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Análise Estratigráfica e Estrutural da Bacia Pernambuco

Lima Filho, Mario Ferreira de 17 April 1998 (has links)
A Bacia Pernambuco é uma bacia marginal atlântica localizada entre o Lineamento Pernambuco, seu limite norte, e o Alto de Maragogi-Barreiros, seu limite sul. O Limite oeste da bacia é dominado por rochas graníticas, gnaíssicas e migmatitos do Maciço Pernambuco/Alagoas. São identificadas três direções principais de falhas e fraturas: E-W, NW-SE e NE-SW. O sistema de falhas NE é composto por subsistemas com atividades progressivas desde a separação dos dois continentes até sua fase tardia, com a deposição da Formação Estivas. Os grandes falhamentos E-W, que, praticamente, são os seus limites, as falhas horizontais NW-SE do embasamento; e as falhas de gravidade na direção NE-SW. O esforço que gerou a bacia, tem direção NW-SE. Esse esforço ocasionou uma série de grabens extensionais segundo a direção NE-SW, escalonado em direção à plataforma. O Lineamento Pernambuco atuou como uma zona de transferência, separando duas bacias com histórias deposicionais distintas: a Bacia Pernambuco e Bacia Paraíba. A Bacia Pernambuco possui dois grabens, na verdade dois semi-grabens, separados por um alto estrutural. O semi-graben interno composto pelo Baixo de Piedade e o Baixo do Cupe, e o semi-graben externo. A Formação do cabo é a primeira sequência sedimentar a ser depositada na bacia sobre os riolitos da Suíte Vulcânica de Ipojuca. Representa uma série de ciclos deposicionais desenvolvidos em ambiente continental semi-árido, através de leques aluviais subaéreos e subaquosos, mergulhando num lago. Ela é caramente subdividida, estando cada qual depositada em ambientes deposicionais distintos. A facies proximal (\'KC IND.1\' é restrita à borda da bacia, sendo formada esssencialmente por conglomerados polimíticos grossos e desorganizados, praticamente desprovidos de matriz, depositados na forma de fluxos detríticos coesos em nível de lago raso. A facies mediana do leque aluvial (\'KC IND.2\') foi depositada por correntes em lençol (sheet flow) num fluxo hiperconcentrado. A facies distal do leque (\'KC IND 3\') é representada por ritmitos, compostos por argila e arenito arcosiano médio a fino. Possui estratificações plano - paralelas, cruzadas, cavalgantes, tabulares e feições deformacionais, como resultado dos sedimentos mais finos que chegavam ao lago, mostrando-se por vezes bioturbados. Essa facies possui horizontes de folhelhos negros de ambientes anóxicos, que progradam sobre os leques devido à subida do nível do lago; trato de lago profundo. A evolução desse sistema pode ser compreendida através do empilhamento dessas facies. Os ciclos iniciam-se pela deposição dos conglomerados, indicando um soerguimento da área fonte, associado à sazonalidade, com enxurradas esporádicas que permitiram a deposição dos arenitos arcoseanos na parte mediana, terminando pela deposição dos sedimentos finos num lago tectônico. A Formação Cabo demonstra variações de espessura em subsuperfície que estão claramente relacionadas as falhas de borda da bacia. A Formação Estiva, sobreposta à Formação Cabo, mostra as primeiras ingressões marinhas dentro da bacia, num total de, pelo menos, 3 ciclos T-R. O primeiro ciclo, no mínimo, é de idade albiana, e o segundo e terceiro são de idade cenomaniana até santoniana. O ambiente deposicional da Formação Estiva é típico de Planície de Maré. São identificados os subambientes de plataforma rasa, inframaré e supramaré. Os dados de poços e campo sugerem que o vulcanismo Ipojuca está intimamente associado com os sedimentos clásticos e não-clásticos da bacia, formando sills, diques, lacólitos, etc. A presença de ignimbritos, púmice e rochas vulcanoclásticas sugere um vulcanismo explosivo. As intercalações com rochas carbonátoicas e fluxos piroclásticos subaquosos sugerem evidências de processos, predominantemente, de vulcanismo subaquático. A Formação Algodoais tem sua deposição em ambiente de leques aluviais continentais, resultante do tectonismo pós-turoniano, o qual provocou o retrabalhamento das rochas vulcânicas e dos clásticos da Formação Cabo. Duas unidades informais podem ser subdivididas dentro da Formação Algodoais: uma unidade basal (água Fria) e uma superior (Tiriri). São identificados na Bacia Pernambuco seis eventos de grande magnitude intimamente relacionados a sua evolução: Evento Magmático Inicial - Esse evento ainda assume um caráter especulativo, face à não datação, ainda, das rochas vulcânicas envolvidas. Porém, as relações de campo nos mostram que a base da Formação Cabo, principalmente na parte emersa da bacia, é composta essencialmente por riolitos. Evento Rifteamento - Esse evento representa a época da deposição dos conglomerados sin-tectônicos da bacia. Evento Transgressivo - Esse evento é marcado pela deposição de carbonatos. Uma rápida inundação é responsável pela deposição de folhelhos pretos anóxicos na base do calcário Estiva. Transgressivo - Esse evento é marcado pela deposição de carbonatos. Uma rápida inundação é responsável pela deposição de folhelhos pretos anóxicos na base do calcário Estiva. Evento Magmático Básico - As relações de campo mostram um fenômeno magmático de grande expressão, essencialmente básico (basaltos e diabásio), que corta os riolitos da base, a Formação Cabo e a Formação Estiva; Evento Tectônico - Na Bacia Pernambuco, verifica-se um forte tectonismo posterior ao magmatismo do evento anterior, pois atinge as rochas vulcânicas, principalmente o basalto, gerando uma série de grabens e horsts, criando, assim, espaço para a deposição dos sedimentos da Formação Algodoais, e o Evento Magmático Ácido - No topo da Formação Algodoais existe uma mancha sedimentar esbranquiçada, formando colunas sextavadas já caulinizadas. Quanto a presença de hidrocarbonetos, a Bacia Pernambuco tem características estratigráficas, sedimentares e estruturais semelhantes as demais bacias marginais brasileiras onde ocorrem óleo e gás. / The Pernambuco Basin is located in the Northeastern Brazil, extenting from the South of the Pernambuco Lineament to the Maragogi-Barreiros High, and has its origin and geologic history closely related to the latest tectonic efforts which resulted in the opening of the southern portion of the Atlantic Ocean and the consequent separation between South America and Africa. The Precambrian crystalline basement of the area belongs to the so-called Borborema structural province, composed of a patchwork of supracrustal and infracrustal rocks as well as granites and migmatites, affected by Late Precambria Brasiliano orogeny. The various patches are separated chiefly by SW-NE trending faults and W-E shear zones and lineaments among which the Pernambuco Lineament is the most important. In the Aptian or maybe somewhat earlier the northward propagating South of this lineament the rift reached NE Brazil, up to the E-W Pernambuco Lineament. South of this lineament the Pernambuco Basin formed, with several individual small grabens within it. North of the lineament the area continued as a structural high, and linked to Africa. The sedimentary deposition in the Pernambuco Basin started with a basal section which consisted of a thick sequence of rift-border conglomerates passing eastward from proximal to medium and distal into lacustrine depositional system (Cabo Formation). The conglomerates are composed of boulders to pebbles derived from crystalline basement rocks within an arkosic to lithic matrix. Towards the distal lake, sandstones intercalations became even more frequent, while in the most distal parts siltstone to shale beds, with a few fossils, also appear. The units has been dated on Late Aptian, although its lower section may be older. Chiefly in Albian time an intense alkaline to intermediate volcanism affected the area. Dykes, plugs, sills and flows occur, whereas the rock types are represented by basalt, andesite, trachyte, rhyolites and the well-known Cabo de santo Agostinho granite. Ignimbrites and volcanoclastic are also frequently found. These rocks are called the Ipojuca Suite. During the Albian transgression the sea invaded part of the area leaving behind the fossiliferous limestone of the Estiva Formation. The carbonate section in the south of the Pernambuco Lineament is characterized by four deposited during Albian; Cenomanian/Turonian, Turonian/Santonian and Maastrichian ages, occurring next to Pernambuco Lineament and linked the evolution of the Paraiba basin. Near the end of the rift valley the sediment sequence turned microclastic, with red shales and claystones and some traces of evaporites, suggesting the realm to be the end of a sea-arm with possibly sabkhas. A tectonic reactivation (90 My - approximately) of the basin gave rise to the development of depocenters in which coarse-grained clastic sediments of the origin volcanic were deposited (Algodoais Formation). The tectonic evolution of the Pernambuco Basin began in the Aptian. A volcanic magmatism was the driving mecanism for the opening of the basin. This magmatism had its origins probably in the hot spot of St. Helena about 120my ago. Its opening created conditions for the deposition of the sytectonic clastic sediments as well as the generating rhyolites as a crustal fusion product. The initial opening stage of the south Atlantic was followed by an extensional force with a NW-SE trending, generating the basins along the northeastern margin of NE Brazil and also the western margin of Africa.
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Contribuição à estratigrafia da região de Taió, Santa Catarina / Not available.

Rocha Campos, A. C. (Antonio Carlos) 17 March 1964 (has links)
O presente trabalho contém os resultados de investigações estratigráficas e paleontológicas realizadas na região de Taió, Santa Catarina. Acompanha-se de um mapa geológico na escala de 1:27.000. O interesse geológico principal dessa região reside na ocorrência de fósseis marinhos descobertos por Annibal Alves Bastos, em 1929 e estudados sucessivamente por F. R. Cowper Reed (1930, 1935) e W. Kegel e M. T. da Costa (1951). A região é constituída, predominantemente, por sedimentos (Grupos Tubarão e Passa Dois) mas, também, por rochas ígneas (sills e diques de diabásio). O Grupo Tubarão é formado, na parte inferior, por sedimentos proglaciais \"várvicos\", de excepcional desenvolvimento na área, e, na parte superior, por rochas das Formações Bonito e Palermo. A Formação Bonito (230 m de espessura, aproximadamente), é constituída localmente, por arenitos finos a médios, geralmente feldspáticos, contendo pequenas espessuras de folhelhos, siltitos e carvão intercalados. O horizonte marinho é representado por alguns decímetros de arenito fino, situando-se, estratigraficamente, na parte média-superior local da Formação Bonito. Existe somente um nível de fósseis marinhos na região. A ingressão ocupou, provavelmente, parte da antiga bacia de deposição dos sedimentos glaciais e teve, aparentemente, caráter restrito. A Formação Palermo (cerca de 120 m de espessura), é constituída por siltitos compactos ou estratificados. O Grupo Passa Dois é representado na região por ocorrência restrita de calcários da Formação Irati. O tectonismo que afetou a área estudada parece não ter sido intenso; algumas falhas foram assinaladas com base nas fotografias e nas observações de campo. As primeiras descrições dos fósseis de Taió foram feitas por Cowper Reed (1930, 1935) que distinguiu as seguintes entidades: Aviculopecten (Deltopecten) catharinae, A. (Deltopecten) relegatus, A. (Deltopecten) unicus, A. (Deltopecten) miscellus, A.) (Deltopecten ?) crassicostatus, Pseudamusium ? sp., Stutchburia brasiliensis, Spathella tayoensis, Allorisma ? sp., Edmondia sp., Maeonia cf. cuneata, Solenopsis sp., Schizodus occidentalis, Schizodus ? sp., Bellerophon ? cf. micromphalus, Chonetes (ou Chonetella) ? e Discinesca tayoensis. Kegel e Costa (1951) referiram os pectidíneos a um novo gênero, Heteropecten, assinalando ainda duas novas espécies, H. plasticosta, H. bastosi e uma variedade, H. catharinae var. dyglipha. No presente trabalho, entretanto, concluímos que as diversas \"espécies\" de Heteropecten dos autores prévios, constituem, na realidade variantes morfológicas ligadas entre si por formas de transição. A maioria dos outros gêneros de lamelibrânquios assinalados por Reed, em face da presente revisão, foi atribuída a novas entidades genéricas. Desse modo, a lista faunística atual fica assim constituída: Lamellibranchia: Heteropecten catharinae (Reed), 1930; Tayoa erichseni Campos, 1964; Kegelia tayoensis (Reed), 1930; Schizodus occidentalis Reed, 1930; Cowperreedia brasiliensis (Reed), 1930; Bastosia Bastosia costata Campos, 1964; Gastropoda: Warthia sp.; Brachiopoda: Orbiculoidea tayoensis (Reed), 1935. Foi assinalada também a presença de equinodermas (ofiuróides e asteróides) associados aos fósseis de Taió. A assembléia fóssil parece constituir uma tanatocenose formada por conchas acumuladas por correntes ou ondas, em águas rasas, submetidas em alguns locais à exposição subaérea. O caráter endêmico da fauna não permite correlação segura com outras bacias nacionais, ou extra-nacionais. A vinculação anteriormente sugerida com achados de Nova Gales do Sul, Austrália, não se positivou através das investigações aqui contidas. A existência de fauna permo-carbonífera de caráter mais cosmopolita no Uruguai e Argentina, poderia sugerir uma origem meridional para as ocorrências da Bacia do Paraná. / Not available.
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Contribuição para ao estudo do Devoniano paranaense / Not available

Petri, Setembrino 11 March 1948 (has links)
O Devoniano ocorrente nos Estados do Paraná e São Paulo, Brasil, é de longa data conhecido; contudo os dados sobre a sua estratigrafia são até hoje escassos. Particular atenção foi ultimamente dada a este problema, considerando além das regiões clássicas, mais uma nova, Lambedor, que só se tornou conhecida como fossilífera em 1946. Os resultados obtidos permitem considerar acima do arenito basal afossilífero Furnas, camadas de transição com fósseis escassos, consistindo, na vila de Tibagi, de pequenas intercalações de folhelho em arenito grosseiro, o qual se torna argiloso e fossilífero mais no topo. Em Jaguariaíva, estas camadas são constituídas de siltito, passando superiormente a arenito fino, ambos fossilíferos. Estas camadas de transição são seguidas por folhelhos fossilíferos com intercalações arenosas - formação Ponta Grossa. A descoberta nas secções de Tibagi e Lambedor, de repetições de arenito litológica e faunisticamente comparáveis a um arenito colocado anteriormente no topo da formação Ponta Grossa com o nome de arenito de Tibagi, e a ausência do mesmo em Jaguariaíva, onde afloram quase 100 metros de sedimentos fossilíferos, indica a natureza restrita do mesmo. Acima do arenito de Tibagi e do folhelho intercalado, segue uma seqüência de folhelhos fossilíferos, a qual, em Lambedor, é capeada por siltito com intercalações de arenito com fósseis devonianos. Este arenito parece ter uma ocorrência muito local e restrita. Sobre este arenito devoniano em Lambedor e sobre o folhelho sotoposto em Tibagi, ocorre uma seqüência de arenitos grosseiros afossilíferos com intercalações de arenito mais fino e com estratificação cruzada e formando escarpas. Este arenito é um tanto parecido com o Furnas, e a ele equiparado por uns, evocando para isto falhas hipotéticas e por outros colocado no topo do Devoniano, com o nome de arenito Barreiro, e por outros ainda no Carbonífero (Série Itararé-Tubarão). As seguintes razões permitem considerá-lo como pertencente à base da série Itararé-Tubarão (Série Carbonífera com parte dos sedimentos de origem glacial ou flúvio-glacial): 1) - Grandes seixos angulares na base, em Tibagi. 2) - Varvito na base, intercalado em arenito, em Lambedor. 3) - Seixos angulares e estriados no meio da massa arenítica, em Lambedor. 4) - Disconformidade indicada pela posição deste arenito respectivamente sobre o siltito superior devoniano, arenito fácies Tibagi e sobre folhelho devoniano acima ou abaixo deste arenito, em Lambedor. Certas variações faunísticas, pelo menos em parte, apenas de natureza geográfica, foram notadas nas 4 principais localidades: - Ponta Grossa, Tibagi, Lambedor e Jaguariaíva. Minuciosos perfis geológicos com a discriminação dos fósseis por camada, foram feitos e a maioria da fauna devoniana descrita por Clarke (1913), e outros autores, teve a sua distribuição estratigráfica, pelo menos parcialmente esclarecida. / Not available
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Estudo microbiofaciológico da formação Amapá (Terciário), Bacia da Foz do Amazonas: interpretações bioestratigráficas e paleoecológicas / Not available.

Sousa, Silvia Helena de Mello e 10 November 1994 (has links)
A Formação Amapá, depositada entre o Paleoceno Superior e Mioceno Médio, na Bacia da Foz do amazonas, constitui-se de espesso pacote de rochas carbonáticas. Estas rochas compõem-se de rica associação fossilífera, destacando-se em abundância, as algas vermelhas e os macroforaminíferos. A análise petrográfica dos carbonatos e o estudo paleontológico detalhado de seus componentes biogênicos permitiram identificar 31 microbiofácies na Formação Amapá. Adicionalmente, o estudo de cortes orientados de macroforaminíferos propiciou o estabelecimento de dez biozonas informais de intervalo superior (T1 a T10) no Terciário da Bacia da Foz do amazonas. O comportamento vertical e lateral das microbiofácies permitiu o reconhecimento de sequência progradante rumo ao topo. O modelo deposicional poderia ser representado por rampa homoclinal ou plataforma regional/rampa com declividades suaves. No Paleoceno Superior e Eoceno Inferior, os seguintes ambientes foram reconhecidos: bancos em plataforma externa, depósitos de plataforma interna, baixios colíticos e depósitos lagunares. Após o Eoceno Inferior, estabelece-se na região compreendida entre as plataformas interna e externa, um complexo sistema de bancos, formados de rodolitos e macroforaminíferos, cujas características morfológicas refletem distintas condições ambientais do meio deposicional. Estes bancos gradam lateralmente a depósitos antebanco e à retaguarda de bancos. A partir do Eoceno Superior, as lagunas se instalam nas áreas proximais da plataforma, e os depósitos de plataforma externa e talude tornam-se mais extensos. A deposição da Formação Amapá, ocorrida em período de relativa estabilidade tectônica e climática, foi comandada, principalmente, por variações do nível do mar, que se refletiram na sedimentação cíclica das rochas carbonáticas. Foram identificados cinco grandes ciclos deposionais, limitados por superfícies de descontinuidade, que corresponderiam às grandes fases regressivas do nível do mar, ocorridas no final do Eoceno Inferior, Eoceno Médio, Oligoceno Inferior e Oligoceno Superior. Estes ciclos encontram-se subdivididos em ciclos menores agradacionais e progradacionais. Os limites das sequências carbonáticas são marcados por eventos de extinção de macroforaminíferos, pela ocorrência de vales entalhados, pelo aumento expressivo de grãos siliciclásticos associados a grãos de glauconita, e pela presença de pequenos foraminíferos preenchidos por glauconita e de moldes de moluscos. / The Amapá Formation, deposited in the Foz do Amazonas Basin between the Late Paleocene and Middle Miocene, is mainly composed of carbonate rocks. These rocks show a rich fossiliferous assemblage, calcareous red algae and large foraminifera, being especially abundant. On the basis of petrographic and detailed paleontological analysis, thirty-one microbiofacies have been recognized in the Amapá Formation. Examination of the large forams in oriented sections led to the establishement of ten informal Tertiary biozones (T1 a T10). In the Late Paleocene and Early Eocene, the lateral and vertical succession of microbiofacies allows recognition of the following environments, from offshore to onshore: outer bank, inner platform, oolitic shoals and laggons. After the Early Eocene, a complex sequence of banks, composed of rodoliths and large foraminifera, became established on the inner and outer platforms. After the Late Eocene, the backbank deposits grade landward to lagoonal deposits. During this period, the outer platform and slope deposits became more extensive. The Amapá Formation was deposited under stable tectonic and climatic conditions. Sedimentation was mainly controlled by sea-level changes, which are reflected by the cyclic behaviour of the carbonate rocks. Five depositional cycles have been identified. These cycles are bounded by unconformities related to rapid sea-level falls, which occurred at the end of the Early Eocene, Middle Eocene, Early Oligocene and Late Oligocene. These may be further subdivided into smaller aggradational and progradational cycles. The boundaries of the carbonate sequences are indicated by one or more of the following features: extinction events involving large forams; the occurrence of incised valleys; the increase of terrigenous and glauconite grains; the presence of glauconite-filled forams and molluscs preserved as molds.
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Estratigrafia de alta resolução aplicada à modelagem de reservatórios do início do rifte da Bacia de Sergipe - Alagoas

Borba, Cláudio 05 June 2009 (has links)
Made available in DSpace on 2015-03-05T12:15:34Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 5 / Nenhuma / Neste trabalho foi feita uma análise tectono-estratigráfica em depósitos do início do rifte da Bacia de Sergipe-Alagoas, Nordeste do Brasil, cujos resultados foram aplicados à caracterização e modelagem de reservatórios. Escolheu-se como laboratório a área de Furado, um campo de petróleo maduro, por apresentar esses estratos de forma praticamente completa, além de dispor de uma grande quantidade de dados estáticos e dinâmicos. Aplicaram-se uma abordagem multidisciplinar (tectônica, estratigrafia e caracterização de reservatórios) e multiescalar (desde a contextualização dos depósitos na bacia ao zoneamento de produção dos reservatórios). As seqüências de 2ª ordem (K10-20 e K34-K36 correspondentes às formações Feliz Deserto e Barra de Itiúba/Penedo respectivamente) foram fatiadas em seqüências de 3ª ordem. A análise estratigráfica sugere que o início do processo de rifteamento ocorrido já na Seqüência J20-K5 (Formação Serraria) foi gradual ao longo de 20Ma. Esse processo é caracterizado tanto pela ausência de / In this work, the results of a tectonic-stratigraphic study on the early rift strata of the Sergipe-Alagoas Basin, northeastern Brazil, were applied to the characterization and modeling of reservoirs. Furado area, a mature oil field, was selected as laboratory because it presents these strata so nearly complete, and has lot of static and dynamic data. We applied a multidisciplinary approach (tectonics, stratigraphy and reservoir characterization) and also a multi-scalar approach (from the context of deposits in the basin to the zoning of producing reservoirs). The 2nd order sequences (K10-20 and K34-K36 corresponding respectively to the Feliz Deserto Formation and Barra de Itiúba/Penedo Formation ) were sliced into 3rd sequences. The stratigraphic analysis suggests that the beginning of rifting process that had already occurred in the Sequence J20-K5 (Serraria Formation) was gradual over 20 Ma. This process is characterized by the absence of a conspicuous unconformity of the onset rift in which the parallel
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Contribuição ao conhecimento da malacofauna das camadas basais da Formação Corumbataí (Permiano), Estado de São Paulo / Not available.

Maria da Saudade Araujo Santos Maranhão 29 October 1986 (has links)
Os principais objetivos deste trabalho são: 1) estudar o material malacofaunístico de novos jazigos da região de Rio Claro - Piracicaba (SP) e de testemunhos de sondagem de Conchas (SP), referentes à porção basal da Formação Corumbataí, termo superior do Grupo Passa Dois de idade permiana e 2) determinar sua distribuição bioestratigráfica. Incluiu-se um exame parcial da provável correlação entre as faunas das bases das Formações Corumbataí (São Paulo) e Estrada Nova (Paraná) e considerações de ordem paleoecológica da malacofauna. A análise taxonômica dos bivalves da porção basal da Formação Corumbataí no Estado, forneceu apreciável diversidade genérica e específica. Duas secções colunares, uma de superfície e outra de subsuperfície são apresentadas, mostrando a distribuição bioestratigráfica dessa malacofauna. Os bivalves identificados e descritos nos diversos afloramentos foram: Angatubia cf. A. cowperesioides Mendes, Anthraconaia ? mezzalirai sp. n., Barbosaia cf. B. angulata Mendes, Barbosaia roxoi sp n., Casterella cf. C. camargoi Beurlen, Ferrazia simplicicarinata Mezzalira, Ferrazia sp., Holdhausiella elongata Mendes, Holdhausiella sp., Kidodia cf. K. stockleyi Cox, Mendesia piracicabensis gen. et sp. n., Plesiocyprinella sp., Rioclaroa cf. R. lefrevei Mezzalira. Com base na composição observada, sugeriu-se reunir as Zonas Leinzia froezi Mendes e Barbosaia angulata Mendes propostas por MEZZALIRA (1980) em uma única designada Zona Leinzia froezi - Barbosaia angulata. Os quatro níveis fossilíferos reconhecidos em subsuperfície (Poço 1-IG-Conchas) com as espécies: Casterella cf. C. gratiosa, Ferrazia cardinalis Reed e Pinzonella cf. P. illusa, a julgar pela distribuição vertical em relação à base da formação, situar-se-iam na Zona III de MEZZALIRA (1980) considerada quando definida como afossilífera. Dentre as principais conclusões, notou-se a predominância de bivalves com carenas simples e a duplas, provavelmente caráter adaptativo ao ambiente que seria provavelmente circunscrito, mixo-halino, de águas rasas, turvas e mal oxigenadas em certos intervalos. / The main purpose of this dissertation is: 1) to study malacofaunistic material concerning new occurrences in the Rio Claro-Piracicaba (SP) region and concerning drilling core in Conchas (SP), refering the basal portion from Corumbataí Formation, upper section of the Passa Dois Group of Permian age and 2) to determine its biostratigraphical distribution. It is included a partial examination about the probable correlation between fauna belonging to Corumbataí Formation (SP) bases and Estrada Nova (Paraná) and considerations on malacofauna paleoecological order. The taxonomic analysis of the basal portion bivalves from Corumbataí Formation in the State of SP, furnished remarkable specific and generic diversity. Two columnar section, one from surface and the other from subsurface are presented showing the malacofauna biostratigraphic distribution. The bivalves identified and described in the various outcrops were : Angatubia cf. A. cowperesioides Mendes, Anthraconaia ? mezzalirai sp. n., Barbosaia cf. B. angulata Mendes, Barbosaia roxoi sp. n., Casterella cf. C. canargoi Beurlen, Ferrazia simplicicarinata Mezzalira, Ferrazia sp., Holdhausiella elongata Mendes, Holdhausiella sp., Kidodia cf. K. stockleyi Cox, Mendesia piracicabensis gen. et sp. n., Plesiocyprinella sp., Rioclaroa cf. R. lefevrei Mezzalira. With basis in the observed composition, it was suggested to congregate the Zonas Leinzia froesi Mendes and Barbosaia angulata Mendes proposed by MEZZALIRA (1980) in one unique named: Zona Leinzia froesi - Barbosaia angulata. The four fossiliferous levels acknowledged in the subsurface with the specimens: Casterella cf. C. gratiosa, Ferrazia cardinalis Reed and Pinzonella cf. P. illusa verifying by the vertical distribution related with the formation basis, it would be locate in Zona III from MEZZALIRA (1980) considered when defined as afossiliferous. Among the main conclusions were observed the prevalence of bivalves with simple and two carina, probably an adaptation to the environment, which would be classified as: mixo-halino, of shallow waters, darkish and with bad oxygenated in certain intervals.
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Interpretação ambiental da formação Ponta Grossa na parte central da Bacia do Paraná: um estudo de subsuperfície / Not available.

Mirian Nobile Diniz 17 April 1986 (has links)
Neste trabalho, são interpretados ambientes deposicionais da Formação Ponta Grossa (Bacia do Paraná) na sub-bacia devoniana sul, com base em perfis elétricos e radioativos (raios gama), testmunhos e amostras de calha de poços perfurados pelo PAULIPETRO - Consórcio CESP/IPT, no oeste do Estado de São Paulo e na porção centro-oeste do Estado do Paraná. Na região do Pontal do Paranapanema (SP), e sul do Alinhamento Estrutural de Guapiara, a unidade pode ser dividida em duas fácies fundamentais: a subseqüência inferior, de caráter pelítico, marinho raso, trangressivo, incluindo relativa estabilidade ou lenta elevação do nível do mar, e a superior, dominantemente silítico-arenosa, de padrão regressivo, devendo corresponder a pequenos deltas do tipo dominado por marés e a depósitos associados sob condições da mesomaré, com aparente registro de canais de maré e sem a formação de ilhas-barreiras (similar ao modelo de sedimentação recente para a costa da Alemanha, Mar do Norte). Admite-se um ambiente semi-restrito de sedimentação, como o de baía, extensa, condicionado pela atuação do Alinhamento de Guapiara - mais efetiva para a subseqüência superior, e com área-fonte, provavelmente, a leste-nordeste. No Estado do Paraná, caracterizam-se, litologicamente, três intervalos estratigráficos informais: a subseqüência inferior, com depósitos pelíticos, de origem transgressiva, em ambiente de plataforma rasa: a média, mais síltica, com intercalações de bancos arenosos e padrão geral progradacional, no perfil de raios gama, demonstrando pequenos ciclos transgressivos, e fonte principal de sedimentos a oeste-sudoeste; e a subseqüência superior, distinguindo-se da inferior pela maisor proporção de níveis arenosos, com feições transgressivas, oscilatórias e sedimentação em águas calmas ou mais agitadas (zonas inframaré de maior profundidades a intrama\'re inferior), possivelmente, com área-fonte também de nordeste. Na faixa ) centro-oeste do Estado do Paraná, a subseqüência média poderia representar a parte submersa de delta assimétrico formado pela interação de suprimento de sedimentos fluviais (orientado para nordeste, região do depocentro, área de Apucarana, PR - prodelta) e de efeitos de marés, talvez de ação de ondas, subordinadamente. Supõem-se condições interdeltaicas de macromaré, com sistemas, perpendiculares à costa, de \"barras\" arenosas, espessando-se para leste, segundo provável fluxo das marés. Para esses depósitos arenosos - marcantes na parte superior da subseqüência - a ampla distribuição geográfica, associada à espessura pequena ou média (até pouco menos de 40m), são sugestivas de declividade suave de uma plataforma extensa e tectonicamente mais estável para a borda oeste da sub-bacia, e de aporte rápido de sedimentos. A erosão de praticamente toda a subseqüência superior, em algumas seções do estado do Paraná (poços 1-CS-2-PR, 1-PT-1-PR, 1-RS-1-PR), durante a fase pré-carbonífera, bem como, a expressiva espessura ocasional da subseqüência inferior (poços 1-CA-3-PR, 1-RS-1-PR), evidenciaram uma subcompartimentação da bacia devoniana, com significativo controle tectônico sobre a sedimentação da Formação Ponta Grossa, em certas áreas. Em direção ao centro-leste/nordeste do estado do Paraná, fora da área estudada, pode ocorrer gradiente acentuado por falhamentos locais, como indicam o rápido espessamento de partes da unidade (poços 1-CA-3-PR, 1-CA-1-PR) e o registro de litologias atípicas, por exemplo, acórseos líticos, às vezes, mais grosseiros, no poço 1-R-1-PR, da PETROBRÁS. / In this dissertation, depositional environments of the Ponta Grossa Formation in the southern Devonian sub-basin of the para Paraná Basin have been interpreted on the basis of well logs, cores and cuttings from wells drilled by PAULIPETRO (CESP/IPT Consortium) in western São Paulo and central and western Paraná, Brazil. In the region of Pontal do Paranapanema (SP), just south of the Guarapiara Structural Alignment, this formation may be divided into two basic facies: a lower shallow marine, transgressive pelitic sub-sequence, evidencing local conditions of relative stabitity and slow rise in sea level; and an upper predominantly sandy-silty, regressive sub-sequence, probably corresponding to small, tide-dominated deltas and associated mesotidal deposits, including tidal channels, but lacking typical- barrier islands (similar to present-day sedimentation in German Bay, North Sea). It is thought that sedimentation took place within a geographical]y restricted environment, such as a large bay, and was controlled by the positive action of the Guapiara Alignment, especially with regard to the upper sub-sequence. The probable source of the sediments was located to the east-northeast. For sections in Paraná, three informal lithological units have been characterized: the lowest sub-sequence consists of trans gressive pelites deposited on a shallow platform (shelf-mud) ; the middle sub-sequence, which is siltier with sandy intercalations, exhibits a progradational pattern interrupted by lesser transgressive cycles (as interpreted from the gamma-ray log), and was supplied by sediments from the west-southwest and the uppermost sub-sequence, distinguishable from the basal one by its greater number of sandy intercalations, shows an oscillating pattern of transgressive sedimentation and changes in environmental energy which represents deeper subtidal to lower intertidal zones of á marine shelf sequence, with sediments possibly also derived from the northeast. Towards central-western Paraná area, between the rivers Ivai and Piquiri, the middle sub-sequence apparently represents the submerged part of an asymmetrical delta formed by the interaction of fluvial sediment supply and tidal effects and possibly, wave action, to a lesser degree. Associated with this there was an interdeltaic macrotidal system of linear sand ridges perpendicular to the paleocoast and thickening eastward in the direction of the probable tidal currents. Prodelta deposits apparently occur to the northeast, near Apucarana (PR), in the region of the depocenter. The great areal distribution and moderate to narrow thickness of the sandy deposits characteristic of the upper-part of the middle sub-sequence, suggest a gentle gradient over a broad platform tectonically more stable towards the western border of the sub-basin, and a rap id influx of sediment. Pre-Carboniferous erosion of practically aII the upper sub--sequence in some Paraná sections, as well as the occasional thickening of the lowest sub-sequence, comprises evidence of compartmentalization (by faulted blocks) of the basin and local significant tectonic control of the sedimentation. Towards east and northeast in Paraná, outside the study area, atypical lithologies (e.g. lithic arkoses) and rapid thickening of parts of the section suggest a steeper gradient (local slopes) controlled by faults.
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Análise sedimentológica da supersequência Santa Maria e suas implicações estratigráficas

Horn, Bruno Ludovico Dihl January 2016 (has links)
A presente tese de doutorado apresenta um estudo sobre a sedimentologia do pacote triássico da Bacia do Paraná, a Supersequência Santa Maria. As rochas desta Supersequência, descritas no início do século XX, tem sido estudadas tanto no intuito de entendimento de seus sistemas deposicionais quanto na identificação de sua abundante fauna de vertebrados, que torna esta unidade de importância mundial. Entretanto, devido à intensa segmentação em blocos de falha e à falta de continuidade de afloramentos, muitas dúvidas sobre os ambientes de sedimentação ainda permanecem. O objetivo deste trabalho foi realizar um estudo sedimentológico de detalhe e discutir suas implicações estratigráficas, a fim de formular modelos deposicionais que considerem, além dos processos sedimentares, fatores como paleofauna e paleoclima. Para tanto, a metodologia aplicada incluiu análise faciológica, com a construção de perfis na escala 1:50, identificação e posicionamento estratigráfico de horizontes fossilíferos, e coleta sistemática de amostras de lamitos segundo o arcabouço estratigráfico para análises químicas e cálculo do índice de alteração química. Além disso, foi realizado um estudo bibliográfico sobre a paleofauna local para comparação e utilização nos modelos. Como resultados, primeiramente uma nova sequência de terceira ordem foi identificada, utilizando critérios sedimentológicos, paleontológicos e estruturais. Assim como as sequências propostas anteriormente, esta consiste em arenitos conglomeráticos limitados por uma discordância na base, e sobrepostos por siltitos. A proposição da nova Sequência Santa Cruz, entre as Sequências I e II provocou um problema de nomenclatura, resolvido com a proposição de nomes (ao invés de números) para as sequências. Desta maneira, buscou-se as toponímias das melhores exposições de cada sequência, propondo os nomes Sequência Pinheiros-Chiniquá, Sequência Candelária e Sequência Mata para as Sequências I, II e III, respectivamente. A continuação dos trabalhos propiciou a discussão sobre os ambientes deposicionais das sequências Pinheiros-Chiniquá, Santa Cruz e Candelária. Na base de todas, o sistema interpretado é de rios entrelaçados efêmeros, com lama dentro dos canais e grandes intraclastos incorporados à base dos canais. Nas duas primeiras sequências o sistema deposicional incluía uma planície seca, sem rios alimentadores e com abundância de paleossolos. A predominância da fração silte em pacotes métricos maciços, com moda em 0,031 mm, sugere a presença de contribuição eólica fina, com depósitos de loess retrabalhados por enchentes em lençol. Indicadores sedimentológicos, paleontológicos e químicos na base da Sequência Candelária indicam um aumento na quantidade de água no sistema, com o estabelecimento de lagos alimentados por enchentes em lençol, formando deltas efêmeros. No topo desta sequência foi identificado um sistema fluvial efêmero com características peculiares, como a predominância de arenitos deposicionalmente maciços. As análises de índice de alteração química revelaram que o clima no decorrer da deposição da Supersequência Santa Maria não variou muito, se mantendo árido/semi-árido, com a tendência à umidificação para o topo. O trabalho de identificação das unidades sedimentares contribuiu para identificar que o pacote anteriormente chamado de Formação Caturrita não era o que a literatura descrevia como tal, resultando na reinterpretação do mesmo e proposição da Formação Botucaraí, com estratótipos e idade bem definidos e fauna característica. / This PhD thesis presents a sedimentological study on the Triassic package of the Paraná Basin, the Santa Maria Supersequence. The rocks of this Supersequence, described in the early twentieth century, have been studied in order to understand their depositional systems and to identify their abundant vertebrate fauna, the latter which renders this unit of global importance. However, due to intense segmentation of fault blocks and lack of outcrop continuity, many questions about these deposits still remain. The objective of this work was a detailed sedimentological study, to discuss its implications on stratigraphy, in order to formulate depositional models that considered not only the sedimentary processes, but also factors such as paleofauna and paleoclimate. Applied methodology included fácies analysis, with the construction of 1:50 scale logs, identification and stratigraphic positioning of fossiliferous horizons, and the systematic sampling of mudstones for chemical analysis and calculation of chemical index of alteration. Additionally, a bibliographic study on local paleofauna was carried out for comparison and use in models. As a result, a new third-order sequence was identified, according to sedimentological, paleontological and structural criteria. Like the sequences previously proposed, it consists of conglomeratic sandstones bounded by an unconformity at the base, and overlain by siltstones. The proposition of the Santa Cruz Sequence, between Sequences I and II led to a nomenclature problem, resolved with the assignment of names (instead of numbers) to the sequences. For that, place names of the best exposures of each sequence were sought, and the names Pinheiros-Chiniquá, Candelária and Mata Sequences were proposed for Sequences I, II and III, respectively. Further work led to the discussion on the depositional environments of the Sequences Pinheiros-Chiniquá, Santa Cruz and Candelária. The basal portion of all the sequences was interpreted as deposited by ephemeral rivers with intra-channel mud and large intraclasts incorporated to the channel base. In the first two sequences the depositional system was a dry plain, without feeder channels and abundant paleosols. The dominance of silt fraction in metric, massive mudstone packages with modal peak in 0.031 mm suggests a fine-grained, wind-blown dust contribution as loess deposits reworked by sheetfloods. Sedimentologic, paleontologic and chemical indicators point towards an increase in the amount of water in the system, with the establishment of sheetflood-fed lakes where ephemeral deltas were formed. At the top of this Sequence an ephemeral fluvial system with unique features, such as the predominance of structureless sandstones, was identified. The analysis based on chemical index of alteration revealed that the climate during the deposition of the Santa Maria Supersequence did not change much throughout its deposition, maintaining an arid / semi-arid setting, with the tendency to more humid conditions to the top. The work of identifying the sedimentary units helped identify that the package formerly called Caturrita Formation was not what the literature described as such, leading to a reinterpretation of this unit and proposition of the Botucaraí Formation, a formal unit with well-defined stratotypes and defined age, with an characteristic fauna.
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Relação entre o embasamento cristalino e os sedimentos basais do Subgrupo Itararé na região de Sorocaba-Salto de Pirapora - SP / Not available.

Massoli, Marcos 11 April 1991 (has links)
Este trabalho tem por objetivo apresentar contribuição à estratigrafia e evolução ambiental da parte inferior do Subgrupo Itararé na região de Sorocaba. Considerando-se a predominância de corpos rochosos em determinados níveis estratigráficos do Subgrupo Itararé, subdividiu-se o mesmo em quatro conjuntos litológicos, denominados, a partir da base, 1, 2, 3, e 4. Para tanto, foi de grande importância a elaboração de seções geológicas de superfície, bem como a obtenção de perfil detalhado de uma sondagem realizada para captação de água subterrânea. O conjunto litológico 1 compreende essencialmente diamictitos de matriz arenosa, depositados em ambiente com influência glacial sobre o embasamento cristalino, no qual pode ser constatada superfície polida, com estrias para N55 °W. Sobrejacente ao conjunto litológico 1 e ao embasamento cristalino, situa-se uma sequencia de clásticos essencialmente finos, depositados em condições subaquáticas, com influência marinha no topo. Sobreposto aos conjuntos litológicos 1 e 2 e transgredindo em direção ao embasamento cristalino, encontra-se um pacote essencialmente arenoso, originado em planícies de lavagem, aluviais e flúvio-deltaicas, denominado conjunto litológico 3, no qual assentam-se siltitos depositados, possivelmente, em planícies de inundação, considerados conjunto litológico 4. Dispostos irregularmente sobre os conjuntos 3 e 4 encontram-se diamictitos maciços, de origem glacial, representando o final da sedimentação do Subgrupo Itararé na área estudada. Constatou-se no km 132 da rodovia SP-264, no extremo sul da área, a ocorrência de rocha metabásica (epidosito) pertencente ao Grupo São Roque, cuja superfície polida e estriada e sua morfologia, ainda que parcialmente recoberta por sedimentos, permitiram interpretá-la como \"moutonnée\". As feições glaciais originaram-se da glaciação responsável pela deposição do conjunto litológico 1, no Carbonífero. A cerca de 180 m do contato do Subgrupo Itararé com o embasamento cristalino, no topo do conjunto litológico 2, afloram sedimentos contendo fósseis marinhos datados do Carbonífero Superior. O estudo da paleotopografia do embasamento permitiu a constatação de elevações e depressões que condicionaram a deposição dos sedimentos do Subgrupo Itararé, além de possibilitarem nova interpretação quanto à posição estratigráfica dos corpos rochosos ocorrentes na área. O conceito que se adotava até então admitia o empilhamento vertical dos litossomas a partir da borda da bacia para o interior. Na realidade, sedimentos da área estudada, localizados na margem leste da bacia, são de topo, recobrindo, por \"onlap\", sedimentos mais antigos. / It is presented herein a contribution to the stratigraphy and environmental evolution of the Permocarboniferous Itararé Subgroup sediments as developed in the Sorocaba region of the Paraná sedimentary basin, State of São Paulo. Some surface geological sections as well as the detailed geological description of a whole cored well drilled for underground water allowed the stratigraphical subdivision of the local permocarboniferous sediments into informal lithological unities numbered one (the lowest) to four (the upmost). The unity one is essentially made up of arenceous matrix diamictites thought to be derived through reworked glacial beds by water. It rests directly on the crystalline basement, which, in one place, is polished and bearing striae striking N55°w. The unity two is essentially made up of fine clastics, mainly siltstones, thougth to be laid down in subaqueous environments. Its uppermost beds bear marine fossils, Pennsylvanian palynomorphs, agglutinated Foraminifera and Orbiculoidea. These fossiliferous beds lay 180 m above the crystalline basement as present in the above mentioned well drilled for underground water. This unit rests either on beds of the unity one or directly on the crystalline basement. The unity three is essentially arenaceous, resting on the unity two but overlapping it toward the border of the basin where it rests directly on the crystalline basement. This unity is thought to be generated in washing plains, alluvial and fluvio-deltaic environments. The unity is essentially made up of siltstones laid down on the unity three and possibly generated in flood plains. Diamictites and tillites are irregularly scattered either on unity three or unity four. A \"roche moutonnée\" was recognized at km 132 of the road Salto de Pirapora-Pilar do sul (SP-264). It is formed by Precambriam metabasic rock (epidosite) of the São Roque Group. Its polished and striated surface is covered by reworked glacial beds grading upward to finer clastics. It is interpreted as the result of the glacial advance, which generated the unity one. Several wells drilled for underground water as well as electroresistivity geophysical profiles, allowed the recognition of a paleotopography of the Itararé Subgroup, specifically a paleovalley thought to be at least partially pre_Itararé eventually deformed by the Araçoiaba Jurassic-Cretaceous alkaline intrusion. The previous models of sedimentation in this region pointed to a piled us deposition of the lithosomes from border so the border sediments would be the oldest ones. The model here proposed points to an onlap of the sediments toward the border so the eastern arenaceous sediments would be the youngest ones.
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Estratigrafia do Grupo Tubarão (Formação Aquidauana) na região sudoeste do Estado de Minas Gerais / Not available.

Fiori, Alberto Pio 01 April 1977 (has links)
O principal propósito deste trabalho é apresentar uma subdivisão e caracterização da Formação Aquidauana no Estado de Minas Gerais. Nesta oportunidade a Formação Aquidauana foi subdividida em 7 unidades litológicas denominadas de unidades I, II, IIA, III, IV, IVA e VA. As outras unidades ocorrentes na área, VB, X, Y e Z representam, respectivamente, as Formações Tatuí, Estrada Nova, Pirambóia e Serra Geral. As unidades da Formação Aquidauana estão constituídas por um, dois ou três grupos litológicos, que estão assim caracterizados: 1. Grupo do clásticos finos - representado por arenitos e diamictitos lamíticos; 2. Grupo dos arenitos finos - representado por arenitos e diamictitos arenosos; 3. Grupo dos clásticos grosseiros - representado por arenitos grosseiros e por conglomerados. As relações de contato, a geometria dos corpos, as estrutura sedimentares e as características litológicas dos grupos e das unidades, demonstram que a Formação Aquidauana foi depositada em um lago periglacial. Os detritos eram provenientes das geleiras, a sul, e das terras altas situadas a leste. Deste último local, originavam-se os leques aluviais que progradavam no lago periglacial. Os grupos litológicos representam três fácies distintas no ambiente de deposição da formação Aquidauana, ou sejam: Fácies lacustrina, mais a de proleque, indistintas, representadas pelo grupo dos clásticos finos, e depositada em ambiente sub-aquosos. Fácies distal, representada pelo Grupo dos arenitos finos, e depositada em ambiente aéreo ou sub-aérero. / Not available.

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