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Escrita de si, memória e deslocamento nas obras de Sylvia MolloyMoura, Dayane Campos da Cunha 19 November 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012-11-19 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Esta dissertação objetiva discutir as relações entre teoria, ficção e escrita de si na obra da escritora argentina Sylvia Molloy, considerando especialmente suas reflexões acerca do gênero autobiográfico e das relações entre exílio, língua e pátria presentes em ensaios e outros textos. A partir dos livros de relatos breves Varia Imaginación (2003) e Desarticulaciones (2010), sem deixar de lado seus romances e entrevistas, procuramos mobilizar um diálogo com os ensaios sobre o gênero autobiográfico (Vale o escrito: a escrita autobiográfica na América Hispânica ─ 2004) e sobre a condição de estrangeirismo que assinala a prática de autores que vivem e pensam a literatura nacional a partir da experiência do exílio (“Back home: un posible comienzo” ─ 2006), com vistas a tentar compreender sua articulação como parte de um projeto que tem no deslocamento e na prática da frontería seu lugar de enunciação. As preocupações ou inquietações teóricas e literárias na obra da autora estão perpassadas pela própria experiência, da mesma forma que na escrita de si o veio literário, bem como as questões abordadas em seus trabalhos teóricos — seja por meio da citação, de um certo modo de contar-se e de contar o outro, das reflexões acerca da memória e da constituição plural do sujeito — estabelecem um diálogo em que esses caminhos/percursos se entrecruzam e se atravessam na conformação de um sujeito em constante deslizamento entre os gêneros, os lugares e as línguas. / Esta disertación tiene el objetivo de discutir las relaciones entre teoría, ficción y escritura de sí en la obra de la escritora argentina Sylvia Molloy, considerando especialmente sus reflexiones sobre el género autobiográfico y las relaciones entre exilio, lengua y patria presentes en ensayos y entrevistas. A partir de los libros Varia Imaginación (2003) y Desarticulaciones (2010), sin dejar a un lado sus novelas y entrevistas, buscamos establecer un diálogo con los ensayos sobre el género autobiográfico (Vale o escrito: a escrita autobiográfica na América Hispânica) y sobre la condición de extranjería que señala la práctica de autores que viven y piensan la literatura nacional desde la experiencia del exilio (“Back home: un posible comienzo”), con el intento de comprender su articulación como parte de un proyecto que encuentra en el desplazamiento y en la práctica de la frontería su lugar de enunciación. Las preocupaciones o inquietudes teóricas y literarias en la obra de la autora son atravesadas por su propia experiencia, del mismo modo que en la escritura de sí la vena literaria, así como las cuestiones abordadas en sus trabajos teóricos — ya sea por medio de la práctica de la cita, de cierto modo de narrarse y de narrar al otro, ya sea por medio de las reflexiones sobre la memoria y de constitución plural del sujeto — establecen un diálogo en el cual estos caminos se entrecruzan y se atraviesan en la conformación de un sujeto en constante deslizamiento entre los géneros, los lugares y las lenguas.
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