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Alterações mecânicas e fisiológicas induzidas por um teste anaeróbio de esforços repetidos de alta intensidade / Mechanical and physiological changes induced by anaerobic high intensity test of repeated efforts

Andrade, Vitor Luiz de 22 May 2015 (has links)
O objetivo da presente dissertação é avaliar o comportamento biomecânico, fisiológico e o processo de instauração da fadiga durante a após o Running Anaerobic Sprint Test (RAST). Participaram do estudo 16 voluntários (média ± desvio padrão; 22,1 ± 3,1 anos, massa corporal de 78,6 ± 22,9 kg e 186,1 ± 10,1 cm de estatura). Os participantes foram submetidos a monitoramento biomecânico e fisiológico, bem como avaliações neuromusculares. Em todos os casos foi feito um aquecimento com duração de 5 min. Após 120 s do aquecimento os indivíduos realizaram seis esforços máximos de 35 m separados por intervalos passivos de 10 s (RAST). Durante os esforços, duas câmeras captaram o desempenho por análise cinemática bidimensional enquanto que mais 12 câmeras foram posicionadas para análise cinemática tridimensional nos dez metros finais de cada esforço, durante e após os esforços foram determinadas as concentrações de lactato ([Lac]). A técnica de Twitch Interpolation (TIP) foi utilizada para as avaliações neuromusculares. O desempenho apresentou diferença a partir do quinto (5,1 ± 0,1 s) esforço, juntamente com os modelos de índice de decaimento do desempenho (IF% 19,2 ± 9,4%; IFREAL 19,3 ± 10,9%;). As [Lac] do quarto esforço (6,1 ± 1,9 mM) foram diferentes de todas as outras (p < 0,01). Apenas o tempo de fase aérea (TF) do quinto esforço (0,16 ± 0,03 s) foi diferente em relação ao primeiro e segundo esforço (0,12 ± 0,01 s; 0,13 ± 0,02 s; p < 0,05. Neste caso o RAST oferece estabilização do desempenho e da mecânica independentemente da [Lac]. Para o estudo dois, quando testadas as correlações com o desempenho, o tempo mínimo (TMin) (4,43 ± 0,37 s) interagiu negativamente com o desvio padrão da altura do centro de massa (CM; CMzSTD), ângulo do tornozelo no toque (tornTOQ¬) em todos os esforços. A [Lac]Pico foi correlacionado com a frequência de passos (FP) nos dois primeiros esforços (p < 0,01), o comprimento do passo (CP) (p < 0,05), o TF, a velocidade do CM no toque (VyTOQ) e na retirada (VyRET) no primeiro esforço (p < 0,05). Desse modo, pode-se concluir que o RAST altera a mecânica de corrida e, além disso, o torn e CMzSTD pareceram ser fundamentais e influenciam diretamente no desempenho deste modelo. Em terceiro lugar, foram encontradas mudanças no SpringMass Model (SMM) durante o RAST. A força máxima vertical do CM (FZMAX) diminuiu (-10,3%; p < 0,05). O deslocamento vertical do CM (Z) aumentou (+60,5%; p < 0,01). Vertical Stiffness diminuiu (-42,9%; p < 0,01) e a Leg Stiffness, não mudou. A contração voluntária máxima (CVM) de extensão de joelho (-4,4%) e a ativação voluntária (AV%) (-8,5 %) não mudaram (p > 0,05), mas foram evidenciadas correlações entre da PP com a razão RMS / Mwave (r = -0,70), a PM e RMS (r = -0,77) juntamente com a razão RMS / Mwave (r = -0,75) no VL. Dessa forma, pode-se concluir que a redução do desempenho e as alterações no comportamento do esforços repetidos, dos padrões de movimento, e do SMM, podem estar fortemente ligadas às respostas neuromusculares periféricas. / The aim of this study was to determine the physiological behavior, biomechanical and fatigue process in Running Anaerobic Sprint Test (RAST). Sixteen individuals (mean ± SD, 22.1 ± 3.1 years, body weight 78.6 ± 22.9 kg and height 186.1 ± 10.1 cm) were volunteers for this study. Participants underwent biomechanical, physiological monitoring and neuromuscular evaluations. In all cases it was made a warming-up by 5 min. After 120 s, underwent six maximal efforts of 35 m separated by 10 s passive rest (RAST). During efforts, two cameras captured the performance by kinematic bidimensional analysis while another 12 cameras were positioned to kinematic tridimensional analysis at 25 35 m of each effort, after efforts were determined the concentrations of lactate ([Lac]). The TIP technique (Twitch Interpolation) was used for neuromuscular evaluations. The performance showed a difference from the fifth (5.1 ± 0.1 s) and sixth effort (5.4 ± 0.3 s; p <0.04), the index of decay performance models (IF % 19.2 ± 9.4%; IFREAL 19.3 ± 10.9%;). The fourth [Lac] (6.1 ± 1.9 mM) was different from all other (p < 0.01). Only the flight time (FT) to fifth effort (0.16 s ± 0.03) compared to the first and second (0.12 ± 0.01 s; 0.13 s ± 0.02; p < 0.05) showed differences. Thereby, the RAST offers stabilization performance and mechanical regardless of [Lac], so it can be a useful tool in the training process until the fourth effort. On study two, when tested correlations with performance, the best time (4.43 ± 0.37 s) interacted negatively with body center mass (BCM) standard deviation (CMzSTD), angle of ankle in touchdown (ankleTD) in all efforts. The [Lac] peak was correlated with step frequency (SF) in first and second efforts (p < 0.01), step length (SL) (p < 0.05), the FT, the BCM horizontal velocity on touchdown VyTD and take-off VyTO in first effort (p < 0.05). Thus, it can be concluded that the RAST changes the running mechanics and, in addition, the ankle and the CMzSTD appeared to be influence at performance. Changes were found in Mass-Spring Model (SMM) for RAST. The BCM vertical force (FZMAX) decreased (-10.3%; p < 0.05). The displacement of BCM (Z) increased (+ 60.5%; p < 0.01). Vertical Stiffness decreased (-42.9%; p < 0.01) and Leg Stiffness was not changed. The maximal knee extension force (-4.4%) and voluntary activation (AV%) (-8.5%) is not changed too (p > 0.05), but correlations were observed between the PP with reason RMS / Mwave (r = -0.70), the PM and RMS (r = -0.77) with the reason RMS / Mwave (r = -0.75) in VL. Thus, it can be concluded that the reduction of performance and changes in the behavior of repeated efforts, movement patterns, and SMM may be dependent of peripheral neuromuscular factors.
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Alterações mecânicas e fisiológicas induzidas por um teste anaeróbio de esforços repetidos de alta intensidade / Mechanical and physiological changes induced by anaerobic high intensity test of repeated efforts

Vitor Luiz de Andrade 22 May 2015 (has links)
O objetivo da presente dissertação é avaliar o comportamento biomecânico, fisiológico e o processo de instauração da fadiga durante a após o Running Anaerobic Sprint Test (RAST). Participaram do estudo 16 voluntários (média ± desvio padrão; 22,1 ± 3,1 anos, massa corporal de 78,6 ± 22,9 kg e 186,1 ± 10,1 cm de estatura). Os participantes foram submetidos a monitoramento biomecânico e fisiológico, bem como avaliações neuromusculares. Em todos os casos foi feito um aquecimento com duração de 5 min. Após 120 s do aquecimento os indivíduos realizaram seis esforços máximos de 35 m separados por intervalos passivos de 10 s (RAST). Durante os esforços, duas câmeras captaram o desempenho por análise cinemática bidimensional enquanto que mais 12 câmeras foram posicionadas para análise cinemática tridimensional nos dez metros finais de cada esforço, durante e após os esforços foram determinadas as concentrações de lactato ([Lac]). A técnica de Twitch Interpolation (TIP) foi utilizada para as avaliações neuromusculares. O desempenho apresentou diferença a partir do quinto (5,1 ± 0,1 s) esforço, juntamente com os modelos de índice de decaimento do desempenho (IF% 19,2 ± 9,4%; IFREAL 19,3 ± 10,9%;). As [Lac] do quarto esforço (6,1 ± 1,9 mM) foram diferentes de todas as outras (p < 0,01). Apenas o tempo de fase aérea (TF) do quinto esforço (0,16 ± 0,03 s) foi diferente em relação ao primeiro e segundo esforço (0,12 ± 0,01 s; 0,13 ± 0,02 s; p < 0,05. Neste caso o RAST oferece estabilização do desempenho e da mecânica independentemente da [Lac]. Para o estudo dois, quando testadas as correlações com o desempenho, o tempo mínimo (TMin) (4,43 ± 0,37 s) interagiu negativamente com o desvio padrão da altura do centro de massa (CM; CMzSTD), ângulo do tornozelo no toque (tornTOQ¬) em todos os esforços. A [Lac]Pico foi correlacionado com a frequência de passos (FP) nos dois primeiros esforços (p < 0,01), o comprimento do passo (CP) (p < 0,05), o TF, a velocidade do CM no toque (VyTOQ) e na retirada (VyRET) no primeiro esforço (p < 0,05). Desse modo, pode-se concluir que o RAST altera a mecânica de corrida e, além disso, o torn e CMzSTD pareceram ser fundamentais e influenciam diretamente no desempenho deste modelo. Em terceiro lugar, foram encontradas mudanças no SpringMass Model (SMM) durante o RAST. A força máxima vertical do CM (FZMAX) diminuiu (-10,3%; p < 0,05). O deslocamento vertical do CM (Z) aumentou (+60,5%; p < 0,01). Vertical Stiffness diminuiu (-42,9%; p < 0,01) e a Leg Stiffness, não mudou. A contração voluntária máxima (CVM) de extensão de joelho (-4,4%) e a ativação voluntária (AV%) (-8,5 %) não mudaram (p > 0,05), mas foram evidenciadas correlações entre da PP com a razão RMS / Mwave (r = -0,70), a PM e RMS (r = -0,77) juntamente com a razão RMS / Mwave (r = -0,75) no VL. Dessa forma, pode-se concluir que a redução do desempenho e as alterações no comportamento do esforços repetidos, dos padrões de movimento, e do SMM, podem estar fortemente ligadas às respostas neuromusculares periféricas. / The aim of this study was to determine the physiological behavior, biomechanical and fatigue process in Running Anaerobic Sprint Test (RAST). Sixteen individuals (mean ± SD, 22.1 ± 3.1 years, body weight 78.6 ± 22.9 kg and height 186.1 ± 10.1 cm) were volunteers for this study. Participants underwent biomechanical, physiological monitoring and neuromuscular evaluations. In all cases it was made a warming-up by 5 min. After 120 s, underwent six maximal efforts of 35 m separated by 10 s passive rest (RAST). During efforts, two cameras captured the performance by kinematic bidimensional analysis while another 12 cameras were positioned to kinematic tridimensional analysis at 25 35 m of each effort, after efforts were determined the concentrations of lactate ([Lac]). The TIP technique (Twitch Interpolation) was used for neuromuscular evaluations. The performance showed a difference from the fifth (5.1 ± 0.1 s) and sixth effort (5.4 ± 0.3 s; p <0.04), the index of decay performance models (IF % 19.2 ± 9.4%; IFREAL 19.3 ± 10.9%;). The fourth [Lac] (6.1 ± 1.9 mM) was different from all other (p < 0.01). Only the flight time (FT) to fifth effort (0.16 s ± 0.03) compared to the first and second (0.12 ± 0.01 s; 0.13 s ± 0.02; p < 0.05) showed differences. Thereby, the RAST offers stabilization performance and mechanical regardless of [Lac], so it can be a useful tool in the training process until the fourth effort. On study two, when tested correlations with performance, the best time (4.43 ± 0.37 s) interacted negatively with body center mass (BCM) standard deviation (CMzSTD), angle of ankle in touchdown (ankleTD) in all efforts. The [Lac] peak was correlated with step frequency (SF) in first and second efforts (p < 0.01), step length (SL) (p < 0.05), the FT, the BCM horizontal velocity on touchdown VyTD and take-off VyTO in first effort (p < 0.05). Thus, it can be concluded that the RAST changes the running mechanics and, in addition, the ankle and the CMzSTD appeared to be influence at performance. Changes were found in Mass-Spring Model (SMM) for RAST. The BCM vertical force (FZMAX) decreased (-10.3%; p < 0.05). The displacement of BCM (Z) increased (+ 60.5%; p < 0.01). Vertical Stiffness decreased (-42.9%; p < 0.01) and Leg Stiffness was not changed. The maximal knee extension force (-4.4%) and voluntary activation (AV%) (-8.5%) is not changed too (p > 0.05), but correlations were observed between the PP with reason RMS / Mwave (r = -0.70), the PM and RMS (r = -0.77) with the reason RMS / Mwave (r = -0.75) in VL. Thus, it can be concluded that the reduction of performance and changes in the behavior of repeated efforts, movement patterns, and SMM may be dependent of peripheral neuromuscular factors.

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