qualificacao do nivel de dependencia para atividades de vida diaria. Em um segundo momento, foram entrevistados os familiares identificando fatores problematicos relacionados a desospitalizacao e, finalmente, em um terceiro momento, procedeu-se a avaliacao da orientacao de alta, com vistas a repensar esse processo. A partir do sistema de informacao da Unidade de Emergencia do Hospital São Paulo e de entrevistas com familiares obtivemos dados que contemplaram itens sobre a configuracao familiar, instalacao residencial, situacao financeira e recursos de apoio. Cerca de 40% dos pacientes internados no Pronto Socorro eram idosos, revelando importancia do treinamento nos cuidados dos mesmos. Atraves da percepcao familiar os fatores apresentados como condicionantes da alta hospitalar e cuidados domiciliares foram: adaptacao de custos; articulacao da rede social de apoio; aquisicao de equipamentos; adaptacoes na residencia. Alem disso, cuidadores externaram: sobrecarga fisica e emocional; escasso apoio para cuidado; mudanca no estilo de vida e aspectos emocionais (inseguranca, impotencia, tristeza, desesperanca, desamparo). Ainda foram apresentados, em relacao a orientacao de alta: fragmentacao da acao; confusao na identificacao dos profissionais; duvidas na realizacao dos procedimentos de cuidado; falta de treinamento; problemas de relacionamento com a equipe e discordancia de alta por inalteracao ou piora do quadro clinico. O estudo aponta elevado numero de pacientes idosos dependentes de alta do Pronto Socorro a serem desospitalizados. Familiares destes idosos necessitam orientacao sistematizada sobre cuidados domiciliares afim de efetivarem a alta com seguranca para o paciente e o cuidador. O assistente social, por seu carater investigativo e interventivo, possui papel relevante na organizacao do trabalho em equipe. Com base na teoria da Aprendizagem Significativa Critica, afirma-se a suspeita de que e possivel identificar espacos de mobilizacao pacientes u familiares na orientacao da alta hospitalar em servicos de emergencia, no sentido de potencializar a desospitalizacao / With the growth of life expectancy and the incidence of chronic illness, the de
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hospitalization is a pressing challenge. Besides the public resources insufficiency, the
family in general has had difficulties to assume the patient care in
their homes, creating
in these conditions a difficult environment to be faced by multi
-
professional team
regarding health education at the de
-
hospitalization.
This study’s main objective was to identify de
-
hospitalization difficulties for aging
patients
–
someone who depends on the Hospital São Paulo Emergency Service, with
the objective of subsidizing an orientation proposal of discharge from the hospital.
The study was composed, at the first moment, by profile characterization of the patient
and qualifica
tion level of dependency regarding his daily life activities. At the second
moment, families were interviewed in order to identify problematic factors regarding to
de
s
-
hospitalization and, finally, at a third moment, the evaluation of discharge from the
ho
spital was followed with the objective of rethinking this process. Base
d
on the
information system of Hospital São Paulo Emergency Unit and an interview with
family, we have obtained data that complemented items about family configuration,
home installatio
n, financial situation and support resources.
Around 40% of hospitalized patients on Emergency were elderly, which revealed the
importance of training on their self care. Through family perception, the factors showed
as conditions for discharge from the ho
spital and home care were
:
cost adaptation;
social network; equipment acquisition; home adaptation. Beside this, caregivers voiced
physical and emotional overcharge (insecurity, impotence, sadness, desperation,
abandonment). It has also been presented, reg
arding to orientation
of discharge from the
hospital:
a fragmentation of action; a misunderstanding on professionals identification
in charge of the treatment; doubts on care procedures performance; lack of training;
problems regarding team and disagreemen
t concerning the discharge from the hospital
due to unchanged situation or the worsening of the clinical scenario.
The study shows a high number of elderly patients depending on the discharge from the
hospital of Emergency to be de
-
hospitalized. The family
of this elderly needs systematic
orientation about home care in order to perform the discharge from the hospital with
security to the caregiver and patient. The social assistants, because of their investigative
and hospitalized experience character, have
relevant role on team work organization.
Based on Meaningful Critical
Learning
, it is understood the possibility of identifying
spaces for patient
–
family
mobilization on discharge from the hospital on emergency
services, with the objective of empowering
the de
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hospitalization / BV UNIFESP: Teses e dissertações
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O cuidado à criança hospitalizada com câncer : concepções dos cuidadoresFunghetto, Silvana Schwerz January 2004 (has links)
Trata-se de uma pesquisa qualitativa que teve como objetivos: investigar a concepção de cuidado para o cuidador membro da equipe multiprofissional de saúde que atua junto a crianças hospitalizadas com câncer; e conhecer como ele vivencia esse cuidado. Os participantes foram 15 cuidadores pediátricos que atuam junto a crianças hospitalizadas com câncer no Hospital de Clínicas de Porto Alegre. As informações foram coletadas por meio de uma entrevista semi-estruturada e, após, submetidas à técnica de análise de conteúdo de Laurence Bardin. As categorias temáticas encontradas foram “Concepção de cuidado” e “Vivências do cuidador”. Ao final do estudo constatou-se que os cuidadores percebem o cuidado como Ação, Vínculo, Presença, Sentimentos e Promoção do desenvolvimento pessoal e espiritual. Constatou-se também que, ao compartilhar as experiências com o outro, lhes possibilita vivenciar as mais variadas situações permeadas de tensões, conflitos, envolvimentos, além de um reconhecimento de identificação com a área da criança, com fases do crescimento e desenvolvimento, com as necessidades das famílias e com o ser frente à morte.
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Trabalho em equipe no Programa Saúde da Família na concepção de enfermeirasColomé, Isabel Cristina dos Santos January 2005 (has links)
O objeto desta investigação é o trabalho em equipe desenvolvido no âmbito do Programa Saúde da Família (PSF) na perspectiva de enfermeiras. Têm-se como objetivos conhecer a concepção de enfermeiras que atuam no PSF sobre o desenvolvimento do trabalho em equipe, no que se refere à articulação entre as ações realizadas pelos diferentes profissionais e à interação entre eles, bem como identificar as dificuldades e facilidades encontradas pelas enfermeiras no cotidiano do trabalho coletivo. Caracteriza-se como um estudo descritivo de abordagem qualitativa. A coleta de dados deu-se por meio de entrevistas semi-estruturadas com 23 enfermeiras. A análise dos dados foi realizada com base na análise temática e resultou em três categorias: concepções das enfermeiras sobre o trabalho em equipe; articulação das ações dos profissionais no trabalho em equipe; e interação da equipe. Identificou-se que as enfermeiras têm uma concepção idealizada do trabalho em equipe, caracterizando-o como um processo dinâmico e interativo no qual deve haver a participação de todos os profissionais desde o planejamento até a execução das ações de saúde, assim como a integração da equipe em função de objetivos comuns. Porém, as enfermeiras encontram inúmeras dificuldades que interferem no desenvolvimento do trabalho em equipe e as impedem, muitas vezes, de vivenciar esse ideal na sua prática cotidiana. Tais dificuldades estão relacionadas à alta rotatividade de profissionais no PSF, à falta de pessoal, a condições de trabalho inadequadas e à falta de capacitação dos agentes comunitários de saúde. A articulação das ações ocorre principalmente com os agentes comunitários de saúde e os auxiliares de enfermagem, devido à supervisão que a enfermeira realiza junto aos mesmos. A interação da equipe fica prejudicada pelas dificuldades de comunicação e por conflitos interpessoais, fatores estes causadores de insatisfação dos profissionais com seu trabalho. Foi possível identificar que tanto a articulação das ações quanto a interação da equipe ficam prejudicadas pela excessiva demanda de usuários pelo serviço, o que ocasiona sobrecarga de trabalho e falta de tempo para os profissionais. Dessa forma, as enfermeiras evidenciam limitações para realizarem conexões entre os diversos trabalhos e interagir, referindo que isso fica restrito basicamente aos momentos de reunião de equipe. Com base nos depoimentos das enfermeiras, verificamos que o trabalho em equipe no PSF tem um caráter ativo e dinâmico, e apresenta momentos de integração na equipe, mas também situações em que os profissionais atuam de maneira independente e isolada. No entanto, são evidentes as dificuldades que as equipes encontram em realizar um trabalho efetivamente integrado. Essa realidade, certamente, compromete a qualidade da assistência prestada aos usuários. Sugere-se repensar as condições de trabalho propiciadas aos profissionais que atuam no PSF, as quais necessitam de maiores investimentos e atenção. Além disso, a formação acadêmica deve ser capaz de fornecer subsídios aos profissionais, preparando-os para uma atuação multidisciplinar.
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Trabalho em equipe no Programa Saúde da Família na concepção de enfermeirasColomé, Isabel Cristina dos Santos January 2005 (has links)
O objeto desta investigação é o trabalho em equipe desenvolvido no âmbito do Programa Saúde da Família (PSF) na perspectiva de enfermeiras. Têm-se como objetivos conhecer a concepção de enfermeiras que atuam no PSF sobre o desenvolvimento do trabalho em equipe, no que se refere à articulação entre as ações realizadas pelos diferentes profissionais e à interação entre eles, bem como identificar as dificuldades e facilidades encontradas pelas enfermeiras no cotidiano do trabalho coletivo. Caracteriza-se como um estudo descritivo de abordagem qualitativa. A coleta de dados deu-se por meio de entrevistas semi-estruturadas com 23 enfermeiras. A análise dos dados foi realizada com base na análise temática e resultou em três categorias: concepções das enfermeiras sobre o trabalho em equipe; articulação das ações dos profissionais no trabalho em equipe; e interação da equipe. Identificou-se que as enfermeiras têm uma concepção idealizada do trabalho em equipe, caracterizando-o como um processo dinâmico e interativo no qual deve haver a participação de todos os profissionais desde o planejamento até a execução das ações de saúde, assim como a integração da equipe em função de objetivos comuns. Porém, as enfermeiras encontram inúmeras dificuldades que interferem no desenvolvimento do trabalho em equipe e as impedem, muitas vezes, de vivenciar esse ideal na sua prática cotidiana. Tais dificuldades estão relacionadas à alta rotatividade de profissionais no PSF, à falta de pessoal, a condições de trabalho inadequadas e à falta de capacitação dos agentes comunitários de saúde. A articulação das ações ocorre principalmente com os agentes comunitários de saúde e os auxiliares de enfermagem, devido à supervisão que a enfermeira realiza junto aos mesmos. A interação da equipe fica prejudicada pelas dificuldades de comunicação e por conflitos interpessoais, fatores estes causadores de insatisfação dos profissionais com seu trabalho. Foi possível identificar que tanto a articulação das ações quanto a interação da equipe ficam prejudicadas pela excessiva demanda de usuários pelo serviço, o que ocasiona sobrecarga de trabalho e falta de tempo para os profissionais. Dessa forma, as enfermeiras evidenciam limitações para realizarem conexões entre os diversos trabalhos e interagir, referindo que isso fica restrito basicamente aos momentos de reunião de equipe. Com base nos depoimentos das enfermeiras, verificamos que o trabalho em equipe no PSF tem um caráter ativo e dinâmico, e apresenta momentos de integração na equipe, mas também situações em que os profissionais atuam de maneira independente e isolada. No entanto, são evidentes as dificuldades que as equipes encontram em realizar um trabalho efetivamente integrado. Essa realidade, certamente, compromete a qualidade da assistência prestada aos usuários. Sugere-se repensar as condições de trabalho propiciadas aos profissionais que atuam no PSF, as quais necessitam de maiores investimentos e atenção. Além disso, a formação acadêmica deve ser capaz de fornecer subsídios aos profissionais, preparando-os para uma atuação multidisciplinar.
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O cuidado à criança hospitalizada com câncer : concepções dos cuidadoresFunghetto, Silvana Schwerz January 2004 (has links)
Trata-se de uma pesquisa qualitativa que teve como objetivos: investigar a concepção de cuidado para o cuidador membro da equipe multiprofissional de saúde que atua junto a crianças hospitalizadas com câncer; e conhecer como ele vivencia esse cuidado. Os participantes foram 15 cuidadores pediátricos que atuam junto a crianças hospitalizadas com câncer no Hospital de Clínicas de Porto Alegre. As informações foram coletadas por meio de uma entrevista semi-estruturada e, após, submetidas à técnica de análise de conteúdo de Laurence Bardin. As categorias temáticas encontradas foram “Concepção de cuidado” e “Vivências do cuidador”. Ao final do estudo constatou-se que os cuidadores percebem o cuidado como Ação, Vínculo, Presença, Sentimentos e Promoção do desenvolvimento pessoal e espiritual. Constatou-se também que, ao compartilhar as experiências com o outro, lhes possibilita vivenciar as mais variadas situações permeadas de tensões, conflitos, envolvimentos, além de um reconhecimento de identificação com a área da criança, com fases do crescimento e desenvolvimento, com as necessidades das famílias e com o ser frente à morte.
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Satisfação do profissional de saúde da equipe multidisciplinar envolvidos no método mãe canguruSERRANO, Milene Xavier Mariano 25 April 2012 (has links)
Submitted by Susimery Vila Nova (susimery.silva@ufpe.br) on 2015-04-10T19:55:08Z
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Previous issue date: 2012-04-25 / CNPq / Nos últimos anos, a Institucionalização ampliada, da “Atenção Humanizada ao Recém -
nascido de Baixo Peso - Método Mãe Canguru”, nas maternidades, gerou estudos da sua
implantação, porém esses precisam de uma abordagem mais precisa sobre aspectos do
processo de trabalho, como o grau de satisfação dos profissionais visto que para desenvolver
uma assistência humanizada e adequada ao recém-nascido de baixo peso é necessário que o
profissional de saúde esteja satisfeito na realização das suas atividades no trabalho. O objetivo
desse estudo é conhecer a satisfação dos profissionais de saúde da equipe multidisciplinar
envolvidos no Método Mãe-Canguru. Trata-se de um estudo descritivo, de corte transversal e
caráter avaliativo, realizado entre os anos de 2010 e 2011, com 322 profissionais de saúde da
equipe multidisciplinar recrutados em 04 unidades de Saúde que possuem o Método Mãe-
Canguru implantado, em Recife-PE. A amostra foi intencional e composta por àqueles que
cumpriram com os critérios de inclusão. Foram excluídos os profissionais que tinham menos
de 03 (três) meses de atuação no método e/ou que se recusaram a responder o questionário.
Foi utilizado como instrumento de coleta de dados um questionário adaptado desenvolvido
em projeto anterior, estruturado e auto-administrado, contendo 81 questões. O questionário,
construído utilizando a técnica Delphis, contém perguntas fechadas por forma a garantir
respostas às alíneas formuladas e contempla 05 (cinco) dimensões as quais retratam elementos
normativo do manual do Método Mãe-Canguru elaborado pelo Ministério da Saúde, sendo
estes: estrutura física e equipamentos, recursos, rotinas, vinculo institucional, participação dos
usuários, além da satisfação geral. Os profissionais escolhiam uma das cinco alternativas por
questão, traduzindo uma escala Lickert (de 1 a 5) com relação à desconfirmação. Considerouse
satisfação a desconfirmação positiva pontuações 4 e 5 e não satisfação a desconfirmação
negativa pontuações 1 e 2. O valor 3 no estudo denota zona neutra, também chamado de zona
de tolerância,ou seja, nem satisfeitos nem insatisfeitos. Quanto aos resultados, dos 322
entrevistados, 96,6% eram do sexo feminino e 78% eram plantonistas nas Unidades de Saúde
estudadas. Foi observado que 55,9% da amostra receberam treinamento no método, tendo
estes recebido apenas um treinamento nos últimos 2 anos. Houve predomínio da
desconfirmação negativa (não satisfação) na dimensão estrutura física e material (MP= 2,71),
assim como recursos humanos (MP= 2,76), e vinculo institucional (MP=2,67), salientando-se
a não satisfação para acesso a treinamentos periódicos no método (> 47%) e para
reconhecimento institucional sobre seu trabalho no Método Mãe-Canguru (49,1%). Na
dimensão rotinas, houve predomínio de desconfirmação positiva (MP=3,31), ressaltando a
satisfação dos profissionais para o cumprimento da norma de livre acesso das mães/familiares
na 1ª etapa (73,6%). Houve um equilíbrio entre a satisfação e a não satisfação na dimensão
usuários (MP=3,02), chamando a atenção para a não satisfação à aceitação das mães no tempo
de permanência hospitalar no Método Mãe-Canguru na 2ª etapa (42,6%) e para a satisfação o
livre acesso dos pais a unidade de cuidados intensivos na 1ª etapa (68,9%). Houve satisfação
geral dos trabalhadores de saúde da equipe multidisciplinar com o Método (MP=3,47).
Conclui-se então que a medida de desconfirmação permitiu averiguar diferencial de satisfação
entre dimensões importantes no processo de trabalho no Método Mãe-Canguru e que os
resultados desse estudo demonstram a necessidade de mudanças na prática assistencial no
Método estudado, além da realização de mais estudos sobre satisfação e qualidade do
trabalho.
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Ações do enfermeiro em urgência e emergência hospitalar, na perspectiva da prática interprofissional colaborativa / Nursing actions in emergency and hospital emergency, from the perspective of collaborative interprofessional practiceFonseca, Karoline Zem 01 September 2017 (has links)
Introdução: Nos serviços de urgência e emergência hospitalares, a complexidade das necessidades de saúde exige cada vez mais o trabalho colaborativo em equipes interprofissionais, sendo necessária a identificação das ações para a construção das competências específicas, comuns e colaborativas. Essa identificação clarifica os papéis e fortalece o trabalho colaborativo nas equipes de urgência e emergência. Objetivos: identificar as ações específicas, comuns e colaborativas dos enfermeiros em urgência e emergência hospitalar de um hospital público do Estado de São Paulo. Método: Pesquisa descritiva, exploratória e de abordagem qualitativa, que utilizou como categorias conceituais as competências, conforme a definição de Zarifian (2003); as competências complementares, comuns e colaborativas de Barr (1998); as competências para a prática interprofissional colaborativa, propostas pelo Canadian Interprofessional Health Collaborative (CIHC) de 2010, e a definição de equipe de referência e apoio matricial segundo Campos & Domitti (2007). Para a coleta de dados foram realizadas entrevistas individuais e semiestruturadas com os enfermeiros que atuam no Pronto-Socorro de um hospital público do estado de São Paulo. Para a análise do material proveniente das entrevistas foi utilizada a técnica de análise temática de Bardin (2011). Os dados das entrevistas foram analisados para identificação do conjunto de ações específicas, comuns e colaborativas. Resultados: Os achados revelam que os enfermeiros desempenham mais ações voltadas para a gestão e articulação do cuidado, comparando-se à prática centrada na família e no paciente, que ainda é pouco realizada pelos enfermeiros. A clarificação dos papéis e a importância do saber comum destaca que o enfermeiro reconhece o seu próprio papel, porém tem dificuldade em reconhecer os papéis dos demais profissionais da equipe. A comunicação é a principal ferramenta utilizada pelo enfermeiro dentro das ações específicas, comuns e colaborativas, e está mais relacionada à comunicação instrumental e tecnicista, ou seja, à passagem de informação entre profissionais, o que mostra a necessidade de uma comunicação mais ampla, com a troca de experiências, compartilhamento de informações, entendimento mútuo e a confiança entre os profissionais. A dinâmica do setor de urgência e emergência dificulta a realização de reuniões e encontros de equipe interprofissional de urgência e emergência, portanto se faz necessária a implantação de protocolos e fluxos de atendimento para o entendimento mútuo dos processos estabelecidos, o que facilitaria o trabalho interprofissional em equipe e em colaboração dentro do Pronto-Socorro. Conclusões: Espera-se que a identificação das ações possa levar à construção de um quadro de competências específicas, comuns e colaborativas para o enfermeiro em urgência e emergência, e clarifique o papel do enfermeiro no contexto das equipes interprofissionais, fortalecendo a colaboração e contribuindo para o desenvolvimento de novas práticas de saúde neste cenário. / Introduction: In both urgent care and hospital emergency room services, the complexity of the health needs urges more collaborative work among interprofessional teams, which is necessary to identify the actions in order to build specific, common and collaborative skills. This identification clarifies the roles and strengthens the collaborative work in urgent and emergency teams. Objectives: Identify the specific, common and collaborative actions of nurses in hospital emergency care at a public hospital in the State of São Paulo. Method: Descriptive, exploratory and qualitative approach, which adopted as conceptual categories the competences, as defined by Zarifian (2003); the complementary, common and collaborative skills of Barr (1998); competencies for collaborative interprofessional practice, proposed by the Canadian Interprofessional Health Collaborative (CIHC) in 2010, and the definition of reference team and matrix support according to Campos and Domitti (2007). For data collection, individual and semi-structured interviews were conducted with nurses who work in the emergency room of a public hospital in the state of São Paulo. For the analysis of the material collected from the interviews, the technique of thematic analysis of Bardin (2011) was employed. The interview data were analyzed to identify the set of specific, common and collaborative actions. Results: The findings show that nurses perform more actions related to management and care coordination, rather than focus on family and patient issues, which are still not carried out by nurses. The clarification of roles and the importance of common knowledge highlight that nurses recognize their own role, but have difficulty in recognizing the roles of other members from the staff. Communication is the main tool used by the nurse among the specific, common and collaborative actions, and it is more related to the instrumental and technical communication, i.e. passage of information between professional, which shows the need of a broader communication, with exchange of experiences, information sharing, mutual understanding and trust among professionals. The dynamics of the urgent and emergency sectors make it difficult to hold meetings with the interprofessional teams, and those are necessary to implement protocols and service flows for the mutual understanding of established processes, which would facilitate the interprofessional work in team and in collaboration within the first-aid station. Conclusions: It is expected that the identification of actions can lead to the construction of a specific competency framework, common and collaborative, for nurses in emergency care, and also clarify the role of the nurse in the context of interprofessional teams, strengthening collaboration and contributing to the development of new health practices in this setting.
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