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MindscapesLopes, Rodrigo Garcia January 2000 (has links)
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão. / Made available in DSpace on 2012-10-17T11:13:27Z (GMT). No. of bitstreams: 0Bitstream added on 2014-09-25T16:05:46Z : No. of bitstreams: 1
177935.pdf: 5899859 bytes, checksum: 1f125a48be67ae78803b91a4257f0042 (MD5) / Esta tese propõe uma leitura revisionista da poesia contemporânea através do exame do caso de um dos mais esquecidos escritores norte-americanos do século XX: Laura (Riding) Jackson (1901-1991). O objetivo é demonstrar que Riding não apenas possuía uma poética definida e singular, mas que ela permanece uma das instâncias mais extremas e paradoxais do modernismo anglo-americano, a ponto de Riding abandonar a escrita da poesia em 1938. Recorrendo a conceitos de "formação do cânone" bem como às noções de "discurso" e "função do autor", em Foucault, investigo a construção do cânone da poesia moderna anglo-americana, recuperando o contexto e as circunstâncias da ocultação de Riding. Enquanto cubro os "discursos" poéticos em circulação na primeira metade do século XX-o "imagismo" de Pound, a "dissociação da sensibilidade", "impersonalidade" e "tradição" de Eliot, a "unidade orgância" e "ambigüidade" da Nova Crítica-ofereço um panorama crítico de modernismos alternativos sendo articulados à época. Minha intenção é demonstrar que os poemas de Riding são expressões vigorosas de um escritor para quem "a mente pensando se torna a força ativa do poema", para usar a apta formulação de Charles Bernstein. Entre minhas descobertas sobre as várias e complexas razões que levaram à não-canonização de Riding estão a hegemonia da Nova Crítica, o exílio voluntário de Riding da cena literária (onde são feitas ou desfeitas as reputações), sua recusa em ser antologiada, bem como em ser explicada em termos críticos que não os dela. Todos esses fatores, mais a "dificuldade" de sua poesia, contribuíram para fazer de Riding "a maior poeta esquecida da poesia norte-americana", como escreveu Kenneth Rexroth. Ajudado pelos insights de dois importantes críticos de poesia norte-americana, Charles Bernstein e Marjorie Perloff, defendo que a "poesia da mente" de Riding-onde o que está em jogo é que o que pensamos ser a nossa realidade-representa uma mudança radical no paradigma da poética modernista: de uma poesia centrada na imagem para uma poesia centrada na linguagem. Focalizando a experiência consciente e o tempo duracional do pensamento presente em seus poemas, concluo que as "pensagens" de Riding têm o objetivo preciso de constatar um fato universal: enquanto seres humanos e pensantes, estamos numa condição permanente chamada linguagem.
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