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Geografia e gênero: a ação das mulheres na luta pela moradia camponesa na região Estrada de Ferro em Goiás. / Geography and gender: the action of women in the fight for the peasants housing in the region Iron Road in Goias

Alves, Sandra Aparecida 12 June 2015 (has links)
Submitted by Erika Demachki (erikademachki@gmail.com) on 2017-03-24T20:52:09Z No. of bitstreams: 2 Dissertação - Sandra Aparecida Alves - 2015.pdf: 4686791 bytes, checksum: 3de6a8c0144e4ea4c7eaf87df13c210b (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) / Approved for entry into archive by Luciana Ferreira (lucgeral@gmail.com) on 2017-03-28T11:38:19Z (GMT) No. of bitstreams: 2 Dissertação - Sandra Aparecida Alves - 2015.pdf: 4686791 bytes, checksum: 3de6a8c0144e4ea4c7eaf87df13c210b (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) / Made available in DSpace on 2017-03-28T11:38:19Z (GMT). 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The low incomes that the peasant agriculture is getting during the last decades make impossible to the families to invest in technologies and habitation towards better life conditions. The federal government published, in 2009, the Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR) - Rural Habitation National Program – intending to reduce the social deficit in rural habitations, but before this, in 2008, the Movimento Camponês Popular (MCP) – Popular Peasant Movement – had already accomplished a important project of rural habitation in the state of Goiás – Brazil, using other program that was, at first, oriented to urban areas. This research intends to comprehend the transformations that had occurred in the lives of the peasant women during the processes of overcoming the frontiers of the private spaces of their houses and gaining class consciousness since the moment the women started to engage in political participation and political organization in the Movimento Camponês Popular – Popular Peasant Movement – to struggle for a peasant habitation. The engagement of the women in the social movement achieved - more than the conquest of the habitation - a change in their social behavior, because the recognition of the active role of women as actors of social transformation is historically denied and this denial tends to exclude them towards a social and political invisibility. The political participation of the women in the social movement enable the visibility of their demands, defeating their isolation by going beyond the private spaces of their lives when they occupy the public spaces of the meetings, the struggles and the political decisions reunions of a social movement. / No decorrer das últimas décadas no campo brasileiro, o agronegócio se impôs, fortalecendo o latifúndio, as empresas transnacionais e intensificando o uso de agrotóxicos e a produção de monoculturas para a exportação, em detrimento da produção de alimentos e da agricultura camponesa. Este modelo ameaça os camponeses, sobrecarregando principalmente as mulheres, que têm atribuições, dentro e fora de casa, pois necessitam suprir a família de cuidados e alimentação, enquanto grande parte dos homens busca renda da “porteira pra fora”. A descapitalização sofrida pela agricultura camponesa nas últimas décadas impossibilita que as famílias façam investimentos na melhoria de suas condições de vida, como na moradia, maquinários, etc. O governo federal lançou, em 2009, o Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR) com o objetivo de reduzir o déficit habitacional rural no Brasil, mas antes, ainda no ano de 2008, o MCP já tinha conseguido efetuar um importante projeto de habitação rural no estado de Goiás, ainda que mesmo através de um Programa destinado para a realidade urbana. Este estudo propõe compreender as transformações ocorridas na vida das mulheres camponesas, sua saída do espaço privado para o público e a tomada de consciência de classe a partir de sua participação, organização e luta no Movimento Camponês Popular – MCP pela moradia camponesa. O engajamento das mulheres no movimento social trouxe, além da conquista da moradia, uma mudança necessária no comportamento social delas, a quem, historicamente, foi negada o papel ativo nas transformações, relegando-se as à invisibilidade social e política. A participação das mulheres no Movimento lhes permite dar visibilidade às suas demandas, tira-as do isolamento da vida privada e insere-as no espaço público mediante sua participação nos encontros, lutas e espaços de decisão política do Movimento.

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