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ATMOSFERAS SONORAS NO CINEMA: Elementos sonoros culturais em meio ao Naturalismo e o Hiper-realismo nos filmes Barravento (1962, Glauber Rocha) e Besouro (2009, João Tikhomiroff)Ribeiro Neto, Álvaro Lima 17 May 2018 (has links)
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ATMOSFERAS SONORAS NO CINEMA - dissertacao - alvaro ribeiro.pdf: 10612658 bytes, checksum: fe06945a08113d20e4b688dfb9e72e54 (MD5) / CAPES / O presente trabalho tem como ponto central o papel do som no cinema como criador de sentido, através da representação de elementos sonoros de uma cultura. Para isso, esta pesquisa realiza um estudo conceitual e histórico do cinema, do som no cinema e de suas relações com os estudos da cultura, culminando na análise audiovisual, proposta pelo autor Michel Chion, dos filmes Barravento (1962, Glauber Rocha) e Besouro (2009, João Tikhomiroff). Duas obras cinematográficas que possuem temáticas semelhantes e trabalham, em suas bandas sonoras, com os mesmos elementos sonoros pertencentes à cultura negra pós- diaspórica da Bahia, exercendo, cada uma a sua maneira, papel fundamental na construção fílmica destas duas obras. Dessa forma, este trabalho tem o objetivo de investigar as contribuições do som nos filmes, através de uma análise das representações e transformações desses elementos sonoros culturais, e de que maneira colaboram para entregar significado às sequências fílmicas e aos longas-metragens como um todo. Para isso, esta dissertação se nutre das teorias cinematográficas e dos estudos da cultura, refletindo sobre a linguagem cinematográfica, realizando uma contextualização estético-histórica dos filmes, adentrando nos estudos pós-coloniais e nos processos de identificação, e relacionando esses temas ao cinema e aos filmes escolhidos. Por fim, esta pesquisa foca nas evoluções estéticas e tecnológicas do som no cinema e suas influências na linguagem audiovisual cinematográfica, para então realizar uma análise audiovisual de sequências representativas de pontos chave que constituem estes dois filmes. Portanto, com essa pesquisa o autor visa contribuir para aprofundar o conhecimento acerca das múltiplas possibilidades de uso do som, em específico de expressões culturais sonoras nos processos de identificação no cinema. / The present work focuses on the role of sound in cinema as a creator of meaning, through the representation of the sound elements within a culture. For this, the research makes a conceptual and historical study of cinema, sound in cinema and and its relations with the culture studies, culminating in the audiovisual analysis, proposed by the author Michel Chion, from the movies Barravento (1962, Glauber Rocha) and Besouro (2009, João Tikhomiroff). Two cinematographic works that have similar themes and use, in their soundtracks, the same sound elements pertaining to the post-diasporic black culture of Bahia, exercising, each one in their own way, a fundamental role in the filmic construction of both movies. Therefore, this paper aims to investigate the contributions of sound in films, through an analysis of the representations and transformations of these cultural sound elements, and in what way they collaborate to deliver meaning to a film sequences and feature films as a whole. For that, this dissertation rely on cinematographic theories and culture studies, reflecting about cinematographic language, bringing an aesthetic-historical contextualization of the films, diving into the postcolonial studies and the processes of identification, and relating these themes to the cinema and to the selected feature films. Finally, this research focuses on the aesthetic and technological evolutions of sound in the cinema and its influences in the cinematographic audiovisual language, to perform an audiovisual analysis of key points that builds these two films. Therefore, with this research the author aims to contribute to deepen the knowledge about the multiple possibilities of using sound, in specific of cultural sound expressions in the processes of identification in cinema.
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Um épico possível: refuncionalizações de técnicas, formas e clichês, em Nashville, de Robert Altman / A possible epic: refunctionalization of techniques, forms and clichés, in Nashville, by Robert AltmanAleixo, Antonio Marcos 22 April 2013 (has links)
Lançado em 1975, Nashville é uma das últimas produções de um período da cinematografia norte-americana conhecido como Nova Hollywood ou Renascença Hollywoodiana. Tomando a capital da música country nos EUA como objeto de crítica e pano de fundo espacial da narrativa, o filme reflete sobre problemas políticos e sociais de seu tempo. A tese que orienta o presente trabalho é a de que a imagem da História evocada em sua narração só foi possível porque o diretor e seus colaboradores fizeram um esforço consciente para apropriar-se do repertório fílmico industrial de técnicas, formas e até mesmo clichês, refuncionalizando-o de modo a torná-lo adequado à expressão de sua visão crítica. O resultado é, ao mesmo tempo, um retrato dialético dos EUA no início dos anos 1970, uma prova da possibilidade da encenação épica no contexto industrial e um exemplo de resistência cultural a partir da organização produtiva dos trabalhadores do cinema. / Launched in 1975, Nashville is one of the last productions of a period in American cinema known as the New Hollywood or Hollywood Renaissance. Taking the capital of country music in the USA as the object of criticism and spatial backdrop of its narrative, the film reflects upon social and political problems of its time. The thesis that guides the present study is that the image of history evoked by its narration was possible only because the director and his collaborators made a conscious effort to apropriate the repertoire of industrial filmic techniques, forms and even clichés, refunctioning it to make it suitable to the expression of their critical point of view. The result is, all at the same time, a dialectical picture of the USA at the beginning of the 1970s, concrete evidence of the possibility of epic mise-en-scène in the industrial context and an example of cultural resistance built upon the productive organization of cinema workers.
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Reafirmando uma nação: a figuração da identidade nacional norte-americana nas obras de Laura Ingalls Wilder / An analysis of the Little House Books collection, by Laura Ingalls WilderTavares, Fabiana Valeria da Silva 21 March 2007 (has links)
Este trabalho apresenta uma análise da coleção de livros Little House, de Laura Ingalls Wilder, e está dividido em três capítulos. No Capítulo I, O Romanesco como base de sustentação da ideologia norte-americana, mostramos quais são as estratégias literárias utilizadas por Wilder para compor suas obras, de forma a transmitir e sustentar a ideologia norte-americana. Utilizamos como base comparativa os volumes Little Town on the Prairie e The First Four Years, e tentamos evidenciar as diferenças entre os volumes publicados em vida e o volume póstumo, no que concerne ao estilo e a visão de munome do aluno: Fabiana Valeria da ndo apresentadas. Para tanto, baseamo-nos em autores da teoria literária, como Northrop Frye (1957), Philip Stevick (1967), e Rosemary Jackson (1983), e em pesquisadores anteriores das obras de Wilder, como Ann Romines (1997) e Caroline Fazer (1994). No Capítulo II, O lugar da História em Farmer Boy, exploramos o livro em que Wilder descreve uma vida de fartura numa fazenda para discutirmos as diferenças entre o período narrado e o contexto histórico que gerou as condições de produção da coleção Little House. Assim, realizamos uma análise de excertos do livro que diziam respeito ao trabalho e ao dinheiro com a intenção de relacionar ambos os contextos, explicando que a época narrada dependeu do contexto sócio-econômico do qual surgiu para que transmitisse as lições de sobrevivência em tempos difíceis a leitores que se encontravam em meio à crise da Depressão. Neste capítulo, baseamo-nos em historiadores como Arthur Schlesinger Jr. (1958). No Capítulo III, Desdobramentos ideológicos nas obras de Wilder, apresentamos uma discussão teórica acerca da ideologia e de como ela trabalha na formação, transmissão e reafirmação de seus valores. Para tanto, baseamo-nos em autores como Terry Eagleton (1997) e Raymond Williams (1977). Em seguida, retomamos o contexto histórico para discutirmos que a ideologia trabalha em três níveis: na constituição de Wilder como sujeito histórico, na produção dos Little House e no consumo, por parte dos leitores da década de 1930. Para explicar a dinâmica de relacionamento desses três níveis, baseamo-nos na leitura de Tempo Livre, de Theodor Adorno (1962). Finalmente, procuramos mostrar ao leitor, ao analisarmos trechos de Farmer Boy e Little Town on the Prairie, que em todo o tempo estivemos lidando com o inconsciente político apresentado por Fredric Jameson (1980), de forma a mostrar que, apesar de Wilder ter planejado e ter um método para transmitir a ideologia, a fim de reafirmar a identidade norte-americana, a crise que deu origem ao texto surge em vários momentos através de brechas que expõe sua crítica à economia e ao momento histórico da Depressão. / This dissertation presents an analysis of the Little House Books collection, by Laura Ingalls Wilder, and it is divided into three chapters. In Chapter I, Romance as the sustaining basis of the North-American ideology, we show which are the literary strategies used by wilder to compose her books, in order to transmit and sustain the North-American ideology. We use, as a comparative basis, Little Town on the Prairie and The First Four Years, and we try to put in evidence the differences between the books published during her life and the posthumous work, concerning style and the change in her point of view. In doing so, we base ourselves on authors from the literary theory, such as Northrop Frye (1957), Philip Stevick (1967), and Rosemary Jackson (1983), and in previous reasearchers of Wilder\'s works, such as Ann Romines (1994) and Caroline Fraser (1994). In Chapter II, History\'s place in Farmer Boy, we explore the book in which Wilder describes a wealthy life in a farm, so we can discuss the differences between the narrated period and the historical context that generated the conditions that allowed the appearance of the Little House books. Afterwards, we present an analysis of some excerpts taken from Farmer Boy that are related to work and money, with the intention of establishing the interrelations between both contexts, and explaining that the narrated time depended on the social and economical context from which it has appeared, so to pass on the lesson about how to survive in such hard times to readers that experienced the crisis during the Depression years. In Chapter III, Ideology unfolded in the works by Wilder, we present a theoretical discussion concerning ideology and how it works on formation, transmission, and reafirmation of its own values. In doing so, we base ourselves on authors such as Terry Eagleton (1997) and Raymond Williams (1977). Then, we take the historical context again in order to explain that ideology work in three levels: in the constitution od Wilder as a historical person, in the production of the Little House books, and in its comsumption, made by the readers in the decade of 1930. In order to explain how these three levels relate among themselves, we base ourselves on the texto \"Leisure Time\", by Theodor Adorno (1962). Finally, in the moment we analyze some exceprts taken from Farmer Boy and Little Town on the Prairie,we try to show to the reader that all the time we deal with Fredric Jameson\'s political uncounscious (1980). Thus, in spite of trying to commit herself to her plan of transmission and reafirmation of the North-American ideology, her criticism about economy and politics of the thirties breaks the path of the way she had made, in order to figure althrough the books.
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Reafirmando uma nação: a figuração da identidade nacional norte-americana nas obras de Laura Ingalls Wilder / An analysis of the Little House Books collection, by Laura Ingalls WilderFabiana Valeria da Silva Tavares 21 March 2007 (has links)
Este trabalho apresenta uma análise da coleção de livros Little House, de Laura Ingalls Wilder, e está dividido em três capítulos. No Capítulo I, O Romanesco como base de sustentação da ideologia norte-americana, mostramos quais são as estratégias literárias utilizadas por Wilder para compor suas obras, de forma a transmitir e sustentar a ideologia norte-americana. Utilizamos como base comparativa os volumes Little Town on the Prairie e The First Four Years, e tentamos evidenciar as diferenças entre os volumes publicados em vida e o volume póstumo, no que concerne ao estilo e a visão de munome do aluno: Fabiana Valeria da ndo apresentadas. Para tanto, baseamo-nos em autores da teoria literária, como Northrop Frye (1957), Philip Stevick (1967), e Rosemary Jackson (1983), e em pesquisadores anteriores das obras de Wilder, como Ann Romines (1997) e Caroline Fazer (1994). No Capítulo II, O lugar da História em Farmer Boy, exploramos o livro em que Wilder descreve uma vida de fartura numa fazenda para discutirmos as diferenças entre o período narrado e o contexto histórico que gerou as condições de produção da coleção Little House. Assim, realizamos uma análise de excertos do livro que diziam respeito ao trabalho e ao dinheiro com a intenção de relacionar ambos os contextos, explicando que a época narrada dependeu do contexto sócio-econômico do qual surgiu para que transmitisse as lições de sobrevivência em tempos difíceis a leitores que se encontravam em meio à crise da Depressão. Neste capítulo, baseamo-nos em historiadores como Arthur Schlesinger Jr. (1958). No Capítulo III, Desdobramentos ideológicos nas obras de Wilder, apresentamos uma discussão teórica acerca da ideologia e de como ela trabalha na formação, transmissão e reafirmação de seus valores. Para tanto, baseamo-nos em autores como Terry Eagleton (1997) e Raymond Williams (1977). Em seguida, retomamos o contexto histórico para discutirmos que a ideologia trabalha em três níveis: na constituição de Wilder como sujeito histórico, na produção dos Little House e no consumo, por parte dos leitores da década de 1930. Para explicar a dinâmica de relacionamento desses três níveis, baseamo-nos na leitura de Tempo Livre, de Theodor Adorno (1962). Finalmente, procuramos mostrar ao leitor, ao analisarmos trechos de Farmer Boy e Little Town on the Prairie, que em todo o tempo estivemos lidando com o inconsciente político apresentado por Fredric Jameson (1980), de forma a mostrar que, apesar de Wilder ter planejado e ter um método para transmitir a ideologia, a fim de reafirmar a identidade norte-americana, a crise que deu origem ao texto surge em vários momentos através de brechas que expõe sua crítica à economia e ao momento histórico da Depressão. / This dissertation presents an analysis of the Little House Books collection, by Laura Ingalls Wilder, and it is divided into three chapters. In Chapter I, Romance as the sustaining basis of the North-American ideology, we show which are the literary strategies used by wilder to compose her books, in order to transmit and sustain the North-American ideology. We use, as a comparative basis, Little Town on the Prairie and The First Four Years, and we try to put in evidence the differences between the books published during her life and the posthumous work, concerning style and the change in her point of view. In doing so, we base ourselves on authors from the literary theory, such as Northrop Frye (1957), Philip Stevick (1967), and Rosemary Jackson (1983), and in previous reasearchers of Wilder\'s works, such as Ann Romines (1994) and Caroline Fraser (1994). In Chapter II, History\'s place in Farmer Boy, we explore the book in which Wilder describes a wealthy life in a farm, so we can discuss the differences between the narrated period and the historical context that generated the conditions that allowed the appearance of the Little House books. Afterwards, we present an analysis of some excerpts taken from Farmer Boy that are related to work and money, with the intention of establishing the interrelations between both contexts, and explaining that the narrated time depended on the social and economical context from which it has appeared, so to pass on the lesson about how to survive in such hard times to readers that experienced the crisis during the Depression years. In Chapter III, Ideology unfolded in the works by Wilder, we present a theoretical discussion concerning ideology and how it works on formation, transmission, and reafirmation of its own values. In doing so, we base ourselves on authors such as Terry Eagleton (1997) and Raymond Williams (1977). Then, we take the historical context again in order to explain that ideology work in three levels: in the constitution od Wilder as a historical person, in the production of the Little House books, and in its comsumption, made by the readers in the decade of 1930. In order to explain how these three levels relate among themselves, we base ourselves on the texto \"Leisure Time\", by Theodor Adorno (1962). Finally, in the moment we analyze some exceprts taken from Farmer Boy and Little Town on the Prairie,we try to show to the reader that all the time we deal with Fredric Jameson\'s political uncounscious (1980). Thus, in spite of trying to commit herself to her plan of transmission and reafirmation of the North-American ideology, her criticism about economy and politics of the thirties breaks the path of the way she had made, in order to figure althrough the books.
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Um épico possível: refuncionalizações de técnicas, formas e clichês, em Nashville, de Robert Altman / A possible epic: refunctionalization of techniques, forms and clichés, in Nashville, by Robert AltmanAntonio Marcos Aleixo 22 April 2013 (has links)
Lançado em 1975, Nashville é uma das últimas produções de um período da cinematografia norte-americana conhecido como Nova Hollywood ou Renascença Hollywoodiana. Tomando a capital da música country nos EUA como objeto de crítica e pano de fundo espacial da narrativa, o filme reflete sobre problemas políticos e sociais de seu tempo. A tese que orienta o presente trabalho é a de que a imagem da História evocada em sua narração só foi possível porque o diretor e seus colaboradores fizeram um esforço consciente para apropriar-se do repertório fílmico industrial de técnicas, formas e até mesmo clichês, refuncionalizando-o de modo a torná-lo adequado à expressão de sua visão crítica. O resultado é, ao mesmo tempo, um retrato dialético dos EUA no início dos anos 1970, uma prova da possibilidade da encenação épica no contexto industrial e um exemplo de resistência cultural a partir da organização produtiva dos trabalhadores do cinema. / Launched in 1975, Nashville is one of the last productions of a period in American cinema known as the New Hollywood or Hollywood Renaissance. Taking the capital of country music in the USA as the object of criticism and spatial backdrop of its narrative, the film reflects upon social and political problems of its time. The thesis that guides the present study is that the image of history evoked by its narration was possible only because the director and his collaborators made a conscious effort to apropriate the repertoire of industrial filmic techniques, forms and even clichés, refunctioning it to make it suitable to the expression of their critical point of view. The result is, all at the same time, a dialectical picture of the USA at the beginning of the 1970s, concrete evidence of the possibility of epic mise-en-scène in the industrial context and an example of cultural resistance built upon the productive organization of cinema workers.
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[pt] A VIDA MATERIAL DO LIVRO: UM ESTUDO SOBRE MATERIALIDADE, EXPERIÊNCIA E O NÃOAUTOMATISMO DAS COISAS / [en] THE BOOK S MATERIAL LIFE: A STUDY ON MATERIALITY, EXPERIENCE AND NON-AUTOMATISM OF THINGSJOANA DOMINGUEZ GONZALEZ BOUÈRES BELEZA 17 May 2021 (has links)
[pt] A presente pesquisa objetiva iluminar a participação do livro dentro de um recorte específico da arte contemporânea, na expectativa de talvez ali encontrá-lo como organismo vivo, inacabado, não restrito às habituais representações – neste campo que busca não raro descontruir o lugar das representações e provocá-las com impermanências. Observamos o livro sob a proposição de apresentar-se ali como coisa, elemento material descansado do signo social e literário, produzindo obstáculos conceituais. Partindo da distinção objeto e coisa, a tese sugere haver ainda na contemporaneidade uma relação possível entre materiais, experiência e não-automatismo, ainda que estejamos constantemente envolvidos por um univer-so bastante amplo e onipresente dos signos. Investe, por isso, em atuações não naturalizadas do livro, nas quais os significados se apresentam transitórios e flutuantes - nunca permanentes, nunca antes -, estando em movimento constante a cada interação -, uma relação singular e dialética entre pessoas e coisas, que, segundo autores aqui trabalhados, construiria simultaneamente a ambos. Buscando experimentar as estranhezas no contato com objetos que não se deixam definir - diante da perspectiva de coisa -, a pesquisa reúne proposições de artistas que fizeram uso do livro como material e instrumento da arte. Movimentos artísticos, buscando a libertação dos padrões clássicos funcionam de base para a construção da categoria Livro-Coisa, quando se sugere experimentar o livro antes das palavras e das representações. A categoria torna-se depois materializada em uma instalação artística. A tese encontra fundamentação teórica nos estudos da Cultura Material, a partir de expoentes como Daniel Miller e Tim Ingold, em diálogo com os pressupostos de Heidegger, Didi-Huberman, e outros autores, para, a partir desse todo teórico, refletir acerca da relação contemporânea entre pessoas e coisas, e abordar o objeto com alguma novidade. / [en] This research focuses on the position occupied by the book in a specific segment of contemporary art, with the expectation of perhaps encountering it as a living, unfinished organism, not restricted to its usual representations - in a field that often seeks to deconstruct social representations by challenging them with impermanence. In our proposition, we see the book presenting itself as a thing, a material element resting somewhere beyond social and literary signs, building conceptual barriers. Starting from the distinction between object and thing, this dissertation suggests that even in contemporaneity there is a possible relationship among materials, experience and non-automatism, despite the fact that we are permanently surrounded by a very broad, omnipresent universe of signs. Therefore, this dissertation focuses on non-naturalized performances of the book, where meanings are transient and fluctuating - never permanent, never before - being in constant motion at every interaction - a singular, dialectic relationship between people and things, which, according to the authors analyzed, would construct both simultaneously. Seeking to experience the strangeness of the contact with objects that do not accept definitions - from the perspective of things -, this dissertation brings together propositions of artists who made use of the book as a material and instrument of art. Art movements seeking liberation from classical patterns serve as the basis for the construction of the Book-Thing category, when it is suggested that the book be experienced before words and representations. This category then becomes materialized in an artistic installation. The theoretical foundation of the dissertation lies in Material Culture Studies, based on exponents such as Daniel Miller and Tim Ingold dialoguing with the assumptions of Heidegger, Didi-Huberman and other authors; starting from this theoretical framework, it seeks to reflect on the contemporary relationship between people and things, in an innovative approach to the object.
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