Spelling suggestions: "subject:"etnographie"" "subject:"ethnographie""
1 |
[fr] FEU ROUGE: REPRÉSENTATIONS ET PRATIQUES DE LECTURE D ÉLÈVES DU SECONDAIRE D UNE ÉCOLE PUBLIQUE À RIO DE JANEIRO / [pt] SINAL FECHADO: REPRESENTAÇÕES E PRÁTICAS DE LEITURA DE ALUNOS DO ENSINO MÉDIO DE UMA ESCOLA PÚBLICA CARIOCALUCELENA FERREIRA FOURNEAU 04 December 2009 (has links)
[pt] Esta pesquisa trata da relação de alunos do último ano do ensino médio de
uma escola pública carioca com a leitura, evidenciada em práticas e
representações, tendo como vetor o papel formador da escola neste campo.
Considerando que a leitura é vivenciada diferencialmente no contexto
sociocultural, esta pesquisa pretendeu problematizar a idéia, difundida com
alguma insistência, de que o jovem de hoje não lê. Partindo da questão
primordial o que é ler? e considerando a visão do aluno, pretendeu-se desvendar
o que lê o universo discente pesquisado e, além disso, compreender quando,
como, para que e por que lê (ou não lê), com destaque para as influências do
ensino de língua/literatura neste processo. Na perspectiva adotada, a etnografia
figura como opção teórico-metodológica. O que define a etnografia, para Geertz, é
o esforço intelectual empreendido para a elaboração de uma descrição densa
sobre a cultura estudada, compreendida como texto ou teias de significados que
devem ser interpretados. Os fenômenos educacionais foram observados com o
apoio de conceitos e estratégias do campo antropológico. Investiu-se em um olhar
relativizador, tendo como meta o abandono dos preconceitos etnocêntricos, com
vistas a um descentramento que permita perceber a ótica do outro. O trabalho de
campo incluiu observação participante (em aulas de Língua Portuguesa) e
entrevistas com professora e alunos. A abordagem de representações utilizada
tomou por base os trabalhos de Chartier, que as identifica como esquemas
construídos de classificação e julgamento que organizam a apreensão do mundo
real, sendo sempre determinadas pelos interesses dos grupos que as geram. As
representações se estabelecem como disposições estáveis e partilhadas, sendo
matrizes de discursos e práticas. A análise dos dados mostrou que, no que diz
respeito à maioria dos alunos, a professora não consegue atingir seu objetivo de
estimular a leitura literária. As práticas escolares de leitura não se constituem em
práticas significativas para a maior parte do grupo pesquisado. As práticas
cotidianas dos alunos, com destaque para as novas formas de leitura e escrita
digitais, não são levadas em conta pela professora. Para analisar sua pedagogia da
literatura, consideramos as circunstâncias do seu contexto de trabalho, no que diz
respeito aos limites e possibilidades da escola e ao contexto sociocultural dos
alunos. / [fr] Cette recherche met en évidence la relation entre élèves de dernière année
de l´enseignement moyen d´une école publique à Rio de Janeiro et la lecture,
relation qui a été démontrée dans des pratiques et représentations, ayant pour
vecteur le rôle formateur de l´école dans ce domaine. Considérant que la lecture
est vécue différemment dans le contexte socioculturel, cette recherche a pour
objectif de remettre en question l ´idée que le jeune d´aujourd´hui ne lit pas. En
partant de la question primordiale qu´est-ce que c´est lire ? et en considérant la
vision de l´élève, nous avons voulu découvrir ce qu´il lit et, en outre, comprendre
quand, comment et pourquoi il lit, en tenant compte des influences de
l´enseignement de la langue/littérature dans ce processus. Dans la perspective
adoptée, l´ethnographie est la référence théorique et méthodologique. Les
phénomènes scolaires ont été observés avec l´aide de concepts et de stratégies du
champ anthropologique. En gardant un regard neutre, l´objectif était d´abandonner
les préjugés ethnocentriques pour pouvoir permettre la perception du point de vue
de l´autre. Selon Geertz, ce qui défine l´ethnografie est l´effort intellectuel
entrepris pour l´élaboration d´une description dense sur la culture étudiée,
comprise comme texte ou toiles de signifiants qui doit être interprétées. Le
travail pratique a inclus l´observation (pendant les cours de portugais) et les
entretiens avec l´enseignant et avec les élèves. L´idée de représentations utilisées
lors de cette recherche a été guidée par les travaux de Chartier qui les identifie
comme des schémas de classification et de jugements construits qui organisent
l´appréhension du monde réel. Ces schémas sont toujours déterminés par les
intérêts des groupes qui les produisent. Matrices de discours et de pratiques, ces
représentations s´établissent comme des dispositions stables et partagées.
|
2 |
L'empreinte ethnographique dans la littérature mexicaine des années 1950, 1960 et 1970 / Literature and ethnography in Mexico during the1960 's and 1970'sAlvarez Romero, Ana 09 November 2017 (has links)
Ce travail analyse les relations de l'ethnographie avec un corpus divers de la littérature mexicaine publiée au cours des années 1950, 1960 et 1970. Ces relations sont examinées par ce que nous appelons «empreinte ethnographique», une frontière sémiotique (dans la terminologie de Yuri Lotman) où les intérêts et les méthodes de l'ethnographie sont traduits en termes littéraires. Grâce à ce concept, nous analysons: Juan Pérez Jolote: biografía de un tzotzil (1948), de Ricardo Pozas; El diosero (1952), de Francisco Rojas González; Benzulul (1959), de Eraclio Zepeda; Balún Canán (1957) et Los convidados de agosto (1964), de Rosario Castellanos; La tumba (1964), de José Agustín; Gazapo (1965), de Gustavo Sainz; Los hongos alucinantes (1964), de Fernando Benítez; Los albañiles (1963), de Vicente Leñero; Hasta no verte Jesús mío (1969) et La noche de Tlatelolco (1971), d’ Elena Poniatowska; Chin chin el teporocho (1971), d’Armando Ramírez; et Vida de María Sabina. La sabia de los hongos (1977), d’Álvaro Estrada. L'interconnexion est présentée par le travail littéraire axé sur la reconstruction des sujets inscrits et configurés par leur culture: si d'abord dans la littérature mexicaine l'accent était mis sur l'indigène, ultérieurement cette littérature essai d'expliquer la culture de l'habitant urbain. De cette façon, l’empreinte ethnographique dévoile comment un corpus apparemment divers est interconnecté. De même, nous proposons que cette empreinte ethnographique soit construite par ce qu'on appelle le «réalisme culturel»: un style d’écriture qui tente de rendre compte de cultures spécifiques selon le point de vue de ses acteurs. / This study analyzes ethnography’s relationship with a diverse corpus of Mexican literature published during the decades of 1950, 1960 and 1970. These relationships are analyzed through what we call “ethnographic imprint”, a semiotic frontier (in Yuri Lotman’s terminology) where ethnography’s interests and methods are translated into literary terms. Through this concept, we analyze Juan Pérez Jolote: biografía de un tzotzil (1948), by Ricardo Pozas; El diosero (1952), by Francisco Rojas González; Benzulul (1959), by Eraclio Zepeda; Balún Canán (1957) and Los convidados de agosto (1964), by Rosario Castellanos; La tumba (1964), by José Agustín; Gazapo (1965), by Gustavo Sainz; Los hongos alucinantes (1964), by Fernando Benítez; Los albañiles (1963), by Vicente Leñero; Hasta no verte Jesús mío (1969) and La noche de Tlatelolco (1971), by Elena Poniatowska; Chin chin el teporocho (1971), by Armando Ramírez; and Vida de María Sabina. La sabia de los hongos (1977), by Álvaro Estrada. The interconnection appears through literary work focused on rebuilding subjects framed and shaped by their culture: if the original focus was the native, in the later period the subject explained according to its culture was the urban dweller. Thus, the ethnographic imprint reveals how an apparently diverse corpus is interconnected. Similarly, we propose that this ethnographic imprint is constructed through what we call “cultural realism”: a writing style that tries to account specific cultures (with correspondence in the extratextual world) from the actors’ point of view.
|
3 |
Micro-analyse ethnographique d'interactions conversationnelles: Étude d'un corpus d'enregistrements d'entretiens d'aide socialBinet, Michel 15 February 2013 (has links) (PDF)
A vida sociocultural comporta quadros de interacção conversacional que constituem importantes unidades de análise à escala microscópica, passíveis de um estudo empírico que se inscreve dentro das fronteiras disciplinares de uma antropologia das sociedades contemporâneas que varia consoante as escalas de análise. As convergências entre etnógrafos e analistas da conversação na origem da micro-etnografia, que ocorreram primeiro no contexto americano, alargaram-se à antropologia europeia só numa data recente. A partir de uma releitura das obras de Marcel Mauss e de Bronislaw Malinowski, esta tese estabelece as filiações existentes entre este empreendimento e tradições investigativas europeias, trabalho de europeização prolongado até à actualidade, mediante um exame crítico das controvérsias travadas em torno da obra de Harold Garfinkel e da etnometodologia, principal quadro teórico da análise da conversação. Uma vez expostas a análise da conversação e as suas teorias auxiliares, a tese expõe as opções metodológicas da investigação empírica desenvolvida, retratando as suas duas principais etapas. A primeira etapa explorou esta abordagem com recurso ao método da observação flutuante multisituada; a segunda, por razões metodológicas, foi consagrada à constituição de um corpus de gravações de interacções conversacionais, com vista à consolidação das análises e à sua aplicação a um domínio institucional e profissional delimitado. Um corpus de mais de 50 horas de gravação faculta a base empírica ao estudo de uma classe de eventos interacionais, definidos com precisão no decurso da análise: atendimentos em serviços de acção social, gravados no Concelho de Sintra, ao abrigo de uma investigação conduzida com a participação das pessoas envolvidas. A secção metodológica da tese, que pretende examinar várias questões inerentes à dupla abordagem etnográfica e micro-etnográfica do objecto, incide sobre os seguintes aspectos: - a abertura de terrenos institucionais; - a dinamização da participação dos intervenientes; - a triangulação de métodos: pesquisa de terreno auxiliada pela fotografia, entrevistas, gravações e documentos primários; - a separação das fases de registo e de análise; - a transcrição; - a organização e o tratamento do corpus; - a metodologia indutiva; - os roteiros de análise. Abordados como micro-observatórios das políticas sociais e de fenómenos sociais de grande escala, os atendimentos sociais são eventos interaccionais cuja ecologia institucional é descrita na tese com o auxílio da etnografia visual. A organização sequencial dos atendimentos e o vasto leque de micro-acções ocorrendo no seu quadro são objectos de descrições detalhadas, apoiadas em transcrições, que contribuem para revelar os procedimentos e os dispositivos metódicos aplicados por técnicos e utentes na co-pilotagem da sua interacção conversacional em sede de atendimentos de acção social.
|
Page generated in 0.0459 seconds