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O discurso da crise: anÃlise semiÃtica de estratÃgias persuasivas em capas de jornais publicadas durante o governo Dilma RousseffPaulo Jefferson Pereira Barreto 00 September 2018 (has links)
nÃo hà / Pautado na anÃlise de capas de trÃs dos maiores jornais em circulaÃÃo no Brasil, este trabalho
tem como objetivo analisar a mobilizaÃÃo de estratÃgias persuasivas na emergÃncia
do discurso da crise econÃmica durante o governo Dilma Rousseff. Isso porque, apÃs as
eleiÃÃes de 2014, o cenÃrio polÃtico-econÃmico no paÃs se intensificou devido à polarizaÃÃo
polÃtica e à recessÃo econÃmica, oficializadas em agosto de 2015 com o anÃncio do Produto
Interno Bruto (PIB) nacional. Assim, parte-se do princÃpio de que a maneira como esse
cenÃrio à apreendido pela mÃdia reflete na percepÃÃo que se tem do paÃs nesse momento e,
claro, no modo como a isotopia da crise foi arquitetada por cada jornal discursivamente, com
vistas a determinados efeitos de sentido. O desafio, entretanto, Ã desvelar os mecanismos de
que se vale o discurso nesses textos para garantir sua eficÃcia e â persuasivamente â
direcionar a significaÃÃo rumo a determinados simulacros de interpretaÃÃo. Para isso, toma-se
como arcabouÃo teÃrico-metodolÃgico a SemiÃtica Discursiva, na medida em que ela nos
permite entender tanto o processo de geraÃÃo do sentido, quanto o modo como os discursos
sÃo estruturados enunciativamente, em funÃÃo de estratÃgias variadas. Ã na esteira dessas
estratÃgias que podem ser pensados os conceitos de persuasÃo (GREIMAS, 1975; 2014;
GREIMAS; COURTÃS, 1979; MENDES, 2009; LANDOWSKI, 2014); discurso em ato
(GREIMAS, 1979, 1975, 2014; FIORIN, 1998; SARAIVA, 2012, FONTANILLE, 2008); e,
por forÃa do prÃprio objeto com o qual trabalhamos, sincretismo (FLOCH, 1987; TEIXEIRA
et al., 2009; BEIVIDAS, 2012; CORTINA et al., 2014). Sà assim à possÃvel perspectivar o
encadeamento dos percursos temÃticos da economia e da polÃtica no jogo sincrÃtico de cada
capa, onde a noÃÃo de crise se apresenta como recorte de uma realidade incontestÃvel para o
pÃblico. E o verdadeiro poder do carÃter persuasivo mobilizado nesses textos està justamente
na axiologia inegÃvel que o discurso constrÃi. Ã possÃvel questionar o tamanho da crise, mas
nÃo a sua existÃncia e o fato de que ela à tambÃm de cunho polÃtico, o que revela
posicionamentos ideolÃgicos de cada jornal ao abordar tais questÃes. / Based on the cover analysis of three of the most prominent newspapers in Brazil, this paper
aims to analyze the mobilization of persuasive strategies in the emergence of the speech
attached to the economic crisis during Dilma Rousseff administration. After the 2014
elections, the political-economic scenario in the country intensified due to political
polarization and economic recession, made official in August, 2015, with the announcement
of the national Gross Domestic Product (GDP). Thus, it is assumed that the way this scenario
is comprehended by the media reflects in the perception of the country at that moment and, of
course, in the way in which the isotopy of the crisis was architected by each newspaper
discursively, with a view to certain effects of meaning. The challenge, however, is to unveil
the mechanisms of discourse in these texts to guarantee their efficacy and - persuasively - to
direct signification towards certain interpretation simulacra. To achieve this, we take as a
theoretical-methodological framework the Discursive Semiotics, as it allows us to understand
both the process of generation of meaning and the way in which the speeches are structured
enunciatively, in function of the varied strategies. It is in the wake of these strategies that the
concepts of persuasion can be thought of (GREIMAS, 1975; 2014; GREIMAS; COURTÃS,
1979; MENDES, 2009; LANDOWSKI, 2014); discourse in act (GREIMAS, 1979, 1975,
2014; FIORIN, 1998; SARAIVA, 2012, FONTANILLE, 2008); and, by virtue of the very
object of this research, syncretism (FLOCH, 1987; TEIXEIRA et al., 2009; BEIVIDAS, 2012;
CORTINA et al., 2014). Only then, it is possible to envisage the linking of the thematic routes
of the economy and politics in the syncretic game of each cover, where the notion of crisis
presents itself as a piece of an incontestable reality for the public. In addition, the true power
of the persuasive character mobilized in these texts lies precisely in the undeniable axiology
that the discourse constructs. It is possible, then, to question the size of the crisis, but not its
existence and the fact that it is also political, which reveals ideological positions of each
newspaper in addressing such issues.
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