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Definição de unidades de fluxo genéticas em reservatórios clásticos com base em heterogeneidades deposicionais e diagenéticas : o caso da Formação Echinocyamus, eoceno inferior, Bacia de Talara, Peru

Daudt, José Alfredo Borges January 2009 (has links)
Foi desenvolvida a caracterização integrada de heterogeneidades deposicionais e diagenéticas da Formação Echinocyamus, Eoceno de Bacia de Talara, Peru, visando a definição de um modelo geologicamente significativo e coerente de unidades de fluxo de reservatório. Estudos sedimentológicos realizados em testemunhos permitiram o estabelecimento do arcabouço estratigráfico de alta resolução dessa unidade. Sucessões deltaicas e fluviais se intercalam como unidades produtoras, cada qual composta por sub-domínios ou unidades genéticas reconhecíveis por padrões de perfil característicos. Devido ao contexto tectônico complexo (bacia de ante-arco em zona de subducção sujeita a intensa movimentação transcorrente e vulcanismo associado), a qualidade dos reservatórios estudados está fortemente influenciada por processos diagenéticos condicionados pela composição lítica dos arenitos. O conceito de unidades de fluxo genéticas, como proposto nesse trabalho, representa intervalos que podem ou não ter conotação estratigráfica, definidos ao nível das associações de elementos arquiteturais (sub-ambientes de deposição). As unidades de fluxo genéticas apresentam características petrofísicas particulares que determinam sua capacidade de armazenamento e seu potencial para escoar fluidos. Essas unidades definem volumes que são limitados por superfícies geradas por significativas mudanças deposicionais ou pós-deposicionais, refletidas nas estruturas, texturas e arquitetura das unidades, e/ou na distribuição dos principais processos e produtos diagenéticos. Esses processos podem causar modificações intensas nas relações entre a porosidade e permeabilidade deposicionais e, portanto, controlar substancialmente a distribuição da qualidade dos intervalos produtores. O impacto da diagênese sobre a qualidade e heterogeneidade dos reservatórios é adequadamente caracterizado através do conceito de petrofácies de reservatório. As petrofácies são definidas pela superposição dos aspectos de estruturas, texturas e composições primárias e dos tipos, hábitos, volumes e distribuição de fases diagenéticas. No caso da Formação Echinocyamus, a diagênese é influenciada pelo arcabouço deposicional e seu impacto sobre qualidade e heterogeneidade pode ser compreeendido e previsto considerando o paradigma da estratigrafia de seqüências. Análises petrológicas de detalhe determinaram os principais controles sobre a diagênese e permitiram a caracterização de doze petrofácies de reservatório. Estas petrofácies encontram-se associadas em diferentes proporções em cada sub-ambiente deposicional, o que possibilitou a caracterização estatística de valores representativos de indicadores de qualidade para cada unidade de fluxo genética. Desta forma, foi gerado um modelo de estimativa de padrões diagenéticos e qualidade de reservatório para a unidade Echinocyamus. Este estudo também apresenta uma proposta de redefinição da hierarquia de heterogeneidades em reservatórios siliciclásticos dentro da perspectiva de um projeto de recuperação avançada de hidrocarbonetos. As heterogeneidades deposicionais foram hierarquizadas de acordo com sua provável influência na movimentação dos fluidos dentro dos reservatórios. / An integrated characterization of depositional and diagenetic heterogeneities for the Echinocyamus Formation, Eocene, Talara Basin, Peru, has been developed. The objective of this work is to define a significant and geologically based flow unit model for these reservoirs. Sedimentological studies were done in cores and allowed the establishment of a high-resolution stratigraphic framework of this unit. Deltaic and fluvial successions are found as productive intervals, each of them compounded by subdomains or genetic units that may be recognized by typical log patterns. Due to a complex tectonic setting (forearc basin close to a subduction zone with intense transcurrent movements and associated vulcanism), the reservoir quality is strongly affected by diagenetic processes that were constrained by the lithic composition of these sandstones. The concept of genetic flow unit, as proposed in this work, represents intervals that may or may not have stratigraphic meaning and are defined to the level of architectural elements association (sub-environments of deposition). The genetic flow units present particular petrophysical properties that determine their storage and productive capacity. They define volumes that are bounded by surfaces generated by depositional or post-depositional changes that are reflected in structures, textures and architecture of the unit, and/or in the distribution of their main diagenetic processes and products. These processes may cause intense modification in porosity and permeability relationships and, as a consequence, may substantially control the quality distribution of the productive intervals. The diagenetic impact on the quality and heterogeneity is appropriate approached by using the reservoir petrofacies concept. These petrofacies are defined by the superposition of structural, textural and compositional aspects and the types, habits, volumes and diagenetic phases. In the Echinocyamus example, the diagenesis is influenced by the depositional framework and its impact on the quality and heterogeneity can be understood and predictable considering the sequence stratigraphy. Detailed petrologic analysis determined the main controls on diagenesis and allowed the characterization of twelve reservoir petrofacies. These petrofacies are found associated in different proportions in each sub-environment of deposition, what made possible the statistic characterization of representative values of quality indicators for each unit. This methodology has created a predictable model for diagenetic patterns and reservoir quality for Echinocyamus Formation. This study also presents a proposal for re-definition of heterogeneity hieararchy in siliciclastic reservoirs considering the perspective of a secondary recovery project. The depositional heterogeneities were hierarchized accordingly to their probable influence in fluid movement within reservoir.
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Estratigrafia da série eoceno no Baixo do Mosqueiro, bacia de Sergipe-Alagoas / Stratigraphy of eocene series on Mosqueiro Low

Rancan, Cristiano Camelo [UNESP] 08 August 2017 (has links)
Submitted by Cristiano Camelo Rancan null (cristianocrgeo@yahoo.com.br) on 2017-08-18T17:36:52Z No. of bitstreams: 1 Estratigrafia_Eoceno_BxMosq.pdf: 92688643 bytes, checksum: 7c027c36d3227075922c7bd4ef7e3b92 (MD5) / Approved for entry into archive by Luiz Galeffi (luizgaleffi@gmail.com) on 2017-08-23T19:25:51Z (GMT) No. of bitstreams: 1 rancan_cc_me_rcla.pdf: 92688643 bytes, checksum: 7c027c36d3227075922c7bd4ef7e3b92 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-08-23T19:25:51Z (GMT). No. of bitstreams: 1 rancan_cc_me_rcla.pdf: 92688643 bytes, checksum: 7c027c36d3227075922c7bd4ef7e3b92 (MD5) Previous issue date: 2017-08-08 / As rochas do Grupo Piaçabuçu foram alvo de poços exploratórios nos últimos dez anos, nas águas profundas a ultra-profundas da Bacia de Sergipe-Alagoas, que lograram êxito na prospecção de hidrocarbonetos. São também um clássico na história do petróleo no Brasil, pois nelas estão os primeiros campos de produção em águas oceânicas, em reservatórios paleogenos do compartimento estrutural Baixo do Mosqueiro. O estudo estratigráfico da Série Eoceno, com base em perfis elétricos e biozoneamento de poços situados no Baixo do Mosqueiro, exigiu o zoneamento do Grupo Piaçabuçu como um todo, dividido nos intervalos Senoniano, Paleoceno, Eoceno e Oligo-Neogeno. O depocentro senoniano situa-se na Depressão de Areia Branca e os demais na Depressão de Vaza-Barris, deslocados ao longo de cada intervalo, com migração gradual para S e W. A Série Eoceno foi dividida nos intervalos Inferior, Médio e Superior. O primeiro tem depocentro na Depressão de Dourado e os demais na Depressão de Vaza-Barris, condicionados por halocinese e deformação no embasamento. A deposição do Eoceno Inferior ocorreu como uma continuidade do evento de afogamento que se estendia desde o Neopaleoceno (pontuado por deposição progradacional de mar baixo), com superfície de máxima inundação ao nível da biozona N-420. Esta seção possivelmente aflora em superfície na Depressão da Ilha de Mem de Sá. A discordância que define a base do Eoceno Médio (Discordância Pré-luteciana) representa o principal evento erosivo de toda a série e a partir dela os sistemas progradaram no Meso e Neoeoceno, com recuo de depocentro no último. No Mesoeoceno o limite entre o Baixo do Mosqueiro e a Plataforma de Estância foi colmatado pela sedimentação e as sub-bacias de Sergipe e Jacuípe passaram a atuar como um único compartimento estrutural. Na Depressão de Vaza-Barris predominaram associações de fácies de fluxos gravitacionais de sedimentos e nas depressões menores e degraus a leste associações do tipo lobos arenosos de frente deltáica. Ambos os zoneamentos, para o Grupo Piaçabuçu e Eoceno, permitiram propor uma compartimentação estrutural interna do Baixo do Mosqueiro e sua variação ao longo do tempo. Há indícios de deformação direcional transpressiva pós-eocênica. A partir do Oligoceno a fisiografia do Baixo do Mosqueiro assumiu geometria homoclinal, dominado por sedimentação arenosa e carbonática plataformal. / Piaçabuçu Group rocks were exploratory targets of many wildcats along the last ten years, on deep to ultradeep water of Sergipe-Alagoas Basin, with sucess in petroleum search. This stratigraphic unit is a classic production zone on Brazil’s petroleum history, because the first offshore discovery where there, in Paleogene reservoirs of Mosqueiro Low Compartiment. A stratigraphic study in Eoceno Series, based on well logs and biostratigraphic data had the objective of understand depositional systems spacial distribution, response to accomodation space variation, controlled by eustasy and deformational history in time. In order to compreend this, Piaçabuçu Group was zoned in four intervals: Senonian, Paleocene, Eocene and Oligo-Neogen. Senonian Depocenter was in Areia Branca Trough and for the others in Vaza-Barris Trough, but gradually migrated along time to S and W. Eocene Series was shared in tree intervals: Lower, Middle and Upper. Lower Eocene has depocenter on Dourado Trough, while Middle and Upper Eocene are in Vaza-Barris Trough, controlled by halokinesys and basement deformation, respectively. Lower Eocene deposition was a continuity of Upper Palocene drowning interval (puncuated by progradational deposition on lowstand), with maximum flooding surface at N-420 biozone level. This interval probably outcrops at Ilha de Mem de Sá Trough, in western offshore sector. Middle Eocene basal unconformity is the main erosive event of the Series, and from it, depositional systems are strongly progradacional during Middle and Upper Eocene, with backstepping on the last one. During Lutetian and Bartonian, limits between Mosqueiro Low and Vaza-Barris Trough were buried ans Segipe and Jacuípe sub-basins turned to a single structural compartiment. In VazaBarris Trough, gravity sediments flow facies associations were more commom while in eastern troughs and steps, delta front sandstone lobe facies association were dominant. Piaçabuçu Group and Eocene Series zoning allow a Mosqueiro Low internal subdivisions and their variation along time. There are strong suggestions of post-Eocene transpressive deformation. Since Oligocene, basin has a marked homoclinal geometry, dominated by neritic sedimentation.
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Análise sedimentológica da supersequência Santa Maria e suas implicações estratigráficas

Horn, Bruno Ludovico Dihl January 2016 (has links)
A presente tese de doutorado apresenta um estudo sobre a sedimentologia do pacote triássico da Bacia do Paraná, a Supersequência Santa Maria. As rochas desta Supersequência, descritas no início do século XX, tem sido estudadas tanto no intuito de entendimento de seus sistemas deposicionais quanto na identificação de sua abundante fauna de vertebrados, que torna esta unidade de importância mundial. Entretanto, devido à intensa segmentação em blocos de falha e à falta de continuidade de afloramentos, muitas dúvidas sobre os ambientes de sedimentação ainda permanecem. O objetivo deste trabalho foi realizar um estudo sedimentológico de detalhe e discutir suas implicações estratigráficas, a fim de formular modelos deposicionais que considerem, além dos processos sedimentares, fatores como paleofauna e paleoclima. Para tanto, a metodologia aplicada incluiu análise faciológica, com a construção de perfis na escala 1:50, identificação e posicionamento estratigráfico de horizontes fossilíferos, e coleta sistemática de amostras de lamitos segundo o arcabouço estratigráfico para análises químicas e cálculo do índice de alteração química. Além disso, foi realizado um estudo bibliográfico sobre a paleofauna local para comparação e utilização nos modelos. Como resultados, primeiramente uma nova sequência de terceira ordem foi identificada, utilizando critérios sedimentológicos, paleontológicos e estruturais. Assim como as sequências propostas anteriormente, esta consiste em arenitos conglomeráticos limitados por uma discordância na base, e sobrepostos por siltitos. A proposição da nova Sequência Santa Cruz, entre as Sequências I e II provocou um problema de nomenclatura, resolvido com a proposição de nomes (ao invés de números) para as sequências. Desta maneira, buscou-se as toponímias das melhores exposições de cada sequência, propondo os nomes Sequência Pinheiros-Chiniquá, Sequência Candelária e Sequência Mata para as Sequências I, II e III, respectivamente. A continuação dos trabalhos propiciou a discussão sobre os ambientes deposicionais das sequências Pinheiros-Chiniquá, Santa Cruz e Candelária. Na base de todas, o sistema interpretado é de rios entrelaçados efêmeros, com lama dentro dos canais e grandes intraclastos incorporados à base dos canais. Nas duas primeiras sequências o sistema deposicional incluía uma planície seca, sem rios alimentadores e com abundância de paleossolos. A predominância da fração silte em pacotes métricos maciços, com moda em 0,031 mm, sugere a presença de contribuição eólica fina, com depósitos de loess retrabalhados por enchentes em lençol. Indicadores sedimentológicos, paleontológicos e químicos na base da Sequência Candelária indicam um aumento na quantidade de água no sistema, com o estabelecimento de lagos alimentados por enchentes em lençol, formando deltas efêmeros. No topo desta sequência foi identificado um sistema fluvial efêmero com características peculiares, como a predominância de arenitos deposicionalmente maciços. As análises de índice de alteração química revelaram que o clima no decorrer da deposição da Supersequência Santa Maria não variou muito, se mantendo árido/semi-árido, com a tendência à umidificação para o topo. O trabalho de identificação das unidades sedimentares contribuiu para identificar que o pacote anteriormente chamado de Formação Caturrita não era o que a literatura descrevia como tal, resultando na reinterpretação do mesmo e proposição da Formação Botucaraí, com estratótipos e idade bem definidos e fauna característica. / This PhD thesis presents a sedimentological study on the Triassic package of the Paraná Basin, the Santa Maria Supersequence. The rocks of this Supersequence, described in the early twentieth century, have been studied in order to understand their depositional systems and to identify their abundant vertebrate fauna, the latter which renders this unit of global importance. However, due to intense segmentation of fault blocks and lack of outcrop continuity, many questions about these deposits still remain. The objective of this work was a detailed sedimentological study, to discuss its implications on stratigraphy, in order to formulate depositional models that considered not only the sedimentary processes, but also factors such as paleofauna and paleoclimate. Applied methodology included fácies analysis, with the construction of 1:50 scale logs, identification and stratigraphic positioning of fossiliferous horizons, and the systematic sampling of mudstones for chemical analysis and calculation of chemical index of alteration. Additionally, a bibliographic study on local paleofauna was carried out for comparison and use in models. As a result, a new third-order sequence was identified, according to sedimentological, paleontological and structural criteria. Like the sequences previously proposed, it consists of conglomeratic sandstones bounded by an unconformity at the base, and overlain by siltstones. The proposition of the Santa Cruz Sequence, between Sequences I and II led to a nomenclature problem, resolved with the assignment of names (instead of numbers) to the sequences. For that, place names of the best exposures of each sequence were sought, and the names Pinheiros-Chiniquá, Candelária and Mata Sequences were proposed for Sequences I, II and III, respectively. Further work led to the discussion on the depositional environments of the Sequences Pinheiros-Chiniquá, Santa Cruz and Candelária. The basal portion of all the sequences was interpreted as deposited by ephemeral rivers with intra-channel mud and large intraclasts incorporated to the channel base. In the first two sequences the depositional system was a dry plain, without feeder channels and abundant paleosols. The dominance of silt fraction in metric, massive mudstone packages with modal peak in 0.031 mm suggests a fine-grained, wind-blown dust contribution as loess deposits reworked by sheetfloods. Sedimentologic, paleontologic and chemical indicators point towards an increase in the amount of water in the system, with the establishment of sheetflood-fed lakes where ephemeral deltas were formed. At the top of this Sequence an ephemeral fluvial system with unique features, such as the predominance of structureless sandstones, was identified. The analysis based on chemical index of alteration revealed that the climate during the deposition of the Santa Maria Supersequence did not change much throughout its deposition, maintaining an arid / semi-arid setting, with the tendency to more humid conditions to the top. The work of identifying the sedimentary units helped identify that the package formerly called Caturrita Formation was not what the literature described as such, leading to a reinterpretation of this unit and proposition of the Botucaraí Formation, a formal unit with well-defined stratotypes and defined age, with an characteristic fauna.
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Evolução paleogeográfica das Formações Maricá e Crespos (Neoproterozóico III) na Porção Norte da Sub-Bacia Camaquã Ocidental, Caçapava do Sul, RS / Not available.

Ana Paula de Meireles Reis Pelosi 04 May 2001 (has links)
O objetivo deste trabalho foi o estudo da evolução paleogeográfica das formações Marica e Crespos (Neoproterozóico III) em uma região localizada a oeste da cidade de Caçapava do Sul, RS. Para tal, foram realizados trabalhos de mapeamento em escala 1:50.000 e coleta de dados de detalhe, incluindo: levantamento de seções colunares, análise de fáceis, proveniência e paleocorrentes, e interpretação de sistemas deposicionais e de seqüências. Estas unidades estudadas compreendem a porção inferior e intermediária do Grupo Camaquã, sendo caracterizadas por espessas sucessões de rochas sedimentares (Formação Marica) e vulcanogênicas (Formação Crespos). O Grupo Camaquã ainda é composto, no topo, pelos depósitos sedimentares da Formação Santa Bárbara (unidade não estudada neste trabalho). Estas três unidades registram a evolução da Bacia Camaquã. A Bacia Camaquã localiza-se na porção centro-sul do estado do Rio Grande do Sul, subdividida em três sub-bacias alongadas segundo a direção N-NE, separadas pelos altos de Caçapava do sul e Serra Encantadas: (i) Sub-Bacia Camaquã Ocidental, (ii) Sub-Bacia Camaquã Central e (iii) Sub-Bacia Camaquã Oriental. Na porção norte da sub-Bacia Camaquã Ocidental, objeto da presente dissertação, as ocorrências das formações Maricá e Crespos foram separadas em 9 unidades litoestratigráficas que representam o desenvolvimento de eventos deposicionais e magmáticos distintos. A Formação Maricá foi dividida em cinco unidades litoestratigráficas separadas por superfícies erosivais e de inundação, de onde temos, da base para o topo: Unidade 1 - Arenitos e Conglomerados Inferiores - formadas por sistemas de planícies fluviais de canais entrelaçados, com paleocorrentes que indicam um transporte predominantemente para N; Unidade 2 - Arenitos e Ritmitos Inferiores - reúne espessos depósitos de turbiditos e tempestitos formados em ambientes de plataforma marinha dominada por ondas normais e de (continuação) tempestades; Unidade 3 - Lapilli-Tufito - mapeada como um nível de rocha piroclástica que registra um evento de vulcanismo ativo durante a Formação Maricá; Unidade 4 - Arenitos e Conglomerados Superiores - formada por sistemas de planícies fluviais de canais entrelaçados, com paleocorrentes para N-NE, subordinadamente para E; Unidade 5 - Arenitos E Ritmitos Superiores - composta por depósitos formados por sistemas de deltas lacustres. Estas unidades representam o desenvolvimento de duas seqüências, Seqüência Maricá 1 e Seqüência Maricá 2, separadas por uma discordância erosiva que ocorre na base da Unidade 4 (Arenitos e Conglomerados Superiores). A análise de proviniência realizada nas sucessões da Formação Maricá indicou que as áreas fontes eram compostas, predominantemente, por rochas graníticas e riolíticas, com pequena participação de fontes metamórficas. A presença de um nível piroclástico (Unidade 3) e a contribuição de fontes vulcânicas indicam que durante o desenvolvimento desta unidade já existia um vulcanismo ativo na Bacia Camaquã. A Formação Crespos foi separada em quatro unidades lioestratigráficas: Unidade 6 - Conglomerados e Arenitos Epiclásticos - composta por conglomerados, litoarenitos e ritmitos epiclásticos formados por sistemas de leques aluviais e deltaicos, que representam o desenvolvimento de uma terceira seqüência dentro do Grupo Camaquã (Seqüência Crespos 1), separada na base por uma discordância erosiva e no topo por derrames ácidos subaéreos; Unidade 7 - Riolitos Vulcânicos - compreende o registro dos derrames de lavas ácidas viscosas, associadas a ambientes de vulcanismo explosivo subaéreos; Unidade 8 - Riolitos Intrusivos - ocorre na forma de corpos intrusivos espalhados por toda a região, possivelmente relacionados ao mesmo evento magmático da unidade anterior (Riolitos Vulcânicos); Unidade 9 - Andesitos Vulcânicos e Intrusivos - registra o magmatismo de topo da ) Formação Crespos na região, sendo composto por rochas de composição básica e intermediária. Estas unidades vulcanogênicas são sobrepostas por discordância erosiva pelos depósitos sedimentares da Formação Santa Bárbara. As elevadas espessuras das seqüências das formações Maricá e Crespos, as associações de fácies, os dados de proveniência e paleocorrentes e as evidências de vulcanismo sedimentar sugerem que estas unidades se desenvolveram em uma bacia tectonicamente instável, com elevadas taxas de subsidência, estruturada na forma de um \"rift\" alongado em torno da direção N-NE com mar aberto para N. Os dados obtidos indicaram que a Bacia Camaquã teve sua evolução associada a eventos posteriores ao encerramento das atividades tectônicas da Orogenia Brasiliana, em ambientes de regimes de esforços extensionais, possivelmente anorogênicos, com magmatismo alcalino associado / The main purpose of this work was the study of the paleogeographical evolution of the Maricá and Crespos formations (Neoproterozoic III) in the west portion of the Caçapava do Sul municipality, RS. For that, field works were all carried out with emphasis on mapping at 1:50.000 scale, stratigraphic sections, faciological, depositional systems and sequence analysis, and provenance and paleocurrent measurements. The studied units were the lower and intermediate portion of the Camaquã Group, characterized by thick infiling of sedimentary (Maricá Formation) and volcanogenic (Crepos Formation) rocks. The Camaquã Basin comprises tree sub-basins separated by the Caçapava do Sul and Serra das Encantadas basement highlands, and is located at south-central portion of the state of Rio Grande do Sul. It is filled by thick sedimentary and volcanogenic successions of the Camaquã Group. This group originated during the end of Neoproterozoic III and the beginning of Cambrian and is composed of tree units: Maricá Formation, Crespos Formation and Santa Bárbara Formation. The Maricá Formation is composed by five lithostratigraphic units, which are divided by erosional and flooding surfaces, as follows, from bottom to the top: (1) Lower Sandstones and Conglomerates constituted by braided fluvial plain systems showing mean vector of paleocurrent to the north (2) Lower Sandstones and Rhythmites formed by a thick turbidite and tempestite succession originated in wave- and storm-dominated marine shelf, (3) Lapilli-Tufites represented by a single volcaniclastic layer registering the pyroclastic volcanism activity in the Maricá Formation, (4) Upper Sandstones and Conglomerates formed by braided fluvial plain systems showing mean vector of paleocurrent to the northeast, and subordinately, to the east, and (5) Upper Sandstones and Rhythmites composed of deltaic sandstones and laminites. In terms of sequence stratigraphy, the units described above represent the development of two sequences, Maricá Sequence 1 and Maricá Sequence 2, separated by an erosional surface that occurs at the base of Unit 4 (upper Sandstones and Conglomerates). Provenance analysis of the Maricá Formation have indicated that the source areas were multiple, composed mainly by rocks such as granites, rhyolites, and minor metamorphic rocks. The identification of a pyroclastic layer (Unit 3) - the unique volcaniclastic unit of the Maricá Formation in the studied area -, as well as the contribution of volcanic sources, suggest the early presence of an active volcanism in the Camaquã Basin during the sedimentation of the Maricá Formation. The Crespos Formation encompasses four lithostratigraphic units, as follows: Unit 6 - Epiclastic Conglomerates and Sandstones, formed by conglomerates, lithic sandstones and epiclastic rhythmites of alluvial and fan delta systems, representing the development of a third succession into the Camaquã Group (Crespos Succession 1), which is separated at the base by an erosional surface and at the top by acid flows, Unit 7 - Volcanic Rhyolites comprising acid viscose lava flows, associated to highly explosive subaerial volcanism, Unit 8 - Intrusive Rhyolites are composicionally similar to the Volcanic Rhyolites and occur over all the studied region, and its evolution is possibly related to the same magmatism event, Unit 8 - Volcanic and Intrusive Andesites, corresponding to the magmatism of the top of the Crespos Formation in the region, overlie all of the units described above and are composicionally basic to intermediate. All of this volcanogenic units are overlain by erosional unconformity by the post-volcanic sedimentary deposits of the Santa Bárbara Formation. The great thickness of the sequences of the Maricá and Crespos formations, the facies associations, provenance and paleocurrent data, and the occurrence of a syn-sedimentary volcanism, all of these observations suggest high subsidence rates and that all of units were deposited within an unstable tectonically basin. This basin probably was an elongated rift structured in the N-NE direction with an open sea to the north. The obtained data indicate that the Camaquã Basin had its evolution related to an extensional stress regime, possibly anorogenic, associated to alkaline magmatism, but these events only develop after the end of the Brasiliano Orogeny.
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Contribuição à estratigrafia da região de Taió, Santa Catarina / Not available.

A. C. (Antonio Carlos) Rocha Campos 17 March 1964 (has links)
O presente trabalho contém os resultados de investigações estratigráficas e paleontológicas realizadas na região de Taió, Santa Catarina. Acompanha-se de um mapa geológico na escala de 1:27.000. O interesse geológico principal dessa região reside na ocorrência de fósseis marinhos descobertos por Annibal Alves Bastos, em 1929 e estudados sucessivamente por F. R. Cowper Reed (1930, 1935) e W. Kegel e M. T. da Costa (1951). A região é constituída, predominantemente, por sedimentos (Grupos Tubarão e Passa Dois) mas, também, por rochas ígneas (sills e diques de diabásio). O Grupo Tubarão é formado, na parte inferior, por sedimentos proglaciais \"várvicos\", de excepcional desenvolvimento na área, e, na parte superior, por rochas das Formações Bonito e Palermo. A Formação Bonito (230 m de espessura, aproximadamente), é constituída localmente, por arenitos finos a médios, geralmente feldspáticos, contendo pequenas espessuras de folhelhos, siltitos e carvão intercalados. O horizonte marinho é representado por alguns decímetros de arenito fino, situando-se, estratigraficamente, na parte média-superior local da Formação Bonito. Existe somente um nível de fósseis marinhos na região. A ingressão ocupou, provavelmente, parte da antiga bacia de deposição dos sedimentos glaciais e teve, aparentemente, caráter restrito. A Formação Palermo (cerca de 120 m de espessura), é constituída por siltitos compactos ou estratificados. O Grupo Passa Dois é representado na região por ocorrência restrita de calcários da Formação Irati. O tectonismo que afetou a área estudada parece não ter sido intenso; algumas falhas foram assinaladas com base nas fotografias e nas observações de campo. As primeiras descrições dos fósseis de Taió foram feitas por Cowper Reed (1930, 1935) que distinguiu as seguintes entidades: Aviculopecten (Deltopecten) catharinae, A. (Deltopecten) relegatus, A. (Deltopecten) unicus, A. (Deltopecten) miscellus, A.) (Deltopecten ?) crassicostatus, Pseudamusium ? sp., Stutchburia brasiliensis, Spathella tayoensis, Allorisma ? sp., Edmondia sp., Maeonia cf. cuneata, Solenopsis sp., Schizodus occidentalis, Schizodus ? sp., Bellerophon ? cf. micromphalus, Chonetes (ou Chonetella) ? e Discinesca tayoensis. Kegel e Costa (1951) referiram os pectidíneos a um novo gênero, Heteropecten, assinalando ainda duas novas espécies, H. plasticosta, H. bastosi e uma variedade, H. catharinae var. dyglipha. No presente trabalho, entretanto, concluímos que as diversas \"espécies\" de Heteropecten dos autores prévios, constituem, na realidade variantes morfológicas ligadas entre si por formas de transição. A maioria dos outros gêneros de lamelibrânquios assinalados por Reed, em face da presente revisão, foi atribuída a novas entidades genéricas. Desse modo, a lista faunística atual fica assim constituída: Lamellibranchia: Heteropecten catharinae (Reed), 1930; Tayoa erichseni Campos, 1964; Kegelia tayoensis (Reed), 1930; Schizodus occidentalis Reed, 1930; Cowperreedia brasiliensis (Reed), 1930; Bastosia Bastosia costata Campos, 1964; Gastropoda: Warthia sp.; Brachiopoda: Orbiculoidea tayoensis (Reed), 1935. Foi assinalada também a presença de equinodermas (ofiuróides e asteróides) associados aos fósseis de Taió. A assembléia fóssil parece constituir uma tanatocenose formada por conchas acumuladas por correntes ou ondas, em águas rasas, submetidas em alguns locais à exposição subaérea. O caráter endêmico da fauna não permite correlação segura com outras bacias nacionais, ou extra-nacionais. A vinculação anteriormente sugerida com achados de Nova Gales do Sul, Austrália, não se positivou através das investigações aqui contidas. A existência de fauna permo-carbonífera de caráter mais cosmopolita no Uruguai e Argentina, poderia sugerir uma origem meridional para as ocorrências da Bacia do Paraná. / Not available.
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Definição de unidades de fluxo genéticas em reservatórios clásticos com base em heterogeneidades deposicionais e diagenéticas : o caso da Formação Echinocyamus, eoceno inferior, Bacia de Talara, Peru

Daudt, José Alfredo Borges January 2009 (has links)
Foi desenvolvida a caracterização integrada de heterogeneidades deposicionais e diagenéticas da Formação Echinocyamus, Eoceno de Bacia de Talara, Peru, visando a definição de um modelo geologicamente significativo e coerente de unidades de fluxo de reservatório. Estudos sedimentológicos realizados em testemunhos permitiram o estabelecimento do arcabouço estratigráfico de alta resolução dessa unidade. Sucessões deltaicas e fluviais se intercalam como unidades produtoras, cada qual composta por sub-domínios ou unidades genéticas reconhecíveis por padrões de perfil característicos. Devido ao contexto tectônico complexo (bacia de ante-arco em zona de subducção sujeita a intensa movimentação transcorrente e vulcanismo associado), a qualidade dos reservatórios estudados está fortemente influenciada por processos diagenéticos condicionados pela composição lítica dos arenitos. O conceito de unidades de fluxo genéticas, como proposto nesse trabalho, representa intervalos que podem ou não ter conotação estratigráfica, definidos ao nível das associações de elementos arquiteturais (sub-ambientes de deposição). As unidades de fluxo genéticas apresentam características petrofísicas particulares que determinam sua capacidade de armazenamento e seu potencial para escoar fluidos. Essas unidades definem volumes que são limitados por superfícies geradas por significativas mudanças deposicionais ou pós-deposicionais, refletidas nas estruturas, texturas e arquitetura das unidades, e/ou na distribuição dos principais processos e produtos diagenéticos. Esses processos podem causar modificações intensas nas relações entre a porosidade e permeabilidade deposicionais e, portanto, controlar substancialmente a distribuição da qualidade dos intervalos produtores. O impacto da diagênese sobre a qualidade e heterogeneidade dos reservatórios é adequadamente caracterizado através do conceito de petrofácies de reservatório. As petrofácies são definidas pela superposição dos aspectos de estruturas, texturas e composições primárias e dos tipos, hábitos, volumes e distribuição de fases diagenéticas. No caso da Formação Echinocyamus, a diagênese é influenciada pelo arcabouço deposicional e seu impacto sobre qualidade e heterogeneidade pode ser compreeendido e previsto considerando o paradigma da estratigrafia de seqüências. Análises petrológicas de detalhe determinaram os principais controles sobre a diagênese e permitiram a caracterização de doze petrofácies de reservatório. Estas petrofácies encontram-se associadas em diferentes proporções em cada sub-ambiente deposicional, o que possibilitou a caracterização estatística de valores representativos de indicadores de qualidade para cada unidade de fluxo genética. Desta forma, foi gerado um modelo de estimativa de padrões diagenéticos e qualidade de reservatório para a unidade Echinocyamus. Este estudo também apresenta uma proposta de redefinição da hierarquia de heterogeneidades em reservatórios siliciclásticos dentro da perspectiva de um projeto de recuperação avançada de hidrocarbonetos. As heterogeneidades deposicionais foram hierarquizadas de acordo com sua provável influência na movimentação dos fluidos dentro dos reservatórios. / An integrated characterization of depositional and diagenetic heterogeneities for the Echinocyamus Formation, Eocene, Talara Basin, Peru, has been developed. The objective of this work is to define a significant and geologically based flow unit model for these reservoirs. Sedimentological studies were done in cores and allowed the establishment of a high-resolution stratigraphic framework of this unit. Deltaic and fluvial successions are found as productive intervals, each of them compounded by subdomains or genetic units that may be recognized by typical log patterns. Due to a complex tectonic setting (forearc basin close to a subduction zone with intense transcurrent movements and associated vulcanism), the reservoir quality is strongly affected by diagenetic processes that were constrained by the lithic composition of these sandstones. The concept of genetic flow unit, as proposed in this work, represents intervals that may or may not have stratigraphic meaning and are defined to the level of architectural elements association (sub-environments of deposition). The genetic flow units present particular petrophysical properties that determine their storage and productive capacity. They define volumes that are bounded by surfaces generated by depositional or post-depositional changes that are reflected in structures, textures and architecture of the unit, and/or in the distribution of their main diagenetic processes and products. These processes may cause intense modification in porosity and permeability relationships and, as a consequence, may substantially control the quality distribution of the productive intervals. The diagenetic impact on the quality and heterogeneity is appropriate approached by using the reservoir petrofacies concept. These petrofacies are defined by the superposition of structural, textural and compositional aspects and the types, habits, volumes and diagenetic phases. In the Echinocyamus example, the diagenesis is influenced by the depositional framework and its impact on the quality and heterogeneity can be understood and predictable considering the sequence stratigraphy. Detailed petrologic analysis determined the main controls on diagenesis and allowed the characterization of twelve reservoir petrofacies. These petrofacies are found associated in different proportions in each sub-environment of deposition, what made possible the statistic characterization of representative values of quality indicators for each unit. This methodology has created a predictable model for diagenetic patterns and reservoir quality for Echinocyamus Formation. This study also presents a proposal for re-definition of heterogeneity hieararchy in siliciclastic reservoirs considering the perspective of a secondary recovery project. The depositional heterogeneities were hierarchized accordingly to their probable influence in fluid movement within reservoir.
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Relação entre o embasamento cristalino e os sedimentos basais do Subgrupo Itararé na região de Sorocaba-Salto de Pirapora - SP / Not available.

Marcos Massoli 11 April 1991 (has links)
Este trabalho tem por objetivo apresentar contribuição à estratigrafia e evolução ambiental da parte inferior do Subgrupo Itararé na região de Sorocaba. Considerando-se a predominância de corpos rochosos em determinados níveis estratigráficos do Subgrupo Itararé, subdividiu-se o mesmo em quatro conjuntos litológicos, denominados, a partir da base, 1, 2, 3, e 4. Para tanto, foi de grande importância a elaboração de seções geológicas de superfície, bem como a obtenção de perfil detalhado de uma sondagem realizada para captação de água subterrânea. O conjunto litológico 1 compreende essencialmente diamictitos de matriz arenosa, depositados em ambiente com influência glacial sobre o embasamento cristalino, no qual pode ser constatada superfície polida, com estrias para N55 °W. Sobrejacente ao conjunto litológico 1 e ao embasamento cristalino, situa-se uma sequencia de clásticos essencialmente finos, depositados em condições subaquáticas, com influência marinha no topo. Sobreposto aos conjuntos litológicos 1 e 2 e transgredindo em direção ao embasamento cristalino, encontra-se um pacote essencialmente arenoso, originado em planícies de lavagem, aluviais e flúvio-deltaicas, denominado conjunto litológico 3, no qual assentam-se siltitos depositados, possivelmente, em planícies de inundação, considerados conjunto litológico 4. Dispostos irregularmente sobre os conjuntos 3 e 4 encontram-se diamictitos maciços, de origem glacial, representando o final da sedimentação do Subgrupo Itararé na área estudada. Constatou-se no km 132 da rodovia SP-264, no extremo sul da área, a ocorrência de rocha metabásica (epidosito) pertencente ao Grupo São Roque, cuja superfície polida e estriada e sua morfologia, ainda que parcialmente recoberta por sedimentos, permitiram interpretá-la como \"moutonnée\". As feições glaciais originaram-se da glaciação responsável pela deposição do conjunto litológico 1, no Carbonífero. A cerca de 180 m do contato do Subgrupo Itararé com o embasamento cristalino, no topo do conjunto litológico 2, afloram sedimentos contendo fósseis marinhos datados do Carbonífero Superior. O estudo da paleotopografia do embasamento permitiu a constatação de elevações e depressões que condicionaram a deposição dos sedimentos do Subgrupo Itararé, além de possibilitarem nova interpretação quanto à posição estratigráfica dos corpos rochosos ocorrentes na área. O conceito que se adotava até então admitia o empilhamento vertical dos litossomas a partir da borda da bacia para o interior. Na realidade, sedimentos da área estudada, localizados na margem leste da bacia, são de topo, recobrindo, por \"onlap\", sedimentos mais antigos. / It is presented herein a contribution to the stratigraphy and environmental evolution of the Permocarboniferous Itararé Subgroup sediments as developed in the Sorocaba region of the Paraná sedimentary basin, State of São Paulo. Some surface geological sections as well as the detailed geological description of a whole cored well drilled for underground water allowed the stratigraphical subdivision of the local permocarboniferous sediments into informal lithological unities numbered one (the lowest) to four (the upmost). The unity one is essentially made up of arenceous matrix diamictites thought to be derived through reworked glacial beds by water. It rests directly on the crystalline basement, which, in one place, is polished and bearing striae striking N55°w. The unity two is essentially made up of fine clastics, mainly siltstones, thougth to be laid down in subaqueous environments. Its uppermost beds bear marine fossils, Pennsylvanian palynomorphs, agglutinated Foraminifera and Orbiculoidea. These fossiliferous beds lay 180 m above the crystalline basement as present in the above mentioned well drilled for underground water. This unit rests either on beds of the unity one or directly on the crystalline basement. The unity three is essentially arenaceous, resting on the unity two but overlapping it toward the border of the basin where it rests directly on the crystalline basement. This unity is thought to be generated in washing plains, alluvial and fluvio-deltaic environments. The unity is essentially made up of siltstones laid down on the unity three and possibly generated in flood plains. Diamictites and tillites are irregularly scattered either on unity three or unity four. A \"roche moutonnée\" was recognized at km 132 of the road Salto de Pirapora-Pilar do sul (SP-264). It is formed by Precambriam metabasic rock (epidosite) of the São Roque Group. Its polished and striated surface is covered by reworked glacial beds grading upward to finer clastics. It is interpreted as the result of the glacial advance, which generated the unity one. Several wells drilled for underground water as well as electroresistivity geophysical profiles, allowed the recognition of a paleotopography of the Itararé Subgroup, specifically a paleovalley thought to be at least partially pre_Itararé eventually deformed by the Araçoiaba Jurassic-Cretaceous alkaline intrusion. The previous models of sedimentation in this region pointed to a piled us deposition of the lithosomes from border so the border sediments would be the oldest ones. The model here proposed points to an onlap of the sediments toward the border so the eastern arenaceous sediments would be the youngest ones.
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Evolução tectono-termal da região nordeste de Minas Gerais e Sul da Bahia / Not available.

Newton Litwinski 26 August 1986 (has links)
A evolução tectono-termal da Região Nordeste de Minas Gerais e Sul da Bahia (E do meridiano \'42 GRAUS\'00\' WGr entre os paralelos \'15 GRAUS\'00\' e \'18 GRAUS\'00\') é interpretada a luz de estudos estratigráficos/litológicos, estruturais, petrográficos, petroquímicos, de metamorfismo regional/retrometamorfismo e radiocronológicos. É assinalada uma evolução em regime de cinturão móvel que inicia-se no Proterozóico Inferior ou no final do Arqueano. O nordeste da região atinge estabolidade crustal entre 1.700 m.a. a 1.800 m.a. (Craton do São Francisco) enquanto que o restante da área permanece com mobilidade crustal até o final do Proterozóico Superior. As paragênes minerais revelam um metamorfismo (ocorrido há cerca de 650 m.a.) de grau médio a forte (parte central da região), sob condições de P\'H IND.2\'0 = Pt e temperatura elevada, excluída a área do Craton do São Francisco no sul da Bahia. Os estudos radiocronológicos sugerem idades brasilianas para rochas graníticas pós-tectônicas, assim como para aquelas pré-existentes que sofreram rejuvenescimento isotópico e metamorfismo nesse ciclo (com exceção no extremo nordeste da região, onde mostram idades arqueanas e proterozóicas inferior). Os dados petroquímicos indicam uma origem paraderivada para a grande maioria dos metamorfismos da região. A associação desses dados com os estudos petrológicos sugerem um metassomatismo K ou Na durante o Ciclo Brasiliano. A evolução tectono-termal da região do Ciclo Brasiliano processou-se em três regimes distintos. Em condições plataformais (Craton do São Francisco no nordeste da região) com magmatismo fissural, reativações de falhas e deposição sedimentar em bacia trafogênica (Grupo Rio Pardo). Outro de cisalhamento dútil segundo uma faixa margeando o Craton do São Francisco no Sul da Bahia (NE da região). E um terceiro regime de dobramentos e falhamentos com polaridade para o craton a oeste. / The northeast region of Minas Gerais and south Bahia are centered to the east of 42°00\' WGr, between parallels 15°00\' and 18°00\'. Its tectone-thermal evolution is presented here with the support of stratigraphy/lithology, structural analysis, petrography, petrochemistry, regional metamorphism /retrometamorphism and radiochronology. It is pointed out that the evolution occurred in a mobile belt initiating its history in the terminal Archean up to Inferior Proterozoic. The northeast of the region attained crustal stability during 1700 My up to 1800 My (São Francisco Craton) meanwhile the rest of the zone kept moblilized till upper proterozoic times. Mineral paragenesis reveal an avarege to strong metamorphose (dated around from 650 My) to the west portion of the region, and a strong one to the central part of the region under conditions of \'ph IND. 2\'O equalizing the total pressure and high temperatures. This situation did not occurred in the area of the São Francisco Craton South of Bahia. Radiochronological studies suggest for the post tectonic granitic rocks, ages from the brasiliano cycle as well as for those pre-existing rocks which suffered isotopic regeneration and metamorphose in that same cycle and original age from archean to inferior proterozoic times, except for those which are situated in the northeast part to the region. Petrochemical data point to an origin from sedimentary processes for the majority of the metamorphosed rocks in the region. The association of these data with petrological studies suggest a potassium and sodium type metassomatisme in the Brasiliano Cycle. Tectono-thermal evolution during Brasiliano Cycle occurred in three distinct steps. Plataform conditions prevailed for São Francisco Craton with fissural magmatism, fault reactivations and sedimentary deposition in a taphrogenic type basin such as the one represented by Rio Pardo Group. Another regime prevailed with ductil shearing on a belt marginal to São Francisco Craton South of Bahia. A third regime offered folding and fracturing with polarity from the west against the craton.
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Estudo microbiofaciológico da formação Amapá (Terciário), Bacia da Foz do Amazonas: interpretações bioestratigráficas e paleoecológicas / Not available.

Silvia Helena de Mello e Sousa 10 November 1994 (has links)
A Formação Amapá, depositada entre o Paleoceno Superior e Mioceno Médio, na Bacia da Foz do amazonas, constitui-se de espesso pacote de rochas carbonáticas. Estas rochas compõem-se de rica associação fossilífera, destacando-se em abundância, as algas vermelhas e os macroforaminíferos. A análise petrográfica dos carbonatos e o estudo paleontológico detalhado de seus componentes biogênicos permitiram identificar 31 microbiofácies na Formação Amapá. Adicionalmente, o estudo de cortes orientados de macroforaminíferos propiciou o estabelecimento de dez biozonas informais de intervalo superior (T1 a T10) no Terciário da Bacia da Foz do amazonas. O comportamento vertical e lateral das microbiofácies permitiu o reconhecimento de sequência progradante rumo ao topo. O modelo deposicional poderia ser representado por rampa homoclinal ou plataforma regional/rampa com declividades suaves. No Paleoceno Superior e Eoceno Inferior, os seguintes ambientes foram reconhecidos: bancos em plataforma externa, depósitos de plataforma interna, baixios colíticos e depósitos lagunares. Após o Eoceno Inferior, estabelece-se na região compreendida entre as plataformas interna e externa, um complexo sistema de bancos, formados de rodolitos e macroforaminíferos, cujas características morfológicas refletem distintas condições ambientais do meio deposicional. Estes bancos gradam lateralmente a depósitos antebanco e à retaguarda de bancos. A partir do Eoceno Superior, as lagunas se instalam nas áreas proximais da plataforma, e os depósitos de plataforma externa e talude tornam-se mais extensos. A deposição da Formação Amapá, ocorrida em período de relativa estabilidade tectônica e climática, foi comandada, principalmente, por variações do nível do mar, que se refletiram na sedimentação cíclica das rochas carbonáticas. Foram identificados cinco grandes ciclos deposionais, limitados por superfícies de descontinuidade, que corresponderiam às grandes fases regressivas do nível do mar, ocorridas no final do Eoceno Inferior, Eoceno Médio, Oligoceno Inferior e Oligoceno Superior. Estes ciclos encontram-se subdivididos em ciclos menores agradacionais e progradacionais. Os limites das sequências carbonáticas são marcados por eventos de extinção de macroforaminíferos, pela ocorrência de vales entalhados, pelo aumento expressivo de grãos siliciclásticos associados a grãos de glauconita, e pela presença de pequenos foraminíferos preenchidos por glauconita e de moldes de moluscos. / The Amapá Formation, deposited in the Foz do Amazonas Basin between the Late Paleocene and Middle Miocene, is mainly composed of carbonate rocks. These rocks show a rich fossiliferous assemblage, calcareous red algae and large foraminifera, being especially abundant. On the basis of petrographic and detailed paleontological analysis, thirty-one microbiofacies have been recognized in the Amapá Formation. Examination of the large forams in oriented sections led to the establishement of ten informal Tertiary biozones (T1 a T10). In the Late Paleocene and Early Eocene, the lateral and vertical succession of microbiofacies allows recognition of the following environments, from offshore to onshore: outer bank, inner platform, oolitic shoals and laggons. After the Early Eocene, a complex sequence of banks, composed of rodoliths and large foraminifera, became established on the inner and outer platforms. After the Late Eocene, the backbank deposits grade landward to lagoonal deposits. During this period, the outer platform and slope deposits became more extensive. The Amapá Formation was deposited under stable tectonic and climatic conditions. Sedimentation was mainly controlled by sea-level changes, which are reflected by the cyclic behaviour of the carbonate rocks. Five depositional cycles have been identified. These cycles are bounded by unconformities related to rapid sea-level falls, which occurred at the end of the Early Eocene, Middle Eocene, Early Oligocene and Late Oligocene. These may be further subdivided into smaller aggradational and progradational cycles. The boundaries of the carbonate sequences are indicated by one or more of the following features: extinction events involving large forams; the occurrence of incised valleys; the increase of terrigenous and glauconite grains; the presence of glauconite-filled forams and molluscs preserved as molds.
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Paleobiologia de sedimentos meso e neoproterozoicos da porcão meridional do craton do São Francisco / Not available.

Cristina Simonetti 24 November 1994 (has links)
Esta dissertação, até o momento, o mais detalhado estudo paleobiológico de sedimentos de subsuperfície do Proterozóico brasileiro, apresenta os primeiros registros de microfósseis do Supergrupo Espinhaço e da Formação Lagoa do Jacaré (Grupo Bambuî). Os sedimentos, meso e neoproterozóicos, foram selecionados de afloramentos e de testemunhos de subsuperfície do Brasil central (noroeste de Minas Gerais e leste de Goiás). Um total de 66 amostras - das quais, 41 microfossilíferas foram analisadas através de técnicas palinológicas e/ou petrográficas. Devido à intensa alteração dos afloramentos, apenas nas amostras de sílex negro, coletadas nos arredores de Unaí (possivelmente do Grupo Paranoá),foram identificados microfósseis significativos. Grande parte dos sedimentos de subsuperfície. ao contrário dos anteriores, forneceram microfósseis abundantes e, quase sempre, bem conservados; foram selecionados de testemunhos de quatro poços, perfurados na porção sul do Cráton do São Francisco (amostras cedidas pela PETROBRÁS). Nos arredores Montalvânia e Buritizeiros (MG), três dos poços recuperaram sedimentos meso e neoproterozóicos não afetados pelos dobramentos brasilianos, atribuídos, respectivamente, aos supergrupos Espinhaço e São Francisco. Apenas os sedimentos do quarto poço, perfurado na região cratônica, porém dentro da zona de influência da Faixa Brasília, em Alvorada do Norte (GO), exibem evidências de deformação. As melhores amostras fossilíferas, com microfósseis diversos e bem preservados, pertencem ao Supergrupo Espinhaço (Gr. Conselheiro Mata) da zona cratônica estável. Constituem os primeiros registros micropaleontológicos do supergrupo. Formas simples, cocóides isolados ou coloniais, com dimensões normalmente inferiores a 50 um, e filamentos tubulares e celulares, com diâmetros variáveis entre 1 e 18 um, dominam as assembléias fossilíferas. Dezenove táxons distintos foram identificados nas amostras analisadas. Onze foram atribuídos às cyanophyceae (cianofíceas ou cianobactérias): siphonophycus robustum, s. kætron, Paleolyngbya sp., Polytrichoides sp., Nostocales 1, Myxococcoides sp. 1, Myxococcoides sp.2, Eosynechococcus medius, E. grandis, chroococcales 1 e chroococcales 2, os demais, de natureza indefinida, foram reunidos na categoria Incertae Sedis: Leiosphaeridia crassa, L. ternata, Leiosphaeridia sp. 1, Leiosphaeridic sp. 2, cf . Glenobotrydion, Huroniospora sp., Forma 1 e Forma 2. Todos os táxons apresentam ampla distribuição vertical no Proterozóico, sendo, por isso, pouco úteis nas questöes bioestratigráficas. A despeito de todas as limitações do registro pré-cambriano. foi possível associar à quase todas as assembléias um significado paleoambiental, a partir da comparação com microrganismos atuais, principalmente as cianofíceas. / This dissertation presents the most detailed paleobiological study to date of subsurface Proterozoic sediments from Brazil, including the first reports of microfossils from the Mesoproterozoic Espinhaço Supergroup and the Neoproterozoic lagoa do Jacaré Formation. Meso and Neoproterozoic sediments were investigated from botl outcrops and subsurface of central Brazil (northwestern Minas Gerais and eastern Goiás). A total of 66 samples were analysed by palynological and/or petrographic techiniques; 41 proved to be fossiliferous. As most of the Proterozoic rock outcrops are intensely weathered, only the few silicified sediments collected near Unaí apparently from the Paranoá Group have yielded significant microfossils. On the other hand, diverse microfossils assemblages were identified in most of tle subsurface samples -all furnished by PETROBRÁS- from the Southern São Francisco Craton.Near Montalvânia and Buritizeiros (MG) three wells provided sediments from the Meso and Neoproterozoic Espinhaço and são Francisco supergroups, respectively. Only the sediments of the fourth well, drilled on the craton near Alvorada do Norte (GO) within the zone of influence of the Brasilia Fold-Belt, exhibit clear evidence of the Brasiliano tectonism. The best fossiliferous sediments -with abundant and well-preserved microfossils- are from the stable zone of the Espinhaço Supergroup (Conselheiro Mata Group). This is the first record of fossils in the sediments of that Supergroup. The assemblages are dominated by simple forms represented by isolated and colonial coccoidal microfossils smaller than 50 um and by tubular and celular filaments 1 to 18 um in mean diameter. Nineteen different taxa were identified the investigated samples. Eleven are attributed to the cyanophyceae (blue-green algae or cyanobacteria): siphonophycus robustum, s. kestron, Paleolyngbya sp., Polytrichoídes sp., Nostocales l, Mixococcoides sp. 1,, Myxococcoides sp. 2, Eosynechococcus medius, E, grandis, chroococcales l, and chroococcales 2. The remaining eight, of uncertain biological affinities are considered as Incertae Sedis: Leiosphaeridia crassa, L. ternata, Leiosphaeridía sp. 1, Leiosphaeridia sp. 2, cf. Glenobotrydion, Huroniospora sp., Forma 1, and Forma 2 . All the identified taxa exibit a broad vertical range in the Proterozoic and thus are not very useful for biostratigraphical purposes. Despite all the restrictions of the Precambriam paleontological record, it was possible to infer the probable depositional environment of several of the microfossiliferous samples, based on the habit of the analogous living microorganisms (mostly blue-green algae).

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