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Brilhando através das nuvens negras: Há subjetividade na linguagem da criança autista ?Wanderley Correia de Andrade, Fernanda January 2005 (has links)
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Previous issue date: 2005 / Esta pesquisa teve como objetivo analisar se as peculiaridades na/com a fala da criança autista
e as mudanças qualitativas advindas neste campo lingüístico poderiam refletir uma particular
posição subjetiva (e possíveis alterações nesta posição) frente ao campo do Outro . A
psicanálise de linha francesa e a lingüística estrutural (mais particularmente, a teoria estrutural
sobre o processo de aquisição de linguagem de Cláudia Lemos) foram os referenciais teóricos
adotados, revelando que, neste estudo, foi contemplada a articulação, ao mesmo tempo, de língua
e sujeito. Para tal, foi realizado um estudo de caso de uma criança diagnosticada como autista,
em distintas situações de interação com diferentes interlocutores que puderam lhe servir (ou não)
de Outro . A análise dos dados de caráter qualitativo foi dividida em duas partes: 1) construção
do lugar subjetivo que a criança é colocada nos contextos familiar e de tratamento; e 2) captação
das posições subjetivas assumidas pela criança frente ao Outro (instanciação da língua).
Tomando a repetição da fala do outro como elemento de referência, foram detectadas quatro
amplas posturas da criança frente aos interlocutores (ausência de interlocução, interlocução
ecolálica, interlocução não ecolálica e ruptura de interlocução) que revelavam diferentes posições
subjetivas da criança em relação à língua. Estas posições subjetivas oscilavam constantemente de
uma radical impossibilidade a uma efetiva possibilidade de dependência da criança à fala do
outro, retratando, em determinados momentos, a submissão da criança ao funcionamento
estrutural da língua, em termos do processo metonímico. Por sua vez, tomando o erro
imprevisível como outro elemento de referência, foi possível detectar um efeito de enigma
provocado nos interlocutores, por algumas produções estranhas da criança, que poderia expressar
o movimento de retorno de algo neles, relativo ao funcionamento metonímico e metafórico da
língua, que já estaria em trânsito na própria criança, embora ainda em estado rudimentar.
Conclui-se que esta oscilação constante de posições subjetivas da criança frente à língua reflete
modificações, embora não radicais, na estrutura psíquica, viabilizando novos arranjos subjetivos,
em analogia aos movimentos de um caleidoscópio. Desta forma, a criança avança na questão da
subjetividade, apresentando certas possibilidades de manobras subjetivas
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ESTRUTURA E DINÂMICA DO FUNCIONAMENTO PSÍQUICO DE MULHERES ENVOLVIDAS EM VIOLÊNCIA CONJUGAL REITERADA / Structure and dynamics of psychic functioning of women involved in repeated domestic violencePacheco, Adriana das Chagas Oliveira 20 March 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-03-20 / Despite campaigns to combat gender violence and legislation designed to promote increased safety of women involved in the phenomenon, studies performed have shown that many women abused by their partners, even after trying to split, returning to live with the perpetrators. Based on this information, the objective of this research was to study the structure and dynamics of psychic functioning of five women involved in repeated domestic violence. This is a clinical-qualitative study, whose participants were selected by convenience and are part of a group of women victims of domestic violence, attended by a non-governmental organization, with proceeding pending in a Criminal Court of São Paulo. Was used as research instruments with a semi-structured Interview Guide; the scale of the Brazilian Association of Market Research Institutes (ABIPEME); and the Object Relations Test Phillipson (TRO). The results show that the participants have weakened ego, poorly integrated and rigid superego, little indistinguishable from their destructive impulses and its internal persecutors, the result of introjections and deflections for the needy overseas. This mental dynamics developed from primary processes of very violent split, with a predominance of destructive impulses and the death drive on the life drive. In addition, it was noted that the participants remains predominantly in the paranoid-schizoid phase of development, unable to achieve properly the depressive position of repair, so they use primitive defense mechanisms to maintain mental balance as projective identification , denial, idealization and stalling. It is expected that the results of this research can assist in drawing up proposals for assisting women in repeated domestic violence situation. / Apesar das campanhas de combate à violência de gênero e a legislação elaborada para promover o aumento da segurança de mulheres envolvidas pelo fenômeno, trabalhos realizados demonstram que muitas mulheres agredidas por seus companheiros, mesmo após tentativa de separação, retornam a conviver com os agressores. Com base nessas informações, o objetivo desta pesquisa foi estudar a estrutura e a dinâmica do funcionamento psíquico de cinco mulheres envolvidas em violência conjugal reiterada. Trata-se de um estudo clínico-qualitativo, cujas participantes foram selecionadas por conveniência e fazem parte de um grupo de mulheres vítimas de violência conjugal, atendidas por uma organização não governamental, com processos em trâmite numa Vara Criminal da Grande São Paulo. Utilizou-se como instrumentos de investigação um Roteiro de Entrevista semiestruturado; a Escala da Associação Brasileira de Institutos de Pesquisa de Mercado (ABIPEME); e o Teste de Relações Objetais de Phillipson (TRO). Os resultados apontam que as participantes apresentam ego fragilizado, pouco integrado e superego rígido, pouco indistinguível de seus impulsos destrutivos e de seus perseguidores internos, resultado de introjeções e deflexões para o exterior carentes. Essa dinâmica mental se desenvolveu a partir de processos primários de cisão muito violentos, com predominância de impulsos destrutivos e da pulsão de morte sobre a pulsão de vida. Ademais, percebeu-se que as participantes se mantém predominantemente na fase esquizo-paranóide do desenvolvimento, sem conseguir alcançar de forma adequada a posição depressiva de reparação, assim, elas utilizam de mecanismos primitivos de defesa para manterem o equilíbrio psíquico como: a identificação projetiva, a negação, a idealização e a paralização. Espera-se que os resultados desta pesquisa possam auxiliam na elaboração de propostas de atendimento a mulheres em situação de violência conjugal reiterada.
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