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Darcy Ribeiro: o intelectual e o espaço autobiográfico

Caria Filho, Arthur Orlando Mendes 22 May 2013 (has links)
Submitted by Roberth Novaes (roberth.novaes@live.com) on 2018-09-13T14:33:15Z No. of bitstreams: 1 Darcy Ribeiro_ o intelectual e o espaço autobiográfico - A.pdf: 956336 bytes, checksum: ec4817f32fbdf9243d2c86fcbf993030 (MD5) / Approved for entry into archive by Setor de Periódicos (per_macedocosta@ufba.br) on 2018-09-13T20:47:16Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Darcy Ribeiro_ o intelectual e o espaço autobiográfico - A.pdf: 956336 bytes, checksum: ec4817f32fbdf9243d2c86fcbf993030 (MD5) / Made available in DSpace on 2018-09-13T20:47:16Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Darcy Ribeiro_ o intelectual e o espaço autobiográfico - A.pdf: 956336 bytes, checksum: ec4817f32fbdf9243d2c86fcbf993030 (MD5) / O presente trabalho ocupa-se do jogo citacional autobiográfico executado por Darcy Ribeiro ao longo da sua produção discursiva, como forma de compreender a sua trajetória, enquanto intelectual escritor, nas duas décadas finais de sua vida (1976-1997), incidindo o olhar para além das suas autobiografias tardias e privilegiando, a partir delas, o reconhecimento de uma rede intertextual envolvendo os seus romances Maíra e Migo, textos científicos, depoimentos e entrevistas. O estudo apoia-se nas noções propostas por Michel Foucault sobre unidades discursivas, obra, livro e autor, para a abordagem inicial dos textos de variadas procedências e, em seguida, na noção de espaço autobiográfico, de Philippe Lejeune, para o mapeamento das similaridades textuais observadas em torno de três temas recorrentes: um modelo para o intelectual, a eficácia do discurso literário em relação ao científico e o recurso metalinguístico. A partir da concepção de Edward Said sobre os modos de atuação do intelectual na contemporaneidade, a ocorrência de tal jogo citacional operado por Darcy Ribeiro em sua produção é entendida como a principal expressão de sua representação do intelectual enquanto escritor. / The present work studies the autobiographical quotational work done by Darcy Ribeiro throughout his discoursive production, as a way to understand his intellectual trajectory, as a writer, in the last two decades of his life (1976-1997), aiming to look beyond his late autobiographies and, at the same time, to privilege, from them, the recognition of an intertextual net involving two of his novels, Maíra and Migo, as well as scientific essays, reports and interviews. The work is based upon the notions of discoursive units, ouvre, book and author, as developed by Michel Foucault, in order to approach the various textual origins; also on the notion of autobiographic space, by Philippe Lejeune, in order to map the gathered textual similarities, observed around three recurrent themes: the model for an intellectual, the efficiency of the literary discourse in relation to the scientific one and the metalinguistic feature. According to Edward Said's interpretation of the ways for an intellectual to act contemporarily, the occurrence of such quotational work done by Darcy Ribeiro, within his production, is understood as the main expression of his representation of the intellectual as a writer.
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O espaço autobiográfico e a condução de leitura na literatura marginal

Valle, Ligia Gomes do 03 April 2014 (has links)
Submitted by Renata Lopes (renatasil82@gmail.com) on 2016-01-27T13:54:42Z No. of bitstreams: 1 ligiagomesdovalle.pdf: 713238 bytes, checksum: 1662d06726ef391564448c8a99ca5404 (MD5) / Approved for entry into archive by Adriana Oliveira (adriana.oliveira@ufjf.edu.br) on 2016-01-27T13:58:57Z (GMT) No. of bitstreams: 1 ligiagomesdovalle.pdf: 713238 bytes, checksum: 1662d06726ef391564448c8a99ca5404 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-01-27T13:58:57Z (GMT). No. of bitstreams: 1 ligiagomesdovalle.pdf: 713238 bytes, checksum: 1662d06726ef391564448c8a99ca5404 (MD5) Previous issue date: 2014-04-03 / Desde os primeiros anos deste século podemos observar a tentativa de se criar um movimento literário a partir da ação editorial do escritor Ferréz com a organização da Revista Caros Amigos em três volumes da edição especial intitulada Literatura Marginal (2001, 2002, 2004) que envolvia os autores oriundos das periferias urbanas. A partir daí, a unificação e a fortificação destes escritores aumentaram e inúmeros trabalhos acadêmicos foram realizados até então, associando a movimentação destes escritores à identidade de moradores de periferias, à militância, à proposta de literatura que apresentavam, e à recepção destas obras. A marca de legitimação dos escritores é o fato de serem moradores de periferia e de terem uma postura militante, essa marca é associada aos elementos de condução de leitura presente em seus escritos e em meios extraliterários em geral. Essa legitimação do narrar a periferia a partir de uma premissa que parte das experiências como moradores, trouxe para as narrativas o aspecto do vivido, a relação com a vida, de forma que se pode construir com mais intensidade a atmosfera de leitura que tende a buscar semelhanças entre a história narrada na obra e a vida do autor, principalmente nas obras que retratam o cotidiano das periferias. Este fenômeno de leitura, que tende a buscar semelhanças, pode ocorrer em qualquer processo de leitura e é destacado por Lejeune (2008) como espaço autobiográfico. Porém, esse fenômeno é intensificado também pela literatura como resposta ao mito da marginalidade e pela presença do ressentimento como um aspecto que perpassa a vida e a escrita. As obras mais utilizadas para a análise do espaço autobiográfico foram o livro de crônicas Oh Margem reinventa os rios!?, de Cidinha da Silva e as obras de Sacolinha: Como água do rio e Peripécias de minha infância. As obras Guerreira, de Alessandro Buzo; Graduado em Marginalidade, de Sacolinha e Capão Pecado, de Ferréz foram analisadas levando em consideração a condução do narrador ao tecer a trama criando um certo tipo de leitura, que estaria condizente com as teorias e propostas de análise presentes neste trabalho referentes à Literatura Marginal. / Desde los primeros años de este siglo, se puede observar el intento de crear un movimiento literario a partir de la acción editorialista de Ferréz con la organización de la revista Caros Amigos en tres volúmenes cuya edición especial fue intitulada Literatura Marginal (2001, 2002, 2004) que advén de los autores de las periferias urbanas . A partir de ahí , la unificación y el fortalecimiento de estos escritores ha aumentado y se han realizado numerosos estudios académicos hasta entonces asociar el movimiento de estos escritores a la identidad de los residentes de los barrios, los activistas, la bibliografía propuesta presentada , y la recepción de estas obras. La marca de la legitimidad de los escritores era ser residentes de la periferia a través de una postura militante, la marca está ligada a elementos de conducción de lectura en sus escritos y extraliterários en los medios de comunicación en general. Esta legitimación de narrar la periferia a partir de la premisa de que las experiencias de los residentes trae un aspecto narrativo de la experiencia vivida, la relación con la vida , por lo que se puede construir con más intensidad la atmósfera de lectura que tiende a buscar similitudes entre la historia narrada en el libro y la vida del autor, sobre todo en las obras que retratan la vida cotidiana de las periferias. Este fenómeno de lectura , lo que tiende a buscar similitudes, puede ocurrir en cualquier proceso de lectura y es subrayado por Lejeune ( 2008 ) como el espacio autobiográfico, pero el fenómeno también se intensifica por la literatura como una respuesta al mito de la marginalidad y la presencia de resentimiento como aspecto que impregna la vida y la escritura. Las obras de uso más frecuente para el análisis del espacio autobiográfico fueron: el libro de crónica Oh Margen, reinventa los ríos!?, de Cidinha da Silva y las obras de Sacolinha: Cómo el agua del río y Peripecias de mi infancia. Las obras: Guerrera, de Alessandro Buzo ; Graduado en la Marginalidade, de Sacolinha y Capão Pecado, de Ferréz fueron analizadas teniendo en cuenta la conducta del narrador para tejer la trama a un cierto tipo de lectura , lo que sería consistente con las teorías y análisis de propuestas que se presentan en este trabajo en relación con la Literatura Marginal.

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