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Diferenças entre escolas paulistas alternativas e tradicionais / Differences between alternatives and traditional schools from Sao PauloRazera, Karen Danielle Magri Ferreira 03 April 2018 (has links)
Esta pesquisa tem como objetivos investigar as diferenças entre escolas alternativas e tradicionais em São Paulo e discutir as consequências da adoção de diferentes métodos como uma forma de alternativa em uma sociedade cuja democracia não é plenamente verdadeira. Parte-se das hipóteses de que escolas alternativas propõem métodos pedagógicos que supõem formar sujeitos democráticos e que facilitem o aprendizado, em uma tentativa de se contrapor às escolas tradicionais. No entanto, entende-se que, na sociedade industrial, considerando-se a ideologia vigente, as escolas alternativas e tradicionais, como produtos e produtoras da sociedade, tendem a ser similares; e que ao se apresentarem como alternativa democrática, algumas escolas encobrem as contradições de uma sociedade que é desigual em sua base. Obras de alguns autores da teoria crítica da sociedade contribuíram para compreender a influência da sociedade industrial, a importância das figuras de autoridade, e os conceitos de ideologia, indústria cultural, formação e pseudoformação. Cinco critérios foram delimitados, conforme literatura da área, para definir escola alternativa: conteúdo priorizado; método pedagógico; diversas formas de avaliação; a interação entre os sujeitos escolares e grau de participação dos estudantes. Quatro escolas foram selecionadas para investigação: duas públicas (uma alternativa e uma tradicional) e duas privadas (uma alternativa e uma tradicional). Para selecionar as escolas, foi elaborada uma escala com 20 alternativas a partir dos critérios mencionados; também foi utilizada como roteiro para as observações em sala de aula, realizadas de quatro a oito aulas em cada escola. Realizou-se também uma entrevista com a coordenadora pedagógica de cada escola, seguindo um questionário semiestruturado. Destacam-se propostas de escolas alternativas se centrarem nos alunos e as tradicionais nos professores, o que influencia nas características mencionadas anteriormente, além da relação com professor como figura de autoridade. As escolas consideradas alternativas, por vezes, aderem às pressões sociais, tais como a preparação para vestibular, as formas de avaliação, visando o mercado de trabalho, bem como as escolas ditas tradicionais aderem a propostas das alternativas, tais como práticas em grupo, alunos como ativos na educação, entre outros. Considera-se que não há escola puramente tradicional, bem como não há escola puramente alternativa, corroborando a hipótese de que nesta sociedade a tendência é de homogeneização. Uma diferença significativa foi entre as escolas públicas e privadas, pois enquanto as primeiras estavam preocupadas com a violência em que seus alunos estão envolvidos, as escolas particulares refletem sobre questões centrais para a formação dos professores e alunos, permitindo concluir que a maior distinção entre as escolas não é seu método pedagógico, mas de classe social. Haver uma suposta alternativa reforça também o pensamento de que depende unicamente de o indivíduo ou a instituição fazer uma escolha para que a sociedade se modifique, o que também expõe a ideologia de mercado: há um produto a ser escolhido e um mercado a ser atendido. As escolas, sejam elas tradicionais ou alternativas, podem ser espaços que perpetuam as contradições sem críticas, mas podem ser um espaço de resistência em que é possível criticar a sociedade e repensá-la / This research aims to investigate the differences between alternative and traditional schools in Sao Paulo and to discuss the consequences of adopting different methods as an \"alternative\" in a society whose democracy is not fully true. Considering hypotheses that alternative schools propose pedagogical methods that are supposed to form democratic subjects and facilitate the learning, in attempt to oppose to the traditional schools. However, it is understood that, in the industrial society, considering the current ideology, alternative and traditional schools, as products and producers of society, tend to be similar; and that, by presenting themselves as a democratic \"alternative,\" some schools hide the contradictions of a society that is unequal at its base. The works of some authors of the critical theory of the society have contributed to the understanding of industrial societys influence, the importance of authority figures, and the concepts of ideology, cultural industry, formation and pseudo-formation. Five criteria were set forth to define \'alternative school\', according to the literature: prioritized content; pedagogical method; several forms of evaluation; the interaction between school subjects and the student participations rate. Four schools were selected for the research: two public schools (one alternative and one traditional) and two private schools (one alternative and one traditional). In order to select the schools, a scale was elaborated with 20 alternatives based on the mentioned criteria; and it was also used as a guide for classroom observations, which from four to eight classes were observed in each school. There was also an interview with the pedagogical coordinator of each school, following a semi-structured questionnaire. The proposals of alternative schools that focus on the students and the traditional ones on the teachers were highlighted, which influences in the characteristics formerly mentioned, in addition to the relation with teacher as a figure authority figure. The considered alternative schools sometimes adhere to social pressures, such as: preparation for college entrance examination, the forms of evaluation, targeting the labor market; as well as the mentioned traditional schools adhere to alternatives proposals such as: group practices, students as assets in education, among others. It is considered that there is no purely traditional school, nor is there a purely alternative school, corroborating to the hypothesis that, in this society, there is a tendency for homogenization. There was a significant difference between public and private schools, because, in the public school, the workers were concerned about the violence in which their students are involved, and, in the private schools, the workers were questioning central issues to form teachers and students, leading to the conclusion that the greatest distinction between schools is not their pedagogical method, but their social status. Considering a supposed alternative also reinforces the idea that it is solely up to the individual or the institution to make a choice for the societys transition, which also exposes the market ideology: there is a product to be chosen and a market to be served. Schools, whether traditional or alternative, can be spaces in which contradictions without criticism perpetuate, but they can also be a space of resistance in which it is possible to criticize society and rethink it
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Diferenças entre escolas paulistas alternativas e tradicionais / Differences between alternatives and traditional schools from Sao PauloKaren Danielle Magri Ferreira Razera 03 April 2018 (has links)
Esta pesquisa tem como objetivos investigar as diferenças entre escolas alternativas e tradicionais em São Paulo e discutir as consequências da adoção de diferentes métodos como uma forma de alternativa em uma sociedade cuja democracia não é plenamente verdadeira. Parte-se das hipóteses de que escolas alternativas propõem métodos pedagógicos que supõem formar sujeitos democráticos e que facilitem o aprendizado, em uma tentativa de se contrapor às escolas tradicionais. No entanto, entende-se que, na sociedade industrial, considerando-se a ideologia vigente, as escolas alternativas e tradicionais, como produtos e produtoras da sociedade, tendem a ser similares; e que ao se apresentarem como alternativa democrática, algumas escolas encobrem as contradições de uma sociedade que é desigual em sua base. Obras de alguns autores da teoria crítica da sociedade contribuíram para compreender a influência da sociedade industrial, a importância das figuras de autoridade, e os conceitos de ideologia, indústria cultural, formação e pseudoformação. Cinco critérios foram delimitados, conforme literatura da área, para definir escola alternativa: conteúdo priorizado; método pedagógico; diversas formas de avaliação; a interação entre os sujeitos escolares e grau de participação dos estudantes. Quatro escolas foram selecionadas para investigação: duas públicas (uma alternativa e uma tradicional) e duas privadas (uma alternativa e uma tradicional). Para selecionar as escolas, foi elaborada uma escala com 20 alternativas a partir dos critérios mencionados; também foi utilizada como roteiro para as observações em sala de aula, realizadas de quatro a oito aulas em cada escola. Realizou-se também uma entrevista com a coordenadora pedagógica de cada escola, seguindo um questionário semiestruturado. Destacam-se propostas de escolas alternativas se centrarem nos alunos e as tradicionais nos professores, o que influencia nas características mencionadas anteriormente, além da relação com professor como figura de autoridade. As escolas consideradas alternativas, por vezes, aderem às pressões sociais, tais como a preparação para vestibular, as formas de avaliação, visando o mercado de trabalho, bem como as escolas ditas tradicionais aderem a propostas das alternativas, tais como práticas em grupo, alunos como ativos na educação, entre outros. Considera-se que não há escola puramente tradicional, bem como não há escola puramente alternativa, corroborando a hipótese de que nesta sociedade a tendência é de homogeneização. Uma diferença significativa foi entre as escolas públicas e privadas, pois enquanto as primeiras estavam preocupadas com a violência em que seus alunos estão envolvidos, as escolas particulares refletem sobre questões centrais para a formação dos professores e alunos, permitindo concluir que a maior distinção entre as escolas não é seu método pedagógico, mas de classe social. Haver uma suposta alternativa reforça também o pensamento de que depende unicamente de o indivíduo ou a instituição fazer uma escolha para que a sociedade se modifique, o que também expõe a ideologia de mercado: há um produto a ser escolhido e um mercado a ser atendido. As escolas, sejam elas tradicionais ou alternativas, podem ser espaços que perpetuam as contradições sem críticas, mas podem ser um espaço de resistência em que é possível criticar a sociedade e repensá-la / This research aims to investigate the differences between alternative and traditional schools in Sao Paulo and to discuss the consequences of adopting different methods as an \"alternative\" in a society whose democracy is not fully true. Considering hypotheses that alternative schools propose pedagogical methods that are supposed to form democratic subjects and facilitate the learning, in attempt to oppose to the traditional schools. However, it is understood that, in the industrial society, considering the current ideology, alternative and traditional schools, as products and producers of society, tend to be similar; and that, by presenting themselves as a democratic \"alternative,\" some schools hide the contradictions of a society that is unequal at its base. The works of some authors of the critical theory of the society have contributed to the understanding of industrial societys influence, the importance of authority figures, and the concepts of ideology, cultural industry, formation and pseudo-formation. Five criteria were set forth to define \'alternative school\', according to the literature: prioritized content; pedagogical method; several forms of evaluation; the interaction between school subjects and the student participations rate. Four schools were selected for the research: two public schools (one alternative and one traditional) and two private schools (one alternative and one traditional). In order to select the schools, a scale was elaborated with 20 alternatives based on the mentioned criteria; and it was also used as a guide for classroom observations, which from four to eight classes were observed in each school. There was also an interview with the pedagogical coordinator of each school, following a semi-structured questionnaire. The proposals of alternative schools that focus on the students and the traditional ones on the teachers were highlighted, which influences in the characteristics formerly mentioned, in addition to the relation with teacher as a figure authority figure. The considered alternative schools sometimes adhere to social pressures, such as: preparation for college entrance examination, the forms of evaluation, targeting the labor market; as well as the mentioned traditional schools adhere to alternatives proposals such as: group practices, students as assets in education, among others. It is considered that there is no purely traditional school, nor is there a purely alternative school, corroborating to the hypothesis that, in this society, there is a tendency for homogenization. There was a significant difference between public and private schools, because, in the public school, the workers were concerned about the violence in which their students are involved, and, in the private schools, the workers were questioning central issues to form teachers and students, leading to the conclusion that the greatest distinction between schools is not their pedagogical method, but their social status. Considering a supposed alternative also reinforces the idea that it is solely up to the individual or the institution to make a choice for the societys transition, which also exposes the market ideology: there is a product to be chosen and a market to be served. Schools, whether traditional or alternative, can be spaces in which contradictions without criticism perpetuate, but they can also be a space of resistance in which it is possible to criticize society and rethink it
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Os desafios de definir um bom professor e a herança das escolas alternativas paulistanas: perspectivas de coordenadoras pedagógicas e professoras do ensino fundamental I / The challenges of defining a good teacher and the legacy of alternative schools from the city of São Paulo: perspectives of pedagogical coordinators and teachers of Elementary School IHorta, Patrícia Rossi Torralba 21 May 2014 (has links)
Diante de diferentes qualificações usadas na descrição do que seja um bom professor do ensino básico, a presente pesquisa se propõe a analisar a maneira pela qual determinadas professoras e coordenadoras pedagógicas são capazes de identificá-lo na sua prática profissional. Foram investigadas, na literatura especializada, as teorias pedagógicas e psicológicas que regularam as concepções de docência escolhidas pelas escolas em diferentes momentos. Tendo em vista a atual hegemonia da chamada \"pedagogia das competências\" e sua definição do \"bom professor\" como \"professor competente\", este estudo buscou compreender a forma pela qual essas ideias são consideradas no contexto investigado. O estudo tomou como ponto de partida, para tanto, as ponderações de José Pires Azanha e a leitura desse autor de obras de Israel Scheffler, Ludwig Wittgenstein e de Alain (Émile Chartier). Como base empírica, foram escolhidas profissionais de escolas privadas da cidade de São Paulo, que, pelas suas trajetórias na história recente, são consideradas como referência. Trata-se de estabelecimentos que se originaram, direta ou indiretamente, das \"escolas alternativas\" dos anos 1970, procuradas por pais que se autoconsideravam intelectuais de esquerda e contrários à ditadura militar. Foram selecionadas escolas cujos projetos pedagógicos buscam se contrapor às chamadas escolas tradicionais, seja pela ambição por mudanças na relação professor-aluno, seja pelo destaque ao papel ativo dos estudantes. Realizou-se, nessas escolas, uma pesquisa de campo de caráter qualitativo, por meio de entrevistas semiestruturadas com as coordenadoras do Ensino Fundamental I e com as professoras por elas apontadas como \"boas professoras\". Nas entrevistas, foram identificados os referenciais teóricos e as influências que, desde o movimento da Escola Nova até o chamado construtivismo, norteiam tanto o trabalho das coordenadoras pedagógicas como o das professoras. Constatou-se que as \"boas professoras\" buscam preservar seus pontos de vista, mesmo diante de condições adversas colocadas pelo mercado competitivo e da inserção dessas escolas na lógica neoliberal e empresarial, em que discursos de competência e de excelência ganham primazia. Notou-se descrições amplas, difusas e de grande labilidade na definição do que professoras e coordenadoras consideram como \"bom professor\". As professoras, todavia, mostraram-se menos preocupadas com a coerência, conscientes da complexidade de seu ofício e do caráter retórico do uso das teorias. Na comparação entre as entrevistas das coordenadoras pedagógicas e das professoras, constatou-se que, em função de exigências diferentes e das posições diversas que ocupam nas organizações escolares, evidenciam-se algumas visões conflitantes e percepções opostas. No caso das coordenadoras, esses discursos contraditórios enaltecem simultaneamente, como característica do bom professor, a autonomia e a capacidade de submissão a uma pedagogia de resultados e aos controles avaliativos, com uma demanda do professor ser tradicional e inovador ao mesmo tempo. / Upon different qualifications used in the description of what a good teacher of basic education is, this research intends to analyze the manner in which certain teachers and pedagogical coordinators are able to identify it in their professional practice. Pedagogic and psychological theories were investigated, in specialized literature, which regulated the teaching conceptions chosen by schools at different times. In view of the current hegemony of the so-called \"competence pedagogy\" and its definition of a \"good teacher\" as \"competent\" teacher, this study sought to understand the way in which these ideas are considered in the investigated context. Hence, the study took as its starting point the considerations of José Pires Azanha and the reading of this author of works from Israel Scheffler, Ludwig Wittgenstein, and Alain (Emile Chartier). As empirical basis, professionals from private schools were chosen from the city of São Paulo, who, through their trajectories in recent history, are considered as reference. These are establishments that were originated, directly or indirectly, from \"alternative schools\" of the 1970s, sought by parents who called themselves intellectuals from the left party and against the military dictatorship. Schools whose pedagogical projects seek to oppose the so-called \"traditional schools\", either by ambition for changes in the relationship between teachers and students or the highlight of the active role of students were selected. In these schools, a field research of qualitative character, by means of semi-structured interviews with coordinators of Elementary Schools I and with teachers appointed by them as good teachers was performed. In the interviews, theoretical references were identified and the influences that, from the New School movement until the so-called constructivism, guide both the work of the pedagogical coordinators as of the teachers. It was noted that the \"good teachers\" seek to preserve their points of view, even in the face of adverse conditions placed by the competitive market and the insertion of these schools in the neoliberal and business logic, in which competence and excellence speeches gain primacy. Descriptions that were broad, diffuse and with great liability were noticed in the definition of teachers and coordinators considered as \"good teacher\". However, teachers were less concerned with the coherence, awareness of the complexity of their craft, and the rhetorical character of the use of theories. On the comparison between the interviews of the pedagogical coordinators and teachers, it was noted that, due to different requirements and several positions they occupy in school organizations, some conflicting views and opposing perceptions were evidenced. In the case of coordinators, these contradictory speeches praise simultaneously, as the characteristic of a good teacher, the autonomy and the ability of submission to a pedagogy towards results and the evaluative control with a demand of the professor to be traditional and innovative at the same time.
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Os desafios de definir um bom professor e a herança das escolas alternativas paulistanas: perspectivas de coordenadoras pedagógicas e professoras do ensino fundamental I / The challenges of defining a good teacher and the legacy of alternative schools from the city of São Paulo: perspectives of pedagogical coordinators and teachers of Elementary School IPatrícia Rossi Torralba Horta 21 May 2014 (has links)
Diante de diferentes qualificações usadas na descrição do que seja um bom professor do ensino básico, a presente pesquisa se propõe a analisar a maneira pela qual determinadas professoras e coordenadoras pedagógicas são capazes de identificá-lo na sua prática profissional. Foram investigadas, na literatura especializada, as teorias pedagógicas e psicológicas que regularam as concepções de docência escolhidas pelas escolas em diferentes momentos. Tendo em vista a atual hegemonia da chamada \"pedagogia das competências\" e sua definição do \"bom professor\" como \"professor competente\", este estudo buscou compreender a forma pela qual essas ideias são consideradas no contexto investigado. O estudo tomou como ponto de partida, para tanto, as ponderações de José Pires Azanha e a leitura desse autor de obras de Israel Scheffler, Ludwig Wittgenstein e de Alain (Émile Chartier). Como base empírica, foram escolhidas profissionais de escolas privadas da cidade de São Paulo, que, pelas suas trajetórias na história recente, são consideradas como referência. Trata-se de estabelecimentos que se originaram, direta ou indiretamente, das \"escolas alternativas\" dos anos 1970, procuradas por pais que se autoconsideravam intelectuais de esquerda e contrários à ditadura militar. Foram selecionadas escolas cujos projetos pedagógicos buscam se contrapor às chamadas escolas tradicionais, seja pela ambição por mudanças na relação professor-aluno, seja pelo destaque ao papel ativo dos estudantes. Realizou-se, nessas escolas, uma pesquisa de campo de caráter qualitativo, por meio de entrevistas semiestruturadas com as coordenadoras do Ensino Fundamental I e com as professoras por elas apontadas como \"boas professoras\". Nas entrevistas, foram identificados os referenciais teóricos e as influências que, desde o movimento da Escola Nova até o chamado construtivismo, norteiam tanto o trabalho das coordenadoras pedagógicas como o das professoras. Constatou-se que as \"boas professoras\" buscam preservar seus pontos de vista, mesmo diante de condições adversas colocadas pelo mercado competitivo e da inserção dessas escolas na lógica neoliberal e empresarial, em que discursos de competência e de excelência ganham primazia. Notou-se descrições amplas, difusas e de grande labilidade na definição do que professoras e coordenadoras consideram como \"bom professor\". As professoras, todavia, mostraram-se menos preocupadas com a coerência, conscientes da complexidade de seu ofício e do caráter retórico do uso das teorias. Na comparação entre as entrevistas das coordenadoras pedagógicas e das professoras, constatou-se que, em função de exigências diferentes e das posições diversas que ocupam nas organizações escolares, evidenciam-se algumas visões conflitantes e percepções opostas. No caso das coordenadoras, esses discursos contraditórios enaltecem simultaneamente, como característica do bom professor, a autonomia e a capacidade de submissão a uma pedagogia de resultados e aos controles avaliativos, com uma demanda do professor ser tradicional e inovador ao mesmo tempo. / Upon different qualifications used in the description of what a good teacher of basic education is, this research intends to analyze the manner in which certain teachers and pedagogical coordinators are able to identify it in their professional practice. Pedagogic and psychological theories were investigated, in specialized literature, which regulated the teaching conceptions chosen by schools at different times. In view of the current hegemony of the so-called \"competence pedagogy\" and its definition of a \"good teacher\" as \"competent\" teacher, this study sought to understand the way in which these ideas are considered in the investigated context. Hence, the study took as its starting point the considerations of José Pires Azanha and the reading of this author of works from Israel Scheffler, Ludwig Wittgenstein, and Alain (Emile Chartier). As empirical basis, professionals from private schools were chosen from the city of São Paulo, who, through their trajectories in recent history, are considered as reference. These are establishments that were originated, directly or indirectly, from \"alternative schools\" of the 1970s, sought by parents who called themselves intellectuals from the left party and against the military dictatorship. Schools whose pedagogical projects seek to oppose the so-called \"traditional schools\", either by ambition for changes in the relationship between teachers and students or the highlight of the active role of students were selected. In these schools, a field research of qualitative character, by means of semi-structured interviews with coordinators of Elementary Schools I and with teachers appointed by them as good teachers was performed. In the interviews, theoretical references were identified and the influences that, from the New School movement until the so-called constructivism, guide both the work of the pedagogical coordinators as of the teachers. It was noted that the \"good teachers\" seek to preserve their points of view, even in the face of adverse conditions placed by the competitive market and the insertion of these schools in the neoliberal and business logic, in which competence and excellence speeches gain primacy. Descriptions that were broad, diffuse and with great liability were noticed in the definition of teachers and coordinators considered as \"good teacher\". However, teachers were less concerned with the coherence, awareness of the complexity of their craft, and the rhetorical character of the use of theories. On the comparison between the interviews of the pedagogical coordinators and teachers, it was noted that, due to different requirements and several positions they occupy in school organizations, some conflicting views and opposing perceptions were evidenced. In the case of coordinators, these contradictory speeches praise simultaneously, as the characteristic of a good teacher, the autonomy and the ability of submission to a pedagogy towards results and the evaluative control with a demand of the professor to be traditional and innovative at the same time.
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